24 horas de Daytona 2016, quando a tecnologia venceu a política da IMSA

 

A vitória teve um sabor a mais para quem acompanha a categoria. Justiça. (Foto: IMSA)

A vitória do Ligier JS P2 da equipe Extreme Speed Motorsports na edição de 2016 das 24 horas de Daytona foi emblemática. Vou fugir de termos com histórico, que será usado por muitos blogueiros e sites, até por que tudo que faz parte do passado é história. Irei usar um termo bem mais simples. Justiça.

Essa história começa em meados de 2012, naquela época o automobilismo americano tinha duas categorias fortes, a Amerian Le Mans Series, série que seguia à risca os preceitos da ACO, entidade que comanda as 24 horas de Le Mans e o WEC, e a Rolex Sports Car Series. Está comandada pela família France, dona da NASCAR e com muito dinheiro sobrando.

Mesmo com toda visibilidade que a série tinha, nunca chegou aos pés da ALMS, muito pelos times de fábrica que competiam na classe GT2 que depois virou GTE/GTLM e dos protótipos P1 e P2 infinitamente mais desenvolvidos, bonitos e rápidos. Mesmo com esses predicados, a ALMS não vinha vem das pernas. Com poucas equipes nas classes de protótipos depois de 2008 quando Audi, Acura e Porsche duelavam, viu equipes de fábricas apenas competindo nos dois maiores eventos do certame. As 12 Horas de Sebring e Petit Le Mans.

Resultado final a prova.

No restante do ano equipes pequenas se pegavam em provas com menos horas de duração, mas sempre com muita emoção. Para engordar os grids a ALMS incorporou as classes LMPC com o Oreca FLM09 e a GTC com os Porsche 911 GT3 Cup. Mesmo assim a conta não fechava.

Até que a família France compra a IMSA, organizadora da ALMS. Ali começava um jogo político em favorecimento dos Daytona Prototype. Protótipos mais lentos, perigosos e obsoletos. Em 2013, último ano da ALMS e Rolex a etapa de Road Atlanta aonde as duas categorias participaram só ratificou o que todos já sabiam. Os protótipos LMP2 eram cerca de 4 a 5 segundos mais rápidos do que os melhores DP. Aquele seria o último ano dos LMP1 em campeonatos regionais (ALMS, ELMS e Asian LMS). Seu reduto acabou sendo o WEC.

Daquele momento em diante, imprensa, equipes e fãs se perguntavam como um LMP2 e um DP iria competir em pé de igualdade? Iriam por lastros nos LMP2? Os DP teriam mais potência? Assim 2013 foi caminhando com muitas dúvidas e pouca informação para o público. Se falava em um BoP que iria deixar os dois modelos iguais, mas ninguém sabia como faria isso.

A primeira medida foi a adoção de um pneu único para a classe P. Saia os bons Michellin e entrava os Continental. É claro que as equipes com protótipos LMP2 sofreram muito. Durante a primeira prova de 2014, as 24 horas de Daytona o que se viu foi um passeio dos modelos DP em cima dos LMP2. Eram duas classes totalmente diferentes encobertas apenas pela letra “P” estampada na carenagem dos carros.

Com uma pilotagem agressiva, Pipo Derani superou a política da IMSA com um bom carro e venceu sua primeira Daytona. (Foto: IMSA)

Após a prova a reclamação das equipes com P2 foram enormes. Enquanto as com modelos DP enalteciam o “poderio americano”. Se esperava algo para Sebring, mas o que se viu foi um banho dos modelos DP durante todo o ano. Como resposta equipes como ESM, OAK Racing, Muscle Milk e Krohn Racing acabaram desistindo de seus programas ou indo competir em outros campeonatos.

Foram poucas as vitórias de modelos P2 entre 2014 e 2015. Quem iria comprar um protótipo novo sabendo que não ganharia nada? Pois é várias equipes acabaram indo para outras classes, e os medalhões como Chip Ganassi, Wayne Taylor, Action Express Racing dominaram as provas.

Mas os DPs são modelos velhos e inseguros. O acidente com o #99 da equipe Gainsco aonde o piloto Bob Stallings acabou sendo acertado durante as 24 Horas de Daytona não se recuperou mais. Algo precisava ser feito. A ACO que nunca se manifestou de forma aberta sobre o disparate de desempenho entre os dois modelos alterou as regras para 2017 aonde apenas quatro fabricantes estariam elegíveis para competir na classe LMP2. Seja em Le Mans ou no WEC.

A IMSA não tendo para onde correr, e vendo que o futuro seria de modelos mais desenvolvidos e menos beberrões, pesados e perigosos acabou concordando e a partir de 2017 todo protótipo que for disputar a série americana será um LMP2, seja com a carenagem original ou com bolhas nos mesmos moldes que hoje são os Corvette DP.

Este será o último ano em que veremos nas pistas os DP. E não existe uma forma melhor de comemorar uma vitória do Ligier #02 da equipe ESM, na casa deles. No circuito de Daytona. Esta foi a primeira vez desde o início dos anos 2000 que um LMP vence a prova. A justiça foi feita, e por mais que o BoP da classe seja alterado para Sebring as coisas não serão mais como antigamente.

Como foi a prova?

Ao contrário dos outros anos os modelos LMP2 mostraram um folego maior do que os DP nos treinos, que sempre foram embaixo de chuva. A dúvida seria. Com o tempo seco o domínio iria prevalecer? E prevaleceu. O pole o BR01 da equipe SMP Racing não conseguiu manter a ponta e foi superado facilmente pelos dois Ligier das equipes Michael Shank Racing e ESM com os brasileiros Oswaldo Negri e Pipo Derani respectivamente.

O que se viu foi um desempenho surreal dos dois carros. Mesmo depois dos modelos DP terem superado o fraco BR01 vencer em condições normais seria algo complicado, e as equipes teriam que se valer de quebras e bandeiras amarelas.

O ano de 2015 também marcou um bom começo para o DeltaWing. O estranho protótipo pilotado por Katherine Legge, Sean Rahall, Andy Meyrick e Andreas Wirth chegou a liderança da prova com uma facilidade surreal. Mais leve e com uma economia de combustível maior que os demais adversários, o #0 só não conseguiu superar a inexperiência de Andy Meyrick que acertou em cheio o LMP #8 da equipe Starworks pilotado por Chris Cumming que acabou parando na curva 1.

Ali se ia o sonho do protótipo muitas vezes criticado pela “imprensa especializada”, e que teve reais chances de vencer a prova. A disparidade de desempenho não foi algo limitado ao Deltawing. O principal problema das equipes com protótipos Ligier, foi a diferença entre os pilotos.

No carro campeão Scott Sharp, Ed Brown e Pipo Derani sofreram com o desempenho de Johannes van Overbeek, nitidamente mais lento e que foi superado por seus adversários durante toda a prova. Dando aos companheiros o trabalho dobrado em seus stints.

Mesmo caso com o carro da equipe Michael Shank Racing. Oswaldo Negri e Olivier Pla levaram o carro nas costas até sua quebra, já que John Pew e Aj Allmendinger estavam ali para cumprir tabela. Problema que times como Chip Ganassi, Action Express e Wayne Taylor não enfrentaram.

Os chamados Gentleman Drives, senhores ricos e com dinheiro para bancar estruturas estão com seus dias contados. Este foi um dos benefícios que a profissionalização da classe LMP2 vem fazendo nos demais campeonatos. Um caminho natural também na IMSA.

Ambos os Ligier equipados com novos motores Honda. Sendo um motor novo cobrou seu preço com a quebra na nona hora do Ligier #60 que liderava a prova com Oswaldo Negri ao volante. O LMP deixou um rastro de óleo pela pista. Pelas imagens o brasileiro estava inconsolável, pois sabia do potencial e principalmente vantagem que tinha conquistado para os seus adversários.

Derani que enfrentou nas últimas voltas problemas com a temperatura da caixa de marchas teve sangue frio para não diminuir o ritmo. “Foi complicado a disputa com os irmãos Taylor“, disse. “Para fechar a vitória, não cometi erros e aumentei a diferença até o fim foi incrível.”

“Esta é a minha primeira corrida Estados Unidos e 24 Horas de Daytona. Tivemos um alarme da temperatura da caixa de velocidades, que foi um pouco assustador. Talvez fosse apenas um sensor, meu engenheiro me manteve relaxado, mas foi um pouco assustador para os últimos 30 minutos.”

Corvette DP da Wayne Taylor Racing,. O melhor DP na prova. (Foto: IMSA)

Um bom começo também para os dois Lola da equipe Mazda que trocaram de motores para esta temporada. Mesmo assim pagaram caro pela mudança mesmo fazendo uma boa apresentação enquanto estavam na pista. O #55 pilotado por Jonathan Bomarito, Tristan Nunez e Spencer Pigor completou 327 voltas, enquanto o #70 de Joel Miller, Tom Long e Ben Devlin conseguiram completar apenas 11 voltas.

Os demais protótipos da classe chegaram a liderar a prova mas acabaram enfrentando problemas. O segundo lugar ficou com o Corvette DP #10 da equipe Wayne Taylot Racing dos pilotos Jordan e Ricky Taylor, Max Angelelli e Rubens Barrichello que mesmo não acostumado com o ritmo do carro fez uma prova apresentação. Por sua experiência e conhecimento, é o tipo de profissional perfeito para provas de longa duração, por saber poupar o carro.  

O Ligier vencedor ainda recebeu uma punição nas horas finais quando liderava por passar em cima da faixa que delimitava a saída dos boxes e a pista. Teorias conspiratórias? Talvez, mas não foi o suficiente para frear o ímpeto de Pipo Derani.

Na terceira posição o Corvette #90 da equipe Visit Florida Racing dos pilotos Ryan Dalziel, MArc Goossens e Ryan Hunter-Reay, não foram um fator durante a prova e se beneficiaram dos abandonos dos demais concorrentes. Em quarto e com um grande sabor de derrota o Corvette #5 de João Barbosa, Christian Fittipaldi, Felipe Albuquere e Scott Pruett, que começou mal, mas foi cavando posições até chegar a liderar a prova.

Christian Fittipaldi e João Barbosa guiaram com maestria, mas foram traídos por problemas no eixo do carro, obrigando a troca da peça. O quarto lugar é um resultado fabuloso para o time que poderia ter vencido a prova.

Em quinto vem o forte Ford DP #01 da equipe Chip Ganassi dos pilotos Lance Stroll, Alex Wurz, Brendon Hartley e Andy Priaulx. O segundo carro da equipe o #02 de Scott Dixon, Tony Kanaan, Jamie McMurray e Kyle Larson também enfrentou problemas ficando apenas na 13º posição.

Classe LMPC, muitos problemas e amadorismo

JDC-Miller Motorsports sobreviveu e venceu na LMPC. (Foto: IMSA)

Como é de costume acidentes povoaram a classe PC. Os vencedores do Oreca #85 Chris Miller, Mikhail Goikhberg, Stephen Simpson e Kenton Koch da equipe JDC-Miller Motorsports chegaram com uma vantagem de 4 voltas sob o #52 da PR1/Mathiasen Motorsports dos pilotos Robert Alon, Tom Kimber-Smith, José Gutierrez e Nicholas Boulle.

Os campeões da IMSA Lites literalmente sobreviveram e usaram o consumo de combustível a seu favor para garantir a vitória. Esta foi a primeira vitória desde que estrearam na IMSA em 2014. Os vencedores do ano passado, a BAR1 Motorsports enfrentou problemas na bomba de combustível. Com o problema resolvido acabaram voltando aos boxes para novos reparos na manhã de domingo.

O outro carro da equipe o #20 que tinha como Johnny Mowlem o principal destaque completou o pódio em terceiro. Os favoritos da classe o #54 da equipe Core Autosport abandonaram na sexta hora com falhas de motor. Os dois carros da Starworks Motorsports também não completaram a prova.

No total foram mais de 5 horas com o carro de segurança comandando o pelotão e um total de 21 punições.

Classe GTLM, vitória dupla para a Corvette

Corvette supera Porsche e faz dobradinha na classe GTLM. (Foto: Corvette Racing)

A sempre concorrida classe GTLM viu uma disputa acirrada durante toda a prova, que culminou com a vitória da Corvette. O #4 dos pilotos Olivier Gavin, Tommy Milner e Marcel Fassler em cima do #3 de Antonio Garcia, Jan Magnussen e Mike Rockenfeller.

Mas não foi uma vitória fácil para os carros americanos. A Porsche tradicionalmente forte em Daytona deu trabalho para os carros amarelos que se valeram muito da experiência dos pilotos e durabilidade do carro para vencer. A diferença entre o primeiro e segundo foi de pouco mais de 0.03 segundos.

A vitória teve um gosto maior já que Oliver Gavin e Antonio Garcia foram liberados pela equipe a brigar pela vitória. Os últimos 15 minutos foram intensos para os dois pilotos que culminou com a vitória do #4.

Gavin superou o Porsche #912 pilotado por Earl Bamber, surpreendo o piloto da Porsche. Esta foi a primeira vitória do trio Gavin, Tommy Milner e Marcel Fassler que é piloto oficial da Audi. Os dois pilotos da Corvette não venciam nos EUA desde 2013.A vitória teve um gosto a mais pois o carro sofreu uma punição de 60 segundos por andar sob a faixa branca que separa a saída dos boxes da pista.

Bamber, que dividiu o Porsche #912 com Fred Makowiecki e Michael Christensen, não teve problemas durante a prova. O outro Porsche de #911 de Nick Tandy, Patrick Pilet e Kevin Estre que foram pole na classe enfrentaram problemas de suspensão na 19º hora terminado em oitavo.

A Scuderia Corsa que estreou na classe com a Ferrari #68 foi a melhor equipe que disputou a prova com os novos carros. A Ferrari 488 GTE equipada com motorização turbo ficou em quarto lugar. Mérito dos pilotos Alessandro Pier Guidi, Alexandre Premat, Daniel Serra e Memo Rojas.

BMW também garantiu um top-cinco na estreia do seu novo carro. O #25 pilotado por Bill Auberlen, Dirk Werner, Augusto Farfus e Bruno Spengler chegou em quinto lugar. O carro #100 não completou por conta de problema de freios no período noturno.

Mas os astros da classe, os dois Ford GT, ficaram aquém do esperado. Mesmo para muitos comentaristas todos os trabalhos de pré-temporada com milhares de quilômetros rodados não foram suficientes para dar dor de cabeça a equipe.

Uma coisa é treino outra é corrida, e os dois carros tiveram problemas. O #66 terminou na sexta posição depois de enfrentar problemas de cambio e também com pneus furados. “Em termos de velocidade, não há absolutamente nenhum problema”, disse Richard Westbrookpiloto do carro #67 ao site Motorsport.com depois de sair do carro. “Tudo é tão novo. Agora é o tempo que precisamos para começar com o pé direito. ”

“Este foi um começo muito promissor, porque nós descobrimos muitas coisas no carro. Queremos estar perfeitos para Le Mans.”  Richard acabou em nono na classe.

Classe GTD, Tudo novo!

Magnus Racing estreia com vitória o novo R8 LMS. (Foto: IMSA)

A classe GTD foi a que mais teve carros novos este ano. Agora que aceita os mesmos carros que estão dentro do regulamento FIAGT3 a diversidade de modelos é grande. O vencedor, o Audi #44 da equipe Magnus Racing venceu a primeira prova com o nvo R8 LMS, mesmo tendo problemas com o consumo de combustível.

Rene Rast finalizou a prova teve como companheiros Andy Lally, John Potter e Marco Seefried. A vitória foi apenas mais uma do novo modelo que venceu as 24 horas de Sepang, Nurburgring ano passado e Dubai no início deste ano.

A vitória do Audi só foi possível por conta da pane seca do Lamborghini Huracán #28 da equipe Konrad Motorsports que ficou sem combustível a três minutos do final. Na segunda posição o novo Porsche 911 GT3-R da equipe Black Swan Racing dos pilotos Tim Pappas, Nicky Catsburg, Patrick Long e Andy Pilgrim. Fechando o pódio o Viper #93 de Ben Keating, Gar Robinson, Jeff Mosing, Eric Foss e Damien Faulkner.

A Aston Martin Racing fez uma prova tranquila ficando em quarto na classe com os pilotos Pedro Lamy, Mathias Lauda, ​​Paul Dalla Lana e Richie Stanaway. O quarto lugar teve um gosto de derrota, já que o carro #98 liderou a prova e era candidato a vitória.

A próxima etapa da IMSA será as 12 horas de Sebring entre os dias 16 e 19 de março.

Pipo Derani larga na primeira fila em sua estreia em Daytona

 

Pipo Derani estreia na prova com o Ligier JS P2 da equipe EMS. (foto: FGCom)

O brasileiro Pipo Derani, da equipe Tequila Patrón ESM, vai disputar sua primeira Rolex 24 Horas de Daytona, este final de semana, largando da primeira fila do grid.

O jovem piloto continuou mostrando sua boa forma ao classificar o Tequila Patrón ESM Ligier JS P2 Honda #2 em segundo lugar na categoria Protótipo, durante a tomada de tempos realizada na quinta-feira (28).

Um novo desafio para Derani, o famoso e exigente Daytona International Speedway, tornou-se ainda mais difícil em virtude da condição de tempo ruim e a melhor volta do brasileiro foi registrada com a pista totalmente molhada. Neste final de semana, Pipo vai dividir o Tequila Patrón ESM Ligier JS P2 Honda #2 com os companheiros Scott Sharp, Ed Brown e Johannes van Overbeek.

“Foi realmente uma sessão muito difícil com o circuito bastante traiçoeiro, de fato”, declarou Derani. “Estava aquaplanando em todas as voltas e era difícil manter o carro em linha reta”, continuou o brasileiro.

“Considerando as condições, tivemos um bom resultado e vamos começar da primeira fila. A equipe Tequina Patrón ESM preparou tudo da melhor forma possível, como sempre, e meus companheiros fizeram um grande trabalho nos treinos livres também. Espero que possamos ter um final de semana de corrida no seco, o que nos ajudará a fazer uma boa estratégia e buscar o melhor resultado possível, que é o nosso objetivo”, completou Derani.

Derani dividirá a primeira fila com o pole Mikhail Aleshin da SMP Racing (BR01), quando a corrida começar neste sábado (dia 30), às 14h40 local (17h40 de Brasília). Nesta sexta-feira (29), os pilotos terão mais um treino livre.

Christian Fittipaldi torce por pista seca em Daytona

Protótipos Corvette DP sofreram com baixas temperaturas e chuva. (Foto: FGCom)

A temporada 2016 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship começou de forma similar ao final do campeonato 2015: debaixo de muita chuva. O mau tempo atrapalhou nesta quinta-feira (dia 28) o trabalho das equipes na definição do grid para a 54ª edição da Rolex 24 Horas de Daytona.

Na equipe Action Express, o melhor resultado ficou com Dane Cameron, que marcou o sexto melhor tempo na categoria Protótipos com o Whelen Chevrolet Corvette Daytona Prototype #31. O companheiro João Barbosa, atual campeão ao lado do brasileiro Christian Fittipaldi, ficou em 11º com o Mustang Sampling Corvette DP #5.

“As condições do treino classificatório foram totalmente atípicas e não existe chance de chuva para a corrida. Pela manhã, nem treinamos, só demos duas voltas para ver se estava tudo funcionando no carro e fomos direto para a classificação. O João saiu e logo caiu o mundo. Mas está tudo sob controle. Temos 24 horas de disputa pela frente”, comentou Fittipaldi, que já venceu a prova mais tradicional do automobilismo norte-americano duas vezes (2004 e 2014).

Ele e Barbosa vão dividir o Mustang Sampling Corvette DP #5 com Scott Pruett e Filipe Albuquerque. No Whelen Chevrolet Corvette Daytona Prototype #31, além de Cameron estarão Eric Curran, Simon Pagenaud e Jonny Adam.

“A chuva forte no classificatório tornou o risco de danificar os carros muito alto”, comentou o chefe da equipe, Gary Nelson. “Olhando para a previsão de tempo seco na corrida, achamos melhor ser conservadores no classificatório no molhado. Ambos os pilotos foram extremamente cautelosos com os carros e mantiveram o foco em terminar a sessão. Viemos para o Daytona International Speedway focados na vitória na Rolex 24 Horas e esse objetivo ainda é possível, porque nossos pilotos tiveram cuidado com seus Corvette DPs”, completou.

A 54ª edição da Rolex 24 Horas terá início no sábado (30) às 14h40 local (17h40 no Brasil, com transmissão das primeiras e últimas horas no Fox Sports 2).

A pole position na categoria P ficou com o russo Mikhail Aleshin, da equipe SMP Racing (Nissan BR01). Nesta sexta-feira (29), os pilotos terão mais um treino livre para os ajustes finais.

Oreca 7, o nome do novo LMP2 do fabricante francês

Atual Oreca 05 pode receber atualizações para correr em 2017. (Foto: Oreca)

O atual Oreca 05 é ó único dos LMP2 que possui as mesmas medidas dos novos protótipos da classe que serão apresentados em meados deste ano para estarem nas pistas em 2017.

Para quem tem um 05, a Oreca vai lançar kits de atualização para se adequar as regras, enquanto o no LMP será chamado de Oreca 07.

“Para nós, a versão 2017 é um novo modelo, onde o novo nome será o Oreca 07.” Disse Hugues de Chaunac presidente da empresa em entrevista ao site Endurance-Info. Chaunac disse que o desenvolvimento do carro está a pleno vapor mesmo com algum atraso por parte da ACO na conclusão dos regulamentos.

A expectativa é de que o carro ganhe as pistas em meados de Julho, mesmo tempo que seus adversários, o Ligier JS P217 e o Riley. Dos quatro construtores aprovados pela ACO para fornecer LMP2 as equipes de clientes, apenas a Dalarra não tem revelado detalhes do projeto.

Segundo o dirigente de oito a dez Oreca 05 devem estar competindo tanto no WEC, quanto no ELMS. Entre as equipes novas, DragonSpeed, Eurasia Motorsport e Jota Sport adquiriram novos chassis, já com atualizações garantidas para 2017.

“Hoje, a Oreca é a único fabricante a oferecer um carro LMP2 elegível com o futuro”, disse. “A maioria das equipes que confiam em nosso carro, vão estar no caminho certo em 2017.”

SMP Racing marca pole para as 24 horas de Daytona

Modelo Russo começa em grande estilo nos EUA. (Foto: SMP Racing)

A forte chuva que assolou o circuito de Daytona nesta quinta ajudou muita gente e prejudicou muita gente. Se por um lado o domínio (favorecimento) dos protótipos DP foi ofuscado pela chuva, o mesmo não se pode dizer do bom desempenho dos modelos LMP2.

Em todos os treinos os modelos marcaram os melhores tempos o que dá uma certa esperança para que finalmente um protótipo moderno ganhe a principal prova do calendário da IMSA Daytona.

O primeiro passo foi dado. o melhor protótipo da classe P foi o BR01 da equipe SMP Racing pilotado por Mikhail Aleshin que conseguiu sob forte chuva controlar o carro e marcar o tempo de 2:05.793, seguido pelo Ligier da equipe Extreme Speed Motorsports guiado pelo brasileiro Pipo Derani.

Resultado do treino de classificação.

Na terceira posição mais um LMP2, o Ligier da equipe Michael Shank Racing. Mikhail Aleshin terá a companhia de Nic Minassian, Maurizio Mediani e Kirill Ladygin. Com um maior intensidade durante a seção de treinos os tempos dos protótipos foram mais altos do que os da classe GTLM que lideram a tomada de tempo.

Por conta disso e pelas regras da IMSA, mesmo com tempos melhores os carros da classe GTLM irão largar após os protótipos da classe P e LMPC. O melhor DP vem apenas na quarta colocação, sendo o Corvette #10 da equipe Wayne Taylor Racing que tem Rubens Barrichello como piloto. Alex Wurz que estreia em Daytona ficou na quinta posição com o Ford DP #01 da equipe Chip Ganassi.

Frédéric Makowiecki fatura a pole na classe GTLM. (Foto: IMSA)

Já na classe LMPC Johnny Mowlem, pilotando o Oreca #20 da BAR1 Motorsports ficou com a primeira posição marcando 2:05.708, superando Stephen Simpson do #85 da JDC Miller por 1.705 segundos. O segundo carro da BAR1 ficou na terceira posição com Ryan Eversley com o #26.

Com uma pista menos molhada os tempos da classe GTLM foram menores do que os da classe P. Assim a pole ficou com o Porsche #911 pilotado por Nick Tandy, seguido pelo #912 de Frédéric Makowiecki. Tandy marcou 2:01.408, enquanto Makowiecki 2:02.364.

John Edwards levou o novo BMW M6 #100 para a terceira posição, seguido pelas Ferrari da Scuderia Corsa e Rizi Competizione. Se nos treinos o Ford GT ditou o ritmo, nesta seção o melhor deles o #66 fico na 9º posição em sua classe.

Na classe GTD, Norbert Siedler marcou a pole com o Porsche #73 da equipe Park Place Motorsports. Siedler, vai dividir o 911 GT3-R Joerg Bergmeister, Patrick Lindsey e Matt McMurry Seu tempo foi de 2:05.798.

Marc Basseng levou o Lamborghini GT3 Huracán #28 da equipe Konrad Motorsports para a segunda posição com o tempo de 2:06.357. Fechando os três primeiros, Leh Keen com o Porsche #22 da equipe Alex Job Racing marcando 2:06.357.

Ford GT lidera segundo treino em Daytona

Ford GT na frente. (Foto: Ford Performance)

A chuva tem sido benéfica (pelo menos nos treinos) para os modelos GTLM. Na segunda seção de trenos livres disputadas na tarde de quinta (28), os cinco primeiros lugares foram ocupados por modelos GTLM.

Sebastien Bourdais liderou a seção em um treino sob forte chuva marcando 1:56.020. O tempo foi cerca de 1 segundo mais lento do que o tempo obtido pela Ferrari da equipe Rizi Competizione que marcou 1:55.078.

Tempos da segunda seção de treinos.

Em segundo vem a Ferrari da Rizi, com Giancarlo Fisichella no comando marcando 1:56.420. A Ferrari da SMP Racing com James Calado vem em terceiro com o tempo de 1:56.492. Na classe P o melhor foi o LMP2 da equipe SMP #37 que vem na sexta posição com o tempo de 1:56.855.

Na classe LMPC o #20 da equipe BAR1 Motorsports liderou os trabalhos, enquanto na GTD o BMW #97 da Turner Motorsports foi o primeiro.

 

Pipo Derani pronto para Daytona

Será a primeira vez do brasileiro em Daytona. (Foto: FGCom)

Pipo Derani fará sua estreia em Daytona neste final de semana (30 e 31) com a equipe Tequila Patrón ESM na famosa Rolex 24 Horas de Daytona, nos Estados Unidos.

O piloto de 22 anos já se destacou na temporada 2015 do FIA WEC (Mundial de Endurance) como um dos principais estreantes, conquistando seis pódios e uma pole position em sua estreia em Silverstone (Ing).

Este final de semana no Daytona International Speedway, Pipo dividirá a pilotagem do Ligier JS P2 Honda #2 com os companheiros Scott Sharp, Ed Brown e Johannes van Overbeek.

O primeiro contato de Pipo com a pista desafiadora do Daytona International Speedway, que mistura o famoso oval com uma parte mista, não poderia ter sido melhor. Durante os testes “Roar Before the Rolex 24”, no início de janeiro, o piloto paulista registrou o melhor tempo dos três dias de treinos, com 1min39s249.

Foi um ótimo início para um novo desafio com a renomada equipe Tequila Patrón ESM, com quem ele também irá disputar as 12 Horas de Sebring em março e a temporada completa do FIA WEC 2016.

Apesar dos bons resultados, Pipo sabe que a disputa da tradicional corrida de abertura da temporada de endurance em Daytona não será fácil e colocará em teste todas as habilidades dele e da equipe.

“Os resultados dos testes foram positivos no início do mês, mas sabemos que será um desafio diferente este final de semana. Mas queremos crescer com este momento e estamos trabalhando para isso”, declarou Derani. “Foi ótimo para mim conhecer toda a equipe Tequila Patrón ESM durante a pré-temporada e eu realmente sinto que já estou com a equipe por mais tempo. Então, por este ponto, foi satisfatório. Acho que todos se entrosaram rapidamente e isso é muito importante em uma equipe de endurance”, destacou o brasileiro.

Derani também está muito animado para correr em um dos circuitos mais famosos do automobilismo mundial neste final de semana e também em Sebring em março.

“Para mim, esta é a programação perfeita para o ano. Assim como as pistas de Spa, Le Mans e Fuji no FIA WEC, eu também irei correr em Daytona e Sebring, que têm muita tradição no endurance. Esta também é uma experiência valiosa pra mim, que estou buscando crescer após minha estreia no endurance no ano passado e, finalmente, trabalhar para atingir meu objetivo de correr na LMP1”, completou.

A tradicional 24 Horas de Daytona é a primeira etapa do campeonato IMSA Weather Tech SportsCar. Darani vai disputar as duas primeiras etapas – as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring – antes de sua estreia na temporada 2016 do FIA WEC, que terá sua primeira etapa em Silvesrtone, no dia 17 de abril.

Pipo e a equipe Tequila Patrón ESM iniciam as atividades em Daytona nesta quinta-feira (28) com o primeiro treino livre às 9h25 local (12h25 de Brasília). O segundo treino livre começará às 13h20 local (16h20 de Brasília), com a classificação às 17h15 local (20h15 de Brasília).

Um treino adicional está marcado para as 18h30 local na quinta à noite. O treino final acontecerá na sexta-feira (29) às 10h25 local (13h25 em Brasília).

A largada da 54ª edição das 24 Horas de Daytona acontecerá no sábado, às 14h40 local (17h40 de Brasília). O canal Fox Sports 2 transmitirá as primeiras e as últimas horas da disputa ao vivo.

Oswaldo Negri lidera primeiro treino livre em Daytona

Chuva atrapalhou modelos DP. (Foto: IMSA)

Com uma pista molhada e seca o primeiro treino para as 24 horas de Daytona que ocorrem neste final de semana nos EUA foi favorável pelo menos por enquanto para o Ligier JS P2 da equipe Michael Shank Racing.

Oswaldo Negri a bordo do #60 foi o mais rápido da seção marcando 1:54.807. Com a pista atípica os melhores tempos na sequencia foram de modelos GTLM. Em segundo lugar a Ferrari #62 da equipe Rizi Competizione com Toni Vilander ao volante com o tempo de 1:55.078.

Tempos da primeira seção de treinos.

Em terceiro Fred Makowiecki com o Porsche 911 #912 marcando 155.267. Em terceiro a Ferrari #72 da equipe SMP Racing com James Calado ao volante marcando 1:55.428.

O melhor DP vem apenas na 12º sendo o Corvette DP #90 da equipe Visitflorida.com com 1:56.756 com Ryan Dalziel ao volante. Na classe GTD, Matt McMurry fez o melhor tempo com o Porsche #73 da equipe Park Place Motorsports com 2:02.249.

Em segundo o Viper #33 da Riley Motorsports, seguido pela Ferrari #51 da Spirit Racing com os tempos de 2:02.281 e 2:03.078 respectivamente.

BMW apresenta cores do M6 GTE para Daytona

Cores remetem ao centenário da marca e a primeira vitória nos EUA. (Foto: BMW Motorsports)

A BMW Motorsports revelou nesta quarta (27) as cores dos dois M6 GTE que estarão representando a equipe na classe GTLM do Weathertech em 2016. Assim como em 2015 as cores são inspiradas em modelos do passado da marca.

O #25 remete ao BMW CSL 3.0, primeiro carro da marca que venceu uma corrida nos EUA em 1975. Já o #100 tem cores alusivas ao centenário da marca. O M6 é equipado com um motor V8 biturbo.  

“Nós queríamos fazer algo especial”, disse  o chefe da BMW Victor Leleu. “Utilizamos as cores históricas da BMW, mas fui com duas abordagens diferentes. O #25 tem ligações com o CSL, o carro que é a gênese da BMW e que ganhou em Sebring em 1975.”

“O #100 é algo especial. A IMSA nos deu a permissão para usar o número e faz parte das comemorações do nosso centenário.” O #25 será pilotado por Bill Auberlen, Dirk Werner, Augusto Farfus e Bruno Spengler. Enquanto o #100 terá Lucas Luhr, John Edwards, Kuni Wittmer e Graham Rahal.

 

Rebellion Racing confirma pilotos para o Mundial de Endurance

Equipe mantem mesmo time de 2015. (Foto: Divulgação Rebellion Racing)

Principal equipe privada da classe LMP1 do Mundial de Endurance, a Rebellion Racing confirmou nesta quarta (27) seus pilotos para a temporada 2016 do WEC. Seus dois Rebellion R-One equipados com um motor AER P60 V6 biturbo serão conduzidos por Nicolas Prost, Dominik Kraihamer, Alexandre Imperatori, Mathias Beche e Nick Heidfeld.

Heidfeld volta a equipe após perder algumas etapas da temporada passada por conta de uma fratura no pulso.

Além dos pilotos confirmados, Matheo Tuscher que substituiu Daniel Abt nas duas etapas finais do WEC em 2015 também fará parte do time. A Rebellion Racing foi campeã na classe LMP1 da ELMS em 2011, além de vencer o Endurance Trophy, premiação dada as equipes privadas na classe LMP1 do WEC desde sua abertura em 2012.