Christian Fittipaldi substitui João Barbosa em Mosport

Fittipaldi e os companheiros no Mustang Sampling Cadillac (José Mário Dias)

Uma semana após as exigentes 6 Horas de Watkins Glen, pilotos e equipes do IMSA WeatherTech Sportscar Championship voltam à pista a partir desta sexta-feira (dia 6) para os treinos da sétima etapa da temporada no Canadian Tire Motorsport Park. O traçado de 2,459 milhas (quase 4 km) é praticamente o mesmo ao longo das décadas. Com 10 curvas, é uma pista que conta com curvas de alta velocidade, que exigem ao máximo dos pilotos.

Christian Fittipaldi, que este ano vem competindo apenas as provas de longa duração, desta vez estará ao lado do português Filipe Albuquerque no #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R da equipe Action Express Racing. Ele substitui o também português João Barbosa, que sofreu um acidente de bicicleta no mês passado e se recupera de um machucado no pulso.

Lista de inscritos para Mosport

“Fiquei chateado com o que aconteceu com o João e o fato de ele perder as corridas, mas assim como em Watkins Glen, eu quero ajudar a equipe o máximo possível”, comentou Fittipaldi, que este ano também exerce a função de diretor esportivo da Action Express Racing. “De qualquer forma, é bom estar de volta à pista logo depois desta corrida em Glen, para tentarmos melhorar o carro”, lembrou.

Na semana passada, nas 6 Horas de Watkins Glen, as equipes com modelos Cadillac “sofreram” com a falta de velocidade dos carros nas retas. Problema que preocupa o brasileiro para a etapa deste domingo (8). “Estamos animados, mas ao mesmo tempo um pouco preocupados, porque as características da pista aqui são parecidas com as da última corrida e realmente faltou um pouco de performance”, destacou.

“Então, estamos motivados, mas com cautela. Vamos ver o que acontece no primeiro treino e vamos trabalhar para evoluir o carro. Em Watkins Glen, fizemos tudo o que podíamos, andamos no limite, mas todos os Cadillac tiveram dificuldades”, continuou o brasileiro, que terminou a prova em sexto lugar.

“Em Mosport, voltamos para as corridas curtas, com 2h45 de duração, então é importante andar na frente o tempo todo, estar sempre entre os primeiros, sem perder o contato, o que facilita o trabalho no final da corrida”, completou Fittipaldi, que subiu uma vez ao pódio em Mosport, com um segundo lugar em 2016.

Para Albuquerque, a pista será uma novidade. “É um novo circuito para mim, mas parece um clássico, uma pista ao estilo antigo, o tipo que eu gosto”, disse o jovem português. “Trabalhei no simulador, vi vídeos e acredito que estamos prontos para este desafio”, concluiu.

A equipe Action Express também conta com outro brasileiro no #31 Whelen Engineering Racing Cadillac DPi-V.R. O brasiliense Felipe Nasr é o parceiro do norte-americano Eric Curran. A equipe lidera atualmente a temporada, com Albuquerque com 169 pontos, apenas um ponto a mais que Nasr e Curran.

Nasr também fará sua estreia neste circuito. “Estou conhecendo muitas pistas novas este ano, então terei mais uma para acrescentar na minha lista neste fim de semana”, contou. “Pelo que vi, é uma pista de alta velocidade e muito técnica. Vamos trabalhar muito no acerto do nosso carro para ter certeza de que teremos o máximo de velocidade que podemos. Temos muitas corridas ainda, então temos de continuar lutando por pontos”, finalizou Nasr.

As atividades na pista canadense começam nesta sexta-feira, com dois treinos livres. No sábado, os pilotos terão mais um treino livre e o classificatório a partir das 14 horas (de Brasília). No domingo, a prova terá sua largada às 15h05 (de Brasília).

JDC-Miller busca parceria com Hyundai em programa DPi na IMSA

#99 pode mudar para a “classe” DPi em 2019. (Foto Jake Galstad / LAT Images)

A Hyundai estaria avaliando sua entrada na IMSA, em parceria com a equipe JDC-Miller. A informação foi divulgada no site Racer.com. Vencendo a última etapa da série em Watkins Glen, o Oreca 07 #99 com as cores da GAINSCO, reviveu os bons momentos em que a equipe viveu na Grand-Am, antes do acidente em Daytona no ano de 2014.

Em entrevista John Church avalia opções, para um programa DPi para 2019. O favorecimento das equipes DPi, frente aos protótipos LMP2, motivou a mudança de planos. Com várias montadoras já envolvidas em programas como ACura, Cadillac, Mazda e Nissan, uma das opções é a Hyundai, montadora Coreano com um estreito laço com Bob Stallings.

Buscando algo semelhante com o que foi feito por Ed Brown e Scott Sharp na ESM. a ideia é buscar o fornecimento de motores do construtor coreano, deixando a cargo da Oreca o desenvolvimento do layout do carro. “A vitória de domingo fortaleceu John Miller e eu para construir uma equipe campeã que pode competir rotineiramente com Roger Penske e Wayne Taylor e qualquer um que venha para a pista. Estamos muito focados no que vamos fazer no ano que vem e tentando ir para a DPi porque há algumas vantagens lá ”, disse Stallings à RACER.

“Conversamos com algumas fábricas sobre um programa de motores para o próximo ano e estamos em contato com nosso próprio fornecedor de chassis e outros sobre um programa de DPi. Meu palpite é que ficaremos com a Oreca, mas isso dependerá muito de quem acabamos escolhendo para um programa de motores no ano que vem ”.

Stallings competiu no Pirelli World Challenge, em parceria com a Hyundai na classe GTS com um Genesis Coupe. “Eu tenho um relacionamento com a fábrica e eu possuo algumas lojas, então eu tenho tido discussões sobre corridas nas grandes ligas”, continuou ele. “Eles têm ótimos motores com um biturbo de 3,3 litros, e isso tem um tremendo potencial, além de um V8 afinado que é capaz de muito mais potência, então é algo em que pensamos. Há conversas muito preliminares lá, e em termos de produção mundial, eles são o terceiro maior. Eles têm muitas pessoas que já fizeram muitas corridas e estão interessadas na série.”

“E não me importo de dizer que tenho uma aliança com a General Motors; trabalhamos com eles por muito tempo e ficamos impressionados com o Cadillac deles. E fomos contatados por outra fábrica que para uma joint venture onde eles desenvolvem o mecanismo e o desenvolvimento da caixa de engrenagens em parceria com o mesmo fornecedor de chassis que temos agora. É isso que estamos explorando.”

Mesmo vencendo com o LMP2, Stallings sabe como as coisas funcionam na IMSA. “Com os P2s, há alguns benefícios com potência de ponta como você viu em Watkins Glen, porque uma vez que você chega na velocidade final, você está bem, mas a vantagem que os DPs têm sobre nós é grande”, ele explicou. “Não temos o torque que eles têm. E no DPi, você pode fazer mais coisas com a suspensão como ajustes, algo que não é permitido fazer com o P2. As pessoas sabem que podemos ganhar e podemos ganhar campeonatos, John Church e John Miller estão na mesma página com a qual queremos levar as coisas”, finalizou.

Action Express realiza prova modesta em Watkins Glen

Próxima etapa será domingo que vem no Canadá (José Mário Dias)

Como previsto, a disputa das 6 Horas de Watkins Glen, neste domingo (dia 1º), exigiu ao máximo de pilotos e equipes. Com a temperatura ambiente próxima dos 40 graus Celsius, a prova foi válida pela sexta etapa do IMSA WeatherTech Sportscar Championship e a terceira do Campeonato Norte-americano de Endurance (que inclui as quatro provas longas do calendário).

Na equipe Action Express Racing, os trios formados por Christian Fittipaldi, Filipe Albuquerque e Gabby Chaves, a bordo do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R, e Felipe Nasr, Eric Curran e Mike Conway, no #31 Whelen Engineering Racing Cadillac DPi-V.R, fizeram o máximo possível diante da perda de velocidade de seus carros na reta e cruzaram a linha de chegada em sexto e sétimo, respectivamente.

Com o resultado, Albuquerque assumiu a liderança isolada da temporada, com 169 pontos, um apenas de vantagem para Nasr e Curran. Lembrando que o português João Barbosa, companheiro regular de Albuquerque na temporada, não pode competir em virtude de um machucado no pulso. Na prova deste domingo, a vitória ficou com o trio Misha Goikhberg, Stephen Simposon e Chris Miller, a bordo do #99 Oreca LMP2.

Foi a primeira vez, nos últimos cinco anos, que a equipe Action Express não subiu ao pódio nesta pista. Fittipaldi, que já venceu três vezes as 6 Horas de Watkins Glen (2013, 16 e 17), acredita que diante das dificuldades o resultado pode ser considerado positivo.

“Considerando o carro que tínhamos em mãos e a nossa posição de largada (14º), foi um dia positivo. Claro que não estamos totalmente satisfeitos pelo resultado final, mas os Cadillac não estavam rápidos na reta, então, diante deste desafio que enfrentamos foi bom”, comentou Fittipaldi, que voltou ao time após a vitória em janeiro nas 24 Horas de Daytona e a participação nas 12 Horas de Sebring em março.

“Em termos de campeonato, os resultados foram bons pra equipe também, que segue com os dois carros em primeiro e segundo. Agora vamos para Motorsport e esperamos ter um carro competitivo por lá”, completou o brasileiro, que este ano passou a exercer a função de diretor esportivo da Action Express Racing e está disputando apenas as provas longas.

A sétima etapa da temporada acontecerá no próximo domingo (dia 8) no Canadian Tire Motorsport Park, no Canadá.

Oreca da JDC-Miller vence em Watkins Glen pela IMSA

Oreca 07 supera protótipos DPi. (Foto: Divulgação)

Uma competitividade vista poucas vezes na IMSA, desde a unificação da ALMS com a Grand-Am em 2014. A etapa de Watkins Glen disputada neste domingo, 01, mostrou que o quando se dá uma maior liberdade, esquecendo um pouco do nacionalismo e predileção pelos Cadillac DPi, existe emoção no endurance norte americano. 

A vitória do Oreca 07 #99 da equipe JDC-Miller, com o icônico patrocínio da GAINSCO, deu um toque especial na prova. A equipe GAINSCO que em 2014 viu o piloto Memo Gidley, quase perder a vida, chegou a fechar as portas. Voltou como patrocinadora no PWC, até firmar este ano um acordo de patrocínio com a JDC.

Resultado final da prova

Velocidas máximas Watkins Glen

Largando na sétima posição os pilotos, Misha Goikhberg, Chris Miller e Stephen Simpson, não eram os favoritos à vitória, mas as adversidades e principalmente, o bom desempenho dos protótipos LMP2, fez toda a diferença na prova.

Foi a primeira corrida em que os Cadillac não tiveram um desempenho dominante. Mesmo sem alterações no BoP, desde a etapa de Detroit, os modelos americanos correram 10 kg mais pesados. Até os demais DPi apresentaram um desempenho superior nesta corrida. Tanto os Acura da equipe Penske, quanto os frágeis Mazda fizeram uma boa apresentação.

A CORE Autosports com o Oreca #54 que marcou a pole, largou em último na classe, após irregularidades no carro, durante o treino classificatório. Em uma prova de recuperação os pilotos Jonathan Bennett, Colin Braun e Romain Dumas, terminaram na segunda colocação. No Acura #6 Dane Cameron e Juan Pablo Montoya, lideraram grande parte da corrida, perdendo o segundo lugar, após serem ultrapassados por Dumas derrotou o colombiano na linha de chegada.

Herdando o primeiro lugar, o Ligier #32 da equipe United Autosports dos pilotos Bruno Senna, Paul di Resta e Phil Hanson, terminou na quarta colocação. Entre os brasileiros, Bruno foi o mais bem colocado. O Ligier perdeu as chances de brigar pela vitória depois de receber um toque por trás do Oreca conduzido por Collin Brown quando defendia a segunda colocação a apenas dois segundos do ponteiro. “Foi um absurdo. O Di Resta levou uma pancada por trás e não aconteceu nada com quem bateu”, reclamou Bruno. A vitória ficou com outro Oreca, dividido por Stephen Simpson, Misha Goikhberg e Chris Miller.

Ford vence na classe GTLM. (Foto: Divulgação)

Bruno não economizou críticas à direção de prova, que terminou com 10 dos 16 protótipos da classe principal com o mesmo número de voltas – 202. “Fiquei um tempão atrás do Oliver Jarvis, que estava atrasado, e nada de bandeira azul para ele sair da frente. O Di Resta também ficou preso e não fizeram nada. É muito difícil correr nos Estados Unidos porque toda vez que venho aqui acabo passando por algum tipo de problema como esse”, relatou.

Mesmo inconformado com o desfecho de uma corrida em que as possibilidades de vitória deram claras – em função do toque, Di Resta foi obrigado a fazer uma parada não prevista para trocar um pneu que perdia pressão e realizar reparos na traseira -, Bruno reconheceu que a equalização dos motores introduzida em Watkins Glen deu resultado. “Para nós, que não vínhamos bem, o balance of performance funcionou. E os Cadillac perderam desempenho”, lembrou. Segundo Bruno, no entanto, a filosofia vigente no automobilismo norte-americano também pesou.Eles gostam de acionar a bandeira amarela para reagrupar os carros e fazer com que as provas terminem com os carros o mais próximo possível, pensando mais no espetáculo e menos no aspecto esportivo.” Na quinta e sexta colocação os Cadillac #10 da Wayne Taylor Racing e o #5 da Action Express Racing no qual estava o brasileiro Christian Fittipaldi.

BMW vence na classe GTD. (Foto: Divulgação)

Entre os GTLM, Dirk Mueller levou o Ford #66 ao primeiro lugar. Companheiro de Joey Hand, a vitória foi a primeira desde Daytona para Mueller e a de Hand na temporada. Três diferentes fabricantes foram representados no pódio com Antonio Garcia terminando em segundo lugar no Corvette C7.R e Patrick Pilet em terceiro no Porsche #911.

Na classe GTD o BMW #96 da Turner Motorsports dos pilotos Don Yount, Dillon Machavern e Markus Palttala herdaram o primeiro lugar, depois que o Audi #29 da Montaplast by Land-Motorsports ter recebido duas punições e resolvido abandonar a prova.

Em segundo lugar o Acura #86 da equipe Shank Racing. Completando o pódio o Lamborghini Huracan #48 da Paul Miller Racing.

Custos preocupam equipes na IMSA

(Foto: Divulgação Twitter)

O teto orçamentário que alavancou a classe LMP2 no Mundial de Endurance, parece estar longe ser seguido na IMSA. Diversas equipes estão preocupadas com os custos, e o pouco retorno por parte da mídia.

Uma das equipes que está preocupada com os rumos financeiros da categoria, é a Spirit of Daytona Racing, que compete com Cadillac DPi. O time não vai competir na próxima etapa da IMSA em Mosport.

Ausente nas etapas de Long Beach e Mid-Ohio, a equipe estreou novo chassi neste final de semana, em Watkins Glen. Em entrevista ao site sportscar365.com, Troy Flis dono da equipe, revela que não vai cruzar a fronteira para o Canadá.  

“Nós simplesmente não temos o financiamento para passar este ano”, disse. “Sabíamos que estávamos com pouco financiamento e íamos perder algumas [corridas]. O acidente em Sebring nos afetou muito, esse foi um grande problema.”

“Temos muitas coisas em andamento, mas sem compromisso. Se eu pelo menos receber uma carta de intenções, nós descobriremos uma maneira de fazer isso. Mas não podemos continuar assim.”

Flis confirmou que deve alinhar seu Cadillac DPi em Petit Le Mans, mas que ainda trabalha para conseguir os recursos necessários, para competir nas demais etapas da série. Ele disse que eles estão “60-70%” no orçamento para a rodada de 7 a 9 de setembro em Laguna Seca, embora atualmente apenas “40-50%” provavelmente esteja em Road America entre os dias 3 e 5 de agosto.

O patrocínio de uma rede de hoteis, que está em negociação, podem ajudar nas contas da equipe. “Definitivamente, Road Atlanta vamos fazer”, disse ele. “Temos algumas coisas em andamento. Se pudermos resolver essas coisas, vamos fazer Laguna com certeza. Então, se eu conseguir um pouco mais, faremos Road America.”

“É uma droga. Estamos neste esporte há muito tempo e perder as corridas é difícil. Os carros são tão caros para rodar. Nós não queremos ir e correr uma corrida apenas por correr. Nós não queremos fazer coisas em um orçamento de corda de sapato. Todas as corridas que vamos, queremos ganhar.”

“Eu não quero limitar a equipe. Temos ótimos pilotos e provavelmente a melhor equipe que nos últimos anos.”

Protótipos LMP2 largam na frente em Watkins Glen

(Foto: Twitter equipe)

O domínio dos protótipos DPi foi quebrado momentaneamente. O Oreca 07 da equipe CORE Autosports marcou neste sábado, 31, a pole para as 6 Horas de Watkins Glen. Colin Braun marcou 1:32.350. Superou por 0.006 segundos o Ligier da equipe United Autosports, do brasileiro Bruno Senna, Paul di Resta e Phil Hanson.

A prova começará às 10h45 (Brasília) e com expectativa otimista por parte de Bruno Senna, o melhor entre os cinco brasileiros na prova – os demais são Christian Fittipaldi, Felipe Nasr, Hélio Castroneves e Pipo Derani. Apesar da evolução ao longo dos treinos livres, o excelente posicionamento no grid foi recebido não sem uma certa surpresa por Bruno. “Na verdade, eu achava que ficaríamos entre os quatro mais rápidos, mas o carro estava bem acertado e o Paul fez uma volta muito boa”, analisou.

Tempos do treino classificatório

Bruno acredita que as chances da equipe são muito boas porque praticamente todo o trabalho nos treinos esteve voltado para a configuração de corrida. “Mal mexemos no acerto de classificação”, revelou. “Mas parece que a pista casou muito bem com nosso carro”, continuou. “A equalização do desempenho dos motores, prática rotineira na série, parece ter dado os efeitos pretendidos. “A potência dos DPi foi reduzida e o equilíbrio ficou maior”, aplaudiu. De acordo com o regulamento do campeonato, que obriga o piloto que classificou o carro a fazer o primeiro turno na corrida, o escocês Di Resta estará no cockpit para a largada. Bruno só assumirá o volante depois de Hanson.

Braun não marcava uma pole, fazia dois anos. A equipe Penske ocupa a terceira e quarta posições com seus Acura DPi. Na classe GTLM a Ford marcou dobradinha com o #67 e #66 em primeiro e segundo lugar, respectivamente. Na classe GTD, o primeiro lugar ficou com o Lexus da equipe 3GT Racing.

“Nosso carro tem bom potencial”, avalia Bruno Senna sobre etapa de Watkins Glen da IMSA

Ligier terá chances de vitória? (Foto: Divulgação)

De volta ao Campeonato Norte-Americano de Endurance depois da ausência na segunda etapa em Sebring, Bruno Senna acredita que está encontrando nas 6 Horas de Watkins Glen o equilíbrio de forças mais justo que esteve distante nas 24 Horas de Daytona, etapa de abertura do calendário de 2018. Único dos três tripulantes do carro número 32 da United Autosports com experiência no traçado localizado a 400 km de Nova York, o piloto brasileiro ficou satisfeito com os trabalhos na primeira sessão de treinos livres desta sexta-feira, quando as quatro primeiras posições caíram em poder de marcas diferentes. “A equalização do balance of performance parece que não ficou ruim. Nosso carro tem bom potencial e será uma disputa bastante apertada em termos de rendimento entre todos os concorrentes”, afirmou Bruno, relativizando o 13º na classificação geral do Ligier LMP2 na sessão dominada pelo Acura DPi da dupla Juan Pablo Montoya-Dane Cameron.

Boa parte dos 60 minutos da primeira das três baterias de ensaios que seriam realizadas até amanhã antes das tomadas classificatórias para a formação do grid foi consumida pela United Autosports para familiarizar o inglês Phil Hanson e o escocês Paul di Resta com um circuito até então desconhecido. “O Phil, principalmente, andou bastante pela manhã, ainda sem colocar pneus novos, e o Paul deveria ganhar quilometragem à tarde”, disse Bruno, ainda desconhecendo a quem caberia a responsabilidade de ocupar o cockpit no qualifying. “Temos de ver como é que o Paul se adapta, antes de mais nada”, explicou.

Dos 42 carros das três divisões inscritas na prova, 16 são protótipos – entre eles o Ligier da United Autosports. Vindo de uma participação expressiva nas 24 Horas de Le Mans, onde ficou em 4º na segunda etapa da supertemporada do Mundial de Endurance – FIA WEC,  Bruno elogiou o momento favorável atravessado pela série. “O campeonato está fortíssimo. Para ganhar aqui vamos ter de andar muito”, reconheceu. O Norte-Americano de Endurance está atraindo nomes conhecidos das pistas, inclusive vários dos melhores pilotos brasileiros, como Felipe Nasr, Hélio Castroneves, Christian Fittipaldi, Pipo Derani, todos correndo entre os protótipos, e Daniel Serra e Osvaldo Negri Jr., que dividem uma Ferrari 488 GT3 na divisão GTD.

Os carros voltam à pista logo cedo neste sábado, a partir das 9 horas (Brasília), para o último treino livre. O qualifying, com apenas 15 minutos de duração, começará às 13h25. Domingo, a largada está prevista para as 10h45.

Pipo Derani busca primeira vitória em Watkins Glen

Brasileiro conquistou a pole ano passado (BigTom O’Connor)

Quinze dias após conquistar um ótimo quinto lugar nas 24 Horas de Le Mans, na França, Pipo Derani está de volta ao IMSA WeatherTech SportsCar Championship neste final de semana (30 de junho e 1º de julho) para a disputa da sexta etapa do ano. As 6 Horas de Watkins Glen, na pista que fica no estado de Nova York (EUA), marcam a metade da temporada 2018.

A prova também será válida pelo Campeonato Norte-americano de Endurance, que inclui as quatro corridas longas da competição, dentre elas as 12 Horas de Sebring, vencida por Derani pela segunda vez este ano.

“É ótimo estar de volta a Watkins Glen”, declarou o brasileiro que pilota o #22 Tequila Patrón ESM. “Foi aqui que conquistei minha primeira pole position no IMSA e é uma pista divertida e muito rápida para se pilotar”, continuou.

“Acredito que este circuito é bom para o nosso carro, então espero estarmos competitivos. Uma corrida de seis horas é sempre difícil, mas com a equipe que temos acredito que podemos manter o otimismo”, completou Derani.

A Tequila Patrón ESM dominou a classificação nos últimos dois anos em Glen, largando da frente em 2016 e 17. Em 2018, Derani espera brigar por uma vitória no circuito. O brasileiro, de 24 anos, conquistou a pole no ano passado com 1min34s405, alcançando 129,6 milhas por hora. No entanto, foi obrigado a abandonar após alguns problemas mecânicos.

Em Watkins Glen, Derani estará ao lado do norte-americano Johannes van Overbeek, seu companheiro na temporada regular, e também do francês Nicolas Lapierre.

Os treinos no traçado de 3,4 milhas (aproximadamente 5,47 km) terão início nesta sexta-feira (29). No sábado, o classificatório está previsto para as 13h25 (de Brasília) e, no domingo, a prova terá sua largada às 10h45 (de Brasília).

Christian Fittipaldi compete nas 6 Horas de Glen ao lado de João Barbosa e Gabby Chaves

Brasileiro compete apenas nas provas longas da IMSA. (Foto: José Mario Dias)

As 6 Horas de Watkins Glen, que serão realizadas neste domingo (1º de julho), trazem ótimas recordações para o brasileiro Christian Fittipaldi, que volta ao cockpit do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R da equipe Action Express Racing. Nos últimos anos, o brasileiro venceu três vezes a corrida (2013, 16 e 17) e também foi ao pódio em 2014 e 15 (terceiro lugar).

A disputa deste fim de semana marca a sexta etapa da temporada do IMSA WeatherTech Sportscar Championship em 2018 e a terceira válida pelo Campeonato Norte-americano de Endurance (que inclui as quatro provas longas do calendário). Fittipaldi estará ao lado dos companheiros Filipe Albuquerque e Gabby Chaves, que substituirá o titular João Barbosa. O piloto, que sempre esteve com Fittipaldi nas conquistas anteriores em Glen, se recupera de um machucado no pulso, após um incidente sofrido enquanto andava de bicicleta no início deste mês.

Vencedor da primeira etapa de 2018, a tradicional 24 Horas de Daytona, o #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R também foi o primeiro colocado na etapa de Long Beach deste ano. Após cinco etapas, a equipe Action Express Racing divide a liderança da temporada com seus dois carros. Albuquerque e Barbosa estão com 144 pontos, bem como a dupla do #31 Whelen Engineering Racing, formada pelo brasileiro Felipe Nasr e o norte-americano Eric Curran. No Norte-americano de Endurance, Curran, Nasr e Mike Conway lideram com seis pontos de vantagem para Fittipaldi, Barbosa e Albuquerque.

“Estou contente por voltar a Watkins Glen, que é uma pista que eu considero uma das melhores dos Estados Unidos”, comentou Fittipaldi, que este ano está participando apenas das provas de longa duração, já que passou a exercer também a função de diretor esportivo da equipe.

“Vamos trabalhar forte para tentar a quarta vitória. Sempre andei muito bem nesta pista e terminei no pódio em todas as corridas que fiz lá desde 2013. Estamos muito animados, testamos bastante no simulador e a expectativa é muito positiva para colocar tudo o que temos de melhor em prática. E, se não der para vencer, estar mais uma vez na briga pelo pódio”, completou o brasileiro, que passou pelas principais categorias do automobilismo mundial.

Os treinos no traçado de 3,4 milhas (aproximadamente 5,47 km) terão início nesta sexta-feira (29). Serão dois treinos livres no primeiro dia de atividades, mais um treino livre no sábado (30), com o classificatório às 13h25 (de Brasília). No domingo, a prova terá sua largada às 10h45 (de Brasília).

Scott Atherton admite “encruzilhada” na busca pela equivalência entre DPi e LMP2

Protótipos LMP2 sem chances de lutar por vitórias na IMSA. (Foto Scott R LAT Imagens)

A próxima etapa da IMSA acontece no neste final de semana em Watkins Glen. Com duração de seis horas a prova vai expor mais uma vez a superioridade dos protótipos DPi, frente aos LMP2. A disparidade ocorre desde a unificação da IMSA com a Grand-Am em 2014.

O presidente da IMSA, Scott Atherton, que também foi o diretor da finada ALMS, sabe do problema e busca soluções, para dar condições de vitória para as equipes que competem com protótipos LMP2. De acordo com o dirigente, as equipes DPi com apoio das montadoras, vem testando seus protótipos com mais intensidade. Os modelos “americanos” venceram, todas as etapas do campeonato até agora.

“No ano passado, se você olhar os resultados tanto nos testes quanto nas corridas, houve uma boa paridade e esperávamos que houvesse alguma evolução chegando neste ano, mas não tanto quanto ocorreu”, disse ele, em entrevista ao site sportscar365.com.

“Com todo respeito às equipes que estão rodando nos carros P2, o calibre, os recursos e as capacidades das equipes de DPi atingiram um nível de desempenho que tornou muito difícil equilibrarmos o DPi com o desempenho dos P2.”

Mesmo com ajustes de equivalência, as equipes LMP2 não estão conseguindo o desempenho esperado. “É aí que se torna uma conversa difícil com nossos parceiros da DPi, pois os levamos para um lugar que ninguém esperava que fossem”, disse ele.

“Estamos em uma verdadeira encruzilhada agora para onde vamos, porque se uma equipe que tiver recursos semelhantes, talento de pilotos, talento de engenharia, capacidade de testes, etc. entrasse na equação agora, é seguro dizer que eles se sairiam bem contra o nível atual de desempenho, que os DPi possuem.”

“Estamos nos mantendo fiéis à nossa palavra, pelo menos até o final desta temporada, estamos avaliado outras alternativas daqui para frente.”

Equipes querem divisão de classes

Uma das alternativas que contam com o apoio da equipes é a separação das classes. Assim os times com protótipos DPi poderiam utilizar todo o desempenho dos seus protótipos.

“Essa não é uma ideia nova”, disse ele. “Nós nos comprometemos desde o início que não faríamos isso.”

“Houve uma equipe em particular que se opôs a isso. A razão pela qual eles entraram na categoria foi correr pela vitória geral contra os melhores, e é por isso que eles estão lá.”

“O tempo evolui, os resultados evoluem, as coisas mudam. Acho que estou afirmando o óbvio quando digo que essa opção existe e está sendo considerada, mas não quero que seja a manchete porque você poderia ter dito isso há seis meses.”

“Precisamos ter muito cuidado ao tomar essa decisão, porque as ramificações disso são de grande alcance”.