Promotora das 6 Horas de Interlagos afirma que cancelamento da prova foi “decisão unilateral”

Prova foi transferida para os Estados Unidos. (Foto: Divulgação)

A N/Duduch Motorsports, empresa responsável pela realização das 6 Horas de Interlagos, que seria a quinta etapa da temporada 2019/20 do Mundial de Endurance, rebateu as acusações de Gerad Neveu, CEO do WEC, sobre os motivos que levaram o cancelamento da etapa brasileira. 

Na manhã desta segunda-feira, 02, um comunicado da organização do Mundial de Endurance afirmava que o cancelamento se dava pelo não comprimento de cláusulas contratuais. 

Na nota, Gerard Neveu, diz.  “Em primeiro lugar, devemos agradecer a Bobby Epstein e ao Circuito das Américas por nos acomodar em um prazo relativamente curto. É um local excelente, e nossos fãs, equipes e mídia agora têm a garantia de excelentes corridas na América do Norte, não uma, mas duas vezes em dois meses”. 

“É claro que é muito lamentável nos encontrar nessa posição. O WEC lamenta muito essa situação e se sente muito triste pela cidade de São Paulo e pelos muitos milhares de fãs do automobilismo brasileiro. Nossa principal preocupação era com nossas equipes e parceiros, e trabalhamos duro para encontrar uma solução que oferecesse o mínimo de interrupção possível”

A promotora foi surpreendida pela decisão. Em nota emitida pouco depois do anúncio oficial, ela afirma que é “uma decisão unilateral”, e que todos os investimentos acordados com o WEC foram realizados.

A nota continua: “A decisão da organização do WEC” gera prejuízo aos amantes do automobilismo brasileiro e de todos os fãs do esporte na América Latina. A organização do WEC decidiu não honrar os compromissos assumidos com a cidade de São Paulo, com os amantes do esporte e com o público em geral”, reafirmando que já foram investidos R$ 8 milhões dos R$ 12 milhões previstos”. 

“Rumores e alegações que surgiram recentemente acerca da preocupação, por parte do WEC, com o momento econômico que o País atravessa, não se sustentam”, continua a declaração da N/Duduch. “Em verdade, e apesar de tudo aquilo que foi investido e realizado até a presente data, a organização do WEC não se satisfez com as garantias financeiras (emitidas por instituição financeira, como é praxe em eventos desta magnitude) disponibilizadas pelos promotores do evento, decidindo, unilateralmente, cancelar a prova.”

“Lamentamos muito a forma com que a direção do WEC conduziu suas obrigações em detrimento do Brasil, da cidade de São Paulo e dos amantes do automobilismo da América Latina”, encerra a nota. A empresa se comprometeu em devolver o dinheiro dos ingressos. 

A prova será realizada entre os dias 22 e 23 de fevereiro, três semanas após a data original do evento em São Paulo. A adição da COTA à programação 2019-20 significa que haverá duas corridas nos Estados Unidos nesta temporada.

A visita do campeonato ao Texas ocorrerá exatamente um mês antes da sexta rodada da temporada no Sebring International Raceway.

Etapa de Interlagos do Mundial de Endurance é cancelada

Etapa de Interlagos do Mundial de Endurance é cancelada

(Foto: Porsche)

A Organização do Mundial de Endurance confirmou nesta segunda-feira, 02, o cancelamento da etapa de São Paulo do WEC, que será substituído pelo Circuito das Américas, nos Estados Unidos. 

A série que teve um “grande problema com o promotor local” levou à decisão de abandonar o retorno das corridas de resistência do campeonato mundial a Interlagos depois de seis anos fora. COTA volta ao calendário pela primeira vez desde 2017. 

A alteração da prova precisa ser aprovada pelo Conselho Mundial de Automobilismo da FIA. A prova será realizada entre os dias 22 e 23 de fevereiro, três semanas após a data original do evento em São Paulo.

A adição da COTA à programação 2019-20 significa que haverá duas corridas nos Estados Unidos nesta temporada. A visita do Mundial de Endurance ao Texas ocorrerá exatamente um mês antes da sexta rodada da temporada no Sebring International Raceway.

A organização da etapa brasileira chegou a emitir nota negando que o evento seria cancelado, desmentindo os boatos de que estaria enfrentando problemas financeiros. 

EoT mantem Toyotas lentos para etapa do Bahrain do Mundial de Endurance

Última prova na pista foi em 2017. (Foto: Toyota)

A organização do Mundial de Endurance divulgou neste sábado, 30, o EoT da classe LMP1 e o BoP da classe GTE, para a próxima etapa da competição, que acontece no próximo mês, no Bahrain. 

Com os resultados da etapa de Xangai, os protótipos da Toyota continuaram sendo mais lentos do que os adversários da Rebellion Racing e Ginetta. O TS050 líder do campeonato dos pilotos Sebastien Buemi, Kazuki Nakajima e Brendon Hartley está 2,72 segundos mais lento por volta. O tempo tem como referência o Ginetta #6. O Toyota #7 de Kamui Kobayashi, Mike Conway e José Maria Lopez, ficará 2,51 mais lento por volta. 

EoT classe LMP1

BoP classe GTE

De acordo com as regras do handicap de sucesso, a desvantagem não podem ultrapassar os 40 pontos, o que de acordo com o regulamento, os dois protótipos da Toyota deveriam receber a mesma “punição” por volta. A explicação poderia ser o cálculo de desvantagem ser ter se baseado em diferentes coeficientes de cada carro. 

O coeficiente é um número determinado pelo WEC, que recupera a penalidade de segundos por volta de cada carro, multiplicado pela vantagem de pontos sobre o carro referência e a duração da próxima corrida do calendário. 

Vamos ao exemplo

A Rebellion que venceu em Xangai, terão uma desvantagem de 1,36 segundos por volta para a próxima corrida. Será um tempo teórico de 1,12 segundos mais lento que o próximo carro LMP1 não híbrido mais lento, que é o Ginetta #5. A Rebellion recebeu apenas 1 quilo e lastro em comparação com o Ginetta na China, ela entrará na corrida do Bahrein com um aumento de 39 kg no peso mínimo em relação ao seu adversário, no caso o Ginetta. 

Isso reflete um aumento de 20 kg para o Rebellion de 862 para 882 kg, no entanto, as regras de handicap de sucessos publicados em agosto indicam que LMP1s não híbridos não podem exceder 870 kg. O #5 viu seu peso cair de 861 para 843 kg, enquanto o Ginetta #6, como carro de referência, permanecerá em 833 kg.

Mudanças nas classes GTE

 Na classe GTE-Am, a equipe TF Sport, que compete com o Aston Martin Vantage GTE #90, estará mais pesado. O carro pilotado por Jonny Adam, Charlie Eastwood e Salih Yoluc, correrá com 1292 kg de peso mínimo. 

A Ferrari #83 da equipe AF Corse será dois quilos mais leve do que o Aston Martin, será o carro com a segunda maior desvantagem. As Ferrari das equipes Red River Sport, MR Racing e o segundo carro da AF Corse, serão 20 quilos mais leves. O lastro definido para a classe GTE-Am, foi baseado no acúmulo de penalidades para os carros que terminaram nas melhores colocações nas últimas duas corridas e nos três primeiros colocados na classificação de pontos. Todos os carros da Aston Martin em ambas as classes GTE, terão 1 litro de combustível a menos em seus tanques. 

T.50 projetado por Gordon Murray poderá ter versão para o Mundial de Endurance

Mais uma equipe interessada no Mundial de Endurance. (Foto: Divulgação)

Gordon Murray ex-projetista da McLaren e Braham e que desenhou o McLaren F1, e que recentemente apresentou os primeiros desenhos do T.50, superesportivo avaliado em £ 2 milhões, revelou a intenção de participar do Mundial de Endurance. Ele já teria entrado em contato com os promotores do WEC e das 24 Horas de Le Mans. 

Em entrevista ao site Motorsports.com, Murray, que várias equipes de clientes demonstraram interesse em competir com o T.50, considerado o sucessor natural do McLaren F1, que venceu as 24 Horas de Le Mans de 1995 em sua versão GTR. 

“As pessoas que dirigem a série estão muito interessadas em nos receber de volta após nossa história em Le Mans com o F1 GTR – falei com o ACO e a FIA em fevereiro deste ano”, disse Murray. “Posteriormente, tivemos alguns clientes que estão muito interessados ​​em pilotar o carro. Somos todos pilotos aqui, por isso também estamos muito interessados ​​em pilotar. Está no nosso DNA.”

“Estamos prestes a anunciar em breve uma parceria com uma equipe de F1 para o uso de um túnel de vento no desenvolvimento do T.50, por isso já estamos um passo mais perto das corridas”.

O projetista deixou claro que até o momento nenhuma decisão sobre o T.50 em pista foi fechada. Ele deve se encontrar com o presidente da SRO, Stephane Ratel, para lhe orientar sobre as corridas. O esportivo será equipado com um motor V12 de quatro litros, fabricado pela Cosworth. Os 100 carros começaram a ser entregues em 2022. Murray afirma que uma versão de competição pode ganhar vida antes. 

Isso seria permitido sob as regras do hipercarro, que determinam uma produção mínima de 20 carros concluída dentro de dois anos após o início da corrida.

“Se o fizermos, seria feito por uma equipe separada e paralelamente ao carro de estrada, e já temos uma unidade para realizar operações especiais de veículos”.

Murray admitiu que a aerodinâmica ativa do carro de estrada T.50 que compreende um ventilador elétrico de seis modos quase certamente não seria permitida em uma versão de corrida.

“Eu não acho que eles nos deixariam usar o ventilador; acho que não me daria bem com isso de novo”, disse ele em referência ao Brabham-Alfa Romeo BT46B F1 de 1978.

Outra preocupação é com o peso mínimo. De acordo com os regulamentos, o hypercar deve ter um peso mínimo de 1100 kg. O T.50 pesará 980 kg. Uma versão homologada terá que pesar 890 kg. 

“Uma versão de corrida do T.50 provavelmente sairia com cerca de 900 kg, portanto, aparafusar algumas centenas de quilos de lastro não seria interessante”, disse ele. “Mas como as novas regras se baseiam no equilíbrio de desempenho, esperamos que haja alguma maneira de corrermos mais leves, mas com menos energia”.

A Gordon Murray Automotive foi fundada como empresa irmã da Gordon Murray Design em 2017 com a intenção de construir um novo supercarro no espírito da McLaren F1. O T.50 foi lançado em junho deste ano com a divulgação das especificações do carro e a abertura de pedidos.

 

Circuito de Kyalami pode receber etapa do Mundial de Endurance

Circuito recebeu etapa do IGTC no final de semana. (Foto: Porsche AG)

O Mundial de Endurance pode chegar ao continente africano. É o que garante o CEO da categoria, Gerard Neveu, após assistir as 9 Horas de Kyalami, que aconteceu no último final de semana. A prova organizada pela SRO, levou nomes importantes do endurance mundial para uma das pistas mais tradicionais do mundo. 

Gerard aceitou o convite do fundador da SRO, Stephane Ratel e gostou do que encontrou. A pista foi severamente modificada e lembra muito pouco o traçado original que durou de 1961 até 1988. Nos anos 80 a pista localizada em Joanesburgo, na África do Sul, recebeu etapas do antigo Mundial de Marcas. 

Não é de hoje que a organização do Mundial de Endurance busca novas pistas ao redor do mundo. Em recente questionário enviado aos pilotos e equipes, o circuito foi um dos mais comentados. 

“Durante todo o ano, procuramos novos lugares onde há interesse pelo endurance”, explicou Neveu ao site Sportscar365.com. “Kyalami é um circuito que devemos considerar seriamente, porque este é um lugar que tem história”. 

O dirigente do WEC agradeceu o convite feito por Ratel, considero um amigo. “Foi uma boa oportunidade para visitar meu amigo Stephane Ratel. A pista que passou por um período sem competições internacionais possui atualmente 4.522 km de extensão e é classificado pela FIA como uma pista de Grau 2. 

O completo possui uma nova área de boxes, asfalto das mesmas especificações dos traçados europeus, melhorias na segurança e espaços atualizados para espectadores. 

A presença de Gerard Neveu no circuito sul-africano, vem em um momento que rumores de uma crise financeira dos promotores das 6 Horas de São Paulo enfrentam. A notícia que circulou em diversos sites, foi desmentida pela organização da prova que confirmou a realização da etapa brasileira do WEC.

Caso a corrida em Interlagos não aconteça, os circuitos de Austin, no Texas e Hermanos Rodriguez no México, estariam de prontidão para receber equipes e pilotos. 

“Você precisa ser realista”, disse o dirigente. “Para organizar um evento em uma corrida que você nunca competiu, leva um certo tempo. Em dois meses e meio, como o período de natal, no meio, isso não poderia acontecer”, finalizou. 

Porsche estaria desenvolvendo Hypercar com motor de Fórmula 1

Hypercar poderia, em tese, disputar o WEC. (Foto: Reprodução Flat6mag.com)

A Porsche estaria nos estágios iniciais de desenvolvimento de um superesportivo. A informação é do site flat6mag.com, especializado em notícias sobre o fabricante alemão. O último carro de auto-desempenho da marca, o 918 Spyder, foi apresentado no salão do automóvel de Genebra em 2013. 

Durante o salão de Genebra deste ano, Oliver Blume, presidente da Porsche, comentou a hipótese de um novo hypercar, equipado com um motor totalmente elétrico. Mesmo que a tendência da indústria automobilística seja cada vez maior o uso da eletrificação, Frank-Stephen Walliser, desenvolvedor do 918 Spyder, não é a favor de um modelo sem sistemas de combustão. 

Walliser acredita que a velocidade e torque cada vez maiores, obtidos por modelos elétricos, não sejam o único ponto a ser analisado.  O desempenho também é medido considerando a facilidade de uso diário, o desempenho na pista e, acima de tudo, a repetibilidade do desempenho a longo prazo. Ele concluiu que as tecnologias elétricas atualmente disponíveis não tornam isso possível.

Para equipar o novo modelo, a Porsche busca soluções novas e baseadas em um motor desenvolvido para F1 que nunca saiu das oficinas da marca. Fritz Enzinger, diretor de motorsports a Porsche, disse recentemente que cerca de 40 engenheiros de competição estão trabalhando duro desde 2017 para projetar um novo motor híbrido de seis cilindros de 1.6 litros. A Porsche chegou a pensar em competir na F1, mas devido aos custos e regulamentos cada vez menos “esportivos” acabou escolhendo a Fórmula E. 

As chances de ver este motor em um carro de rua são reais. Segundo Fritz, ver um motor V6 recuperado energia oriunda dos gases de escapamento no dia a dia, seria interessante. O site também apurou que o programa de desenvolvimento está ativo. Caso se concretize, seria um provável retorno da marca para o Mundial de Endurance? 

ACO divulga lista de inscritos para as 8 Horas do Bahrein

Prova acontece no dia 14 de dezembro. (Foto: FIAWEC)

O ACO divulgou nesta quarta-feira, 13, a lista de inscritos para as 8 Horas do Bahrein, prova que acontece no dia 14 de dezembro. São 31 carros inscritos com algumas novidades em relação a etapa de Xangai. 

O bicampeão da Fórmula E Jean-Eric Vergne, o campeão do WEC LMP2 de 2015, Roman Rusinov, e o vencedor da LMP3 de Le Mans na Europa de 2018, Job van Uitert estão confirmados com o Aurus #26 da equipe G-Drive. Esta é a mesma formação que terminou com o vice-campeonato da ELMS . 

Lista de inscritos

Vergne e Rusinov participam pela primeira vez da atual temporada, enquanto van Uitert disputou a rodada de abertura em Silverstone, em setembro. A G-Drive deve participar também das 6 Horas de São Paulo.

Com a participação da G-Drive, a TDS Racing que fornece suporte técnico para os Russos, terá em suas mãos três protótipos, já que também administra o Oreca 07 da Racing Team Nederland. 

Alguns pilotos não foram confirmados, o que deve acontecer nos próximos dias. Entre os brasileiros Felipe Fraga não competirá no Bahrein. Em seu lugar pela segunda vez aparece Larry ten Voorde, que dividirá o Porsche #57 do Team Project 1 com  Ben Keating e Jeroen Bleekemolen. 

Bruno Senna está confirmado no #1 da equipe Rebellion, enquanto André Negrão no Signatech Alpine #36.

 

Peugeot anuncia participação no Mundial de Endurance

Peugeot abandonou o rndurance por conta dos custos. (Foto: Divulgação)

A Peugeot Sport anunciou nesta quarta-feira (13), através da sua conta no Twitter, a participação no Mundial de Endurance a partir de 2022. A montadora francesa ensaiava um retorno ao endurance, modalidade na qual deixou de participar em 2011, um ano antes do início do WEC. 

Não foram divulgados detalhes técnicos sobre o futuro programa. A Peugeot chegou a desenvolver o 908 Hybrid4 para a temporada 2012, mas o protótipo da classe LMP1 sequer chegou a ir para a pista. 

Na época, os motivos do cancelamento foram a recuperação financeira que o grupo PSA estava enfrentando. Na sequência adquiriu as marcas Opel e Vauxhall da GM e recentemente anunciou a fusão com a Fiat Chrysler. 

A Peugeot declarou que “a economia de custos permitida pelos novos regulamentos de Hypercar do WEC e a confirmação de que a série contará com unidades de potência híbridas levaram o Comitê Executivo Groupe PSA a aprovar a proposta da marca Peugeot de participar do principal campeonato mundial de corridas de resistência a partir de 2022″.

“Estou muito empolgado com a perspectiva de canalizar as habilidades e a paixão da minha equipe neste projeto”, disse Jean-Marc Finot, diretor da PSA Motorsport. “É um novo desafio e sei que nossos especialistas farão isso com mais uma demonstração de sua vontade de vencer com equipes financiadas pelas marcas do Grupo, alimentadas por sua longa experiência em campeonatos da FIA e pela fome de sucesso”.

O diretor da marca Peugeot, Jean-Philippe Imparato, acrescentou: “A paixão da marca Peugeot pelo automobilismo sempre desempenhou um papel fundamental na conquista das muitas vitórias que conquistamos em nossa história”. 

“As mudanças que o FIA WEC está introduzindo se encaixam agora com a transição em que estamos nos submetendo à eletrificação de nossa linha e ao lançamento de produtos de alto desempenho, desenvolvidos em estreita associação com a PSA Motorsport e pronunciados pelo Concept 508 Peugeot Sport Engineered. Essas iniciativas estão completamente sintonizadas com a assinatura da marca ‘Motion and E-motion’ da Peugeot”, finaliza.

Com este anúncio, a Peugeot se une à Toyota, Aston Martin, Glickenhaus e ByKolles no compromisso formal com a Hypercar.

Organização das 6 Horas de São Paulo confirma a realização da etapa do Mundial de Endurance no Brasil

(Foto: Porsche)

Após site de notícias divulgar, que a realização das 6 Horas de São Paulo estava em risco, por conta da “crise” política que assola o país, A N Dudutch Motorsports, promotora do evento, emitiu nota negando as informações. 

Os rumores surgiram durante este final de semana, durante a etapa da China do WEC. O CEO do WEC, Gerard Neveu, em reunião com as equipes, teria dito para os times não comprarem passagens para o Brasil, devido ao atraso de obras no circuito de Interlagos e do panorama político do país. 

Neveu ainda pediu para que as equipes, esperassem novidades para as próximas semanas. O circuito terá novos boxes e uma cobertura sobre o paddock. As estão sendo realizadas e estarão concluídas antes da prova, marcada para o dia 1º de fevereiro de 2020. 

Confira a nota da N Duduch na íntegra: 

Apesar dos ditos rumores que surgiram em torno da realização das 6 Horas de São Paulo, a organização do evento confirma que a equipe segue trabalhando normalmente para o sucesso da etapa, a quinta da temporada 2019/2020 que está marcada para acontecer entre os dias 30, 31 de janeiro e 1º de fevereiro no Autódromo de Interlagos.

“Os ditos rumores surgiram devido à preocupação com o momento econômico que o país atravessa. Porém, essa questão não impacta nas tratativas, que seguem à todo vapor com os patrocinadores locais. Os trâmites com alguns fornecedores brasileiros também são uma preocupação do FIA WEC, que não está habituado com os procedimentos para a contratação, que é feita por meio de licitação pública” afirma Nicholas Duduch, CEO da N Duduch Motorsports, promotora do evento.

“A gestão pública da cidade de São Paulo tem cumprido à risca o compromisso assumido com o FIA WEC em oferecer toda a infra-estrutura necessária, de acordo com os cadernos de encargos, para que o evento aconteça nas melhores condições, seguindo as exigências da FIA”, continua o dirigente.

“Temos a certeza de que o evento será um sucesso e que o público brasileiro vai vibrar com seus representantes na pista, afinal estamos trazendo o espírito de Le Mans para o autódromo mais importante da América do Sul”, completa Duduch.

Rebellion Racing vence as 4 Horas de Xangai

Vitória de Norman Nato, Bruno Senna e Gustavo Menezes, foi marcada pelo excessivo consumo de pneus. (Foto: Divulgação)

Demorou, mas saiu! A Rebellion Racing venceu na madrugada deste domingo a etapa de Xangai do Mundial de Endurance, disputada no circuito de Xangai, na China. Bruno Senna, Gustavo Menezes e Norman Nato, superaram o asfalta abrasivo do circuito e um começo decepcionante para conquistar a primeira vitória da equipe no WEC.

A corrida marcou a primeira vitória de um Senna no “geral” em um mundial sob a chancela da FIA, e a segunda de um protótipo privado desde o ressurgimento do WEC em 2012. Com quatro horas de duração a prova foi cheia de alternativas, muito por conta do BoP que favoreceu tanto a Rebellion Racing quanto a equipe Ginetta que liderou as primeiras horas da prova com um desempenho surreal.

Resultado final da prova

Norman Nato que começou a corrida com o Rebellion #1 fez uma largada péssima, caindo para a última posição na classe LMP1. Mesmo mais pesados e com menos potência por volta, superar os dois protótipos da Toyota não foi algo fácil. Os LMP1 japoneses eram lentos somente nos trechos de reta, e apresentaram maior estabilidade nas partes sinuosas do circuito. Soma-se isso ao alto consumo de pneus. A disputa foi intensa e por muitas vezes os dois TS050 tiveram dificuldades de ultrapassar até os protótipos da classe LMP2.

As coisas melhoraram para o time do relógio quando a direção de prova puniu os dois carros da equipe Ginetta e o Toyota #7, por ter ultrapassado o líder antes da linha de largada. Isso ajudou a Rebellion administrar a vantagem e vencer a corrida. Coube a Bruno Senna levar o protótipo a vitória. Ele é o único piloto na história da competição a vencer nas quatro classes.

Com um desempenho surpreendente nas primeiras horas, a equipe Ginetta não conseguiu manter a performance durante toda a prova. Mais potentes, não superaram os dois TS050 que terminaram em segundo e terceiro lugares. A segunda colocação foi para os pilotos Sebastien Buemi. Kazuki Nakajima e Brendon Hartley. Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria Lopez, completaram o pódio para a Toyota.

“Estou feliz demais com esta primeira vitória de um não-híbrido desde a criação da categoria em 2012”, comemorou Bruno, que já havia repetido o êxito na GT AM, GT Pro e LMP2, categoria na qual levantou o título mundial em 2017. “Só hoje me dei conta que sou o primeiro a sair na pole e ganhar nas quatro séries do WEC”, disse o brasileiro.

“Nosso carro estava bastante competitivo, embora o Norman tenha sofrido com os pneus, os mesmos que usamos no qualifying. Também passei pelo mesmo problema com os quatro pneus da classificação e não tinha muita performance em meu primeiro turno. Felizmente o Gustavo saiu com os novos e pôde construir uma vantagem confortável. O susto foi só no começo mesmo. A estratégia funcionou bem, não tivemos nenhum problema mecânico. A equipe fez um ótimo trabalho, também, especialmente nos pit stops. Acho que hoje era mesmo nosso dia”, festejou Bruno.

JOTA Sport vence na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

Charlie Robertson e Ben Hanley foram os destaques da equipe Ginetta. A dupla que pilotou o nas horas iniciais os protótipos da equipe Ginetta, demonstraram uma performance promissora, mesmo com o pouco desenvolvimento do carro. Os protótipos perderam tempo durante os pit stops, incluindo Robertson ultrapassando seu pit box na segunda hora, o que ajudou a impulsionar a ultrapassagem do #5 de Hanley e dos co-pilotos Jordan King e Egor Orudzhev para o quarto lugar.

Na classe LMP2 a vitória ficou com o Oreca 07 da equipe JOTA de Anthony Davidson, Antonio Felix da Costa e Roberto Gonzalez. Foi o primeiro triunfo da equipe que conquistou o segundo lugar com o Oreca #37 Jackie Chan DC Racing, equipe que presta assistência técnica.

Gabriel Aubry, Ho-Ping Tung e Will Stevens chegaram há 17 segundos do vencedor. Stevens liderou os estágios iniciais da corrida até ser ultrapassado por Davidson no final da primeira hora. O feito da JOTA marcou a primeira vitória da Goodyear na competição desde o seu retorno que aconteceu na abertura do Mundial, em Silverstone. O terceiro lugar foi dos pilotos Filipe Albuquerque, Paul di Resta e Phil Hanson com o Oreca #22 da United Autosports. O único carro que não terminou a prova na classe foi o #42 da Cool Racing que largou na pole, mas teve falhas em seu sistema de telemetria.

Ferrari vence na classe GTE-Pro

Ferrari #51 conquista primeira vitória na classe GTE-Pro. (Foto: Divulgação FIAWEC)

Atualização: A Ferrari #51 foi desclassificada por irregularidades na parte dianteira esquerda do carro, que estava inferior aos 50 mm exigidos na vistoria pós-corrida. A vitória fica com o Porsche #92.

Alessandro Pier Guidi e James Calado venceram na classe GTE-Pro com a Ferrari #51 da AF Corse. Esta foi a primeira vitória da dupla na classe de pilotos profissionais do WEC. O primeiro lugar veio depois de um furo em um dos pneus do Aston Martin #95 pilotado por Marco Sorensen na última hora, o que levou o carro italiano para o primeiro lugar da classe.

Os pedaços de pneus do Aston Martin, causaram a única bandeira amarela da prova. Em segundo e terceiro lugar chegaram os Porsches #92 e #91 respectivamente. Estre e o co-piloto Michael Christensen chegaram em segundo lugar, recuperando de uma penalidade de dez segundos nas boxes por terem sido liberados de forma perigosa pelos mecânicos.

Gianmaria Bruni e Richard Lietz completaram o pódio da classe em terceiro. Sorensen e o co-piloto Nicki Thiim, que dominaram a corrida até a última hora, ficaram com o quinto lugar, terminando 34 segundos atrás da dupla vencedora da Ferrari.

TF Sport vence na classe GTE-Am. (Foto: Divulgação FIAWEC)

O Aston Martin da TF Sport dos pilotos Jonny Adam, Charlie Eastwood e Salih Yoluc, venceram na classe GTE-Am, pela segunda vez. Yoluc liderou após o toque entre o Porsche #56 do Team Project 1 de Egídio Perfetti e o Aston Martin #98 de Paul Dalla Lana.

Enquanto Darren Turner assumiu a liderança da classe na terceira hora, o inglês foi atacado por Adam, que usava pneus novos, o que resultou no Aston vermelho retomando o primeiro lugar.