Futuro da classe DPi é incerto na IMSA

(Foto: IMSA)

A classe DPi não deve, pelo menos por enquanto, ser estendida além de 2021. A informação foi confirmado pelo presidente da IMSA, Scott Atherton, ao site Sportscar365.com. Para o dirigente, as conversas com a ACO sobre uma possível extensão, não na pauta das duas séries.

Outro ponto que ainda está obscuro na série americana é a adoção dos novos hypercars para 2022. “Eu nunca diria nunca, mas não quero especular”, disse ao Sportscar365. “Isso não faz parte de nenhuma discussão agora. Nós nos orgulhamos de estabelecer uma visão e uma estratégia e nos ater a ela.”

“Você viu que durante a era da fusão, onde dissemos, ‘esses carros serão elegíveis até esta data no calendário’. Dissemos a mesma coisa que se aplica à tecnologia atual e ao nosso processo evolutivo, que definiria a próxima geração de regulamentações técnicas e, então, teria o tempo apropriado disponível para construir, testar e estar pronto para a corrida, esse é o cronograma nós estamos”.

“O novo conteúdo será apresentado em 2022.”

Com a extinsão da classe LMP1, a IMSA não sabe o que fazer de fato sobre o futuro da série, o dirigente se mostra cauteloso. “Estamos deixando esse processo realizar sua reunião completa regularmente com os fabricantes que estão envolvidos conosco agora, aqueles que indicaram um interesse, aqueles que não estão envolvidos, reunidos com a ACO, reunidos com a FIA”, disse ele.

“Esse processo logo chegará a uma conclusão. Como falamos hoje, esse diálogo ainda existe”. Um reunião deve acontecer durante o final de semana das 24 Horas de Daytona, para discutir os rumos além de 2022, se uma atualização nos atuais DPi, ou carros totalmente novos.

Hypercars e novos LMP2 são uma icôgnita

Além das dúvidas sobre a nova classe principal do WEC, as equipes não só da IMSA, mas também da Europa estão receosas sobre a nova geração de protótipos LMP2, que entra em cena a partir de 2021. Tudo gira em torno dos custos.

“Os novos regulamentos parecem legais, mas a razão fundamental pela qual eu acho que a DPi vai crescer é porque é uma boa relação custo-benefício”, disse Steve Eriksen, COO da HPD. “Se há uma maneira de incorporar as novas proporções e manter os orçamentos onde estamos agora, talvez. Mas até agora, os números orçamentários que estão sendo discutidos ainda estão muito distantes do que é necessário para esse ambiente financeiro”.

Além de Eriksen, a gerente do programa da Cadillac Racing, Laura Wontrop Klauser, disse que eles seriam a favor de estender os atuais regulamentos da DPi por pelo menos mais um ano.

“Se você olhar para isso do ponto de vista do retorno sobre o investimento, quanto mais bagagem puder ter, de hardware físico a lições aprendidas, melhor para você e mais forte para o próximo passo”, disse ela à Sportscar365. “Você nem precisa estender o DPi como está exatamente agora como eles são”.

“Desde que a próxima geração seja uma evolução, isso permitirá que as pessoas entrem e façam um pequeno investimento para a próxima rodada, em vez de começar de novo.”

Equipes que competem com protótipos LMP2, elegíveis em Le Mans e no WEC, também aguardam novidades sobre a nova geração dos LMP.

Para Eriksen, o que substituirá os atuais LMP2? “Eu acho que a verdadeira questão será, qual será o próximo P2?”, Disse. “Obviamente, estamos atualmente usando uma base P2”.

“Você poderia pegar uma empresa como a ORECA, que fabrica um carro P1 e P2. Se o regulamento para P2 é que as dimensões básicas do monocoque e estrutura de colisão eram as mesmas para P2 e P1, então qualquer um poderia ser sua base contanto que os custos estivessem em linha com um carro P2 com limite de custo”.

“Estou ansioso para ver onde o P2 vai. Eles ficam com o custo máximo? Eles ficam com a performance atual? Eles vão para o novo Hypercar envelope?”

Protótipos LMP2 aparecerão menos na IMSA em 2019

(Foto: IMSA)

Os protótipos LMP2 irão disputar menos etapas na  IMSA em 2019. A entidade divulgou nesta sexta-feira, 07, que os o protótipos que rivalizam com os DPi, estarão em oito etapas, duas a menos do que neste ano.

As provas serão Long Beach e Detroit. A medida não afeta os DPi, que tem dez encontros em 2019. A IMSA que a baixa procura pelos LMP2, motivou as mudanças que podem estimular a classe.

“Com o início da temporada, é importante compartilhar oportunamente essas revisões para que as partes interessadas possam avaliar melhor e planejar com base na estratégia esportiva refinada da classe”, disse o presidente da IMSA, Scott Atherton. “A IMSA continua comprometida em oferecer uma plataforma LMP2 atraente.”

Os pilotos continuaram a disputar o título na classe P. Os pontos tanto dos LMP2 quanto dos DPi, serão computados somente quando estiverem juntos na pista. Os carros terão painéis numéricos específicos, regulamento de pilotos e  permanência dentro do carro.

Até o momento apenas a PR1/Mathiasen Motorsports e Performance Tech devem alinhar modelos Oreca 07. A Dragon Speed participará somente das 24 Horas de Daytona.

IMSA divulga BoP e lista de inscritos para Laguna Seca

Protótipos LMP2 mais lentos. (Foto: Divulgação Onroak Automotive)

A IMSA divulgou nesta quinta-feira, 30, a lista de inscritos e o BoP para a etapa de Laguna Seca. Depois de três vitórias consecutivas de protótipos LMP2, os modelos passarão por ajustes. A entidade americana rompe um “acordo de cavalheiros”  que firmou com a ACO em 2017 onde foi acordado que não seriam realizadas mudanças nos modelos europeus.

Todos os protótipos LMP2 estarão 10 quilos mais pesados e contarão com uma redução na capacidade do tanque de combustível, passando de 75 para 72 litros. “Nós sentimos que chegamos ao ponto em que esta é uma abordagem de senso comum”, disse Geoff Carter da IMSA. “A única estipulação com o ACO / FIA é que não fazemos o BoP entre os carros P2.”

Os protótipos LMP2 servem como base para ajustes de BoP para a classe P. “Sentimos que era hora de fazer uma mudança para essa plataforma”, acrescentou Carter. “Nós sempre dissemos que nos equilibraríamos com o melhor dos P2s. E estamos mudando isso,” disse.

De acordo com o BoP os protótipos DPi terão um aumento na capacidade dos tanques de combustível, com exceção do Mazda RT24-Ps. “Nós demos a quatro marcas mais dois litros de combustível à sua capacidade, e desempenho, tiramos 10 quilos dos Mazdas”, finalizou.

Lista de inscritos com 35 carros 

A lista de participantes da prova conta com poucas mudanças. Na classe P os protótipos das equipes Spirit of Daytona e Performance Tech, não estarão participando.

Lista de inscritos para Laguna Seca

Classe GTLM segue com oito carros, enquanto a GTD contará com 14 carros. Oswaldo Negri volta com a Squadra Corse ao lado de Francesco Piovenatti. Park Place Motorsports também retorna com o Porsche 911 #73 com Patrick Lindsey e Joerg Bergmeister.

O segundo carro da Scuderia Corsa com Townsend Bell e Frankie Montecalvo retorna a série, desde a etapa de Watkins Glen do ano passado. Jamie Whincup e Kenny Habl também retornam com a Mercedes-AMG GT3 da SunEnergy1.

A etapa de Laguna Seca acontece entre os dias 7 a 9 de setembro.

 

Ford e seu programa DPi para a IMSA

GT com os dias contados? (Foto: Divulgação WEC)

A Ford pode ser o próximo fabricante a alinhar protótipos na classe DPi na IMSA. A informação foi revelada nesta terça-feira, 07, pelo site Sportscar365.com e revela que estudos estão nos estágios iniciais.

O programa da Ford no Mundial de Endurance encerra no final de 2019, a montadora já deixou claro que não irá estender este prazo e os caminhos indicam a série de Endurance nos Estados Unidos.

Todo o desenvolvimento do novo protótipo estaria a cargo da Multimatic, empresa que desenvolveu o Ford GT. Dirigentes da montadora já deixaram claro que não teriam programas esportivos, tanto na IMSA, quanto no Mundial de Endurance. A opção pelo mercado americano vem ganhando força, desde que dirigentes da Ford não participaram do grupo de estudos promovido pela FIA e ACO, sobre os novos regulamentos do Mundial de Endurance.

O diretor esportivo da marca, Mark Rushbrook, não quis comentar as informações pelo site, muito menos responder sobre um possível DPi já em 2019. “Não comento sobre as atividades futuras”.

De acordo com o presidente da IMSA, Scott Atherton, nenhum novo fabricante está confirmado para o próximo ano na classe DPi. “Estamos sempre em reuniões e sempre há um processo e conteúdo. Mas não acho que estamos esperando um novo jogador. Se houvesse, saberíamos sobre isso e isso não está em pauta agora.”

“Poderia acontecer. Há sempre conteúdo em desenvolvimento. Mas nosso planejamento de negócios não está esperando isso.”

Protótipos DPi mais rápidos para Mosport

Como era esperado, protótipo DPi com mais potência. (Foto: Divulgação)

A IMSA divulgou nesta quarta-feira, 04, as alterações de BoP para a etapa de Mosport, que ocorre neste final de semana. Como era esperado os protótipo DPi terão, um aumento significativo de potência.

O Cadillac DPi terá um restritor de ar 0,3mm maior, enquanto Mazda RT24-P e Nissan DPi, terão aumento na potência do turbo. Os três protótipos também receberão aumento na capacidade de combustível.

BoP para Mosport

Na classe GTLM o Corvette teve seu restritor aumentando em 0,9mm, ficando com 31,5 mm (x2) mesmo número do Porsche 911 RSR. O BMW M8 GTE terá a pressão do turbo reduzida, mesmo não apresentando um desempenho condizente em Watkins Glen. Audi R8 LMS e Porsche 911 GT3 R, terão restritores de ar maior, sendo 3mm para o R8 e 1 mm para o 911 na classe GTD.

Curiosamente a IMSA divulga estes ajustes, com uma antecedência de sete dias. Como as etapas de Watkins Glen e Mosport estão separadas por uma semana, ocorreu esta exceção.

“O Comitê Técnico da IMSA realizou sua análise de dados pós-evento padrão tanto para o IMSA WeatherTech SportsCar Championship quanto para o IMSA Continental Tire SportsCar Challenge”, diz um comunicado oficial.

“Depois de uma análise cuidadosa, e antes do Grande Prémio no Canadian Tire Motorsport Park, a IMSA irá emitir uma tabela atualizada de Balanço de Desempenho, conforme permitido pelo Regulamento Esportivo 2.4.5 da IMSA 2018”.

 

JDC-Miller busca parceria com Hyundai em programa DPi na IMSA

#99 pode mudar para a “classe” DPi em 2019. (Foto Jake Galstad / LAT Images)

A Hyundai estaria avaliando sua entrada na IMSA, em parceria com a equipe JDC-Miller. A informação foi divulgada no site Racer.com. Vencendo a última etapa da série em Watkins Glen, o Oreca 07 #99 com as cores da GAINSCO, reviveu os bons momentos em que a equipe viveu na Grand-Am, antes do acidente em Daytona no ano de 2014.

Em entrevista John Church avalia opções, para um programa DPi para 2019. O favorecimento das equipes DPi, frente aos protótipos LMP2, motivou a mudança de planos. Com várias montadoras já envolvidas em programas como ACura, Cadillac, Mazda e Nissan, uma das opções é a Hyundai, montadora Coreano com um estreito laço com Bob Stallings.

Buscando algo semelhante com o que foi feito por Ed Brown e Scott Sharp na ESM. a ideia é buscar o fornecimento de motores do construtor coreano, deixando a cargo da Oreca o desenvolvimento do layout do carro. “A vitória de domingo fortaleceu John Miller e eu para construir uma equipe campeã que pode competir rotineiramente com Roger Penske e Wayne Taylor e qualquer um que venha para a pista. Estamos muito focados no que vamos fazer no ano que vem e tentando ir para a DPi porque há algumas vantagens lá ”, disse Stallings à RACER.

“Conversamos com algumas fábricas sobre um programa de motores para o próximo ano e estamos em contato com nosso próprio fornecedor de chassis e outros sobre um programa de DPi. Meu palpite é que ficaremos com a Oreca, mas isso dependerá muito de quem acabamos escolhendo para um programa de motores no ano que vem ”.

Stallings competiu no Pirelli World Challenge, em parceria com a Hyundai na classe GTS com um Genesis Coupe. “Eu tenho um relacionamento com a fábrica e eu possuo algumas lojas, então eu tenho tido discussões sobre corridas nas grandes ligas”, continuou ele. “Eles têm ótimos motores com um biturbo de 3,3 litros, e isso tem um tremendo potencial, além de um V8 afinado que é capaz de muito mais potência, então é algo em que pensamos. Há conversas muito preliminares lá, e em termos de produção mundial, eles são o terceiro maior. Eles têm muitas pessoas que já fizeram muitas corridas e estão interessadas na série.”

“E não me importo de dizer que tenho uma aliança com a General Motors; trabalhamos com eles por muito tempo e ficamos impressionados com o Cadillac deles. E fomos contatados por outra fábrica que para uma joint venture onde eles desenvolvem o mecanismo e o desenvolvimento da caixa de engrenagens em parceria com o mesmo fornecedor de chassis que temos agora. É isso que estamos explorando.”

Mesmo vencendo com o LMP2, Stallings sabe como as coisas funcionam na IMSA. “Com os P2s, há alguns benefícios com potência de ponta como você viu em Watkins Glen, porque uma vez que você chega na velocidade final, você está bem, mas a vantagem que os DPs têm sobre nós é grande”, ele explicou. “Não temos o torque que eles têm. E no DPi, você pode fazer mais coisas com a suspensão como ajustes, algo que não é permitido fazer com o P2. As pessoas sabem que podemos ganhar e podemos ganhar campeonatos, John Church e John Miller estão na mesma página com a qual queremos levar as coisas”, finalizou.

Custos preocupam equipes na IMSA

(Foto: Divulgação Twitter)

O teto orçamentário que alavancou a classe LMP2 no Mundial de Endurance, parece estar longe ser seguido na IMSA. Diversas equipes estão preocupadas com os custos, e o pouco retorno por parte da mídia.

Uma das equipes que está preocupada com os rumos financeiros da categoria, é a Spirit of Daytona Racing, que compete com Cadillac DPi. O time não vai competir na próxima etapa da IMSA em Mosport.

Ausente nas etapas de Long Beach e Mid-Ohio, a equipe estreou novo chassi neste final de semana, em Watkins Glen. Em entrevista ao site sportscar365.com, Troy Flis dono da equipe, revela que não vai cruzar a fronteira para o Canadá.  

“Nós simplesmente não temos o financiamento para passar este ano”, disse. “Sabíamos que estávamos com pouco financiamento e íamos perder algumas [corridas]. O acidente em Sebring nos afetou muito, esse foi um grande problema.”

“Temos muitas coisas em andamento, mas sem compromisso. Se eu pelo menos receber uma carta de intenções, nós descobriremos uma maneira de fazer isso. Mas não podemos continuar assim.”

Flis confirmou que deve alinhar seu Cadillac DPi em Petit Le Mans, mas que ainda trabalha para conseguir os recursos necessários, para competir nas demais etapas da série. Ele disse que eles estão “60-70%” no orçamento para a rodada de 7 a 9 de setembro em Laguna Seca, embora atualmente apenas “40-50%” provavelmente esteja em Road America entre os dias 3 e 5 de agosto.

O patrocínio de uma rede de hoteis, que está em negociação, podem ajudar nas contas da equipe. “Definitivamente, Road Atlanta vamos fazer”, disse ele. “Temos algumas coisas em andamento. Se pudermos resolver essas coisas, vamos fazer Laguna com certeza. Então, se eu conseguir um pouco mais, faremos Road America.”

“É uma droga. Estamos neste esporte há muito tempo e perder as corridas é difícil. Os carros são tão caros para rodar. Nós não queremos ir e correr uma corrida apenas por correr. Nós não queremos fazer coisas em um orçamento de corda de sapato. Todas as corridas que vamos, queremos ganhar.”

“Eu não quero limitar a equipe. Temos ótimos pilotos e provavelmente a melhor equipe que nos últimos anos.”

Scott Atherton admite “encruzilhada” na busca pela equivalência entre DPi e LMP2

Protótipos LMP2 sem chances de lutar por vitórias na IMSA. (Foto Scott R LAT Imagens)

A próxima etapa da IMSA acontece no neste final de semana em Watkins Glen. Com duração de seis horas a prova vai expor mais uma vez a superioridade dos protótipos DPi, frente aos LMP2. A disparidade ocorre desde a unificação da IMSA com a Grand-Am em 2014.

O presidente da IMSA, Scott Atherton, que também foi o diretor da finada ALMS, sabe do problema e busca soluções, para dar condições de vitória para as equipes que competem com protótipos LMP2. De acordo com o dirigente, as equipes DPi com apoio das montadoras, vem testando seus protótipos com mais intensidade. Os modelos “americanos” venceram, todas as etapas do campeonato até agora.

“No ano passado, se você olhar os resultados tanto nos testes quanto nas corridas, houve uma boa paridade e esperávamos que houvesse alguma evolução chegando neste ano, mas não tanto quanto ocorreu”, disse ele, em entrevista ao site sportscar365.com.

“Com todo respeito às equipes que estão rodando nos carros P2, o calibre, os recursos e as capacidades das equipes de DPi atingiram um nível de desempenho que tornou muito difícil equilibrarmos o DPi com o desempenho dos P2.”

Mesmo com ajustes de equivalência, as equipes LMP2 não estão conseguindo o desempenho esperado. “É aí que se torna uma conversa difícil com nossos parceiros da DPi, pois os levamos para um lugar que ninguém esperava que fossem”, disse ele.

“Estamos em uma verdadeira encruzilhada agora para onde vamos, porque se uma equipe que tiver recursos semelhantes, talento de pilotos, talento de engenharia, capacidade de testes, etc. entrasse na equação agora, é seguro dizer que eles se sairiam bem contra o nível atual de desempenho, que os DPi possuem.”

“Estamos nos mantendo fiéis à nossa palavra, pelo menos até o final desta temporada, estamos avaliado outras alternativas daqui para frente.”

Equipes querem divisão de classes

Uma das alternativas que contam com o apoio da equipes é a separação das classes. Assim os times com protótipos DPi poderiam utilizar todo o desempenho dos seus protótipos.

“Essa não é uma ideia nova”, disse ele. “Nós nos comprometemos desde o início que não faríamos isso.”

“Houve uma equipe em particular que se opôs a isso. A razão pela qual eles entraram na categoria foi correr pela vitória geral contra os melhores, e é por isso que eles estão lá.”

“O tempo evolui, os resultados evoluem, as coisas mudam. Acho que estou afirmando o óbvio quando digo que essa opção existe e está sendo considerada, mas não quero que seja a manchete porque você poderia ter dito isso há seis meses.”

“Precisamos ter muito cuidado ao tomar essa decisão, porque as ramificações disso são de grande alcance”.

Protótipos DPi sofrem nova redução de potência para Mid-Ohio

(Foto: Team Penske)

A IMSA divulgou nesta sexta-feira, 27, o BoP da classe de protótipos que será utilizado na quarta etapa do certame em Mid-Ohio. Pela quarta vez, os modelos DPi terão redução de potência.

Os motores turboalimentados do Acura ARX-05, Mazda RT24-P e Nissan Onroak DP, terão uma redução de giro. O Cadillac DPi-VR além desta redução, terá um restritor de ar de 0,6mm. Todos os protótipos DPi irão correr com dois litros a menos, no tanque de combustível.

BoP para Mid-Ohio

Com um restritor de ar menor (durante os testes em Daytona no mês de janeiro ele foi de 1,8mm). Com isso o protótipo perdeu cerca de 40 a 50 cavalos, desde o início da temporada.

Desde o início da temporada apenas o Oreca 07 #54 da CORE Autosports conseguiu chegar ao pódio, na primeira etapa do campeonato em Daytona.

 

LMP2 e DPi podem competir em classes distintas na IMSA

(Foto: IMSA)

A disparidade entre protótipos DPi e LMP2 sempre foi motivo de discussões entre equipes, fãs e a própria IMSA. A predileção primeiro pelos antigos Daytona Prototypes, e agora pelos Daytona Prototypes Internacional foi elevada a um grau maior. Desde o lançamento dos novos modelos, nenhum LMP2 venceu na IMSA.

Para evitar afugentar equipes e principalmente patrocinadores, o diretor da entidade, Scott Atherton, planeja desmembrar as duas classes de protótipos. A decisão ainda está nos primeiros estágios de discussão.

“Nós conversamos sobre isso”, Atherton disse Sportscar365. “Se não era para ser esse tipo de separação, a configuração mais lógica seria a de posicionar os DPi como modelos de fábrica e os LMP2, uma categoria pro-am.”

“Neste momento não chegamos a nenhum acordo. Tem havido muita consideração, mas nenhum plano iminente para fazer qualquer mudança. Eu diria que é improvável para o próximo ano.”

Proprietários de modelos LMP2 avaliam com bons olhos tais mudanças. Os donos da equipes Visit Florida Troy Flis e Boddy Oergel da  PR1/MAthiasen, que correm com LMP2 aprovam a ideia. “Você já tem a categoria”, disse Oergel. “Você tem DPi e LMP2. Então, vamos colocar um rótulo nela e tirar proveito. Coloque o aspeto Pro-Am de volta na série.”

“Obviamente isso foi muito bem sucedida na ALMS com esse tipo de atitude Pro-Am.”

“Esta categoria como é não será capaz de continuar sem apoio de fabricantes. É, basicamente, transformar-se em uma GTLM. E se você não tem esse apoio [de fabricante], você está fora.”

O acordo entre IMSA, FIA E ACO é de que protótipos LMP2 fossem a classe dominante ou base para a classe. O que está se vendo através do BoP é um descarado favorecimento aos modelos americanos.

“Eu acho que você ainda tem a pequena chance de vencer no geral, se os DPIs tiveram problemas,” disse Flis ao site Sportscar365.

“Eu não acho que é justo também. A Cadillac fez um bom trabalho no desenvolvimento do carro, construindo o carro sob as regras da IMSA.”

“Para mim, como um piloto, é uma espécie de um tapa na cara. Você fez um bom trabalho e então você não tem chances de vencer.”

Scott Sharp, dono da equipe ESM que tem uma parceria oficial com a Nissan, é contra tais mudanças. “Nós apenas temos que encontrar maneiras de igualá-los”, disse Sharp. “A JDC tem feito um grande trabalho e ficou na frente em  algumas corridas e sessões práticas. Acho que isso mostra o potencial do LMP2.”

“Eles vão correr bem em certas pistas, outras os DPi serão melhores.”

Para Atherton o desafio é equilibrar as coisas: “É um desafio constante que nós, como um grupo e eu, pessoalmente, estou orgulhosos do trabalho que a nossa comissão técnica fez em equilibrar estes carros”, disse ele.

“O feedback que estamos recebendo a partir de equipes LMP2, eu acho que todos eles desejam resultados que refletem o real desempenho dos seus carros.”

“Tem havido um carro LMP2 no pódio e muitas vezes liderou por várias voltas. Por uma combinação de razões, eles não venceram.”

Tanto Oergel quanto Flis, acreditam que uma decisão sobre a separação das classes deve ser agilizada o quanto antes, para evitar desistência por parte das equipes. “Você está indo para obter grandes marcas na série [vindo com carros dpi] e isso é fantástico. Mas como muitos [LMP2s] você está perdendo apenas para manter o número do mesmo? Isso é o que eu vejo acontecendo”, disse Oergel.

Flis acrescentou: “Eu sei que há um monte de rumores do paddock sobre o que eles podem fazer e o que eles devem fazer. “Eu acho que todo mundo precisa dar uma boa olhada nisso durante os próximos 30 dias e fazer algo realmente bom. Eu acho que o futuro depende disso.”

* Com informações do site Sportscar365.com