Novos protótipos LMP2 em 2024

Fabricantes querem ter condições de superar o Oreca. (Foto: Divulgação)

Com a chegada de novos fabricantes na classe de Hypercars (LMH e LMDh), a classe LMP2 está em compasso de espera. Ainda sem informações confirmadas, os quatro atuais fabricantes, Dallara, Ligier, Multimatic e Oreca, devem continuar sendo os fornecedores de chassi para a classe a partir de 2024. 

De acordo com o site Daily Sportcar, os fabricantes querem um regulamento sem custos altos e um único fornecedor de pneus. A Gibson, que atualmente fornece motores para a classe, poderá ou não, sendo a empresa responsável pelos blocos, ou uma nova licitação de motores pode ser feita pela ACO. Com a complexidade e os prazos de entrega relativamente curtos para os projetos LMDH, além do impacto da pandemia de COVID e as subsequentes dificuldades logísticas e de fornecimento, o ACO atrasou a introdução da nova fórmula para 2024.

A expectativa é que haja uma maior sinergia entre os protótipos LMP2 e Hypercars, já que um protótipo LMDh, usa a base de um LMP2. A Oreca é a que mais sucesso teve entre os quatro construtores, com o seu modelo 07, enquanto as outras ficaram no ostracismo. A Ligier, a única das quatro a não ter um cliente LMDH, deve anunciar a parceria com um fabricante em breve. A Dallara, com programas LMDH confirmados para BMW e Cadillac, deixou claro a importância da fórmula LMP2 para as economias de escala em seus programas.

A Multimatic, cujo programa Porsche e Audi LMDH, também expressou agora uma clara intenção de marketing ativo de uma ramificação LMP2. nenhuma quer deixar de produzir e vender máquinas LMP2, dinheiro nunca é um problema, em uma categoria que está entrando em uma nova era. Todos os três expressaram a opinião de que os novos regulamentos precisam resolver os problemas do regulamento de 2017, que viu a Oreca dominar. Lembrando, a classe LMP2 não possui BoP.

Mudanças de desempenho podem ser feitas, mas não sempre. Tanto que nenhum fabricante conseguiu superar o Oreca 07. Os demais fabricantes pressionam o ACO para que seja criado um sistema legítimo de BoP. A Oreca, que já confirmou programas LMDH com Acura para 2023 e Alpine para 2024, também está planejando um esforço de marketing por trás de seu LMP2 para 2024. Clientes não faltam, e um Oreca 09, logo deve aparecer. 

Entre as equipes, as mesmas preocupações são expressas, uma necessidade de clareza, não apenas no tempo, mas também no custo, e na garantia de que a fácil escolha do chassi. Fabricantes de chassi, pneus, motores e clientes. Os ingredientes estão na mesa. Cabe ao ACO criar a receita certa. 

BMW e Dallara anunciam protótipo LMDh

(Foto: BMW)

A BMW anunciou nesta quinta-feira, 08, que estará desenvolvendo um protótipo LMDh em parceria com a Dallara. O fabricante alemão revelou que o carro estará nas pistas a partir de 2023. 

O programa inclui participação na IMSA com dois carros. “Nós e a Dallara, estamos muito satisfeitos por ter encontrado um parceiro para o nosso projeto LMDh que compartilha nossa paixão, profissionalismo e grande ambição no automobilismo e, como nós, está totalmente comprometido com o objetivo de escrever uma nova história de sucesso na BMW M Motorsport em 2023″, disse Markus Flasch, CEO da BMW M.

Flasch foi acompanhado pelo chefe da BMW M Motorsport Mike Krack e Maurizio Leschiutta, o novo chefe do projeto LMDh da BMW. 

“Depois de falar com todos os possíveis parceiros de chassis, o fator decisivo em nossa decisão foi quea Dallara, com toda sua expertise e experiência, estava entusiasmada em trabalhar junto com a BMW M Motorsport”, acrescentou Flasch.

“A química estava entre nós desde o início. Vemos nosso relacionamento como uma verdadeira parceria na qual lutamos por um objetivo comum de sucesso na pista”. 

O primeiro carro de teste será construído na Itália em uma colaboração próxima entre os engenheiros da BMW M Motorsport e uma equipe de engenheiros da Dallara montada especificamente para o projeto BMW LMDh. O lançamento ocorrerá no próximo ano no circuito de Varano. Leschiutta, por sua vez, foi confirmado como líder do projeto LMDh da BMW, após ter atuado anteriormente como gerente do programa DTM do fabricante.

“Dallara é talvez o fabricante de carros de corrida de maior sucesso do mundo e já desempenhou um papel fundamental em praticamente todas as séries de corrida”, disse Leschiutta. Além da vontade de trabalhar conosco, vários outros critérios foram de grande importância na nossa decisão. A Dallara é uma empresa que cobre toda a gama de requisitos”. 

“Sua experiência se estende aos campos de fabricação de chassis, engenharia, desenvolvimento, testes de túnel de vento e simulações”. 

“Eles são muito fortes no que diz respeito à aerodinâmica, o que será um fator chave na série IMSA. Para garantir que nossos carros estejam idealmente preparados desde o início e estabelecer as bases para o sucesso na pista de corrida, já estamos trabalhando em estreita colaboração com a Dallara em um estágio muito inicial de desenvolvimento”. 

Dallara também atuará como parceira da Cadillac para seu próximo carro LMDh, que foi oficialmente confirmado no mês passado .

“Estou honrado por ter sido selecionado pela BMW M Motorsport e com grande entusiasmo estou ansioso para começar esta nova aventura”, disse o presidente da Dallara, Giampaolo Dallara.

“Em 1977, tive a oportunidade de trabalhar ao lado da BMW no design do M1 como consultor da Lamborghini. Foi uma ótima experiência e muito aprendizado. Espero repetir a mesma aventura no LMDh. Acredito firmemente que faremos grandes coisas juntos”. 

Andrea Pontremoli, CEO da Dallara e gerente geral acrescentou: “Nossa parceria com a BMW M Motorsport é o resultado de quase 50 anos de trabalho na indústria do automobilismo, engenharia e desenvolvimento de carros de corrida”.

“É um privilégio ter sido selecionado pela BMW para seu próximo e novo desafio no mundo das corridas de protótipos híbridos. O conceito  LMDh e a convergência entre IMSA, ACO e FIA ​​não tem precedentes na história e isso verá o nosso compromisso total. Estamos ansiosos para competir neste novo e emocionante capítulo do automobilismo global em seu mais alto nível”, finalizou. 

Dragonspeed confirma participação da IMSA em 2020

DragonSpeed já competiu na IMSA. (Foto: Divulgação)

A “crise” que muitos “jornalistas” pregaram como certa a IMSA, parece estar longe de acontecer. Nesta segunda-feira, os sites dailysportscar.com e racer.com, afirmam que duas equipes estão com programas confirmados para a classe LMP2 da IMSA.

Baseada em Indianópolis, a Era Motorsports, alinhará um Oreca 07 equipado com motor Gibson. Dirigida por Kyle Tilley, a equipe terá suporte técnico da DragonSpeed, equipe que já participou de etapas da IMSA, WEC e ELMS. 

Além do suporte para a nova equipe, O time do dragão estará participando da classe monomarca. A informação foi confirmada por Elton Julian, diretor da equipe. Não se sabe ainda se disputarão a temporada completa, ou o as provas da Michelin Endurance Cup. E equipe testou nesta semana pneus Goodyear em Portimão. 

Caso se concretize, poderemos ter seis protótipos na classe para o próximo ano. A Performance Tech terá um carro, enquanto a PR1/Mathiasen pode alinhar até dois modelos. A equipe Rick Ware Racing estuda entrar com um Dallara MK30. 

 

Oreca critica atualizações de protótipos LMP2

(Oreca praticamente sozinha na classe LMP2 do WEC. (Foto: FIAWEC)

A fabricante Oreca criticou a decisão da ACO, em autorizar a atualização de chassi dos seus rivais Onroak, Dallara e Riley para o próximo ano. A medida veio após um domínio do modelo 07 no Mundial de Endurance, ELMS e Le Mans.

Agora Ligier JSP217, Dallara P217 e Riley Mk30, poderão sofrer alterações aerodinâmicas para pistas regulares, além do circuito de Le Mans. Nenhuma alteração será feita no Oreca 07, que serviu como “base” para as alterações de seus concorrentes.

“O espírito desses ajustes é garantir uma categoria muito disputada, bem como um nível de competitividade entre os construtores e as equipes”, disse o comunicado da ACO. As equipes deverão receber as atualizações sem custos. Detalhes sobre o que ajustes serão permitidas por cada construtor não foram detalhados, embora todas as atualizações devem ser fornecidas, gratuitamente, aos clientes existentes.

O protótipo Riley de acordo com Larry Holt, diretor da Multimatic deve ser re-homologado, o que não foi confirmado pela FIA. As alterações também devem respingar nos protótipos DPi da IMSA, que tem como base os modelos LMP2.

A Oreca que já construiu 20 modelos 07, foi contra as mudanças. O presidente da empresa Hugues de Chaunac criticou a medida. Segundo ele, a ACO não adotou critérios de déficits de desempenho para definir as mudanças no Ligier JSP217 e Dallara P217. Ainda segundo o dirigente as alterações são injustas já que os protótipos concorrentes não participaram em tempo integral do Mundial de Endurance.

“Não concordamos com essas decisões e contestamos sua legitimidade, considerando as análises detalhadas realizadas e prestados pela Oreca”, disse de Chaunac.

“Somente corridas do ELMS foram analisadas – quatro rodadas para começar, em seguida, cinco. Quanto corridas na  IMSA foram vistas?”

“Contrariamente às regulamentações técnicas, essas decisões sobre ajustes de desempenho não são baseadas em dados que avaliem os déficits de desempenho.”

“Como única fabricante que não pode desenvolver seu carro, Oreca encontra-se injustamente penalizado hoje, juntamente com todas as equipes que colocaram sua confiança em nós e encontraram sucesso com o Oreca 07.” Durante as 24 horas de Le Mans, o modelo 07 ocupou as cinco primeiras posições na classe LMP2.

Para amenizar o mal estar o diretor esportivo da ACO, Vincent Baumesnil elogia o trabalho desenvolvido pelo fabricante francês. “Temos que respeitar o fato de que Oreca fez um grande trabalho e ter construído um grande carro. Isto é muito importante para nós”, disse. “Nós apenas precisamos restaurar, para os outros carros e equipes, a esperança de competir.”

Segundo o dirigente todas a mudanças estão amparada pelas regras propostas e aceita pelas equipes. “O que todos nós sabemos é que este ano, o que o Oreca 07 é um carro de referência; que é o melhor carro”, disse ele.

“As regras que acordamos com os construtores ao longo dos últimos três anos, ele diz que, se algum carro têm um déficit de desempenho, há uma possibilidade de conceder um subsídio para fazer uma evolução para compensar um déficit de desempenho.”

“Com base nisso, alguns fabricantes têm a possibilidade de pedir esta Evo. Três deles fizeram o pedido. Obviamente Oreca não fez o pedido porque estava claro para todos que eles têm o melhor carro.”

O pedido para atualizações é feito durante os quatro anos de vida útil dos protótipos. “Se quisermos fornecer alguma evolução para estes três fabricantes para se  impor frente a Oreca, em seguida, fazer outra Evo porque a Oreca seria mais lento do que lhes seria completamente estúpido”, disse ele. “Não é o espírito.”

“É importante ter em mente que essas pessoas terão um passo para competir. Mas nós não queremos colocar a Oreca em uma situação difícil.”

Para De Chaunac a mudança é vista com outros olhos: “Nos primeiros dias do projeto, todos os fabricantes LMP2 tinham acordado na ideia de uma competição aberta entre quatro fabricantes de chassis que partilham as mesmas regras, com o mesmo motor também”,

“Menos de um ano, estamos caminhando para um equilíbrio de desempenho do sistema que não tem nada a ver com esta ideia original.”

“Originalmente, evoluções de desempenho tem a intenção de que nenhum fabricante enfrente dificuldades. Apenas um de nós está nesta situação hoje”, acrescentou, em referência ao Riley Mk. 30.

* Com informações do site sportscar365.com

Visit Floria Racing pode trocar Riley por Cadillac para próxima temporada

(Foto: Divulgação VisitFlorida.com)

A sempre polêmica disparidade entre protótipos DPi e LMP2, pode motivar a equipe Visit Florida a trocar seu protótipo Dallara por um Cadillac. De acordo com o dono da equipe, Troy Flis, a falta de um maior incentivo por parte da IMSA, para motivar as equipes com equipamentos LMP2, é o principal motivo para a mudança.

“Será difícil correr para um campeonato global com um carro LMP2 na minha opinião”, disse Flis ao Sportscar365 antes das 6 horas de Glen. “Nós vimos a primeira corrida da temporada.”

“Estávamos esperando que talvez o IMSA possa fazer algum BoP e conseguir nivelar isso, mas não parece que ele não tenha obtido o resultado esperado.”

“Quando corremos  com DP, ficamos a 1 segundo do ritmo em todos os lugares [para os P2s]. Agora, esses carros são 1 segundo mais rápido do que nós e correm melhor. Como vamos competir? “

Ao contrário dos LMP2 que disputam o Mundial de Endurance e a ELMS, os que competem nos EUA são usados como base para o BoP. Indiretamente uma pequena vantagem para os DPi, acaba acontecendo.

A vantagem aumenta para os DPi, já que a IMSA autorizou uma atualização destes protótipos, enquanto os LMP2, não tiveram mudanças significativas. “Com as regras, não podemos fazer muito com nossos carros”, disse Flis. “Não é como o DP, onde podemos voltar e trabalhar um pouco e mudar algumas coisas. Esses carros você tem que correr com as regras embaixo do braço.”

“O DPi … você pode construir um carro e mudar o carro para obter essa competitividade de volta que você precisa”.

A escolha pelo Cadillac, se deve pela estrutura já montada e disponibilidade de peças. “Ainda tenho uma ótima relação com a GM, e é algo que podemos fazer”, afirmou Flis.

“Nós teríamos que mudar tudo, mas os carros parecem estar bem desenvolvidos com o suporte atual. Com Dallara e a GM você sabe que tem um pacote bastante competitivo. Eles provaram isso mais uma vez “.

A decisão final será tomada nas próximas semanas.

* Com informações do site sportscar365.com