Audi supera Porsche e marca melhor tempo no test day em Le Mans

(Foto: Porsche AG)

A Audi marcou o melhor tempo no test day para as 24 horas de Le Mans neste domingo (5) na França. Se na primeira seção a Porsche dominou os trabalhos, a equipe irmã acabou não só liderando a segunda seção, como superando o tempo obtido pela manha.

O feito coube ao brasileiro Lucas di Grassi que marcou com o R18 #8 3:21.375. Lucas dividiu o LMP com Loic Duval que pilotou na primeira seção na parte da manha. Pelos lados da Porsche, Neel Jani liderou a primeira seção, foi superado pelo colega Mark Webber. Em seguida por di Grassi.

Tempos do test day

Para Andreas Seidl, chefe da equipe Porsche foi um bom começo: “Foi um início bem sucedido para nós, o que nos deixa confiantes para a corrida. Ambos os carros completaram nosso programa de testes  em condições de pista seca. Na sessão da manhã, o foco foi no set-up trabalho, na parte da tarde, trabalhamos principalmente nas corridas longas e testes com pneus. Também foi importante por em prática de todos os procedimentos específicos para Le Mans com controle de corrida, como a implantação carro de segurança e zonas lentas. Como uma equipe, nós sentimos bem preparados para a semana da corrida.”

Eurasia Motorsports fica com o melhor tempo na classe LMP2. (Foto: Eurasia)

A Toyota ficou com o quinto e sexto lugar. Anthony Davidson foi o piloto com o melhor desempenho, marcando 3:23.197 com o TS050 #5. Entre os protótipos sem sistemas híbridos, a Rebellion Racing foi a equipe mais rápida com o R-One #13 marcando 3:27.062 pelas mãos de Alexandre Imperatori. A equipe suíça divulgou algumas informações dos seus treinos neste domingo. Ao todo os dois LMP rodaram 2.357,8 km. O #12, 1.144,83 enquanto o #13 1.121.98. Nelson Piquet Jr com o Rebellion #12 ficou na 8º posição.

Dr. Wolfgang Ullrich, chefe da Audi Motorsport comemora o primeiro lugar. O novo R18 esteve em Le Mans pela primeira vez. Era importante a coletar dados. Usamos ambas as sessões de teste de forma produtiva, e completamos 1.881 quilômetros no processo que nos deu um importante passo na preparação para a corrida. Nossos seis pilotos deram um feedback positivo no que diz respeito à corrida que nos espera em duas semanas.”

Corvette lidera na classe GTE-PRO.

Na classe LMP2 a Eurasia Motorsports com o Oreca 03 #33 foi a equipe que melhor aproveitou as seções de treinos. Tristan Gommendy ao lado de Pu Junjin e Nico Bruijn marcou 3:36.690. Dos quatro primeiros, as três primeiras posições foram ocupadas por protótipos Oreca 03 e duas posições por protótipos da equipe G-Drive. “O dia foi tranquilo. O progresso é bom, o carro é saudável. Todas as alterações feitas desde a manhã nos levaram para a direção certa. Não vamos olhar apelas para o desempenho, temos que montar uma estregia de corrida.” Comenta Gommendy.

Em segundo o #36 da equipe Alpine, segundo pelo #26 e 38 da G-Drive Racing. Este último o antigo e competente Gibson 015s Nissan. Entre os brasileiros na classe. Pipo Derani com o Ligier da equipe ESM terminou na 13º posição. Bruno Senna com o também Ligier da equipe RGR ficou na 18º posição. Oswaldo Negri acabou batendo o seu Ligier na chicane Michellin ocasionando a segunda bandeira vermelha do dia. O piloto não se machucou. Já o carro foi severamente avariado.

(Foto: Sportscar365.com)

A equipe Corvette superou Porsche e Ferrari e marcou o melhor tempo na classe GTE-PRO com o C7R #63 pilotado por Antonio Garcia marcando 3:55.122. Nick Tandy ficou a pouco mais de 0,280 segundos com o Porsche 911 RSR #91.

Corvette #50 da Larbre Competition também mostra serviço na classe GTE-AM.

Em terceiro o Porsche #92 marcando 3:55.691. Para Marco Ujhasi, direitor do programa GT da Porsche o dia foi produtivo.: “O dia do teste foi como sempre com trabalhos muito intensivos para Le Mans. Utilizamos o tempo tempo de forma muito boa. Desenvolvemos os pneus com antecedência e demos um passo em nossa configurações. Foi também importante que os nossos pilotos puderam se ambientar com o traçado. A próxima semana será de análises dos dados que conseguimos para definir uma boa configuração para a prova.”

Foi da Corvette também o melhor tempo na classe GTE-AM com o C7R #50 da equipe Larbre Competition. Nicky Catsburg marcou 3:57.999. Catsburg ocupou o lugar de Paolo Ruberti que acabou enfrentando problemas na coluna na última semana. Em segundo a Ferrari #55 da AF Corse e #62 da Scuderia Corsa. Fernando Rees ficou na 11º posição na classe GTE-PRO com o Aston Martin #97.

Audi vence as 6 horas de SPA-Francorchamps

Audi #8 foi um dos “sobreviventes” da prova. (Foto: FIAWEC)

Até o mais otimista dos apostadores deve ter se surpreendido com o resultado das 6 horas de SPA, segunda etapa do Mundial de Endurance em 2016. A vitória do Audi #8 dos pilotos Lucas di Grassi, Loic Dual e Oliver Jarvis pode ser considerada inusitada.

Praticamente todos os carros dos times oficiais da classe LMP1 enfrentaram problemas durante a prova. A favorita Porsche que começou liderando a prova com o #1 de Timo Bernhard, Mark Webber e Brendon Hartley teve que fazer duas paradas extras com uma diferença e pouco mais de 6 voltas por conta de furos no pneu dianteiro esquerdo.

Classificação final da prova.

Já o Porsche #2 também enfrentou problemas e não foi um adversário forte durante toda a prova. Com 15 minutos de prova o sistema híbrido apresentou falhas, e a falta de rendimento era evidente.

Alpine vence na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

O Audi #8 assumiu a liderança faltando duas horas para o termino da prova, após o Toyota #5 pilotado por Kazuki Nakajima sofrer uma falha no motor, tendo que ser recolhido para a garagem. Foi a primeira vez que o fabricante Japonês teve um carro a altura para enfrentar Audi e Porsche.

Para o Audi #7 a prova também não foi uma das melhores, o LMP teve que passar por várias manutenções durante a corrida. Assoalho quebrado, problemas de temperatura além de vários toques. O LMP1 que “sobreviveu” acabou vencendo a prova, o Audi #8.

Mesmo assim Olivier Jarvis, último piloto a comandar o #8 teve que fazer uma parada emergencial para trocar a carenagem traseira. Como a distancia para o Porsche #2 era grande, voltou na liderança.

Esta foi a primeira vitória de Lucas di Grassi e Olivier Jarvis no WEC ao lado do campeão de 2013 Loic Duval. Em terceiro o Rebellion #13 de Matheo Tuscher, Dominik Kraihamer e Alexandre Imperatori.

Ferrari manteve domínio na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Na classe LMP2 a vitória ficou com a equipe Alpine com o A460 #36. Nicolas Lapierre que completou a prova surpreendeu o brasileiro Pipo Derani que até então liderava. Faltando pouco mais de 10 minutos para o término ultrapassou o brasileiro que não tinha mais pneus.

Lapierre que dividiu o carro com Gustavo Menezes e Stéphane Richelmi levou a primeira vitória na temporada. O brasileiro que dividiu o Ligier #31 com Ryan Dalziel e Christopher Cumming quase é superado pelo #45 da equipe Manor, que também nas voltas finais ultrapassou Filipe Albuquerque no Ligier #43 da equipe RGR Sport.

A AF Corse comemorou a segunda vitória na temporada na classe GTE-PRO. A Ferrari #71 de Davide Rigon e Sam Bird não teve muitos problemas para vencer, mesmo tendo recebido pressão por parte do companheiro da Ferrari #51  Gianmaria Bruni, que teve que abandonar a prova faltando 2 voltas para o fim.

Aston Martin vence na classe GTE-AM. (Foto: AMR Racing)

A classe também teve seus acidentes. O primeiro foi com o Aston Martin #95 pilotado por Nicki Thiim que capotou depois de se envolver em um toque com Simon Dolan com o Gibson da equipe G-Drive.

O segundo e mais sério foi com o Ford #66 pilotado por Stefan Mucke que perdeu o controle da curva Eau Rouge. O piloto foi levado de ambulância para o hospital, tendo apenas um luxação na perna. Em segundo na classe, o Ford #67 de Marino Franchitti, Andy Priaulx e Harry Tincknell. Em terceiro o Aston Martin #97 de Richie Stanaway, Fernando Rees e Jonathan Adam.

O acidente mais grave da prova aconteceu com Stefan Mucke, após bater na temida Eau Rouge. (Foto: Internet)

Na classe GTE-AM, o Aston Martin #98 teve uma bela disputa com a Ferrari #83 da AF Cors. Pedro Lamy que encerrou a corrida teve como companheiro Paul Dalla Lana e Mathias Lauda. Lamy que largou da pole, ultrapassado por Rui Águas (#83) no início. Uma colisão na curva Les Combes entre Aguas e um dos Ford GT, colocou o Aston Martin novamente na liderança. A disputa entre os dois favoreceu mais uma vez a Ferrari, porém faltando 33 minutos para o fim da prova, Lamy voltou a liderança. Em terceiro na classe o Corvette da equipe Larbre Competition.

 

Audi não apela e Porsche fica com vitória em Silverstone

Porsche na liderança do campeonato. (Foto: FIAWEC)

A Audi não vai recorrer da decisão da FIA que puniu a equipe após as 6 Horas de Silverstone. O R18 #7 dos pilotos Andre Lotterer, Benoit Treluyer e Marcel Fassler teve a vitória cassada por conta de medidas divergente do assoalho do carro.

Com direito a contestar a decisão da entidade, a Audi decidiu não recorrer, mesmo que em um comunicado enviado a imprensa dizendo que o faria.

“Nós aceitamos a exclusão da classificação. Para o bem do esporte, vamos olhar para a frente”, disse o chefe da Audi Motorsport Dr. Wolfgang Ullrich.

A análise mostrou que o desgaste acentuado no assoalho do carro, que foi atribuída a um saída de pista inesperada. “Nosso trabalho é evitar um maior desgaste – nós aceitamos esta responsabilidade”, acrescentou Ullrich.

“Tomamos a nossa decisão pelo bem do esporte e espero que o restante do campeonato seja emocionando como foi em sua abertura.”

Como resultado, o Porsche 919 #2 de Neel Jani, Romain Dumas e Marc Lieb foram confirmados oficialmente como vencedores da corrida. A Audi saiu de Silverstone com apenas 1 ponto, atribuído a conquista da pole.

Audi sofre punição e perde primeiro lugar em Silverstone

(Foto: Audi)

A Audi foi punida após vistoria técnica realizada após as 6 Horas de Silverstone na tarde deste Domingo (17). O R18 #7 pilotado por Andre Lotterer, Benoit Treluyer e Marcel Fassler foi excluído dos resultados após o assolho da parte da frente do LMP não estar de acordo com as especificações do regulamento.

A Equipe teve tempo para apresentar recurso, como não o fez a vitória fica com o Porsche #2 de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb. Em terceiro Toyota TS050 #6 de Stephane Sarrazin, Mike Conway e Kamui Kobayshi. Fechando o pódio o #13 da equipe Rebellion Racing.

WEC comemora cinco anos com vitória da Audi em Silverstone

Audi supera Porsche em primeiro confronto. (Foto: WEC)

Tudo começou em Março de 2012. Com os campeonatos “regionais” da ACO nos EUA com a ALMS e na Europa com o ELMS, o extinto Intercontinental Le Mans Cup deu vida ao que hoje conhecemos como WEC.

Com muitas dúvidas e o medo de uma nova aliança entre ACO e FIA que no passado se mostrou maléfica para os organizadores das 24 horas de Le Mans, o WEC vai chegando em sua quinta temporada sendo um dos principais ou o principal campeonato automobilístico do mundo. Só não é maior por conta de uma certa política interna dentro da FIA para privilegiar a F1, mas isso é algo que vem sendo derrubado dia após dia.

Classificação final.

Naquela prova que foi conjunta com a ALMS, foram trinta carros escritos. O medo de que a coisa não andasse se dava pela saída repentina da Peugeot no final de 2011 por conta de problemas financeiros. Com apenas a Audi vencendo qual seria o interesse do público sabendo o resultado das corridas?

Largada da primeira prova do WEC em Sebring 2012. Muitas esperanças, mesmo com medo. (Foto: WEC)

A recém chegada Toyota deixava claro que se não tivesse condições de vencer não pensaria duas vezes em abandonar seu programa LMP. Na classe GTE-PRO apenas quatro carros corriam pelos pontos do campeonato.

Desde 2012 quem comanda o WEC é Gerard Neveu, que tinha receio de que as coisas não iriam durar muito. “Foi uma Toyota e meio naquele primeiro ano. Honestamente, quando eu comecei, eu estava convencido de que talvez não poderia fazer um segundo ano. Era tão frágil. Perdemos a  Peugeot. O ACO tomou uma série de riscos, em 2012. Depois disso, nos três últimos anos podemos dizer que temos um bom nível de visibilidade.”

“Quatro anos e 32 corridas depois, o WEC tem crescido em um dos campeonatos mais promissores, e, possivelmente, agora apenas perdendo para a F1em todo o mundo em termos de exposição global e suporte do fabricante.”

Desde então vários pilotos novatos e experientes vem escolhendo o WEC como o lugar para fazer seu nome no automobilismo. O maior exemplo é Mark Webber que trocou um triste jogo de equipe promovido pela RBR pelo Mundial em 2014. Seu talento aliado ao bom trabalho da Porsche culminou no título de 2015.

Peugeot, a primeira perda. (Foto: WEC)

Outro exemplo é a Manor que tem uma equipe na classe LMP2. “Quando você tem uma equipe como a Manor deixando a Fórmula Um, uma equipe com dinheiro e eles acabam decidindo vir para o o WEC, é fantástico.”

“Temos pilotos como Kamui Kobayashi e Will Stevens. Três anos atrás quando corria na classe GTE-Pro, Kobayshi estava dizendo, ‘Eu quero ir para a F1. Eu o conheci no Prologue  e disse: ‘Bem-vindo de volta. É um prazer tê-lo aqui e eu espero que você seja feliz, sinceramente. E ele disse: ‘Você não tem ideia de como estou feliz de estar com Toyota LMP1.”

“Isso é das coisas mais importantes. Temos que fazer os motoristas feliz porque eles são os nossos melhores embaixadores.”

Além da Peugeot, a Nissan também teve um programa para o Mundial. Chegou a competir em 2015 em Le Mans, mas por conta de erros de projetos e um amadorismo nunca visto na história do fabricante, cancelou sua participação. Atualmente fornece motores para a classe LMP2.

Nissan, a maior vergonha até agora no WEC. (Foto: Nissan)

Se espicula que a Peugeot volta ao Mundial em 2018, quando as regras da classe LMP1 terão uma nova versão. A BMW também cogitou sua entrada, entrada que deve acontecer, se acontecer será para depois de 2021.

Das atuais equipes, Audi e Toyota não revelam se continuaram no certame após 2017, o que deve se confirmar ou mudar no decorrer do ano. Qual o futuro do WEC? Por enquanto promissor. Se o lado político do esporte não superar o esporte o Mundial terá muitos e muitos anos de vida.

Audi vence e convence

A Porsche foi a equipe a ser batida em 2015. Venceu de forma convincente e não deu chance para Audi e Toyota. Seus principais rivais trouxeram carros novos, enquanto a Porsche refinou o 910 Hybrid. Nos testes oficiais no final de Março em Paul Ricard, o 919 liderou todas as seções de treinos. O feito se resultou nos testes em Silverstone, mas a pole foi conquistada pelo Audi #7.

Seria a chuva a ajuda que a Audi precisava para vencer a equipe irmã? A prova começou favorável a Porsche que pulou a frente ainda nas primeiras voltas. A vantagem do 919 #1 do trio Timo Bernhard,, Brendon Hartley e  Mark Webber era grande. A briga ficou entre o Audi #7 e o Porsche #2.

Marcel Fasslar levou o Audi #7 a vitória com uma diferença de 46.065 segundos sobre o Porsche #2 pilotado por Neel Jani. A diferença que inexistia por grande parte da prova acabou após o 919 bater no Ford #67 de Marino Franchitti. Por conta deste toque o carro fez uma parada não programada por conta de um furo no pneu frontal direito.

Faltando 57 minutos para terminar a prova, Neel Jani conseguiu terminar a prova com os pneus desgastados, porém voltou aos boxes faltando 10 minutos para reabastecimento.

A vitória de Marcel Fassler, Benoit Treluyer e Andre Lotterer, foi a primeira desde SPA em  2015, circuito que Audi venceu pela última vez.

Correndo por fora e sem nenhuma chance de vitória o Toyota #6 de Mike Conway, Stephane Sarrazin e Kamui Kobayshi terminou em terceiro, se valendo mais dos acidentes dos seus adversários do que por méritos do TS050.

O Porsche #1 pilotado por Brendon Hartley que tinha uma grande vantagem na terceira hora foi o protagonista do principal acidente da prova. Após bater no Porsche 911 pilotado por Mike Wainwright da Gulf Racing o carro voou, indo de encontro a barreira de pneus. Felizmente os dois pilotos não sofreram nenhum arranhão.

Para o presidente do programa LMP1 da Porsche, Fritz Enzinger, as coisas não foram como planejado. “A Qualificação não foi a ideal para nós e na corrida tivemos vários tipos de problemas, tais como o acidente de Brendon Hartley, e estamos aliviados que ele não esteja ferido. No final, tivemos a punção no carro número 2. No entanto: parabéns a Audi. Nós ficou em segundo lugar, Toyota terceiro. Para o campeonato este é um grande começo para a temporada. Os fãs podem esperar algumas corridas muito emocionantes. Em Spa vamos atacar de novo. “

“Sinceros parabéns aos nossos três pilotos e toda a nossa equipe”, disse o chefe da Audi Motorsport Dr. Wolfgang Ullrich. “Não só em Silverstone, mas também nas semanas e meses antes, deu tudo certo para o nosso carro de corrida mais sofisticado e eficiente até agora.” O  Audi R18 usa 46% menos combustível do que o primeiro LMP1 da Audi, o R10 TDI de 2006.

Grupo VW comandou a festa. (Foto: Joest Racing)

Na sequencia foi a vez do Audi #8 pilotado por Lucas di Grassi abandonar por problemas no sistema híbrido. O carro ficou parado na pista, mesmo com as investidas do piloto e de um mecânico para tentar fazer o carro funcionar, um princípio de incêndio acabou jogando por terra as chances de uma possível dobradinha da Audi em Silverstone.

Kazuki Nakajima foi o protagonista de um furo de pneu que sujou grande parte da pista. Como a quantidade de de detritos era grande, o carro de segurança deve que entrar na pista para que fiscais pudessem limpar. Mesmo assim os danos causados no Toyota #5 obrigaram o japonês a abandonar a prova. A equipe Rebellion completou os cinco primeiros com o #13 de Matheo Tuscher, Dominik Kraihamer e Alexandre Imperatori vencem entre as equipes privadas na classe.

Classe LMP2 com dobradinha brasileira

Bruno Senna e Pipo Derani, no pódio da classe LMP2. (Foto: MF2)

Na classe LMP2 a equipe RGR Sport by Morand venceu na sua estreia no Mundial. Filipe Albuquerque, Bruno Senna e Ricardo Gonzalez souberam resistir as investidas do Ligier da equipe ESM do também brasileiro Pipo Derani.

Dono da volta mais rápida da equipe durante os treinos, Senna começou a prova. A briga entre os protótipos da LMP2 foi intensa desde o início. As equipes dos brasileiros se alternaram na ponta com o Gibson 015S Nissan da Strakka Racing dos britânicos Nick Leventis, Danny Watts e Jonny Kane. A partir da metade da prova, no entanto, Bruno tomou a frente e entregou o carro aos parceiros na liderança. Mesmo fazendo uma parada rápida para reabastecimento quando restavam apenas 15 minutos, Albuquerque cruzou a linha de chegada com vantagem confortável sobre Derani.

Bruno comemorou a vitória em sua estreia na LMP2 com a certeza de que as metas traçadas ao assinar com a RGR Sport by Morand podem mesmo ser alcançadas. “Achávamos que tínhamos potencial para brigar por vitórias, inclusive nas 24 Horas de Le Mans, e pelo título. Felizmente começamos muito bem, apesar de um susto. O pneu dianteiro esquerdo moeu do nada depois do meu stint depois do Gonzalez. Trocamos só ele para o segundo e o carro continuou andando muito bem. Depois da entrada de um safety car, pude abrir bastante do segundo”, explicou. “A verdade é que nossa estratégia funcionou perfeitamente. Fizemos as paradas sempre na hora certa.”

Pipo Derani teve papel fundamental no segundo lugar no #31. (Foto: WEC)

O rendimento do carro da RGR Sport by Morand superou as expectativas. “Não tivemos nenhum probleminha. Só o rádio é que estava operando apenas em uma via. Eu ouvia o engenheiro, mas não conseguia falar com ele. Fiquei desesperado com o problema do pneu e entrei nos boxes sem poder avisar o que estava acontecendo. Mas ele percebeu pela telemetria que a roda estava travando e deixou tudo pronto para a troca”, elogiou Bruno.

Restou a ESM se contentar com o segundo lugar. A pilotagem sempre agressiva de Pipo Derani contrastou com a dos seus companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming ao volante do #31. Em terceiro o Oreca 05 da equipe G-Drive Racing, seguido pelo Alpine #36.

Ferrari vence na classe GTE-PRO e AM

Ferrari vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Davide Rigon e Sam Bird venceram sem grandes dificuldades na classe GTE-PRO com a Ferrari #71 da equipe AF Corse. Esta foi a primeira vitória da Ferrari 488 GTE desde sua estreia em Janeiro durante as 24 horas de Daytona.

Rigon assumiu a liderança e não viu as brigas para as posições subsequentes da categoria. A segunda Ferrari da AF Corse de Gianmaria Bruni e James Calado sofreu com uma punição de 3 minutos por conta da troca de motor antes da prova. Mesmo assim terminaram as 6 horas na segunda colocação. Em terceiro o Aston Martin #95 com Nicki Thiim, Marco Sorensen e Darren Turner. Os dois Ford GT completarem a prova em quarto e quinto.   

Ferrari também vence na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

Na classe GTE-AM, a Ferrari #83 da AF Corse dos pilotos François Perrodo, Emmanuel Collard e Rui Águas vencem. Em segundo o Aston Martin #98 de Pedro Lamy, Paul Dala Lana e Mathias Lauda.  Fechando o pódio da classe o Corvette #50 da equipe Larbre Competition.

A próxima prova será as 6 horas de SPA entre os dias 06 e 07 de maio em SPA-Francorchamps.

Audi larga na frente em Silverstone

Pista fria favoreceu R18. (Foto: FIAWEC)

A Audi conquistou a pole para as Seis horas de Silverstone, primeira etapa do Mundial de Endurance que acontece neste domingo na Inglaterra. Surpreendendo a todos o R18 #7 pilotado por Andre Lotterer e Marcel Fassler momentaneamente bloqueou a favorita Porsche marcando 1:53.204.

Em segundo o Audi #8 de Lucas di Grassi e Loic Duval. A diferença entre os dois carros foi de apenas 0,104 segundos. O feito da Audi foi comemorado já que a equipe não largava na primeira posição desde a etapa de Fuji do WEC de 2013.

A Porsche ficou com o terceiro e quarto tempo. Mark Webber e Brendon Hartley fizeram 1:54.150, tempo que os deixou a quase 1 segundo para o Audi #8. O Porsche #2 de Neel Jani e Romain Dumas marcou 1:54.266.

Treino classificatório.

André Lotterer  com pneus de chuva, não sabia o que enfrentar no treino. “Não tínhamos ideia do que esperar. Mas fizemos as decisões certas que foram perfeitas”, disse o alemão. Posteriormente, Marcel Fässler assumiu o carro #7. “A qualificação foi divertida. O carro deu-nos um feedback muito bom.” Comemora.

Para Loïc Duval o #8 também estava rápido.“Infelizmente, eu não encontrei uma volta limpa no início e depois os pneus ficaram um pouco desgastados”, disse o francês. Seu companheiro Lucas di Grassi, acredita em uma boa prova no domingo. “Nós quase conquistamos a pole. O carro está bem equilibrado”, disse o brasileiro.

Com pista seca, Porsche pode surpreender. (Foto: Porsche AG)

Já o diretor do programa LMP1 da Porsche, Fritz Enzinger ficou desapontado com seus carros.  “Por mais de um ano ocupamos a primeira fila nas etapas do WEC, desde a etapa do Brasil em 2014.  Agora vamos analisar por que não conseguimos as primeiras posições.. Para amanhã as condições climáticas são previsíveis e, com certeza, vamos fazer um bom trabalho”.

A Toyota ficou com as duas posições seguintes com o TS050 #6 e #5 a quase 2 segundos do primeiro colocado. Para Anthony Davidson a equipe foi prejudicada pelo clima chuvoso. “Foi um dia desafiador a chuva nos colocou um pouco fora de sincronia com as configurações do nosso carro, que são muito complexas. Treinamos em condições que não tínhamos enfrentado ainda. Temos que aprender com isso e nos preparar para a prova de domingo.” Lamentou. Entre as equipes privadas a ByKollles superou os dois carros da Rebellion Racing com o tempo de 2:08.332.

Na classe LMP2 a pole ficou com o Oreca 05 #26 da G-Drive Racing, que foi pilotado por Roman Rusinov e Rene Rast. Os dois fizeram a média de 2:08.479. Em segundo o Ligier #31 da equipe Tequila Patron, graças ao trabalho do brasileiro Pipo Derani e Chris Cumming. Foi do brasileiro a melhor volta na classe.

Em terceiro o Ligier #43 da equipe RGR by Morand Racing que teve Bruno Senna e Filipe Albuquerque participando do treino classificatório. O brasileiro comemora o resultado. “Optamos por uma tática arriscada, saindo primeiro com o Filipe Albuquerque, depois com o Ricardo Gonzalez e o Filipe voltando depois. Mas ele não conseguiu abrir uma última volta por falta de tempo por causa do atraso na troca de pilotos”, explicou, satisfeito com a marca de 2:10.295 registrada pelos parceiros.

Ferrari #51 da AF Corse conquista pole na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

A tomada de tempos foi realizada com temperaturas baixíssimas – cinco graus ambiente e apenas seis na pista. A neve, que praticamente inviabilizou a terceira e última sessão de ensaios livres da manhã, pegou a todos de surpresa. “É a primeira vez que vejo isso nesta época do ano”, disse Bruno, antes de elogiar o comportamento do protótipo da equipe mexicana. “Acho que estamos bem no molhado. No seco, talvez fique um pouco mais difícil.” Partindo com pneus novos, Bruno acredita que poderá permanecer no cockpit por dois turnos. “Acho que vai dar, mas ainda vamos conversar direitinho para escolher a tática mais apropriada.”

A AF Corse vai começar largando na frente entre os competidores da classe GTE-PRO. Davide Rigon e Sam Bird com a Ferrari #71 marcaram 2:12. 440. O tempo foi 1.382 segundos mais rápido do que o do Porsche #77 da Dempsey Proton Racing com Richard Lietz e Michael Christensen. Em terceiro o Ford #66 da Chip Ganassi Racing com Olivier Pla e Stefan Muecke com a média de 2:14.475.

Porsche #88 faz a pole na classe GTE-AM. (Foto: Porsche AG)

A Abu Dhabi Proton Racing conquistou a pole na classe GTE-AM com Klaus Bachler e Khaled Al Qubaisi com 2:15.102 de média. Em segundo o Porsche da KCMG de Wolf Henzler e Christian Ried. O Corvette da Larbre Competition vai largar na terceira posição.

Engenheira da Audi, Leena Gade a caminho da Bentley

Remanejamento dentro do grupo VW. (Foto: Audi)

Nome forte dentro da Audi, Leena Gade a primeira engenheira a ganhar as 24 horas de Le Mans está indo para a Bentley ainda em 2016.

A informação foi divulgada pelo site Sportscar365, que segundo fontes, Lenna já teria acertado sua ida para o fabricante britânico que faz parte do grupo VW, assumindo um futuro programa de retorno da marca a nível mundial.

Se cogitou um programa na nova classe DPi na IMSA, que não foi negado por dirigentes da equipe. Não se sabe se o futuro da Bentley será no Endurance.

Leenna que é a responsável pelo Audi #7 deve deixar seu posto após as 24 horas de Le Mans em Junho.

Confira o comunicado.

“Leena Gade, engenheira de corrida do Audi R18 #7 estará deixando a Audi Sport após o Le Mans 24 Horas. Em se lugar entra o engenheiro Erik Schuivens (ex Sauber) em operações de testes e de corrida. Seu envolvimento terá início com a abertura da temporada em Silverstone. “

Audi acredita que diferença de megajoules não será determinante no WEC

Menos é mais ? (Foto: Joest Racing)

A Audi vem com uma missão um tanto quanto complicada para a temporada 2016 do WEC. Tentar recuperar a força que sempre teve e vencer seus rivais. Se em 2014 perdeu o título do Mundial para a Toyota e em 2015 para a irmã Porsche, o time Alemão sabe que não pode mais perder.

Para esta temporada o R18 está inscrito na subclasse híbrida de 6MJ, ao contrário de Porsche e Toyota que estão com 8MJ. Seus rivais quando optaram por competir com o máximo permitido pelo regulamento também levaram junto sistemas mais pesados o que obrigou engenheiros a ter um trabalho maior para alocar os sistemas híbridos, sem mexer no consumo e aerodinâmica.

Teria a Audi uma desvantagem com uma menor recuperação de energia por volta? Segundo o diretor da marca, Joerg Zander não. “Você tem um problema de peso, se você for para classe de 8 MJ “, disse Zander. ” Se Você obter qualquer vantagem, logo seria uma desvantagem.”

Segundo o dirigente não se viu até agora uma vantagem considerável para pular de 6 para 8MJ, mesmo com os tempos superiores da Porsche em Paul Ricard durante os testes oficias.

“Uma coisa que você tem que considerar,  é que o diesel tem um processo de combustão mais eficiente, como sabemos, os protótipos a gasolina obtém esta diferença do motor a combustão e não do sistema híbrido.”

“No outro extremo, o problema é por causa das pressões de combustão muito maiores, o que significa que os componentes precisam ser mais pesados.”

“É claro que tem uma certa quantidade de energia adicional para compensar o peso extra … Mas você recebe energia adicional se você tem 8MJ. Ainda há diferença de peso, então o que você vai fazer com isso?”

Ainda segundo o dirigente a “tecnologia K”, uma função feita para calcular a diferença entre a energia alocada e o fluxo máximo de combustível instantâneo, tornou difícil produzir qualquer ganho substancial para os sistemas que utilizam 8MJ.

Em números absolutos. Protótipos que competem nas classes de 2 a 4 MJ obtém 0.980K. O número sobe para 0.979K com 6MJ. A diferença de peso entre os sistema de 6 e 8MJ varia em torno de 30 a 40 quilos. Um protótipo LMP1 deve ter um peso mínimo de 875 kg.

“Nós discutimos isso com a FIA e ACO, porque eles podem pensar que deveríamos nos esforçar mais para ir a classe de 8MJ. Mas não faz nenhum sentido. Se deve levar em conta ainda a energia que é transferida para a pista, tipo e pneus, tração.”

Ainda segundo as regras deste ano, que limitam o fluxo de combustível, deixando os protótipos mais lentos, o novo R18 conseguiu “recuperar” o que o regulamento acabou ceifando da pistas. “O principal foco que colocamos sobre este carro, foi o de aumentar a eficiência”, disse ele.

O R18 também é o único que mantem o seu sistema híbrido instalado e atuando somente nas rodas dianteiras. O motivo seria o peso excedente e a complexidade de desenvolvimento de um sistema totalmente novo.

Os detalhes técnicos do novo Audi R18

Modelo pode fazer frente ao domínio da Porsche? (Foto: Audi AG)

A Audi revelou nesta terça (22) a versão 2016 do Audi R18 que irá disputar as 24 horas de Le Mans e o Mundial de Endurance.

O LMP1 terá um novo sistema híbrido para tentar conter o avanço da Porsche. Segundo o fabricante motor a combustão, mais o sistema híbrido gera uma potencia de aproximadamente 1000 cavalos de potencia.

Equipado com um V6 turbo de 4 litros, o mesmo da temporada 2015, o destaque fica para o uso de baterias. O LMP está inscrito na classe de 6MJ, que deve fornecer 50% a mais de energia do que seu antecessor.

Como resultado o carro está 10% mais econômico, também por conta da redução de potencia que foi imposta pela ACO principalmente para Le Mans. Com uma nova aerodinâmica, o destaque fica com a nova frente. O carro também tem um monocoque totalmente novo, o que resultou em mudanças nos pontos de fixação da suspensão.

Também são visíveis mudanças nas caixas das rodas que ficaram 45% maiores. “O resultado é um carro de corrida que gera mais energia do que antes”, disse o chefe da Audi Motorsport Dr. Wolfgang Ullrich.

Audi já completou testes com o novo R18, em Sebring e em toda a Europa. Os pilotos serão Andre Lotterer, Benoit Treluyer e Marcel Fassler além de Loic Duval, Lucas Di Grassi e Oliver Jarvis.

 

Loic Duval admite que novo Audi R18 pode sofrer com quebras

Novo R18 poderá sofrer com falta de durabilidade? (Foto: Audi AG)

A Audi enfrentou em 2015 um dos seus piores anos no Endurance. Após perder em 2014 o título para a Toyota (mesmo vencendo Le Mans), viu a marca irmã Porsche dominar o Mundial de Endurance com o seu 919 Hybrid.

Para não ficar para trás apresentou no final de 2015 o novo R18. Sendo este um carro totalmente novo o programa de testes começou em Sebring em Dezembro e deve continuar em circuitos europeus ao lado da Toyota. A Porsche testa atualmente no circuito de Yas Marina.

Na opinião de Loic Duval tantas mudanças podem ocasionar quebras. “O carro é realmente diferente e um grande trabalho foi feito pela equipe. Parece muito promissor”, disse ao site Motorsport.com. “O ponto de interrogação será a durabilidade após tantas mudanças, pois é um carro novo.”

“O  sistema híbrido que é totalmente novo é o nosso principal desafio. Eu acho que em termos de desempenho nós vamos ser fortes, mas é claro que ainda é muito cedo para falar qualquer coisa.”

Já o chefe da Audi Motorsports, Dr. Walfgan Ullrich, admite que o trabalho está longe de ser finalizado, e o novo LMP necessita de uma alta quilometragem para se tornar 100% competitivo e principalmente durável.

“Nós temos um carro completamente novo”, disse .”O objetivo de cada peça nova é que ela seja melhor do que anterior.”

“Estamos dentro do cronograma, estamos no processo de compreensão dos sistemas, como usá-los para ter desempenho e confiabilidade. Ainda há muito a fazer.”

Fazer um prognóstico neste momento é impensável segundo o dirigente. “Você nunca sabe até a primeira corrida. Estamos concentrados em nosso trabalho, sabemos que temos de fazer progressos com o carro novo.”

“É certo que a competição será em um nível muito alto este ano. A Toyota terá um carro novo, temos um carro novo, tanto será mais rápido do que no ano passado, será algo intenso.”