ACO divulga lista com 27 carros para abertura do WEC em Silverstone

(Foto: AdrenalMedia)

A ACO divulgou nesta terça 04, a lista de inscritos para a primeira etapa do Mundial de Endurance, que ocorre entre os dias 14 e 16 de abril em Silverstone na Inglaterra. Além do WEC, o final de semana também marca a abertura do European Le Mans Series.

Quatro pilotos britânicos estão entre os que podem ganhar no geral.  Um dos pontos altos da prova é o Royal Automobile Club Tourist Trophy. O troféu é o mais velho da história do automobilismo. Por coincidência apenas um piloto britânico conseguiu a honraria em 2012, Anthony Davidson.

Lista de inscritos

Porsche e Toyota revelaram seus protótipos em Monza. Tiveram dois dias de testes. Enquanto os tempos de volta absolutos não eram necessariamente representativos na temporada, Silverstone verá ambas as equipes usarem seus pacotes aerodinâmicos de alta pressão em público pela primeira vez, e os tempos de volta serão, sem dúvida, espetaculares e extremamente próximos.

Mike Conway (com Kamui Kobayashi e José Maria Lopez) e Anthony Davidson (juntamente com Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima) enfrentaram a forte concorrência da linha forte da Porsche, que inclui o britânico Nick Tandy, que espera conquistar sua primeira vitória no “geral” em Silverstone, depois de passagens pelas classes GTE-PRO e  LMP2. Tandy pilotará o Porsche 919 Hybrid com o vencedor André Lotterer e o campeão do WEC Neel Jani. O segundo carro da equipe terá os campeões de 2015 Timo Bernhard e Brendon Hartley e  Earl Bamber.

Oliver Webb conclui o quarteto de pilotos britânicos na classe LMP1, fazendo campanha para o polonês Robert Kubica no ByKolles CLM P1 / 01.

A classe LMP2, será formada por protótipos Oreca 07. Nove carros estarão na classe. A Alpine que confirmou dois protótipos, vai alinhar o segundo na etapa da Bélgica. Nos testes em Monza a diferença entre todos os carros da classe, ficou na casa dos 0.500 milésimos

O britânico Matt Rao, de 22 anos, compete pela Signatech-Alpine, campeã da classe em 2016. Ele vai dividir o caror com Nicolas Lapierre e Gustavo Menezes. O ex-piloto da Williams F1, Alex Lynn, compete pela equipe G-Drive Racing em 2017. Já a Jackie Chan DC Racing tem dois pilotos da casa: Alex Brundle e Oliver Jarvis. Tor Graves compete pela CEFC Manor TRS Racing ao lado de Jean-Eric Vergne, que vai fazer sua estréia no WEC em Silverstone

O Brasil está representado na classe por Nelson Piquet Jr., no Rebellion #13. Piquet será companheiro de Bruno Senna que compete no #31

Na classe GTE-PRO, Ferrari, Porsche e Aston Martin, alinham dois carros cada. Pipo Derani vai estar no Ford #67. Daniel Serra no Aston Martin #97. Já na classe GTE-AM, cinco carros estão confirmados. Duas Ferrari, dois Porsche e um Aston Martin.

Campeonato Inglês de LMP3 é licenciado pela ACO

(Foto: Divulgação)

A plataforma LMP3 vem ganhando o mundo. Após ser confirmado que fará parte do portfólio da IMSA, na série Lites e em 2018 ocupando o lugar dos PC no Weathertech, a ACO firmou nova parceria com a Bute Motorsports para a criação de um campeonato na Inglaterra.

Uma prova preliminar chegou a ser realizada em 2016 em Snetterton. Inicialmente o campeonato teria o nome de Bute Motorsport’s Protoype Cup, aós a chancela da ACO, muda para LMP3 Cup Championship. A entidade também tem a exclusividade de uso da marca LMP3, bem como seus regulamentos técnicos no Reino Unido.

O campeonato de LMP3, vai acontecer no mesmo final de semana da campeonato de GT britânico, organizado pela MSVR Club.

“É muito gratificante ver que nossa fórmula LMP3, se desenvolva tão rápido”, disse Vincent Beaumesnil, Diretor Esportivo da ACO. “Ele agora tem uma pegada global e tendo a  Bute Motorsport Ltd como nosso parceiro oficial no Reino Unido, vai ajudar a popularizar ainda mais o conceito. Ficamos muito impressionados com a visão de longo prazo e atitude profissional de Bute e estamos muito satisfeitos em trabalhar juntos para desenvolver o campeonato em pleno potencial”.

Além disso, a Bute Motorsport confirmou que o vencedor do campeonato desde ano, receberá uma entrada de cortesia na Michelin Le Mans Cup de 2018, um valor de mais de 45.000 €. O prêmio inclui seis rondas em toda a Europa, incluindo o Road to Le Mans

“É uma notícia fantástica para o campeonato”, disse o diretor da Bute Motorsport, Hannah Wilson. “Recebemos um excelente nível de interesse de equipes e dos pilotos. Agora temos o apoio do ACO que é um endosso fantástico para a Bute e a maneira como fazemos negócios. Este anúncio ratifica o Campeonato da Copa LMP3 como série.”

Ao todo, seis são os construtores homologados para construir protótipos LMP3.  Riley Technologies (EUA), Onroak Automotive (França), Adess AG (Alemanha), Dome (Japão), Ginetta (UK) e Norma (França). O campeonato começa em Donington Park entre os dias 22 e 23 de Abril.  

 

Protótipos LMP1 na IMSA? O impasse continua

A briga continua. (Foto: dailyderbi.com)

A briga ideológica entre IMSA e ACO sobre a regulamentação da futura classe DPi continua. Após reuniões durante as 12 horas de Sebring e declarações negativas dos dois lados do atlântico, um nova ideia surgiu. A utilização de protótipos privados no futuro certame americano.

Pela ideologia pregada pela ACO os futuros LMP2 (DPi) podem ser elegíveis nos campeonatos regidos pela entidade, (ELMS, Asian LMS, WEC e Le Mans). Como todos sabem as equipes LMP2 na Europa são massivamente equipes de clientes, imposição feita para que equipes que queiram algum apoio oficial migrem para a classe LMP1.

O presidente da ACO, Pierre Fillon, tentando acalmar os americanos que querem que a futura classe tenha apoio de fabricantes sugeriu que os futuros carros tenham as configurações LMP1 privadas sem sistema híbridos.

Vale lembrar que os futuros DPi só poderão competir com chassis Oreca, Onroak, Dallara e Multimatic. As opiniões são as mais diversas por parte dos chefes de equipe. Para Michael Shank que venceu com o Ligier JS P2 neste final de semana em Laguna Seca, a mudança para a classe LMP1 é benéfica.

“Eu acho que o mais sensato seria corramos na classe LMP1 privada. Vamos correr contra a Rebellion Racing. Na realidade, não devemos fazer nada que não seja correr em Le Mans.”

Troy Flis, dono da equipe na VisitFlorida.com, que compete com um arcaico Corvette DP, é necessário decidir qual caminho tomar o quanto antes. 

“Sabemos que não vamos competir com um LMP1 híbrido, e sabemos que provavelmente não vamos correr com a P2. Eu acho que seria interessante a criação de uma classe IMSA, mas que possamos competir na Europa.”

A Mazda que vem fazendo um temporada interessante com poles e voltas mais rápidas também espera a definição as regras para tomar uma decisão. “Claramente, o foco tem sido na P2 desde o início e todos nós tentamos encontrar uma plataforma comum”, disse John Doonan, diretor de Mazda Motorsports . “Mas, no final, se houvesse uma classe IMSA como quando eu era criança, ou P1 privada, acho teremos a oportunidade de continuar o nosso programa como uma plataforma global. De nossa perspectiva, a oportunidade de ir para Le Mans seria extraordinário, e isso independentemente da categoria.”

Outro fator que tem gerado conflito é a definição da parte eletrônica do carro. Para os P2 europeus o sistema utilizado será o da Cosworth. Para John Doonan, seria um desafio para a Mazda utilizar este sistema, já que é parceira Live Racing desde 2006.  “É uma mudança complicada e um investimento enorme. Agora, se trata apenas do BOP. A IMSA tem encontrado uma maneira de fazer um excelente trabalho com o BOP, estabelecendo um processo muito transparente com os fabricantes. Se precisamos fazer alguma coisa com um sistema adicional, vamos fazê-lo, testá-lo e chegar a um consenso. Todos nós devemos ser capazes de competir com o que temos nos dois campeonatos.”

Para o diretor da IMSA, Scott Atherton nenhum decisão foi tomada até o momento. “A ideia é interessante e prende a nossa atenção. Mas nada foi decidido ainda. Francamente, não houve nenhum diálogo com os nossos parceiros e equipes.”

“Nós temos uma aliança estratégica (com a ACO), mas no final, podemos sugerir, discutir, mas a decisão é deles”, disse Ed Bennett, CEO da IMSA.

Outro impasse é a adoção da classe LMP3 em detrimento a PC, que está na pista desde 2009. Por conta da predileção dos Daytona Prototypes várias equipes americanas optaram por correr na Europa, bem como comprar modelos LMP2. ESM, Michael Shank Racing e Krohn Racing. Já a Ford Chip Ganassi, Corvette Racing e Scuderia Corsa estão presentes na classe GTE. A DragonSpeed que compete na ELMS com um Oreca 05, não tem planos de voltar a correr nos EUA.

Notícias sobre a briga IMSA x ACO:

Bentley e Nissan desistem de competir na IMSA.

“Não vejo muitos DPi em 2017”, diz presidente da Oreca.

Divergência entre ACO e IMSA descontentam Pierre Fillon.

Mark Raffauf da IMSA.”As necessidades dos DPi e LMP2 são totalmente diferentes.

*Com informações dos sites enduranceinfo.com e Sportscar365.com

 

“Não vejo muitos DPI em 2017”, afirma presidente da Oreca

Novo capítulo na novela ACO e IMSA. (Foto: FIAWEC)

Os impasses entre ACO e IMSA nunca foram tão intensos. As ideologias das duas organizações podem acabar com uma possível ruptura? É possível? Sim. Mas não é algo que nenhum dos lados quer.

No meio de tudo isso estão os fabricantes que dependem das regras, que ainda não foram totalmente finalizadas e passadas para que sejam tomadas decisões, pedidos e afins. Para o presidente da Oreca Hugues de Chaunac as coisas estão caminhando a passos lentos.

“Eu não vejo muitos fabricantes envolvidos em 2017”, disse De Chaunac ao site Sportscar365. “Esperamos ter alguns acordos antes de Setembro, para entregar os primeiros carros ainda em Janeiro.”

“Eu acho que tudo está sendo feito tarde demais para ter um carro antes de Daytona. Existe um interesse por parte de equipes, mas falta informação.”

“No momento, nós preferimos dizer que precisamos de um pouco mais de tempo, a fim de fazer um bom programa de teste em abril, maio de 2017 e começar a competir em Agosto, Setembro e estar totalmente pronto para Daytona em 2018.”

No centro do debate estão as regras em especial da motorização, que por padrão na IMSA deve oriunda de um modelo GT3. “A IMSA diz que os motores tem que ser GT3 com os seus próprios sistemas eletrônicos.Eles não perguntaram se podemos concordar ou não.” Disse ele. “Estamos apenas seguindo as regras e não estamos dizendo nada mais. É parte do jogo. “

O futuro projeto tem como base o bem sucedido Oreca 03, o que dá a empresa uma enorme economia em projeto e desenvolvimento. O Oreca 07 será a base para os novos LMP2 e DPI.

“O progresso está indo bem”, disse ele. “Não estamos iniciando a partir de uma folha branca de papel.Temos uma boa base. Todo mundo diz que o Oreca 05 é uma boa base. Então, nós estamos progredindo bem.”

“Precisamos fazer um carro superior, porque temos de ter em mente que este será o mesmo carro durante quatro anos. Então você não pode perder o início. “

Para as equipes que não querem comprar um modelo novo, e possuem um modelo 05, pode adquirir um kit de conversão.

“Do lado de fora, será um carro novo”, disse ele. “O monocoque permanecerá o mesmo, mas a parte de fora, será algo totalmente novo.”

 

Divergências entre ACO e IMSA descontentam Pierre Fillon

Diferença de culturas pode dar fim a parceria entre IMSA e ACO? (Foto: FIAWEC)

O impasse entre ACO e IMSA pela nova regulamentação da classe LMP2 que entra em vigor em 2017 está longe de acabar. A polêmica ganhou mais um capítulo quando Mark Raffauf declarou que as necessidades da IMSA são totalmente opostas as da entidade francesa.

Em defesa dos reais interesses da entidade o presidente da ACO, Pierre Fillon mostrou todo o seu descontentamento após as duras declarações. “Neste momento, estamos ainda em discussão”, disse Fillon. “Com certeza, há alguns pontos a discutir. Discordamos um ponto importante e nós estamos discutindo sobre este ponto.”

“Com certeza, estamos longe do que era no início o projeto. O plano é ter um protótipo comum  capaz de competir na América, na Ásia e em todos os lugares.”

“Foi nosso objetivo no início. Entendemos a filosofia da IMSA que um pouco diferente agora, porque eles precisam ter alguns fabricantes no seu campeonato.”

“Nós respeitamos a IMSA, que deve tomar uma decisão agora sobre este ponto. Vamos ver se DPi virá a Le Mans ou não.”

Originalmente modelos DPi equipados com a carenagem original e não com bolhas de modelos americanos poderiam competir no WEC, Le Mans e nas series regionais (ELMS e Asian LMS). Porém com as mudanças impostas pela IMSA que defende equipes oficiais em seu campeonato, algo que a ACO abomina, pois acredita que equipe de fábrica é coisa da classe LMP1, já fala em não aceitar a versão americana do LMP2 em Le Mans.

“Hoje o P2 funciona muito bem”, disse ele. “Nosso primeiro objetivo é não quebrar isso. Se houver um risco de quebrar este equilíbrio, não vamos fazer isso. Queremos manter a filosofia dos P2, com certeza no WEC, e em Le Mans.”

“O importante é fazer um bom BdP. Porque não é o mesmo motor. Com certeza, um protótipo vindo para Le Mans teria que ter a mesma carroçaria padrão, mas não o mesmo motor.”

Uma das soluções apontadas por Fillon é alocar o modelos americanos na classe LMP1 como modelos sem sistema híbrido e engordar as sub classe que atualmente é habitada por Rebellion Racing e ByKolles.

“A questão é, qual melhor lugar para DPi? É para P2 … ou? Temos de encontrar uma solução.”

 

 

Mark Raffauf da IMSA: “As necessidades dos DPI e LMP2 são totalmente diferentes”

Dificuldades a vista? (Foto: IMSA)

A novela envolvendo as regras da futura classe LMP2 e DPI estão longe do fim. O dirigente da IMSA Mark Raffauf declarou nesta segunda que “As necessidades dos protótipos DPI, são totalmente diferentes dos LMP2.”

Durante as 12 horas de Sebring, uma nova reunião entre dirigentes das duas entidades ocorreu e as divergências ainda estão longe de ser acertadas. “Desde o início, estabelecemos que as necessidades destes dois carros são completamente diferentes,” Mark Raffauf da IMSA disse Sportscar365. “Um deles é destinado a equipes de clientes no caso da ACO. Aqui nos EUA temos a intenção de trazer fabricantes que apoiam equipes de forma oficial.”

“Nós estabelecemos isso; temos essas parcerias com fabricantes já em vigor. Nós lidamos com eles em muitos níveis.”

Para o dirigente o relacionamento entre ACO e IMSA ainda é saudável, mesmo com a disparidade entre as ideologias das duas entidades. Enquanto os LMP2 terão caixas de cambio, difusores, asas traseiras e barbatana de tubarão iguais, na IMSA a liberdade será maior chegando ao ponto de poder utilizar bolhas como atualmente são os modelos Corvette DP.

“Algumas das coisas a  ACO poderia ter esperado que teríamos feito pois já fizemos na GRAND-AM e determinamos que não deu certo.”

Os regulamento finais deve ser divulgados antes das 24 horas de Le Mans em Junho.

Diferenças culturais entre IMSA e ACO botam programa LMP2 em risco nos EUA

Começo amargo para alguns setores da IMSA em Daytona. (Foto: Michael Shank Racing)

As diferenças ideológicas entre a IMSA e a ACO sempre foram evidentes. O exemplo mais claro foi o descarado apoio aos Daytona Prototypes em detrimento aos LMP2 quando as duas séries se uniram em 2012.

Neste final de semana um feito muito importante mostrou que a tecnologia sempre vai superar a “tradição” muitas vezes arranjada. Um LMP2 venceu a única prova em que não podia vencer. Daytona.

Seria a mesma coisa que um LMP1 vencesse em Mônaco, quintal da F1. Pode parecer apenas papo de torcedor mas as coisas vão muito além de quem vence o que. Um dos pilares desta nova fase da ACO nos EUA foi o acordo que a partir de 2017 os principais protótipos que estarão na pista da IMSA serão os novos LMP2.

Até ai nada mais óbvio, visto a idade avançada dos DP, além de questões de segurança. Americano sempre gostou de carro grande, com motor idem, dando pouca importância para segurança e a onda “verde”, tão martelada pela ACO com seus protótipos híbridos e motores menores, econômicos.

Esqueça aquele motor V8 barulhento que bebe toneladas de combustível. O vencedor das 24 horas de Le Mans do ano passado, o Porsche 919 Hybrid tinha um motor V4 além dos sistemas de recuperação e energia.

Mesmo que a nova safra de LMP2 não tenha um sistema complexo de exaustão não vai ter nada de americano, salvo futuras carenagens imitando modelos de rua como é feito com o Corvette DP.

As futuras regras da classe sempre foram motivo de crítica por vários setores do esporte. Nunca se limitou tanto com apenas 4 fabricantes de chassi (Oreca, Ligier, Dalara e Riley) além da Gibson sendo a única a preparar motores (na Europa). Se é uma coisa que americano não gosta é receber as coisas e não ter o direito de mudar.

Se por um lado a ACO visa proteger as equipes, dando o poder de escolha por fabricantes sérios, que não vão deixar o projeto pela metade por falta de dinheiro, por outro acaba limitando, equipes e fabricantes a desenvolver na classe, algo que é a síntese do Endurance.

Fabricantes como a HPD, GM e Bentley que anunciou recentemente um plano de voltar aos EUA acabam nos dando mais dúvidas do que certezas, pois que fabricante vai por seu nome em um motor do seu concorrente? Estes três fabricantes ainda não revelaram seus programas para 2017.

Tais ideologias parecem ter se agravado após a vitória da Ligier em Daytona neste final de semana. Em paralelo a prova tanto ACO quanto IMSA passaram o final de semana discutindo estes pormenores.

Por contrato o máximo que uma equipe pode fazer no carro são pequenas alterações estéticas, ou correr como ele vem de fábrica. Módulos de controle, tudo será igual e isso vem incomodando a ISMA.

Já existe setores da entidade que argumentaram e pleiteiam uma maior abertura, seja em peça do futuro LMP, maior abertura em modificações estéticas e é claro mais variedade de marcas de chassi e motor.

Um dos principal argumento da ACO é que qualquer equipe pode vir a competir no WEC, ELMS e é claro as 24 horas de Le Mans.

Por que o clima mudou tão de repente, e que implicações isso pode significar em relação a longo prazo da ACO e IMSA? Mas por que só agora após a assinatura de contratos e quase 4 anos após a fusão as coisas começam a desandar?

De um lado a ACO que com os novos carros quer atender a equipes pequenas, Gentleman Drives e pilotos em início de carreira. Já a IMSA quer algo com status e programas oficiais de fábrica. Com a projeção de orçamento para as futuras equipes na casa dos 10 milhões de dólares a ACO poderia ter um concorrente dentro do seu quintal. Equipes que iriam optar competir nos EUA, maior mercado automobilístico do mundo em detrimento a classe LMP1 do WEC.

É sabido que os fabricantes pagam para competir na IMSA, a famosa taxa de participação. Com uma classe visando o piloto amador, e com restrições na liberdade de escolha a principal fonte de renda da entidade estaria secando.  

Os primeiros testes com os novos LMP2 estão agendados para Outubro deste ano, e até agora a ACO não finalizou os regulamentos, o que deixa os fabricantes e equipes que “correndo as escuras”

Teremos retalhação nesta temporada caso os LMP2 dominem? Teremos alguma mudança radical no regulamento? A ACO vai ceder os anseios da IMSA? Essas respostas vamos conhecer no decorrer do ano…

* Com informações do site Sportscar365.com

 

 

Divulgação dos regulamentos da classe LMP2 é adiada até Le Mans

A novela sobre a nova regulamentação da classe LMP2 para 2017 parece estar longe de terminar. Na manha deste Sábado (11) a direção da ACO cancelou a entrevista coletiva aonde seria conhecido mais detalhes sobre a polêmica que limita a quantidade de motores e chassis para a classe.

Apenas uma declaração do presidente da ACO, Pierre Fillon foi dada. “A categoria LMP2 tem sido uma das grandes do automobilismo, e a ACO está muito orgulhosa do que foi alcançado. Estamos em consulta com os fabricantes e as equipes para encontrar a melhor solução para os novos regulamentos de 2017 “, disse. “Devemos lembrar que LMP2 é para equipes e pilotos, não é uma categoria de fabricante fora da América do Norte, e temos de construir um modelo de negócio sustentável para as equipes, protótipos e fabricantes de motores.”

O presidente da ACO diz ter entrado em contato com 21 fabricantes de motores para descobrir uma melhor maneira de reduzir custos, para que ai sim seja encontrado um fabricante único. A meta é reduzir os custos em 20% .”Vamos nos certificar de que categoria LMP2 fornece a melhor solução para equipes e pilotos que desejam competir em um Le Mans Prototype em corridas de resistência por muitos mais anos“, acrescentou Fillon.

IMSA divulga regulamentos para a classe “P” para 2017

Já a IMSA divulgou o seu regulamento para a classe para 2017, e ao contrário do impasse que acontece do outro lado do atlântico, nos EUA as mudanças são grandes.

Não vai existir limitação de fabricantes e fornecedorres de motores para as equipes. As equipes poderão alterar o desenho dos carros caso queiram e poderão competir nas 24 horas de Le Mans com as mesmas configurações que usam nos EUA, mas com a carroceria original do fabricante.

“IMSA, o ACO e da FIA estão trabalhando com o objetivo comum de assegurar corridas  de protótipos competitivas para equipes e pilotos em todo o mundo”, disse o presidente IMSA Scott Atherton. “Nós todos estamos de acordo com os parâmetros de orçamento e de negócios sustentáveis ​​é o caminho a seguir para todos seguirem.” Disse.

WEC adota largada “estilo” Le Mans

Após extinguir a participação das Grid Girls nas etapas do WEC, a ACO anunciou na manhã desta Terça-feira (07) que todas as provas do calendário irão adotar a largada estilo Le Mans com os carros “estacionados” lado a lado como já ocorre nos EUA.

Leia também: Pit Girls estão extintas do WEC

O formato da grade revive o procedimento de largada utilizado nos primórdios de Le Mans, a diferença é que os pilotos não irão correr até seus carros para largar.

Mesmo com a mudança os carros irão dar uma volta pela pista até a bandeira verde. A formação da grade ajudará a aumentar a atmosfera do evento, de acordo com o CEO do WEC, Gerard Neveu.

“Em cada corrida do Campeonato do Mundo de Endurance queremos oferecer aos espectadores a mesma atmosfera que existe nas 24 Heures du Mans”, disse Neveu. “Os carros e as equipes são as verdadeiras estrelas do evento. Essas mudanças vai colocar a tônica sobre isso e fornecer os espectadores uma experiência muito melhor em cada um dos fins de semana de corrida de 6 horas. “

 

Equipes americanas e os regulamentos LMP2

A polêmica sobre os novos regulamentos da classe LMP2 para 2017 não param. A ACO em parceria com a FIA divulgaram semana passada o que os fabricantes e imprensa já sabiam.  A partir de 2017 apenas 4 montadoras e 1 fornecedor de motor será aceito na classe LMP2.

Muitas equipes, sua grande maioria Europeias e por consequência os fabricantes estão divididos. E nos EUA? As regras também irão ser aceitas pela IMSA. No final de semana nenhum equipe LMP2 conseguiu um bom resultado, mais por erros delas mesmas do que por pelo projeto do carro em si.

A nota divulgada pela ACO afirma que tal mudança na classe não será válida para o TUSC e a quantidade de motores e chassis será livre.

ACO e IMSA mantem parceria até 2020.

Presidentes da ACO e IMSA ratificam parceria (Foto: Divulgação IMSA)

Durante as 12 horas de Sebring a IMSA e a ACO aumentaram a parceria até 2020. No próximo ano, IMSA e a ACO irão introduzir novas especificações para as classes GT, sendo GTLM no TUSC,  GTE em Le Mans, FIA WEC, ELMS e Asian LMS. Além disso, TUSC mudará a classe GTD e os carros serão baseados nos regulamentos técnicos da FIA GT3, válidos até a 2019.

“Desde o anúncio da nossa parceria estratégica aqui em Sebring, há dois anos, a ligação entre o ACO e a IMSA e ficou mais forte”, disse Presidente da IMSA Jim France. “Esta parceria vai tornar mais fácil para as nossas equipes  competir nas 24 Horas de Le Mans, e ter acesso a melhores equipes como novos protótipos e GTs.”

A parceria irá continuar a fornecer entradas automáticas para as 24 Horas de Le Mans para as equipes do TUSC. O acordo de licenciamento permite a IMSA para continuar a utilizar o nome de Le Mans para a sua classe GT e o evento Petit Le Mans.

Estamos muito satisfeitos em fortalecer ainda mais a nossa parceria com IMSA”, disse o presidente da ACO Pierre Fillon. “Foi essencial para a ACO contar com esta aliança estratégica para implementar a harmonização para as categorias LMP2 e LMGT, e  que possamos garantir a visibilidade a longo prazo para as equipes de endurance.” Disse.

E as equipes e fabricantes?

A Michael Shank Racing que viu seu novo Ligier JS P2 ser destruído após uma escapada do brasileiro Oswaldo Negri, se mantem firme confiante em sua escolha, mesmo que os atuais regulamentos não favoreçam tanto assim os novos carros.

“Eu acho que a coisa mais importante é que nós avançamos e temos uma opção além dois DPs”, disse Michael Shank Sportscar365. “O DP é o que nos trouxe até aqui como equipe. “Tendo sido bom, eu acho que para o longo prazo nós precisávamos de uma opção melhor, no caso a LMP2.” Disse.

Já a Honda que lançou apouco tempo seu novo ARX-04b e que fez apenas uma corrida e recolheu o carro para novos desenvolvimentos se mostra reticente caso não seja uma das montadoras escolhidas. “É um desafio para nós, mas nós ainda estamos participando das discussões na esperança de conseguirmos influenciar em uma direção ara que possamos continuar.” Disse o vice presidente HPD Steve Eriksen disse Sportscar365. “Como outros fabricantes que fizeram cupês P2, nos inscrevemos esperando ter um programa de seis anos. Eu acho que para todos os fabricantes desenvolver um um carro novo é uma tarefa bem difícil. Eu prefiro muito mais ver as equipes com os atuais P2 e fazer pequenas mudanças em sua carroceria e em termos de segurança.” Finalizou.

A definição sobre as marcas de chassi e motor deve ser divulgada nos próximos dias em Paul Ricard. Caso a HPD, seja escolhida como fornecedora de chassi, teria que usar um motor concorrente o que pode inviabilizar seus planos.

“Somos uma empresa de base norte americana”, disse Eriksen. “Ter a oportunidade de executar o nosso motor e o nosso chassis nos EUA seria certamente algo muito positivo. Mas eu não gostaria de estar em uma posição onde eu estaria correndo com o motor de outra empresa. Isso simplesmente não faz sentido para uma empresa que produz motores.” Concluiu.

Já para Jordan Taylor, dono da equipe Wayne Taylor Racing, sua maior preocupação é se os regulamentos terão um maior envolvimento dos fabricantes. “O maior problema que está em jogo para a nossa série é se os fabricantes levarão proveito das novas regras e se ela irão ter algum benefício.” Disse. “Por que um fabricante de automóveis fará um investimento e não ter competidores? Para mim, o maior problema é se existem fabricantes americanos interessados.”

Já a equipe PR1/Mathiasen tem uma opinião mais radical sobre o futuro da classe. “Minha opinião é que devemos unificar as classes P e PC. A única diferença [entre as classes] seria os pilotos.” Disse Bobby Oergel dono da PR1. “Eu entendo que alguns pontos poderiam ser diferentes como motores e amortecedores por exemplo.” Disse.

Taylor acredita que os primeiros anos serão de poucos carros. “Se o P2 vai em uma direção semelhante à ACO e da FIA, o primeiro ano pode ser magro, mas eu acho que dentro de um ano, todo mundo vai estar aqui”, disse Taylor. “Eu acredito que será a mesma coisa quando Jim France decidiu construir os Daytona Prototype. No primeiro ano tinha apenas 7 carros, dois anos depois estávamos com 31 carros.” Concluiu.