Pipo Derani enaltece espírito de equipe ao disputar Le Mans

(Foto: FGCom)

O brasileiro Pipo Derani, um dos mais jovens pilotos a participar das 24 Horas de Le Mans, já havia previsto uma dura batalha, no último final de semana (18 e 19), na disputa da 84ª edição da principal prova de endurance do mundo. O jovem piloto lutou para marcar oito importantes pontos para ele e sua equipe na briga pelo título do FIA WEC de 2016.

A bordo do #31 Tequila Patrón Extreme Speed Motorsport Ligier JS P2 LMP2, ele e os companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming partiram da sexta posição, mas enfrentaram alguns problemas ao longo da disputa, que os impediram de lutar pelo pódio.

Derani cruzou a linha de chega na 16ª posição na categoria P2, depois de ter problemas na suspensão. Campeão das 24 Horas de Daytona e das 12 Horas de Sebring este ano com a Tequila Patrón ESM, Derani lamentou ficar fora do pódio pela primeira vez este ano, mas ressaltou o espírito de luta do time.

“Não tivemos tempo suficiente de pista, como gostaríamos. Infelizmente, tivemos duas quebras de suspensão e precisamos recolher nos boxes e colocar o carro de volta na disputa, para cruzar a linha de chegada e marcar alguns pontos. No final, pelo menos conseguimos fazer isso, mas foi decepcionante terminar a corrida mais importante do ano desta forma”, comentou o brasileiro de 22 anos.

“Por outro lado, fiquei muito feliz com o espírito da equipe e todos lutaram muito para deixar o carro em condições de terminar a corrida”, completou o brasileiro, que ocupa agora a quarta posição na LMP2 na temporada 2016 do FIA WEC, com 44 pontos.

A disputa das 24 Horas de Le Mans começou com chuva forte e safety car. Com 10 minutos de corrida, Derani parou nos boxes e entregou o carro para Cumming para maximizar o tempo do canadense na pista. Na sequência, Dalziel assumiu o comando do #31 Tequila Patrón Extreme Speed Motorsport Ligier JS P2.

O piloto vinha recuperando posições e já estava entre os cinco primeiros na LMP2, quando Cumming voltou ao cockpit. Com cinco horas de disputas, o piloto rodou na curva Porsche. Logo depois, o carro apresentou um furo de pneu e problemas na suspensão, após Cumming passar por uma zebra. O tempo nos boxes para reparos custou quatro voltas para o time.

Derani e os companheiros voltaram pra pista para os seus stints e estavam ganhando posições, já entre os Top-10, mas faltando quatro horas para o final a vibração no carro voltou e tiveram de recolher novamente para reparos na suspensão. A equipe trabalhou rápido e Derani voltou à pista para terminar a prova e marcar oito pontos importantes para o campeonato.

A quarta etapa do FIA WEC acontecerá no dia 24 de julho, com a disputa das 6 Horas de Nurburgring, na Alemanha. Antes, porém, Derani volta aos Estados Unidos para disputar as 6 Horas de Watkins Glen, no dia 3 de julho, onde briga por mais um pódio na Copa Norte-Americana de Endurance Tequila Patrón, disputada dentro do IMSA WeatherTech Sportscar Championship.

Os números da Porsche em Le Mans

Números e emoção. (Porsche AG)

Que a edição 2016 das 24 horas de Le Mans, foi incrível e teve emoções até os minutos finais ninguém discorda. A vitória da Porsche sobre a Toyota, não estava nos planos do mais ferrenho apostador do time alemão.

Mas como foi esta vitória? Qual os números da Porsche? “O que aconteceu em Le Mans é quase incompreensível. A partir da primeira à última volta dessa corrida os adversários estão no mais alto nível. A corrida exigiu o máximo de nossos carros, nossos pilotos e da equipe. Nós sempre estivemos na liderança e disputamos uma boa corrida com a Toyota. Estávamos lutando até o fim e nunca desistimos. Este espírito foi recompensado no final. Temos o maior respeito pela Toyota.” Disse Oliver Blume, presidente da Porsche AG.

Abaixo alguns números sobre a vitória da Porsche em Le Mans:  

  • A equipe vencedora de Romain Dumas (FR), Neel Jani (CH) e Marc Lieb (DE) no carro #2 completou 384 voltas (5,233.54 quilômetros).
  • O #2 estava liderando a corrida com 51 voltas. O #1 de Timo Bernhard (DE), Brendon Hartley e Mark Webber (UA) líderou por 52 voltas no primeiro terço da corrida.
  • Devido às muitas as bandeiras amarelas e carros de segurança, a prova foi de quase 150 quilômetros aquém da distância percorrida em 2015.
  • 327 das 384 voltas o carro #2 foi capaz de ir no ritmo de corrida completa. Em 57 voltas ou o safety car estava na pista ou pelo menos uma zona lenta estava ativada. Isto significa que apenas 80 km/h foi permitido por razões de segurança em certas partes do 13.629 km de comprimento pista.

  • No total, a corrida teve quatro períodos de safety car (16 voltas) e 24 zonas lentas.
  • O #2 gastou um total de 38 minutos e cinco segundos nos boxes para alterações de reabastecimento e pneus. Devido a uma alteração da bomba de água e reparação pelo dano posterior, o carro #1 estava nos boxes para um total de duas horas, 59 minutos e 14 segundos.
  • A velocidade média do Porsche 919 híbrido #2  foi 216,4 km / h.
  • A velocidade máxima do  Porsche 919  na corrida foi 333,9 km / h, conquistada por Brendon Hartley na volta 50.
  • A energia recuperada pelo 919 foi de 2,22 kWh (8 MEGAJOULE) por volta. Se fosse uma usina, uma casa de família poderia ser abastecida de eletricidade durante três meses.
  • O #2 foi reabastecido 30 vezes, o #1 foi reabastecido 20 vezes.
  • O #2 usou 11 conjuntos de pneus na corrida. O primeiro conjunto eram pneus de chuva, todos os outros eram pneus slick.
  • A distância mais longa coberta com um conjunto de pneus foi de 53 voltas com Marc Lieb ao volante.
  • O pit stop mais rápido, incluindo uma troca de pneus e piloto, pela realizado pela equipe Porsche foi de 1: 22,5 minutos.
  • A parada mais rápida para reabastecimento foi feito em 65,2 segundos.
  • A caixa de marcha do 919 teve 22,984 mudanças de velocidade (até shift e shift) durante as 24 horas.
  • O tempo mais longo dentro do carro foi Neel Jani, com nove horas e 24 minutos. Romain Dumas passou o maior tempo contínuo no carro
  • Os motoristas tiveram 0,85 litros de bebida a bordo para cada parada. A garrafa de bebida foi alterada em todas as paradas de reabastecimento.
  • Para a melhor visibilidade possível, os protótipos tinham quatro películas em seus  pára-brisas, os quais foram removidos um a seguir ao outro.
  • A mais alta temperatura ambiente durante a corrida foi de 22,4 graus Celsius às 17:30 hrs. A menor foi de 12,3 graus Celsius às 06:15 hrs.
  • 32.11 gigabytes de dados do carro #2 foram transmitidos para os boxes durante as 24 horas.
  • Depois de três rodadas do Campeonato Mundial de Endurance da FIA, com o dobro de pontos em Le Mans, Porsche agora lidera o campeonato com 127 pontos, seguido pela Audi (95) e Toyota (79). No campeonato mundial de pilotos Dumas / Jani / Lieb ter marcado 94 pontos e estão levando por uma diferença de 39 pontos. Bernhard / Hartley / Webber está na 19ª posição com 3,5 pontos.

 

Os escolhidos pelas 24 horas de Le Mans 2016

De um segundo lugar a vitória. Agora são 18. (Foto: Porsche AG)

Dizem que não são os cachorros que escolhem seus donos. Essa premissa é muito bem retratada no filme “Sempre ao seu lado”. Na película Richard Gere vive o professor de música que encontra em uma estação de trem um Akita. Lhe dá o nome de Hachi. Todo mundo já foi escolhido por um cachorro. São fieis e estão sempre ao nosso lado.

E o que isto tem haver com Le Mans? Ela escolhe seus vencedores A edição 2016 da prova, brindou os fãs com um final digno das histórias de Stephen King, um final que nem o maior e mais ferrenho torcedor da Porsche acreditaria que pudera acontecer.

A vitória certa da Toyota, algo que o time japonês almejava a 31 anos se perdeu a poucos minutos do fim. Talvez se tivesse sido perdida faltando 8, 4 ou até 2 horas não teria sido tão doído. A 18º vitória da Porsche, ficou em segundo plano. O choro sempre presente nas comemorações e nas derrotas tive um sentido diferente este ano. Até para quem não torcia pela marca, queria ver a primeira vitória do TS050. Le Mans escolhe seus vencedores e a Toyota provou isso da pior maneira possível.

Resultado final.

Desde a abertura do Mundial de Endurance em Silverstone, era nítido que os protótipos da classe LMP1 enfrentavam problemas de confiabilidade em seus projetos. A fragilidade dos sistemas híbridos botava em xeque projetos bem construídos principalmente da Audi e Porsche.

O que se viu em SPA foi ainda pior. As três equipes de fábrica com problemas. O que poderia acontecer em uma prova de 24 horas? Muito se falou de uma possível vitória da Rebellion Racing, única equipe que poderia fazer frente as estrutura de fábrica, mas que em condições normais seria apenas mais um retardatário.

O sábado começou rançoso na França. A chuva que castigou a região durante os treinos, apareceu forte no início da prova. Das 24 horas, tivemos apenas 23, por por medida de segurança, sempre questionável em se tratando da FIA, os mais de 50 carros passaram a primeira hora em uma procissão atrás do carro de segurança.

Hugues de Chaunac da Toyota. Da quase vitória para uma decepção impar. (Foto: Reprodução)

Neste meio tempo, estratégias foram alteradas. Na largada a Porsche ficou a frente, mas não de uma forma satisfatória. A Toyota com o #5 dos pilotos Anthony Davidson, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima foram os protagonistas de uma investida para cima do Porsche #2 de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb. A estratégia da Toyota foi ousada mas deu certo. Com paradas nos boxes a menos que os rivais conseguiu uma vantagem. Mesmo gastando e consumindo mais a Porsche se manteve na mesma volta dos líderes.

Teria dado certo. Faltando pouco mais de seis minutos uma pane no TS050 minou as chances de uma vitória inédita. O LMP chegou a ganhar vida novamente, mas como completou a volta em mais de 6 minutos acabou desclassificado O empenho, a estratégia e a garra de vencer ficaram pena na memória dos fãs e da equipe. Para o campeonato o carro foi desclassificado.

Mesmo com a inacreditável perda, o presidente da Toyota Toshio Sato encarou a experiência de forma positiva: “Eu sou incrivelmente orgulhosos do nosso esforço de equipe, não só hoje, mas desde Le Mans no ano passado. Obrigado à equipe em Fuji e Colônia, assim como os nossos parceiros da Oreca. A forma como respondemos à dor da nossa passagem pela prova em 2015, através do desenvolvimento de um chassi totalmente novo e powertrain em um curto espaço de tempo, tem sido impressionante e o desempenho do híbrido TS050 era forte. Nós trabalhamos e nos surpreendemos com nosso desempenhos este ano. Parabéns à Porsche em sua vitória. Não tenho palavras para descrever nossas emoções hoje. É simplesmente doloroso mas vamos voltar mais fortes e mais determinado a vencer.”

A vitória da Porsche, a 18º não passou despercebida. O #2 acabou sendo o principal carro da equipe. Os atuais campeões no #1 Timo Bernhard, Mark Webber e Brendon Hartley fizeram uma prova discreta. Para “ajudar” enfrentaram problemas passando bastante tempo nos boxes para reparos. Em segundo lugar vem o Toyota #6 de Stéphane Sarrazin, Mike Conway e Kamui Kobayashi. A briga do segundo carro da Toyota sempre foi com o #1 da Porsche. Kobayashi ainda conseguiu dar um susto quando rodou e teve que ir para os boxes para reparos. A terceira posição estaria garantida, mas acabou se beneficiando dos problemas do #5.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 comemora e se mostra surpreso com o resultado: “Primeiro de tudo eu gostaria de expressar o meu respeito para o desempenho sensacional que a Toyota deu nesta corrida. Foi uma grande luta com eles. Pouco antes do fim tínhamos aceitado o segundo lugar, até que de repente a vitória caiu em nossas mãos. Eu gostaria de agradecer a nossa grande equipe em Weissach, nossa equipe aqui em Le Mans e todos os empregados e fãs da Porsche que nos apoiaram.”

Audi foi a equipe mais apagada dos times de fábrica. Ainda no começo não teve carro para lutar pelas primeiras posições. O #8 de Lucas di Grassi, Loic Duval e Olivier Jarvis acabou na terceira posição. A colocação foi um alento, já que o R18 teve que trocar a suspensão, bem como enfrentou problemas de freio durante toda a prova.

O brasileiro lamentou os problemas da equipe. “Nós passamos muito tempo nos boxes com problemas diferentes no carro. Por isso a gente não conseguiu disputar a liderança e a vitória, mas a gente leva este pódio para casa. Temos capacidade de fazer melhor no ano que vem – carro e equipe – para conquistarmos um resultado mais positivo dependendo não só do fator performance como também da confiabilidade, para não passarmos tanto tempo dentro dos boxes. Entretanto, estou orgulhoso do que fizemos aqui”, destacou o brasileiro, que fez um total de 29 pit stops (três deles não programados) – e em um deles, durante o início da manhã na França, o Audi R18 #8 passou quase 40 minutos na garagem para a troca dos discos de freio e para uma manutenção no eixo dianteiro. Com o pódio o brasileiro divide com os companheiros a vice liderança do Mundial de Endurance com 61 pontos. O Porsche #2 lidera com 93 pontos.

Para o presidente da Audi Sport, Dr. Wolfgang Ullrich, Le Mans mostrou seu pior lado. “Este fim de semana, mais uma vez mostrou por que Le Mans é considerada a mais difícil corrida de resistência do mundo. Estou orgulhoso de nosso plantel ter conseguido trazer os dois carros para casa. Mas, obviamente, isso não é o resultado que estávamos esperando. Parabéns à Porsche em sua segunda vitória consecutiva. Na sequência de uma corrida tremenda. Parabéns para a Toyota, em fazer sua.”

O #7 de Marcel Fassler, André Lotterer e Benoit Treluyer chegou na quarta posição. Também enfrentaram problemas com o turbo, realizando uma corrida mais para chegar do que para ganhar. As demais equipes da classe P1 acabara ficando pelo caminho. O #4 da equipe byKolles pegou fogo e acabou abandonando. A Rebellion Racing subiu ao pódio com o #12 na sexta posição atrás do Porsche #1. Em sua primeira participação em Le Mans, Nelson Piquet foi determinante na recuperação do carro nas primeiras horas de pois de ter problemas na ignição. O brasileiro dividiu o carro com Nicolas Prost e Nick Heidfeld. O segundo carro da equipe acabou abandonando.

Uma das melhores imagens da prova:

O Oreca 05 fez jus a fama de protótipo bem acertado para Le Mans.  Os dois primeiros colocados da classe LMP2 são equipes que utilizam o modelo. A vitória ficou com o Alpine #36 do trio Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e Stéphane Richelmi.

Esta foi a segunda vitória de Lapierre em Le Mans. Mas não foi algo fácil de conquistar. O segundo lugar veio depois de uma batalha com o Oreca #26 da equipe G-Drive Racing dos pilotos Rene Rast, Will Stevens e Roman Rusinov.  A disputa começou boa mas o Oreca da G-Drive acabou enfrentando um furo de pneu e uma penalidade por reabastecer com o motor ligado.  

Em terceiro o BR01 #37 da equipe SMP Racing de Vitaly Petrov, Viktor Shaitar e Kiril Ladygin. a conquista veio depois de uma batalha com o Gibson #42 da equipe Strakka Racing de Danny Watts, Jonny Kane e Nick Leventis.

Alpine vence na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

As equipes que competiram com protótipos Ligier sofreram com a alta performance da rival Oreca. Os três brasileiros que competiram na classe não tiveram um desempenho bom. Oswaldo Negri que competiu com o #49 da Michael Shank Racing chegou na nona posição após estar em último nas primeiras horas de prova.

Em 10º, o Ligier #43 da RGR Sport aonde compete Bruno Senna. Cerca de uma hora após a largada no sábado, o LMP apresentou falhas, foi recolhido aos boxes e exigiu muito trabalho dos técnicos. O protótipo retornou à pista, mas o problema voltou a se manifestar e só na segunda parada é que uma vela rachada foi localizada. Mas o prejuízo já estava contabilizado: com a perda de mais de 30 minutos, o trio se atrasou e acabou apenas na 10ª colocação na classe LMP2.

Apesar das dificuldades, Bruno e companheiros conseguiram levar o carro à bandeirada e minimizar o prejuízo – salvaram os pontos relativos à 6ª colocação, já que quatro equipes que terminaram à frente não disputam a temporada regular. “Ao menos deu para completar as 24 Horas pela primeira vez depois de quatro tentativas”, comentou Bruno. A quebra foi determinante para o resultado abaixo das expectativas. “Nosso carro nunca esteve à altura dos mais rápidos, mas ainda seria possível chegar em terceiro se não fosse a quebra”, ressaltou.

Pipo Derani com o Ligier #31 da equipe Extreme Sport ficou em 16º. Na classe GTE-PRO a Ford de um verdadeiro cala boca na ACO, após o famigerado balanço de desempenho que prejudicou em partes Ferrari e o fabricante americano. E quis o destino que novamente a Ford supere a Ferrari.

O Ford #68 de Joey Hand, Dirk Mueller e Sebastien Burdais, superou a forte equipe da Ferrari #82 da Rizi Competizione dos pilotos Giancarlo Fisichella, Toni Vilander e Matteo Malucelli. A disputa entre os dois carros aconteceu durante boa parte da prova.

Fisichella recebeu uma bandeira preta e laranja por conta de problemas com uma das luzes da Ferrari. Mesmo cabendo punição a equipe não chamou o piloto para o boxes. Como a equipe não participa do WEC o resultado pode não ser oficializado.

Em terceiro lugar o Ford #69 de Scott Dixon, Ryan Briscoe e Richard Westbrook. Na quarta posição o Ford #66 de Olivier Pla, Billy Johson e Stefan Muecke. O quarto Ford de #67 enfrentou problemas ainda no começo da prova com problemas de cambio. Além do cambio o carro acabou não tendo uma boa saúde durante toda a corrida. Acabou em 9º na classe.

Talvez a equipe de fábrica mais infeliz foi Porsche Motorsport, que aposentou seu par de Porsche 911 RSR durante a noite.

Cinquenta anos depois Ford volta a Le Mans e supera a Ferrari na classe GTE-PRO. (Foto: Twitter Ford)

A Porsche não fez uma boa apresentação na classe GTE-PRO. Os dois carros acabaram abandonando ainda na madrugada. O #91 de Patrick Pilet, Kevin Estre e Nick Tandy sofreu um furo no radiador por conta de uma pedra. Já o #92 de Frederic Makowiecki, Earl Bamber e Joerg Bergmeister abandonou depois de problemas na suspensão dianteira e direção.

Apesar de um eixo de motor substituído, o 911 RSR da equipe  Dempsey-Proton conseguiu terminar a corrida na oitava posição com os pilotos Richard Lietz, Philipp Eng e Michael Christensen.

Scuderia Corsa vence na GTE-AM e conquista tríplice coroa, já que venceu Daytona e Sebrig. (Foto: Scuderia Corsa)

Já a Corvette não fez uma boa corrida. Em nenhum momento teve um carro que pudesse lutar pela liderança da prova. O #64 abandonou no início da manhã, após bater na curva 1. Ricky Taylor ficou em sétimo lugar ao lado de Antônio Garcia e Jan Magnussen. A AF Corse também não conseguiu completar a prova com seus dois carros. O #51 teve problemas no motor, enquanto o #71 também teve problemas e não conseguiu completar a prova. A britânica Aston Martin fez uma prova calma, também sem lutar pela vitória. O #95 ficou na quinta posição, seguido pelo #97.

Frédéric Sausset. O verdadeiro vencedor da prova. (Foto: Divulgação)

Na classe GTE-AM A Scuderia Corsa venceu Os pilotos Bill Sweedler, Townsend Bell e Townsend Bell conquistaram a tríplice coroa, já que conquistaram Sebring em 2012 e Daytona em 2014. Em segundo a Ferrari #83 da AF Corse com Emmanuel Collard, Rui Águas e Francois Perrodo. Coube ao Porsche #88 da Abu Dhabi-Proton Racing, com Khaled Al Qubaisi, David Heinemeier e Patrick Long. A equipe chegou a liderar grande parte da prova.

Tirando a espetacular vitória da Porsche, e o infortúnio da Toyota, o maior vencedor da prova foi Fréderic Sausset.O tetra-amputado ficou em 38º lugar no geral. Fez uma prova discreta. Não andou no mesmo ritmo dos seus pares da classes LMP2 e muitas vezes foi superado pelos GTs. Mesmo assim não desistiu dos seus sonhos e com todas as privações que uma pessoa tem sem as pernas e braços mostrou que pode fazer. Le Mans escolhe seus vencedores, e o principal foi Sausset.

Equipes divididas com mudança de BoP da classe GTE-PRO para Le Mans

Porsche foi o fabricante que não teve qualquer alteração. (Foto: FIAWEC)

Mudanças repentinas em regulamentos atrapalham bem mais do que ajudam. A decisão da ACO de alterar o BoP da classe GTE-PRO, por conta do desempenho de Ford e Ferrari acima dos concorrentes pegou todo mundo de surpresa.

O modelo americano terá uma acréscimo de 10 kg em seu peso mínimo, enquanto a Ferrari foi mais punida com 15 kg. O Ford GT também teve um redução na potencia de seus motores turbo. Com a Ford tomando as duas primeiras posições da classe, é evidente que os dirigentes não gostaram nada de mudanças tão em cima da corrida.

Estamos desapontados que o nosso forte desempenho na qualificação resultou em uma ligeira mudança no BoP”, disse Raj Nair, vice-presidente executivo da Ford ao site Sportscar365. “Mas estamos determinados a trabalhar com isso, superar isso na corrida.”

Os Ford foram cerca de 2,5 km/h mais rápidos do que os Aston Martin Vantage GTE durante os treinos. “A velocidade máxima é o que conta para eles”, disse Nair. “Vamos trabalhar por isso.”

“Nós ainda temos um carro forte e uma equipe forte. Em 24 horas, nosso carro será posto a prova. Vamos montar uma boa estratégia e vamos correr.”

Por conta das mudanças, a Corvette e Aston Martin foram as equipes que mais se beneficiaram. Ambos os carros ficaram com os restritores de ar 0,2 milímetros maiores. “Certamente é um bom presságio para a corrida”, disse o gestor do programa motorsports  da Corvette, Ferran Told. “Obviamente, isso vai nos ajudar um pouco em relação aos nossos adversários.”

“Eles têm uma equipe técnica muito competente que eu sei que trabalhou durante toda a noite para tentar equalizar tudo.”

Mesmo com o benefício, o trabalho na equipe será grande para deixar o carro corretamente configurado para a prova. “Temos 29.0mm restritores”, disse Fehan. “Isso vai apresentar um desafio formidável para nós, para tentar preparar tudo.”

Pelos lados da Aston Martin, o diretor John Gaw foi mais comedido sobre a mudança técnica: “Eu não sou engenheiro e eu não entendo todas as matemática por trás disso”, disse Gaw. “Se é certo ou errado, quem sabe, a história dirá … Mas cada carro que entrar na corrida precisa ter uma boa chance de vencer desde o início, todo mundo quer isso.”

“Ninguém quer ganhar por padrão ou porque eles tinham algo a mais do que seu concorrente.”

O diretor técnico da Risi Competizione, Rick Mayer, acredita que o aumento de 15kg na sua Ferrari pode impactar nos resultados. “Quinze quilos vai doer, mas não é como quebrar a perna, é como se você quebrou um dedo.” Disse. “Isso definitivamente vai nos atrasar, não há dúvida. Eu teria sido mais felizes com 10 quilos, se quisessem fazer alguma coisa. Mas estamos ok.”

“A verdadeira questão é o que temos que ver qual será o ritmo de corrida, e não basear tudo isso em apenas uma volta de classificação.”

A Porsche, única equipe a não ter qualquer alteração. O chefe do programa motorsports da marca, Dr. Frank-Steffen Walliser,  estava visivelmente chateado com a falta de uma mudança, só tinha uma coisa a dizer. “É uma decisão da FIA, temos que respeitar.”

 

Após Daytona e Sebring, Pipo Derani quer Le Mans

Brasileiro larga na sexta posição na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

Depois de dois dias de treinos livres e classificatórios para a 84ª edição das 24 Horas de Le Mans, o jovem brasileiro Pipo Derani registrou o sexto melhor tempo na LMP2 para assegurar um lugar na terceira fila do grid de uma das principais corridas de endurance do mundo, que terá sua largada neste sábado (dia 18), às 10 horas de Brasília.

Pilotando o #31 Tequila Patrón Extreme Speed Motorsports Ligier JS P2 LMP2, Derani registrou sua melhor volta em 3min39s366 no treino noturno de quarta-feira (15). O piloto, de 22 anos, tem chamado a atenção nesta temporada, após estrear na equipe Tequila Patrón Extreme Speed Motorsports vencendo de forma brilhante as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring, nos Estados Unidos.

Os dois dias de treinos para as 24 Horas de Le Mans foram bastante desafiadores, com as mudanças das condições de tempo entre as sessões. No entanto, Derani e os companheiros Chris Cumming e Ryan Dalziel conseguiram ser o segundo melhor Ligier no grid de largada.

“O classificatório na quarta-feira não foi fácil, já que não tive a chance de entrar no carro durante o treino livre antes da tomada de tempos”, contou Derani. “Saí com o primeiro jogo de pneus novos e a volta foi ok, mas senti que poderia ter vindo mais, com certeza”, continuou o brasileiro.

“Na quinta-feira, esperávamos fazer alguns progressos, mas o tempo mudou e ninguém pode virar voltas rápidas em virtude da chuva. Mas acho que mesmo assim é uma boa posição de largada e estamos trabalhando numa boa direção para as longas saídas. Teremos um carro forte no sábado, independentemente das condições de tempo que tivermos”, completou Derani.

O brasileiro espera somar Le Mans aos sucessos de Daytona e Sebring no início do ano, o que seria uma notável tríplice coroa, vencendo as três principais provas de endurance do mundo.

Os dois Ligier da ESM estão correndo em Le Mans com as cores branca e preta, num layout especial em virtude da parceria com a John Paul Mitchell Sytstems neste final de semana.

As 24 Horas de Le Mans no Brasil terão transmissão no Fox Sports 2 no sábado (entre 9h30 e 16 horas) e no domingo (das 8 horas até o pódio). Na LMP1, a pole position ficou com os pilotos Marc Lieb, Neel Jani e Romain Dumas (Porsche). Na LMP2, o trio Will Stevens, Roman Rusinov e René Rast sai na frente.

ACO confirma mudanças na classe GTE-PRO para Le Mans

Ford e Ferrari foram os mais prejudicados. (Foto: FIAWEC)

Após os tempos superiores obtidos por Ferrari e Ford, durante o treino classificatório para as 24 Horas de Le Mans, a ACO resolveu mexer no BoP da classe GTE-PRO.

A Ferrari 488 GTE vai ter um adicional de 15 kg, enquanto o Ford GT recebe 10 kg adicionais. Os dois modelos também terão uma redução na pressão do turbo. Já o Corvette C7.R e o Aston Martin GTE terão um restritor 0,2 mm maior.

O único modelo que não teve qualquer alteração foi o Porsche 911 RSR. Ferrari e Corvette receberam 2 litros na capacidade de combustível. A estimativa é que cada tanque tenha a capacidade para dar 14 voltas no circuito.

Esta foi a primeira vez que a organização o WEC faz mudanças durante um final de semana de corrida.

Porsche marca a pole para as 24 horas de Le Mans

Os pilotos Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb(Foto: Porsche AG)

A primeira fila para a 84º edição das 24 horas de Le Mans tem dono. A Porsche conquistou as duas primeiras posições depois dos treinos terem sido sob forte chuva. Neel Jani marcou o tempo de 3:19.733 com o 919 #2. Foi seguido pelo Porsche #1 que fez 3:20.203.

Para Jani comenta. “No ano passado a pole foi obtida em circunstancias diferentes. Foi tão difícil no tráfego de ontem, mas, obviamente, eu era o único que perdeu o mínimo de tempo. Tudo foi sobre como trabalhar com o tráfego. A condições de hoje foram muito ruins, com toda a água e sujeira na pista. No entanto, eu vou começar a corrida e  estou muito ansioso por isso. No ano passado, largamos bem mas formos os mais azarados dos Porsches. A equipe fez tudo em cada detalhe para se preparar para 2016 e espero por mais um pouco de sorte este ano. “

Resultado do treino classificatório

A Toyota vai largar em terceiro e quarto lugares. O #6 pilotado por Stephane Sarrazin marcou 3:20.737, enquanto Anthony Davidson fez 3:21.903 com o TS050 #5. Mesmo com a chuva, Sarrazin se mostrou satisfeito com a performance nos treinos. “Agradeço os fãs pelo apoio, mesmo com o tempo chuvoso. Hoje foi complicado para nós, devido à chuva, mas nós testamos o carro em condições difíceis e encontramos um bom equilíbrio. Estamos todos felizes e estamos prontos para a corrida. Eu sinto que temos um carro forte e estamos no jogo. Na corrida em Spa estávamos rápidos e espero que podemos lutar pela vitória.”

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A Audi vai largar em quinto e sexto. Por conta dos problemas enfrentados nos primeiros treinos, a equipe não conseguiu se recuperar. “As condições meteorológicas em ambos os dias de qualificação foram realmente difíceis. Tivemos breves períodos em que a pista estava seca e oferecia boa aderência. Em partes da pista estava chovendo quase continuamente e houve muitas interrupções. Como resultado, perdemos algum tempo e não fomos capazes de fazer todas as coisas que tínhamos planejando fazer. Além disso, não fomos para a pista com ambos os carros quando era possível estabelecer bons tempos. Consequentemente, não podemos dizer o que teria sido possível para nós em uma pista seca. Precisamos aceitar isso e concentrar na corrida. Bons resultados de qualificação são sempre agradáveis e boa motivação para a equipe – mas para a corrida de sua relevância não é tão grande.” Comentou Dr. Wolfgang Ullrich, chefe esportivo da Audi.

Na classe LMP2 a pole ficou com o Oreca 05 #26 da equipe G-Drive pilotado por Rene Rast marcando 3:36.605. Em segundo o Alpine #35 pilotado por Nelson Panciatici. A diferença ficou na casa dos 0,570 segundos. As quatro primeiras posições na classe ficaram com protótipos Oreca. O primeiro Ligier vem na quinta posição. O feito coube ao #49 da equipe Michael Racing com Laurens Vanthoor ao volante.

A Ford começou bem seu retorno ao Endurance. A equipe vai largar na frente na classe GTE-PRO. Dirk Muller marcou 3:51.185 com o Ford #68. Foi seguido pelo #69 pilotado por Ryan Briscoe. A Ferrari #51 da AF Corse vem na terceira posição. Os demais Ford vem na quarta e quinta. Já na GTE-AM ficou com a Ferrari #61 da equipe Clearwater.

Para Bruno Senna, Oreca é o rival a ser batido em Le Mans

Diferença entre protótipos Oreca e Ligier de Bruno Senna são de mais de 4 segundos. (Foto: Shivraj Gohil/MF2)

A primeira das três sessões classificatórias válidas para a definição do grid da edição 2016 das 24 Horas de Le Mans apenas confirmou a previsão de Bruno Senna: sem a mesma eficiência aerodinâmica, o Ligier JS P2-Nissan da RGr Sport by Morand não foi páreo para os rivais Oreca e Alpine, terminando em 13º entre os 24 protótipos da categoria LMP2 do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Com a perspectiva de chuva a partir do final da tarde desta quinta-feira na região oeste da França, a tendência era de que as posições de largada provisórias se transformassem em definitivas depois das duas últimas tomadas de tempo da noite.

Porsche lidera segunda seção classificatória

Bruno defende a co-liderança entre os pilotos ao lado dos parceiros, o português Filipe Albuquerque e o mexicano Ricardo Gonzalez. As dificuldades em termos de velocidade pura na mais tradicional prova de resistência de todo o mundo, válida pela terceira etapa da temporada, já eram esperadas. “Na verdade, Oreca e Alpine são o mesmo carro. Eles são mais estreitos e têm muito menos arrasto aerodinâmico”, comparou. “Mas a diferença não são esses quatro segundos que os resultados mostraram. Não conseguimos encaixar a volta no momento mais rápido. Dava para melhorar em torno de um segundo. Mesmo assim, o melhor Oreca deve estar 2,5 segundos mais rápido que a gente.”

Nos boxes da equipe mexicana, o primeiro confronto direto com os adversários mereceu uma análise serena. “Numa corrida desta duração, a velocidade é apenas um componente a mais. Outras variáveis é que vão decidir, como a estratégia, o consumo de pneus e combustível, o trabalho nos boxes, a troca dos pilotos… Além, é claro, de evitar confusões na pista, principalmente com os carros mais lentos da GT Pro e Am, especialmente no período da noite”, lembrou Bruno.

Por suas características de maratona, as 24 Horas de Le Mans distribuem pontuação dobrada, o que amplia a sua importância no calendário do campeonato. Amanhã, como acontece habitualmente, não haverá atividades de pista. Nos boxes, no entanto, engenheiros, mecânicos e os pilotos trabalharão nas últimas decisões em relação ao acerto dos carros e das táticas iniciais. A largada está prevista para as 10 horas (Brasília) do sábado, com transmissão ao vivo pelo Fox 2 das 9h30 às 16 h.

BoP da classe GTE-PRO pode mudar antes de Le Mans

Domínio da Ford e Ferrari deixou os dirigentes da ACO assustados. (Foto: Ford Performance)

Depois do primeiro treino livre e primeiro classificatório, a ACO pode alterar o BoP da classe GTE-PRO antes do início das 24 horas de Le Mans, marcadas para este sábado (18). O desempenho dos modelos Ford e Ferrari foi segundo a entidade muito acima dos demais competidores.

Os dois primeiros tempos da classe foram obtidos pelos Ford #68 e #69. A Ferrari veio na terceira e quarta posição. O tempo conquistado por Dirk Mueller, 3:51.185, foi 3,7 segundos mais rápido do que a pole conquistada por Richie Stanaway na classe em 2015.

De acordo com o diretor esportivo da ACO Vincent Beaumesnil, eles têm o direito de fazer alterações de BoP, a qualquer momento, mesmo no meio de um fim de semana de corrida.

“Estamos olhando os dados dos testes. Nós podemos mudar na sexta-feira se nós quisemos”, disse. “Se considerarmos que é necessário, podemos fazer. Se vamos fazer isso, eu não sei, o pessoal técnico vai me dizer.”

O bom desempenho do Ford se deu por conta de uma redução de 5 quilos em seu peso mínimo. Fred Makowiecki com o Porsche #912 foi o mais rápido das equipes que não utilizam carros Ferrari e Ford. Porém a diferença foi de 3,7 segundos. O melhor Corvette ficou a 9 décimos de diferença do líder da classe.

 

ACO frustra IMSA: “Somente motores Gibson na classe LMP2 para Le Mans”

Michael Shank Racing equipada com motor Honda. Só este ano. (Foto: IMSA)

A ACO surpreendeu a todos ao confirmar que somente motores Gibson serão elegíveis nos protótipos LMP2 das equipes que desejam competir nas 24 horas de Le Mans em 2017.

Foi o diretor esportivo da entidade, Vincent Beaumesnil que deu a notícia pegando principalmente a IMSA de surpresa. A princípio qualquer motor homologado pela IMSA poderia participar das 24 horas de Le Mans.

“As equipes americanas, terão de competir um LMP2 com um motor de Gibson, se eles gostariam de vir a Le Mans”, disse Beaumesnil.

“Neste momento, é o plano. Ainda estamos finalizando a discussão.” Tal medida pode incentivar equipes americanas a competir na classe LMP1. As discussões para tornar a futura classe DPI da IMSA uma LMP1 também estão em andamento. “Se você quer correr na LMP1 privada, você traz um carro que cumpra estas regras”.

“Existem semelhanças entre um LMP1 e um LMP2. Mas é quase as mesmas regras de chassi. Globalmente, não há grandes diferenças. Mas eu sinto que é possível.”

Dos construtores que atualmente competem na IMSA, a Mazda estava  estudando a possibilidade de voltar a Le Mans. Agora com as restrições da classe P2, resta investir na LMP1.