Regulamentos da classe LMP1, um dos maiores destaques e o principal desafio para as equipes que vão competir em Le Mans este ano

O novo regulamento da LMP1 para 2014 tornou-se mais um aperitivo para a intensa luta entre Audi, Porsche e Toyota nas 24 horas de Le Mans. A eficiência energética dos carros agora está em pauta no Mundial de Endurance.

O novo regulamento 2014 da LMP1 baseado na eficiência de produção de energia dos carros é mais complexo já visto. De início, a classe principal será dividida em duas categorias: LMP1-L, para equipes privadas com carros sem sistemas híbridos e LMP1-H, para equipes de fábrica com sistemas híbridos.

 

LMP1-L LMP1-H
Energia ERS (MJ/volta) 0 < 2 < 4 < 6 < 8
Energia máxima por volta (MJ/volta) Gasolina 150.8 146.3 141.7 137.2 134.9
Gasóleo 142.1 140.2 135.9 131.6 127.1
Fluxo de Combustível

(kg/h)

Gasolina 95.6 93 90.5 87.9 87.3
Gasóleo 83.4 83.3 81 78.3 76.2

LMP1-L

No caso da categoria LMP1-L, que inicialmente só contará com a Rebellion Racing e o seu Rebellion R-One, os carros terão que escolher apenas o tipo de propulsão – Ou gasolina, ou diesel – e partir disso, o regulamento proporciona, àqueles que escolherem Gasolina, um total de 150,8 MJ por volta. Tal energia é proveniente do fluxo de 95,6 quilos de combustível por hora. Para a equipe que escolher propulsão a diesel, será proporcionado 142,1MJ por volta, e tal energia provirá do fluxo de 83,4 quilos de diesel por hora.

LMP1-H

Para a categoria LMP1-H, que contará com a Porsche, Audi e Toyota, será dividida em quatro subcategorias de acordo com a produção de energia oriunda dos sistemas híbridos: 2MJ, 4MJ, 6MJ e 8MJ. Quanto à energia proveniente dos motores a combustão, tanto bólidos movidos à gasolina como ao diesel, ela será inversamente proporcional à quantidade de energia produzida pelos motores elétricos.

Audi

A Audi continua com o sistema flywheel, embora menos eficiente que no ano passado. Em 2013, em Le Mans, o R18 recuperava 0,5MJ de energia por zona, totalizando 3,5MJ por volta. Para 2014, se limitará a 2MJ, a menor quantidade de energia recuperada por volta. De início, previa-se o acúmulo de 4MJ com os dois sistemas de recuperação de energia, o flywheel, que recupera o calor liberado pelos freios e armazena-o para mover o eixo dianteiro do carro, tornando um bólido com tração integral, e o motor turboelétrico, que seria movido pelos gases de espace do turbo. Porém, devido aos problemas de fiabilidade apresentados em testes que fizeram a montadora das “Quatro Argolas” abrir mão do motor turboelétrico, a Audi vai para Le Mans com apenas um sistema de recuperação de energia. A energia gerada pelo sistema flywheel será armazenada em baterias de íons de lítio.

De início, pode-se pensar que não é o mais vantajoso, mas, mesmo que a Audi opte pela categoria de menor recuperação de energia, o R18 terá a maior valor de fluxo de combustível, ou seja, terá uma menor dependência em relação aos motores elétricos. Portanto, se os sistemas de recuperação de energia fossem desprezados, o R18 teria mais energia, porém a economia de combustível estaria comprometida.

Porsche

A Porsche vai para Le Mans com o inovador 919 Hybrid. Com seu motor V4 2.0L Turbo, com dois sistemas de recuperação de energia. O primeiro é semelhante ao sistema flywheel da Audi, ou seja, recupera energia através dos freios. O segundo sistema é responsável por gerar energia através dos gases de espace do bólido. As energias regeneradas dos dois motores elétricos serão aplicadas no eixo dianteiro do carro, tornando-o, assim como o R18, um modelo com tração integral. Além disso, o 919 foi projetado para produzir a quantidade máxima de energia, 8MJ. Porém foi homologado na subcategoria de 6MJ, essa que será armazenada em baterias de íons de lítio.

Embora aparente apresentar dificuldade para produzir potência a de blocos maiores, a ênfase na eficiência energética dos motores ameniza as possíveis diferenças. Além dos 6MJ por volta, provenientes dos sistemas elétricos, e devido a isso, o fluxo de combustível do motor será de 87.9 kg/hora, ou seja, em média 137,2 MJ por volta. Vale ressaltar que, em caso de problemas nos sistemas híbridos, o carro apresentará grande queda na produção de energia e, consequentemente, grande perda de potência.

Toyota

A Toyota impressionou ao lançar o TS040 que atinge impressionantes 1000hp de potência, 550hp do motor V8 3,7L movido à gasolina, e 450hp oriundos de dois sistemas de recuperação de energia e que dessa vez, diferentemente do seu antecessor, o TS030, terá tração integral. Isso porque cada um dos sistemas estará acoplado a cada eixo do bólido. Os mesmos recuperarão a energia oriunda das frenagens que serão armazenadas em um esquema de supercondensadores, o qual é bastante eficiente na utilização da potência embora não consiga armazenar energia durante longos períodos. O modelo nipônico está homologado na subclasse de 8MJ.

Com 8MJ de energia por volta, provenientes dos sistemas elétricos, e 134,9MJ por volta com o fluxo de 87,3 quilos por hora de combustível, o TS040 tem impressionado pelo seu conjunto extremamente eficiente, sendo capaz de atingir os 1000hp de potência.

“Senhores. Liguem seus motores”

No próximo fim de semana, se realizará a corrida mais esperada do WEC. À priori, todas as marcas apresentam um tipo de vantagem. A Audi, por optar pelo diesel e por 2MJ, embora seu sistema híbrido produza menos energia que seus concorrentes, terá um fluxo de combustível maior à disposição. Ou seja, perde potência no flywheel, mas ganha no V6 Turbo. Quanto à Porsche, mesmo que o V4 Turbo aparente não ser tão potente, seus sistemas elétricos são eficientes. Comparado a Toyota, ela possuirá maior fluxo de combustível embora produza menos energia que os Nipônicos. Já a Toyota, que optou pelos 8MJ, e que muitos achariam que seria a subcategoria menos vantajosa pelo fato de que, se produzir muita energia, será obrigado a ter baterias maiores, consequentemente mais peso ao carro, ou seja, uma significativa desvantagem. Porém o TS040, com seu esquema de supercondensadores, tem impressionado a todos chegando a Le Mans de forma invicta, ao vencer as duas primeiras etapas. Será uma corrida intensamente interessante marcada principalmente pela estratégia.

* Por Matheus Brandão.

ACO estuda fim da categorização de pilotos para a classe LMP2 para 2015

Para competir nos campeonatos organizados pela ACO, os pilotos são classificados por categorias (Ouro, prata e bronze). Na atual temporada a classe LMP2 sofreu uma grande debandada de equipes que preferiram lutar pela vitória no “geral” na ELMS, além de muitas vezes não poder contratar tal piloto por conta da categorização. Assim está em estudo o fim dela para 2015.

“É nossa meta remover as classificações de pilotos da classe LMP2“, disse Beaumesnil ao Sportscar365. “Temos um plano global para o próximo ano na classe LMP2 e no WEC. Queremos atrair mais pilotos vindos da GP2 e World Series by Renault]condutores do tipo, que realmente visam a ter uma verdadeira carreira no automobilismo. Eu acho que nós podemos oferecer uma excelente oportunidade no WEC, aumentando o nível da concorrência, tornando-se um verdadeiro campeonato de pilotos, que é no contexto de um campeonato do mundo além de fazer ligações mais fortes entre os motoristas  da classe LMP2 e fabricantes da LMP1.”

Ainda segundo Beaumesnil tal mudança vai acontecer apenas no WEC, para os campeonatos regionais ELMS e Asian LMS tudo permanece igual. Também está em estudo mudanças no valor mínimo para a compra de um LMP2 que atualmente é de 600 mil dólares, visto que é crescente a entrada de modelos fechados no campeonato. “É bastante complicado fazer um cupê com o custo atual”, disse ele.

Porsche de Laurent Aiello volta a competir em Le Mans com as cores do 911 GT1 de 1998

O ano de 1998 marcou a última vitória da Porsche “no geral” em Le Mans. O trio formado por Alan McNish, Stéphane Ortelli e Laurent Aiello venceu a prova depois de 351 voltas, uma a mais do que o Porsche #25 segundo colocado. Para comemorar o regresso da marca a principal classe da prova, Aiello vai participar da Porsche Carrera Cup France e Britsh, que irão competir juntas no dia 14, em um dos muitos eventos preliminares das 24 horas.

Laurent vai competir com o Porsche 911 GT3 Cup do time oficial da Porsche, com o #26 o mesmo que utilizou em 1998 e com as mesmas cores do 911 GT1. Para comandar a equipe durante a prova Roland Kussmaul, chefe de equipe vencedor também em 1998.

Além do feito de 1998, Laurent Aiello é um exímio piloto francês. Já competiu nos mais diversos campeonatos na França, Alemanha e Inglaterra, além de conquistar o título da DTM em 2002 com um Audi TT.

Corvette busca 9º vitória em Le Mans

 Um dos principais nomes do automobilismo, e ícone americano a Corvette vem com novidades para a edição 2014 das 24 horas de Le Mans. Presente na competição (de forma oficial) desde 2000, quando estreou com o modelo C5-R, totalizando 7 vitórias na grande clássica.

Além do C5-R que competia na classe GTS/GT1, C6-R GT1/GT2 e ZR1 GT2/GTE, a grande novidade para este ano é a estreia do C7-R que fez sua primeira corrida este ano pelo TUSC em Daytona. Na busca pela 9º vitória. O #73 será pilotado por Jan Magnussen, Antonio Garcia e Jordan Taylor, enquanto o #74 por Olivier Gavin, Tommy Milner e Richard Westbrook. Durante os treinos oficiais a melhor colocação da equipe foi pelas mãos de Olivier Gavin que foi o quarto mais rápido na classe GTE-PRO. A diferença entre os seis primeiros da classe é de menos de 2 segundos, o que deixa qualquer equipe com reais chances de vitória.

Em comparação com o seu antecessor, o C7-R, tem 40% da sua estrutura feita em alumínio mais rígido. Antes de se dirigir a Le Mans, a equipe participou de exaustivos testes em Road Atlanta com uma configuração com baixa pressão aerodinâmica, o que segundo os engenheiros foi primordial para deixar o carro mais rápido nos trechos longos e controlável nas partes sinuosas do circuito.

Para Doung Fehan, chefe da equipe o trabalho realizado nos treinos oficiais foi primordial para uma boa apresentação e uma posterior vitória. “O dia do teste provou ser uma experiência muito gratificante para toda equipe. Ambos os carros correram com perfeição, responderam bem ao protocolo de testes, e parecem ser muito competitivos. Os pilotos estão satisfeitos tanto com o manuseio , quanto frenagem do C7.R. Os novos padrões de BoP deixaram os carros bem agrupados. Os desafios de Le Mans são muitos e diversos. Mas nós temos a experiência, o produto e o pessoal certo para levar para casa a vitória número oito e que continua sendo o nosso principal objetivo. “

Ferrari perto de anunciar retorno a Le Mans de forma oficial?

Desde que o Endurance ganhou corpo com a criação do Mundial de Endurance e várias montadoras optando pela modalidade, se especula o retorno da Ferrari a competição. Há vários anos, e em várias oportunidades, vários dirigentes da montadora italiana tem mostrado interesse em uma possível volta a Sarthe.

Tais rumores ganharam corpo nos últimos tempos, desde que as regras das duas categorias (Le Mans e F1) estão dando ênfase à recuperação de energia. Assim um motor poderia ser testado nas provas de longa duração para ser usado no mundial de F1, por exemplo, visto semelhanças entre ambos.

Os principais portais de notícias da modalidade (endurance.info e Sportcar365.com), apontam que um possível anúncio por parte dos italianos poderia ser feito neste final de semana durante as 24 horas. Fernando Alonso é a celebridade que dará a bandeirada inicial da prova. Outro fator que chama a atenção é o número recorde de modelos F458 GTE (14) que estarão participando.

As atuais regras que regem a classe LMP1 estarão em vigor até 2016, o que poderia ser um empecilho, visto o grande investimento para apenas duas provas. Uma alternativa seria a inserção da montadora através da Garagem 56.

Talvez o principal fator de uma possível volta, seria o retorno da Porsche a classe principal. Não é segredo que tanto os alemães, tem como principal rival a montadora italiana, e com o crescimento da modalidade, um embate entre Porsche e Ferrari seria benéfico para ambas.

Rebellion Racing com mais potencia para Le Mans

Visando uma melhor equivalência e alguma chance de vitória, a ACO revelou hoje (09) que vai alterar o BoP da única equipe que está na classe P1 e que não seja de fábrica, a Rebellion Racing.

Assim o R-One, terá uma redução de 40 quilos de peso , além de um aumento de 2% de vazão de fluxo de combustível. Não há limite de consumo por volta, já que o modelo não é híbrido. Com as mudanças o LMP1 é cerca de 60 quilos mais leve que os demais carros da classe, já que o peso mínimo para todos é de 810 kg.

Tais medidas foram baseadas no desempenho do carro nos testes oficiais para a prova, já que foram cerca de 8 segundos mais lento do que os LMP1 de fábrica.

Os pilotos do carro #12 são Nick Heidfeld, Nicolas Prost e Mathias Beche e para o #13 Andrea Belicchi, Dominik Kraihamer e Fábrio Lemer.

Nissan com 3 LMP1 em Le Mans para 2015

 Próximo fabricante a entrar de forma oficial no Mundial de Endurace e 24 horas de Le Mans, a Nissan, assim como a Audi planeja 3 carros para a grande corrida, e 2 para as etapas normais do mundial.

O gerente de marketing da montadora Darren Cox em entrevista ao site sportcar365.com, revelou mais detalhes sobre o programa para 2015.

Nós conversamos com o ACO há dois anos, explicando que queríamos algo mais restrito ou mais leve” , disse Darren Cox. “Pode haver uma classe mais leve ou algo assim diferente no chassis? A visão da ACO é que é muito difícil de equilibrar o powertrain e chassi. Então Acreditamos que ainda há uma quantidade significativa de inovação na regulação do powertrain. Você ficará surpreso com o que podemos fazer sobre isso. “ Comenta.

Nenhum detalhe técnico foi revelado, mas é sabido que o carro dará suas primeiras voltas em Outubro deste ano. A montadora vai separar a manufatura dos carros, o primeiro por exemplo será construído nos EUA na AAR, empresa de Dan Gurney.

Com mais um carro a Nissan deve começar uma caçada na busca de novos pilotos.

Acho que os pilotos que pilotam protótipos atualmente podem mudar rapidamente. Um terceiro fabricante tem a capacidade de recrutar alguns pilotos já existentes no mercado e que possam estar interessados. Esta é, pelo menos, o meu ponto de vista. Acho que temos pilotos que dirigem atualmente na LM P1. Não vamos levar alguém que não tem experiência em protótipo. Há aqueles que competem em carros, que também dirigem protótipos, depois aqueles que temos atualmente rolando na LM P1. Os pilotos da GT Academy tem que provar mais do que gostar de correr. Este é exatamente o mesmo para os pilotos japoneses ou aqueles que trabalham atualmente para nós. Vamos selecionar os dez melhores pilotos que pudermos encontrar. “

Se levarmos em conta que cada carro terá 3 pilotos, o 10º será exclusivamente um piloto reserva. Por enquanto o único piloto sondado pela montadora é de Chris Mower, que compete nos EUA, que passou por diversas categorias.

Core Autosports e 8Star Motorsports vencem etapa da Kansas do TUSC

 Dividida em duas baterias de 45 minutos a etapa de Kansas do TUSC, que não foi televisionada, nem para os EUA teve como vencedores na primeira bateria o #25 da 8Star Motorsports da dupla Luiz Dias e Sean Rayhall, e na segunda o #45 da Core Autosport de Colin Braun e Jon Bennett.

Na primeira bateria, depois de mostrar a um bom rendimento na etapa de Laguna Seca, Sean Rayhall deu início a uma  performance vencedora depois de dominar o primeiro segmento de 45 minutos na noite de sábado no Kansas Speedway. Para a segunda bateria Rayhall vai entregou o #25 para Luis Diaz.

Rayhall começou em terceiro, atrás do #08 da RSR Racing pilotado por Chris Cumming e Frankie Montecalvo no  #52 da PR1/Mathiasen Motorsports, que deixou a liderança escapar no final da primeira volta. Rayhall conseguiu se recuperar mesmo com duas bandeiras amarelas ocasionadas por acidentes ocasionados pelos Prototype Lites. Mesmo em ritmo lento o #45 conseguiu avançar uma posição.

Com um ritmo melhor Rayhall, vence a primeira bateria com Chris Cumming no #08 em segundo e David Ostela que correu sozinho no #38 da Performance Tech Racing. Na quarta posição o #09 também da RSR Racing com Duncan Ende ao volante. Em quinto o #54 da Core Autosports com Jon Bennett ao volante.

A Core Autosport, que venceu as duas primeiras corridas do TUSC, vence a mais curta também. Largando em quinto. Colin Braun, que liderou todas a seções de treinos livres e venceu a segunda bateria com uma diferença significativa para o segundo colocado, 4,652 segundos. Em segundo o #8 Starworks Motorsport pilotado por Mirco Schultis que terminou em sétimo na primeira bateria.  Completando o pódio foi #25 da 8Star Motorsports, vencedor da primeira bateria. O brasileiro Bruno Junqueira terminou em sexto nesta bateria.

A próxima etapa será em Watkins Glen entre os dias 27 e 29 de Junho.

Resultado da primeira bateria.

Resultado da segunda bateria.

IMSA Lites primeira corrida (3º rodada)

IMSA Lites segunda corrida (4º rodada)

Como a Audi vai enfrentar a concorrência este ano em Le Mans?*

A disputa entre Audi, Toyota e Porsche em Le Mans será cheia de atrativos. Cada marca com suas devidas “armas”. Enquanto a Audi aposta na aerodinâmica para cobrir a desvantagem de potência causada pela pouca produção de energia através do sistema flywheel, a Toyota conta com seus 1000hp do TS040, e a Porsche com seu conjunto “econômico” V4 2.0L, apostando nos seus eficientes motores elétricos.

O que se crê de imediato é nas grandes chances de vitória que a marca japonesa possui com um conjunto mecânico de potência exorbitante, já que o seu motor a gasolina – um V8 de 3.7L – gera 550hp com dois motores elétricos que geram 450hp, totalizando incríveis 1000hp. Tanta potência num protótipo de Le Mans só foi vista nos saudosos tempos do Grupo C. Muito se questiona quanto à confiabilidade do TS040 devido à potência. Em caso de quebra no sistema híbrido do modelo, ele perderá praticamente metade de sua força e dificilmente seria competitivo nessas condições. Porém, tal conjunto deve favorecer muito no momento de escolher a linha de raciocínio de acerto do carro para a grande prova clássica. Normalmente, com tanta força, a escolha por um pacote aerodinâmico com menos downforce seria o lógico, visto que o Circuito de Le Sarthe é marcado pelas grandes retas. Porém tal escolha também causaria uma certa desvantagem no contorno de curvas de alta velocidade como as “curvas Porsche”, fazendo com que os bólidos possam sair mais de frente ou de traseira. Da mesma forma, a escolha por um pacote aerodinâmico com mais downforce, implicaria numa ação contrária: Menos velocidade de reta, melhor contorno de curvas em alta. Isso também dificultaria nas “negociações de ultrapassagem” durante a corrida, já que o protótipo não teria uma boa velocidade final.

No caso da Audi, o R18 já é o LMP1 mais leve já construído com 870kg. A partir disso, com uma menor relação Peso/Potência o carro torna-se mais rápido. Em 2013, a marca alemã investiu em pacotes aerodinâmicos específicos para Le Mans. Em 2014, não será diferente. O R18 “Long-Tail”, caracterizada pela traseira mais alongada, e a asa traseira quase sem inclinação, estará de volta a La Sarthe na sua versão mais atualizada. Embora correr em Le Mans com pouco downforce tenha algumas “desvantagens”, esquemas de suspensão mais macios, relativamente, podem ajudar os modelos a terem a tal aderência perdida pela diminuição de downforce e sem modificar de forma significativa o seu baixo arrasto aerodinâmico. No quesito mecânico, a Audi manteve o V6 TDI Turbo, mas mudou a capacidade cúbica do mesmo de 3.7 para 4L

Já a Porsche, que volta a Le Mans na categoria principal após 15 anos, e com o 919 Hybrid apresentando um design semelhante ao R18, inovou no conceito mecânico para a prova de 24 horas ao usar um motor V4 de 2.0L Turbo com dois motores elétricos. Aparentemente o protótipo de Stuttgart é bem mais dependente dos sistemas elétricos que seus concorrentes. Dessa forma, pode-se concluir que será mais econômico que seus rivais. Isso significa muita vantagem numa corrida de 24 horas. Além disso, o 919 Hybrid tem impressionado muito com suas velocidades finais. Há alguns meses, no Prólogo em Paul Ricard, o carro atingiu incríveis 340km/h no dia dos testes, embora em condições normais de acertos aerodinâmicos, os Toyota foram os mais rápidos em velocidade final.

As provocações já começaram entre Audi e sua “irmã” Porsche.

*Por Matheus Brandão.

Core Autosports lidera treinos livres para etapa do Kansas do TUSC

 

Neste final de semana acontece no Kansas mais uma etapa do TUSC, o evento inédito para carros com regulamentação da ACO e o formato já que apenas LMPC e Prototypes Lites estarão presentes na disputa.

Ao todo serão 10 Oreca FLM 09 e 19 Élan DP02. Nas duas primeiras baterias de treinos livres o melhor tempo na classe PC, ficou com o o #54 da Core Autosport, que no segundo treino marcou 1:11.715. O brasileiro Bruno Junqueira da equipe RSR Racing marcou o 6º tempo na segunda seção de treinos.

O blog noticiou a algum tempo que a etapa de Kansas não seria televisionada, pois segundo a IMSA, não seria “importante” suficiente para justificar o investimento na montagem do sistema de transmissão. Além desta péssima notícia, vários mudanças na condução da corrida também foram divulgadas a algum tempo.

Abaixo os tempos das seções de treinos livres.

Treino 1 – PC.

Treino 2 – PC.

Treino 1 – Prototypes Lites.