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Endurance tratado a sério!

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Tivemos neste final de semana a última corrida de endurance do ano. As 12 horas da Gulf no circuito de Yas Marina. Poderia ter sido um belo de um espetáculo visto a beleza do lugar (beleza não combina com pista boa). Dinheiro sobrando por aqueles cantos do mundo e é claro super carros.

Mas o que se viu foram apenas 21 carros, isso mesmo 21 maioria da classe GT3 e apenas um protótipo. O nobre leitor pode perguntar “21 carros não são suficientes para uma boa corrida?” Eu respondo que depende do lugar. A ELMS este ano não conseguiu reunir esse número e por conta disso o campeonato teve apenas 2 etapas, a FIA GT1 quase tinha este número mas não obteve sucesso. A única classe que realmente fez sucesso este ano com modelos GT3 foi a Blancpain com grids beirando 60 carros.

Até hoje não entendo o culto que se faz com os modelos da classe GT3, são bonitos, potentes mas falta uma coisa. Personalidade. A mesma Ferrari F458 que corre por exemplo no GT Open e vence pode apanhar se correr na GT3 Brasil por falta de um regulamento que nivele os carros. Provas de endurance devem ter protótipos e isso a organização da prova pecou. Será que nenhuma equipe seja da P2 ou LMPC ou até mesmo P1 não tinha vontade de participar em um mercado que adora carros como em Abu Dhabi? A foto ai no início da postagem mostra o quanto a torcida estava empolgada com a prova.

Claro que eu países como este, Europa e EUA se tem corridas envolvendo este tipo de carro bem mais frequentemente do que no Brasil mas não devemos pensar que só por que é do outro lado do mundo a coisa não deveria ser legal.

Endurance é tradição, tem que ter pista boa, protótipo e público. Infelizmente não tivemos isso em Abu Dhabi. Uma pena. Parabéns para a AF Corse que venceu a corrida mas que faltou alguma coisa… isso realmente faltou.

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