Calendário do Mundial de Endurance 2017 começa a ganhar forma

(Foto: FIAWEC)

O Mundial de Endurance está de férias. Com a realização da quarta etapa em Nurburgring, e com as 6 horas do México marcadas para o dia 3 de Setembro, ficaremos mais de um mês sem Endurance.

Se a atividade em pista está parada, o mesmo não se pode dizer dos bastidores. O calendário 2017 do certame já começa a ganhar corpo. As 6 horas de Silverstone devem ter como data final os dias 14 e 16 de Abril, já que a organização do circuito já começou a vender ingressos para a prova.

Pelos lados da Bélgica, Spa-Francorchamps também já comercializa seus bilhetes. As datas mais prováveis são entre os dias 04 a 06 de Maio. As 24 horas de Le Mans, já estão confirmadas para os dias 17 e 18 de Junho.

As 6 horas de Nurburgring também já tem como data confirmada os dias 14 e 16 de Julho. As etapas do México e Bahrein estão confirmadas para o próximo ano, porém sem datas.

Fuji e Xangai tem tudo para retornar ao WEC. Austin nos EUA também precisa de confirmação. É fato que a organização do Mundial é conservadora quanto a novas pistas. Se falou muito de Indianápolis, Montreal e Monza, porém até agora não passou de especulação.

WEC firma parceria e Fórmula V8 passa a ser categoria de acesso

(Foto: FIAWEC)

Jaime Alguersuari, presidente da Racing RPM e Gérard Neveu, CEO do WEC, anunciaram nesta quinta a inclusão da Fórmula V8 3.5 como categoria de acesso ao Mundial de Endurance.

O acordo inclui um mínimo de três rodadas no México, Japão e Bahrein. Também serão realizados etapas em Silverstone, Spa e Nurburgring. Ambas as organizações têm como principal objetivo o desejo de proporcionar à jovens pilotos a oportunidade de entrar em um ambiente profissional que ofereça um  carreira profissional clara e bem definida. Para os vencedores da Fórmula V8, será ofertado testes no Bahrein para as classes LMP1, LMP2 e GTE.

 

Lucas di Grassi: “Temos um carro bom para lutar por vitórias”

Audi #8 mais perto do Porsche #2. (Foto: Audi Sport)

Faltou um pouco de sorte para que o trio formado por Lucas di Grassi, Loïc Duval e Oliver Jarvis conquistasse a segunda vitória da temporada 2016 do Campeonato Mundial de Endurance. As 6 Horas de Nurburgring foram disputadas no último domingo em solo alemão e a prova teve quase 60 mil espectadores que puderam assistir disputas espetaculares entre Audi e Porsche.

Com novidades aerodinâmicas no Audi R18, Lucas e Duval classificaram o carro em segundo lugar no grid, depois de o brasileiro ter registrado a melhor volta do final de semana. Na corrida, a disputa entre as duas marcas alemãs era intensa, e na segunda hora de prova o R18 #8 assumiu a liderança com Oliver Jarvis ao volante.

A Audi buscava a vitória com a estratégia de fazer um segundo stint mais longo, com Di Grassi no comando, enquanto os carros rivais parariam para fazer a troca de pilotos. A tática, no entanto, foi atrapalhada por um período de bandeira amarela (chamado de Full Course Yellow, quando os carros devem percorrer o traçado a 80 km/h, sem necessitar da intervenção do safety car) exatamente após uma parada para abastecimento de Lucas.

“A configuração nova de high downforce funcionou muito bem. A gente perdeu um pouco de tempo na parada e logo depois entrou um Full Course Yellow no meio da corrida e na segunda metade da prova desempenho também caiu um pouco”, lembrou Lucas, que vem de uma vitória em Spa-Francorchamps e um terceiro lugar nas 24 Horas de Le Mans, nas duas etapas anteriores.

Quem esperou um pouco pôde parar durante este período, e foi o caso de Mark Webber com o Porsche 919, colocando Lucas em terceiro, atrás do Porsche 919 #2 de Romain Dumas, Marc Lieb e Neel Jani, justamente os líderes do campeonato. Algumas paradas mais tarde, foi a vez de Lucas passar o R18 às mãos do parceiro Loïc Duval, que prosseguiu com a disputa e tomou o segundo lugar. O carro #2 ainda caiu para o quarto lugar, enquanto o trio formado pelo brasileiro finalizou na segunda posição, diminuindo em seis pontos a diferença em relação aos ponteiros da tabela (106 a 73).

Lucas mostrou-se satisfeito com o desempenho do carro, apesar da imprevisibilidade em uma estratégia que se mostrava acertada ter sido arruinada por um período de bandeira amarela na pista – causada por um acidente. “Acho que podemos ficar felizes com o segundo lugar. Não cometemos erros e pilotamos constantemente no limite. Quando se está na primeira fila você obviamente quer vencer. Mas hoje faltou um pouco de sorte. E é por isso que o segundo e terceiro lugares da equipe formaram um bom resultado”, disse.

“Acho que temos um carro bom para lutar por vitórias. Diminuímos a margem do líder do campeonato, e então vamos confiantes para o México. Se conseguirmos diminuir entre seis e sete pontos por corrida essa diferença nós teremos boas chances de chegar no final brigando pelo título. É isso que temos de fazer: ir para cima, reduzir a distância para o Porsche líder e acelerar”, concluiu.

A quinta etapa do Campeonato Mundial de Endurance acontece no dia 3 de setembro, com as 6 Horas da Cidade do México.

Resultado das 6 Horas de Nurburgring (Top-6):
1-) Bernhard/Hartley/Webber (Porsche) – 194 voltas
2-) Di Grassi/Duval/Jarvis (Audi R18) – a 53s787
3-) Fässler/Lotterer (Audi R18) – a 54s483
4-) Dumas/Jani/Lieb (Porsche) – a 1min37s324
5-) Buemi/Davidson/Nakajima (Toyota) – a 1 volta
6-) Conway/Kobayashi/Sarrazin (Toyota) – a 4 voltas

Classificação do FIA WEC após quatro etapas (Top-5):
1-) Dumas/Jani/Lieb – 106 pontos
2-) Di Grassi/Duval/Jarvis – 73
3-) Conway/Kobayashi/Sarrazin – 62
4-) Lotterer/Fässler – 51
5-) Imperatori/Kraihmer/Tuscher – 36

Com mais um pódio na classe LMP2, Pipo Derani segue animado para o México

Ligier #31 terminou na terceira posição da classe LMP2. (Foto: ESM)

Pipo Derani conquistou neste domingo (dia 24) mais um importante resultado na temporada 2016 do FIA WEC, chegando em terceiro lugar na desafiadora disputa das 6 Horas de Nurburgring, na Alemanha.

O piloto da equipe Tequila Patrón Extreme Speed Motorsports, ao lado dos companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming, conquistou o terceiro pódio em quatro etapas na categoria LMP2. Com os 15 pontos da corrida deste domingo, Derani, Cumming e Dalziel estão a apenas seis pontos dos terceiros colocados na temporada.

Derani, de 22 anos, foi quem largou pela Tequila Patrón Extreme Speed Motorsports na primeira corrida em que a equipe passou a usar pneus Michelin. Depois de se classificar em sétimo, Derani construiu com seus stints inicial e no meio da prova as bases para mais um excelente resultado.

O ritmo de Derani em seu segundo stint foi fortíssimo, com o brasileiro melhorando cada trecho, o que trouxe o Ligier JS P2-Nissan para a briga pelo pódio. Um final emocionante teve o Tequila Patrón Extreme Speed Motorsports #31 cruzando a linha de chegada em terceiro com apenas 0s071 de vantagem.

“Foi um bom resultado para nós por vários motivos, mas principalmente porque nós ainda estamos aprendendo sobre o carro com os pneus Michelin”, disse Derani. “O primeiro stint foi difícil, porque fiquei preso no tráfego, mas com a pista evoluindo conseguimos coletar os dados e informações para melhorarmos na próxima etapa”, continuou o brasileiro.

“Foi uma corrida dura, com muitos altos e baixos, mas a equipe foi realmente fantástica. Também gostaria de mencionar os meus companheiros Ryan e Chris, foi um grande esforço de todos”, destacou.

“Agora estamos animados para a etapa no México em setembro (dia 3). Estou ansioso, porque sei que os fãs mexicanos são fantásticos e será a primeira vez que estaremos na América Central”, completou Derani.

O brasileiro viaja agora direto para Spa-Francorchamps, na Bélgica, para a disputa das 24 Horas de Spa neste final de semana (30 e 31). Pipo vai correr pela equipe Garage 59 McLaren 650S ao lado de Bruno Senna e Duncan Tappy.

Rebellion Racing com futuro incerto no WEC

Custos com atualizações, sem nenhum chance de vencer no geral. Qual o futuro da Rebellion? (Foto: FIAWEC)

Principal equipe na classe LMP1 privada, a Rebellion Racing não confirmou seus planos para o próximo ano. Os motivos são os velhos conhecidos de quem acompanha a série. Falta de regulamentos que incentivem novos competidores, e o abismo entre os times de fábrica.

Em entrevista ao site endurancei-info, Bart Hayden, chefe da equipe não confirmou o cancelamento do programa, nem a mudança para a IMSA que foi cogitada, mas não está 100% descartada. Para Hayden, os custos com as novas regras para a classe como peso e novos detalhes técnicos como a introdução do DRS.

“Tudo é um rumor e não podemos evitar rumores”, disse.”Saberemos mais pelo México, mas não tenho ideia sobre o que vamos fazer em 2017.”

Hayden disse que há várias opções para o próximo ano, sem ser a classe LMP1. Le Mans Series ou um programa na IMSA. O time que estreou em 2014 o Rebellion R-One, precisa atualizar seu carro para o próximo ano.

“A preocupação não é propor um novo kit para no próximo ano, e sim os custos financeiros adicionais”, disse. “O que vai ser a classe LMP1 privada em em 2017? Strakka e SMP ter dito que é prematuro para eles. Além de Kolles e nós, não há outros interessados.”

A ELMS, bem como as provas longas da IMSA são alternativas. “Há um interesse em ir para os EUA, mas ainda é complicado para um time europeu a partir de um ponto de vista logístico”, disse ele.

“Eu acho que é tarde demais para implementar um programa full-temporada para 2017. Em contraste, por que não fazer as etapas do NAEC? O WEC é um belo campeonato, mas isso custa muito dinheiro. Temos que pensar sobre o que realmente queremos. “

Porsche vence as 6 horas de Nurburgring

Porsche viu na Audi um adversário forte. A estratégia durante as bandeiras amarelas foi benéfica para o 919. (Foto: Porsche AG)

As 6 horas de Nurburgring, quarta etapa do Mundial de Endurance 2016, criou uma expectativa nos fãs da categoria. Após Le Mans e a triste derrota da Toyota, todos esperavam que a marca japonesa fizesse frente a Audi e principalmente Porsche. Infelizmente não foi o que se viu hoje. Os dois TS050 pareciam protótipos da classe LMP2, frente aos quatro LMP das equipes germânicas.

Com a Audi dominando a primeira fila era esperado um bom confronto com a Porsche, se o tempo permanecesse frio como nos treinos. Mesmo com o clima mais quente o embate entre o Porsche #1 de Timo Bernhard, Mark Webber e Brendon Hartley e o Audi #8 de Loic Duval, Lucas di Grassi e Oliver Jarvis. A disputa entre eles foi intensa. A Audi mostrou uma constância não vista em Le Mans. Conseguiu ter mais velocidade e acompanhou e perto o ritmo do 919 Hybrid.

Classificação final

Punição do Porsche da equipe KCMG da classe GTE-AM

Punição do Porsche 919 #2 da classe LMP1

Os outros dois carros de cada equipe tiveram resultados e performances destinas. O Porsche #2, que vem fazendo boas corridas desde o início do campeonato fez uma prova atípica e atrapalhada. Ainda na primeira hora durante a ultrapassagem de retardatários acabou levando um toque do Ford GT #67. Por conta disso, rodou e perdeu contato com os líderes.

Com uma boa estratégia chegou a ficar na segunda posição. Faltando pouco mais de 1 hora para o término, se envolveu em um toque com o Porsche #88 da equipe Abu-Dhabi Proton da classe GTE-AM. Mesmo tendo danificando uma das aletas esquerdas continuou na prova. A partir deste ponto talvez o lance mais controverso da prova.

Andreas Seidl, chefe da equipe comemora o resultado: “Um grande resultado. Todos os membros da equipe na pista e em Weissach se fizeram presente para este desempenho excepcional. A equipe #1 foi capaz de explorar todo o potencial do nosso 919 e completaram a prova sem incidentes.  Infelizmente, o carro número #2 teve alguns incidentes infelizes na pista que lhes custaram uma posição superior. Melhoramos nossa vantagem de pontos no campeonato de construtores, e a equipe #2 recolheu valiosos pontos para os pilotos também. O desenvolvimento do terceiro pacote aerodinâmico se deu ao mesmo tempo que a preparação para Le Mans. O novo pacote funcionou bem durante todo o fim de semana. Nós claramente tínhamos o carro mais rápido na corrida e queremos manter o ritmo para as próximas corridas.”

Na liderança o Porsche #1 acabou cedendo a liderança para o #2, o que iria ampliar ainda mais a vantagem na classificação do campeonato. O WEC sempre se vangloriou de ser uma da últimas categorias em que se prevalece o esporte. Por conta disso o toque com o #88 serviu de escape para uma punição ao #2. Teria sido mais bonito se os dois protótipos tivessem brigado na pista entre si, e não usar a famigerada política de ceder a posição. Ponto para a direção do WEC que soube aproveitar e punir o #2.

Alpine vence terceira do ano na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

Após a punição o #2 se manteve em segundo, porém acabou sucumbindo ao melhor momento dos protótipos da Audi. O #8 acabou ficando na segunda posição, seguido pelo #7 de Marcel Fassler e Andre Lotterer, que tentou uma última investida, porém sem sucesso.

Para o chefe da Audi Sport, Dr. Wolfgang Ullrich, a performance dos seus carros foi boa:  “Nós tivemos os melhores tempos de volta, mas perdemos tempo nos momentos de FCY. O que vimos na pista depois foi realmente grande corrida “

O Porsche #2 do trio formado por Romain Dumas, Marc Lieb e Neel Jani, ainda teve que fazer uma parada nos boxes para a troca da carenagem traseira após o toque do SMP #37 pilotado por Nicolas Minassian durante um dos períodos de full curse yellow. Acabou na quarta posição.

Em quinto e sexto o dois protótipos da equipe Toyota que fizeram uma corrida totalmente apagada, muito aquém do que apresentaram em Le Mans. Com um pacote de ultra downforce, não muito acertado, restou a Toyota fazer uma corrida para terminar a prova. Sendo o circuito Hermanos Rodrigues no México a próxima etapa do WEC, a grande reta pode favorecer o modelo japonês. Entre os protótipos da classe LMP1 privada, apenas os dois Rebellion R-One completaram a prova. O #13 a frente do #12. O ByKolles acabou pegando fogo, não podendo completar a corrida.

O chefe da Toyota, Pascal Vasselon, creditou o fraco rendimento ao consumo de pneus fora dos padrões. “Vimos este comportamento dos pneus apenas na F1, mas nunca no WEC.” disse após a corrida. “Os pneus, simplesmente pararam de funcionar. Nos custaram dois stints ruins. Perdíamos seis décimos por volta. Não estávamos na corrida hoje.”

Foi a primeira vez na temporada que todos LMP oficias completaram a prova sem grandes problemas.

Na classe LMP2, o Alpine #36 vence. Nicolas Lapierre, Stephane Richelmi e Gustavo Menezes conquistaram a terceira vitória da equipe. Lapierre que fez a última parte da prova, cruzou a linha com uma vantagem de 16.478 segundos para o Ligier #43 da equipe RGR Sport de Bruno Senna, que terminou a prova. O brasileiro dividiu o P2 com Filipe Albuquerque e Ricardo Gonzales.

Ferrari da AF Corse vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

O esquadrão Signatech assumiu a liderança no início da quarta hora quando o Oreca #26 da G-Drive Racing que estava sendo pilotado por Alex Brundle teve que abandonar com problemas na embreagem. O LMP estava com uma volta de vantagem para os demais adversários.

Com a vitória, o #36 assume a liderança na classe, superando o trio do Ligier #43. Na terceira posição o também Ligier #31 da equipe Extreme Speed Motorsports de Pipo Derani, Chris Cumming e Ryan Dalziel. Curiosamente a ESM trocou os pneus Dunlop, pelos Michelin para tentar fazer frente aos protótipos Oreca. Se uniu a RGR para que recebessem assistência técnica da OAK Racing. Com o #43 chegando ao segundo lugar usando pneus Dunlop, as coisas não acabaram saindo conforme os planos.  

Bruno Senna, que chegou a declarar que os Oreca eram de outro planeta, comemora o resultado. “Hoje foi um daqueles dias em que praticamente deu tudo certo. As bandeiras amarelas, a não ser a primeira que não interferiu em nada, apareceram sempre em momentos favoráveis. E o nosso engenheiro é mesmo muito bom de estratégia, como já havia ficado claro em Le Mans. O cara é um ninja”.

Na classe GTE-PRO, a AF Corse fez dobradinha com o Gianmaria Bruni e James Calado na Ferrari #51 e Davide Rigon e Sam Bird na #71. Esta foi a terceira vitória da AF Corse na classe.  Ainda no começo o ritmo da equipe Aston Martin foi forte, muito pelos ajustes de BoP que receberam após Le Mans.  

Com o resultado Gianmaria Bruni é o piloto com mais vitórias na história da competição. Nicki Thiim liderou a maior parte da corrida com o Aston Martin #95. Terminou na terceira posição. Thiim dividiu o volante do Vantage V12 com  Marco Sorensen.

Aston Martin vence na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

O terceiro lugar para a equipe inglesa veio após a ultrapassagem do #95 em cima do Ford GT #66 que teve que cumprir uma punição por uma infração durante seu pit stop. Oliver Pla e Stefan Muecke acabam na quarta posição, a frente do Aston #97 de Darren Turner e Richie Stanaway.

Em sexto o Porsche #77 da equipe Proton Competition de Richard Lietz e Michael Christensen. A Ford enfrentou problemas com o #67 que acabou pegando fogo durante o reabastecimento. Andy Priaulx que pilotava o carro no momento não chegou a se ferir com o incidente.

Na classe GTE-AM a Aston Martin venceu com o #98 de Paul Dalla Lana e Mathias Lauda. A segunda posição deveria ter sido do Porsche #78 da equipe KCMG dos pilotos Christian Ried, Wolf Henzler e Joel Camathias, mas problemas na altura do carro na inspeção pós corrida fizeram a equipe ser desclassificada. Assim o segundo lugar fica com a Ferrari #83 e o terceiro para o Corvette da equipe Larbre Competition.

A próxima etapa do WEC será com as 6 horas do México entre os dias 2 e 3 de Setembro.  

 

Strakka Racing não vai para a classe LMP1 em 2017

Ficar na LMP2 ou ir para a Asian LMS. (Foto: Strakka Racing)

A Strakka Racing que cogitou participar da classe LMP1 privada em 2017 no WEC, desistiu da ideia. O time inglês que chegou a anunciar a construção de um protótipo próprio para o próximo ano deve mesmo ficar na classe LMP2 que também muda em 2017.

“Várias opções estão sendo consideradas na LMP2 e em outros lugares”, disse Dan  Walmsley, chefe da equipe ao site Endurance-Info.

“Nós gostamos do WEC. O que é certo é que não vamos estar presentes na LMP1 na próxima temporada, porque o tempo é muito apertado. No entanto, estamos sempre olhando para 2018.”

Walmsley disse que o atual Gibson 015S poderia correr no Asian Le Mans Series, nas mãos de outra equipe. O campeonato asiático aceita os atuais LMP2 até 2019. Sobre 2017 nada ainda está 100% confirmado. O dirigente acredita que terá todas as respostas durante o final de semana das 6 horas do México em setembro.

A classe LMP1 privada que atualmente tem apenas 2 equipes, Rebellion e ByKolles pode sofrer uma baixa. De acordo com rumores que circulam neste final de semana em Nurburgring uma das duas equipes pode não estar na classe em 2018.

Um dos atrativos para manter a classe competitiva é a adoção de sistema DRS a partir de 2018, uma maneira de tentar fazer algo frente ao poderio das equipes oficiais.

 

“Os Oreca estão mesmo em outro planeta”, lamenta Bruno Senna após treino em Nurburgring

Desempenho dos protótipos Oreca vem sendo superior ao dos Ligier. (Foto: MF2)

O Ligier JS P2-Nissan da RGR Sport by Morand evoluiu em relação aos treinos livres da véspera e colocou o trio de Bruno Senna, o português Filipe Albuquerque e o mexicano Ricardo Gonzalez na quarta colocação do grid da categoria LMP2 nas 6 Horas de Nurburgring, quarta etapa do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Albuquerque estabeleceu a segunda volta mais rápida da sessão, mas a equipe caiu na média da melhor volta dos dois pilotos – Gonzalez completou a dupla no qualifying. “Não estávamos tão mal quanto parecia na véspera. Acho que dá para sair desta prova com bons pontos e, se acertarmos na estratégia, poderemos até sonhar com pódio”, comentou Senna.

A pole, como esperado, ficou com o Oreca 05-Nissan do alemão René Rast, do russo Roman Rusinov e do inglês Alex Brundle. Rast fez a volta mais rápida com um segundo de vantagem sobre Albuquerque, o segundo melhor. “Os Oreca estão mesmo em outro planeta em termos de velocidade pura. Mas corridas de longa duração envolvem outras variáveis, como o consumo de pneus, pit stop, tráfego…”, lembrou Senna. Nos treinos livres, ele trabalhou apenas com pneus usados para avaliar o desgaste. “Gonzalez usou todos os jogos de pneus novos, porque o mais rápido da equipe durante o fim de semana tem obrigatoriamente de fazer a largada e queríamos que dele fizesse o primeiro turno”, explicou. Como a previsão de chuva neste sábado não se confirmou, os planos da RGR Sport não funcionaram.

Por força do regulamento, portanto, caberá ao português iniciar a corrida. A autonomia do Ligier JS P2-Oreca é de cerca de 48 minutos. Cada piloto tem de percorrer o tempo mínimo de 1h15. Essa deverá ser a carga máxima de Gonzalez, enquanto o restante deverá ser dividido entre Senna e Albuquerque. “Ainda não decidimos como faremos amanhã, mas há uma boa chance de que o Filipe termine a prova”, disse Bruno. Na terceira colocação do campeonato, que chegaram a liderar antes das 24 Horas de Le Mans e sua pontuação dobrada, Bruno e seus parceiros terão uma tarefa difícil, já que o time dos ponteiros – o americano Gustavo Menezes, o monegasco Stéphane Richelmi e o francês Nicolas Lapierre – largará em segundo.

No geral, a pole ficou com o Audi R18 da dupla formada pelo suíço Marcel Fasller e o alemão André Lotterer, com o tempo médio de 1min39s444. A largada está marcada para as 8 horas (Brasília). O Fox Sports 2 transmitirá as 6 Horas de Nurburgring ao vivo e na íntegra.

Os tempos na LMP2:

1 – Roman Rusinov, René Rast e Alex Brundle, Oreca 05-Nissan, 1min48s984
2 – Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e Stéphane Richelmi, Alpine A460-Nissan, 1min49s727
3 – Nick Leventi, Jonny Kane, Lewis Williamson, Gibson 015S-Nissan, 1min49s752
4 – Bruno Senna, Filipe Albuquerque, Ricardo Gonzalez, Ligier JS P2-Nissan, 1min50s105
5 – Tor Graves, Antonio Pizzonia, Matthew Howson, Oreca 05-Nissan, 1min50s372
6 – Nicolas Minassian e Maurício Mediani, BR01-Nissan, 1min50s948
7 – Ryan Dalziel, Pipo Derani e Christopher Cumming, Ligier JS P2-Nissan, 1min51s194
8 – Matthew Rao, Richard Bradley e Roberto Merhi, Oreca 05-Nissan, 1min51s294
9 – Vitaky Petrov, Kirill Ladygin e Victor Shaitar, BR01-Nissan, 1min51s667
10 – David Cheng, Ho Pin Tung e Nelson Panciatti, Alpine A460-Nissan, 1min52s506
11 – Scott Sharp, Ed Brown e Johannes Van Overbeek, Ligier JS P2-NissaN, 1min56s462

Audi larga na frente para as 6 horas de Nurburgring

Pista úmida ajudou Audi? (Foto: WEC)

A Audi marcou a pole para as 6 horas de Nurburgring, que ocorrem na manha de domingo (23) na Alemanha. Andre Lotterer levou o R18 #7 a primeira posição com o tempo de 1:39.444. Lotterer vai dividir o LMP com Marcel Fassler.

Em segundo o Audi #8 com o tempo de 1:39.710. Lucas di Grassi foi o responsável pela obtenção do tempo. O brasileiro irá partilhar a condução com Oliver Jarvis e Loic Duval.

Tempos da seção de treinos.

Os dois LMP da Porsche vem em terceiro e quarto lugares. Mark Webber com o #1 superou o #2 pilotado por Timo Bernhard. Pelos lados da Toyota o #6 larga em quinto e o #5 em sexto. Entre os LMP1 privados, a Rebellion Racing marcou o melhor tempo com o R-One #13, dos pilotos Dominik Kraihamer, Matheo Tuscher e Alexandre Imperatori.

Na classe LMP2 a pole ficou com o Oreca 05 da equipe G-Drive Racing do trio Romain Rusinov, René Rast e Alex Brindle. Em segundo o Alpine #36, seguido pelo Gibson #42 da Strakka Racing.

A Aston Martin vai largar na frente na classe GTE-PRO neste domingo. O Vantage #95 de Nicki Thiim e Marco Sorensen. O treino que começou com pista molhada, foi melhorando até o ponto que Thiim pode usar pneus slicks e marcar 2:01.712. O tempo foi mais de dois décimos superior ao Ford #66 de Stefan Muecke e Oliver Pla. Em terceiro o Aston #97 de Darren Turner e Richie Stanaway.

Esta foi a primeira pole da equipe desde a etapa de Austin em 2015. A Dunlop também tem o que comemorar já que foi a primeira pole da história recente da equipe no Endurance. A Ferrari #51 da AF Corse, foi um dos primeiros carros a usar pneus de pista seca no final da sessão. Com a pista ainda molhada Gianmaria Bruni acabou saindo da pista. Mesmo marcando um bom tempo, o regulamento leva em consideração a média dos dois pilotos do carro. Assim ele e seu companheiro James Calado ficaram na quarta posição.

Em condições adversas a Porsche garantiu a pole na classe GTE-AM com o 911 RSR #88 da Abu Dhabi Proton Racing de Patrick Long e Khaled Al Qubaisi. Em segundo o também Porsche #78 da KCMG com Wolf Henzler e Joel Camathias. Em terceiro o Aston Martin #98.

Bruno Senna busca pontos em Nurburgring

Albuquerque e Bruno Senna. (Foto: Spacesuit Media/Shivraj Gohil/MF2)

Depois da perda da liderança no mês passado nas 24 Horas de Le Mans, onde o Ligier JS P2-Nissan enfrentou problemas de motor, o trio formado pelo brasileiro Bruno Senna, o português Filipe Albuquerque e o mexicano Ricardo Gonzalez tem um duro desafio neste domingo nas 6 Horas de Nurburgring, quarta etapa do Campeonato Mundial de Endurance: evitar que os rivais que correm com o Oreca 05-Nissan desgarrem de vez na classificação de pilotos da categoria LMP2. Embora consciente do tamanho da empreitada, Bruno saiu das duas sessões de treinos livres desta sexta-feira no tradicional circuito alemão com as esperanças renovadas. “Parece que aqui a diferença para eles diminuiu um pouco”, avaliou.

Os primeiros ensaios foram dominados pelo Oreca 05-Nissan da G-Drive Racing, dividido pelo alemão René Rast, o russo Roman Rusinov e o inglês Alex Brundle, segundo colocados no campeonato com 64 pontos contra 87 dos ponteiros, o americano Gustavo Menezes, o francês Nicolas Lapierre e o monegasco Stéphane Richelmi. Bruno e seus parceiros caíram para terceiro com 53 com os resultados da prova mais longa do calendário. Hoje, ficaram com a 7ª marca entre os 11 protótipos da LMP2, em dia com o asfalto ainda bastante pouco aderente e marcado pelo retorno de Antonio Pizzonia à categoria ao lado dos britânicos Tor Graves e Matthew Howson. Confirmando a força do modelo, o Oreca 05-Nissan do amazonense terminou na segunda posição.

Com aerodinâmica mais eficiente, o Oreca 05 vem sendo a pedra na sapatilha de Bruno. “Será uma luta difícil contra eles, mas fizemos uma corrida forte em Le Mans e só não terminamos em terceiro por causa do problema mecânico. Isso nos deu confiança de que é possível chegar bem mesmo com um carro mais lento”, lembrou. “O objetivo aqui é andar junto com o pessoal da frente. Se tudo der certo e acertaremos a estratégia, acho que poderemos até sonhar com um pódio”, acrescentou Bruno, que abriu a temporada em abril com a vitória nas 6 Horas de Silverstone.

Amanhã, depois da terceira e última sessão de treinos livres, o grid será definido na tomada classificatória marcada para as 9h45 (Brasília). De acordo com o regulamento, os protótipos da LMP1 e LMP2 terão 20 minutos de boxes abertos, período no qual cada equipe deve mandar dois pilotos à pista. A média da melhor volta de cada um deles valerá para a definição da ordem de largada. Domingo, a largada será autorizada às 8 horas, com transmissão ao vivo e na íntegra com exclusividade pelo Fox Sports 2

Porsche lidera segundo treino em Nurburgring

(Foto: Porsche AG)

A Porsche manteve a primeira posição no segundo treino livre para as 6 horas de Nurburgring na tarde desta sexta (22). Mark Webber com o 919 #1 marcou 1:40.997, superando o tempo de Marc Lieb obtido no primeiro treino.

O carro #2 da Porsche acabou sofrendo um acidente na curva 1 após um erro no freio dianteiro esquerdo. Quem estava no volante no momento era Romain Dumas. Por conta do problema o #2 ficou apenas na quinta colocação da classe.

Em segundo e terceiro, os dois LMP da equipe Audi. O #7 marcando 1:41.011 e o #8 1:41.136. Na classe LMP2. Rene Rast manteve o Oreca #26 na primeira posição. O tempo de 1:48.965, foi de mais de 1 segundo para o Gibson da equipe Strakk Racing.

Na classe GTE-PRO, o melhor tempo ficou com a Ferrari #51 da equipe AF Corse, enquanto a Ferrari #83 também da AF Corse marcou o melhor tempo na classe GTE-AM.

Tempos da segunda seção de treinos