“Os custos da LMP1 precisam cair”, afirma Bruno Famin da Peugeot

Peugeot, também abandonou o Endurance por conta dos custos. (Foto: Divulgação)

A saída da Audi do Mundial de Endurance, mesmo sendo algo que mais cedo ou mais tarde iria acontecer, pegou muita gente de surpresa. A montadora estava desde 1999 envolvida com a ACO e Le Mans. Se hoje temos um campeonato mundial, devemos muito a perseverança da Audi em acreditar em provas de endurance.

Os motivos que sempre assolaram sua permanência foram o escândalo dos motores diesel da VW nos Estados Unidos. Processos, e muitas com valores astronômicos fizeram o grupo VW repensar seus custos. E quando se fala em corte de custos, os programas esportivos das montadoras são os primeiros a serem cortados.

Mesmo que a Audi não tivesse problemas com dinheiro, e o escândalo de motores não desse em nada, os custos que os fabricantes LMP1 tem, com complexos sistemas híbridos, são realmente necessários? A ideia da ACO de não incentivar os LMP1 privados, mais baratos e que sempre foram uma das características de Le Mans também pode estar jogando contra?

Sem uma reação da Toyota, corremos o risco de 2017, ter uma Porsche mais dominante do que nos últimos anos. Mesmo com a expectativa do fabricante japonês alinhar mais um TS050 em Sarthe, não deixa as coisas mais fáceis.

Seria a hora de repensar a classe? Para o diretor de criação da Peugeot, Bruno Famin, sim. Os franceses, que foram ferrenhos incentivadores da criação do WEC em 2012, também tiveram seus programa cancelado às vésperas daquele ano por conta de cortes de custos no grupo PSA.

A Peugeot já deixou claro que voltaria para o Endurance, se os custos de desenvolvimento fossem mais amistosos. Atualmente investindo forte no Rally Dakar, a montadora pensa que regras mais simples fariam o campeonato mais atrativo.

Famin afirma que existem alternativas para deixar tudo mais barato. A redução de peso, que é de 875 kg seria um dos meios para deixar as coisas mais fáceis.

Mesmo sendo um LMP2, o Porsche RS Spyder, deu trabalho para a Audi na ALMS. (Foto: Divulgação)

 “WEC não é sustentável, mesmo se o espírito das regras for bom”, disse Famin em entrevista ao site motorsports.com. “Há três grandes fabricantes que querem mostrar a sua inovação e a tecnologia que desenvolvem, mas os custos são tão altos que ninguém mais vai se juntar a eles nessas condições.”

“Eu gostaria de propor uma maneira diferente de alcançar a eficiência, ou seja, redução do peso mínimo. Se você quiser reduzir as emissões e o consumo de combustível, existem maneiras de fazer, sem o uso de sistemas híbridos.”

“A FIA, o ACO e de outros fabricantes precisam discutir o assunto. Eles terão de estabelecer as bases para os regulamentos que deixem outras marcas, montar um projeto com orçamento menor.”

“Lembre-se, em 2008, nos Estados Unidos, a equipe Penske correu com um carro de 780 kg LMP2, o Porsche RS Spyder. Hoje temos de pensar em fazer algo similar.”

Para o dirigente, o calendário também precisa ser revisto, e não depender tanto das 24 horas de Le Mans. “Não só devemos trabalhar apenas para reduzir o custo de projetar o carro, devemos também trabalhar para reduzir os custos da temporada com base em torno das Le Mans 24 Horas”, disse ele.

“É um evento fantástico, sem dúvida, mas isso só dura uma semana, enquanto o resto do campeonato fornece um retorno bom, mas não excepcional.”

O que diz a ACO?

Pierre Fillon, presidente da ACO, é categórico em falar que a redução de custos está na ordem do dia da entidade. “Reduzir os custos para os fabricantes é um foco importante para a ACO, em parceria com a FIA”, disse ele. “Além disso, estas duas organizações têm definido o rumo para os próximos anos: permanecer na vanguarda da inovação, oferecendo a melhor plataforma possível para novas tecnologias em preparação para os carros de amanhã .

“A tecnologia e motores elétricos híbridos já fazem parte de nossas vidas diárias em corridas de resistência. As alterações do regulamentos técnicos no sentido de abrigar motores hidrogênio-elétrico responde imediatamente às necessidades energéticas desta nova era. “

Assim que a Audi confirmou a desistência, A Toyota, emitiu nota que  ratifica sua permanência no WEC: “Toyota Gazoo Racing lamentou o anúncio hoje pela Audi sobre seu futuro no FIA World Endurance Championship (WEC).”

“Audi tem sido um concorrente forte e desde o retorno da Toyota às corridas de resistência em 2012 nós apreciamos o seu papel perante ao WEC, um campeonatos dos mais inovadoras.”

“O anúncio de hoje não tem efeito sobre a posição da Toyota no WEC. Estamos nos preparando para 2017 , com a meta de ganhar as 24 horas de Le Mans e o Campeonato do Mundo.”

Audi confirma saída do WEC, Lucas di Grassi foca na Fórmula E

(Foto: AdrenalMedia)

A Audi confirmou a saída do Mundial de Endurance na manhã desta quarta (26). A informação que já era esperada, desde o escândalo dos motores a diesel da VW e a chegada da Porsche, se comenta a saída da Audi do WEC.

Em meio de nota, o presidente do conselho administrativo da Audi, Rupert Stadler diz que o foco da montadora neste momento é a Fórmula E.

“Nós estamos indo disputar corridas com energia elétrica”, disse Stadler. “Como os nossos carros de produção estão se tornando cada vez mais elétricos, nossos carros esportivos tem que buscar esse tipo de competição.”

Foram 18 anos participando de provas de longa duração. Com 13 vitórias nas 24 horas de Le Mans. Foi da Audi também a primeira vitória com um motor diesel em 2006, e do primeiro sistema híbrido em 2012.

De 185 corridas, 106 foram vencidas pela Audi, 80 poles e 94 voltas mais rápidas. Foram duas vezes campeões do WEC e nove vezes na ALMS. “Depois de 18 anos em corridas de protótipos que foram excepcionalmente bem-sucedidos para a Audi, é, obviamente, extremamente difícil de sair”, disse o chefe da Audi Motorsport Dr. Wolfgang Ullrich.

“Audi Sport Time Joest moldaram o WEC durante este período como nenhuma outra equipe.”

“Eu gostaria de expressar os meus agradecimentos ao Reinhold Joest e sua equipe, os motoristas, parceiros e patrocinadores para esta cooperação extremamente bem sucedido. Tem sido um grande momento. “

Audi aumentou sua parceria com a equipe ABT Schaeffler na Fórmula E atual, e está trabalhando no sentido de um programa completo de fábrica para a temporada 2017/2018.

Além disso, a Audi irá manter seu programa na DTM, em que ganhou os títulos de equipe e nesta temporada. A decisão sobre o futuro no Campeonato Mundial de Rallycross ainda está sendo decidido

Lucas di Grassi foca na Fórmula E

O brasileiro é piloto de fábrica da Audi desde o início de 2013, tendo feito uma estreia no final de 2012 no Brasil correndo com o Audi R18 e tendo sido, em seguida, contratado. “Fui extremamente bem recebido, considerado um membro da família, o que facilitou muito a minha adaptação naquela época em que eu iniciava uma nova fase na minha carreira. Para mim tem sido uma honra representar a Audi, uma marca e um sistema de trabalho com os quais eu me identifico de maneira gigantesca”, apontou o paulistano.

Dentro do programa de corridas de endurance, Di Grassi destacou-se junto da Audi tendo conquistado três pódios em quarto participações nas 24 Horas de Le Mans. Na mais famosa corrida de longa duração do planeta, o brasileiro nunca terminou fora do top-4 e é o responsável pelo melhor resultado geral de um piloto brasileiro na mítica prova com o segundo lugar conquistado em 2014.

“Agradeço a Audi por estes três anos correndo de protótipo no FIA WEC, onde tive a honra de correr ao lado de Tom Kristensen, que é uma verdadeira lenda de Le Mans; e depois, nos últimos dois anos com o (Loïc) Duval e o (Oliver) Jarvis. Vencemos corridas, fizemos poles, subimos ao pódio das 24 Horas de Le Mans três vezes em quatro participações, e isso é muito satisfatório”, destacou o piloto de 32 anos.

No Mundial de Endurance, Lucas tem uma vitória e duas pole positions na atual temporada, e segue na luta pelo título da competição faltando duas provas para o final do campeonato. Com ‘jornada dupla’ há dois anos e meio, quando também passou a competir na Fórmula E, Lucas e a Audi passam a focar 100% na categoria dos carros elétricos. Para a atual temporada, que já foi iniciada, a Audi anunciara sua entrada com mais vigor, esforços e recursos.

“A Audi vai focar na Fórmula E, e eu também. Vai ser meu trabalho integral, pois é um campeonato que está se expandindo, crescendo muito. Estou muito contente com a categoria, que vem tomando uma dimensão muito grande. E a prova disso é o comprometimento da Audi a longo prazo com a Fórmula E”, afirmou Lucas.

Di Grassi também continuará em outros projetos. “Eu tenho um contrato de longo prazo com a Audi e também com a Fórmula E, então a tendência para os próximos anos é continuar onde estou e tentar vencer corridas e campeonatos”.

“Além da Fórmula E, vou continuar com o desenvolvimento do primeiro carro de corridas autônomo, o RoboRace, pois acredito que a indústria vai seguir esse rumo. É um trabalho pelo qual me interesso bastante e que se projeta como uma das boas opções no futuro da mobilidade”, lembra o brasileiro, que permanece junto da marca alemã onde, segundo o próprio, tornou-se um “membro da família”.

“Durante este período eu também tive parceiros brasileiros que me apoiaram muito, como a Aethra e a Eurobike, e a eles eu agradeço por terem estado estes três anos comigo no WEC, nesta fase da minha carreira em protótipo. Avida continua, foco total na Fórmula E. O futuro é elétrico. Mas também continuamos este ano com foco na busca pelo título do WEC e fechar essa passagem da Audi da melhor maneira possível”, encerrou.

Primeiras imagens do Oreca 07

(Foto: Oreca)

A Oreca divulgou nesta terça (25), as primeiras imagens do novo Oreca 07, LMP2 que ganha as pistas em 2017 na classe LMP2 do WEC, ELMS e DPi da IMSA.

As equipes que possuem um Oreca 05, podem comprar kits de atualização a partir de 200 mil Euros para deixar os carros na mesma especificação do novo modelo.

(Foto: Oreca)

Pipo Derani selecionado para testar com a Toyota pela LMP1 no Bahrein

Brasileiro termina na quinta posição durante as 6 horas de Fuji. (Foto: ESM)

Pipo Derani participará em novembro do teste para estreantes da LMP1 no Bahrein. Com uma temporada arrasadora, onde venceu as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring, ele foi um dos selecionados para participar do teste com a equipe Toyota Gazoo Racing.

A chance para Derani testar pela montadora japonesa contou com o apoio e indicação da ACO (Automobile Club de l’Ouest), promotora dos campeonatos FIA WEC, Le Mans Series Europeia e Le Mans Series Asiática, em reconhecimento por sua contribuição na categoria LMP2.

“A excelente performance do Pipo pela ESM nos Estados Unidos no início do ano, além de sua expressiva temporada no FIA WEC em 2015 e as conquistas dos pódios em 2016 contaram para a decisão”, comentou o presidente da ACO, Pierre Filon.

“Estou muito honrado por ter sido selecionado como um dos três pilotos para testar no Bahrein. Gostaria de agradecer ao FIA WEC e à ACO pela oportunidade, demonstrando a confiança que eles têm em minhas habilidades. Meu objetivo é correr na LMP1, então este será um passo inicial muito importante e espero conquistar esta meta”, declarou Derani.

“Não posso esperar para encontrar o pessoal da Toyota Gazoo Racing e experimentar o Toyota TS 050 Hybrid. Já estou na contagem regressiva, mas antes temos mais duas corridas para o final da temporada e estarei completamente focado no trabalho com a Tequila Patrón ESM”, completou Derani.

Brasileiro brilha no Japão

Pipo novamente foi destaque, neste domingo (16), na disputa das 6 Horas de Fuji do FIA WEC, sétima etapa da temporada.

O brasileiro fez um impressionante triplo stint e finalizou a corrida na quinta colocação para assegurar mais um bom resultado para o Tequila Patrón ESM Ligier JP P2-Nissan, que ele divide com os companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming.

“O início da prova foi difícil e tivemos alguns problemas, que nos custaram tempo”, disse Derani. “Mas depois conseguimos mostrar um bom ritmo e fomos um dos mais rápidos na pista. A equipe fez um trabalho perfeito no final de semana todo, conquistamos pontos importantes para permanecer na luta pelo Top-3 do campeonato. Nossa performance este final de semana nos deu ânimo para a disputa em Xangai no mês que vem”, completou.

A pilotagem do brasileiro foi notável, quando ele se mostrou o mais rápido no último estágio da corrida, registrando a média mais veloz em 70 voltas no Fuji Speedway.

A próxima etapa do FIA WEC, as 6 Horas de Xangai, na China, acontecerá no dia 6 de novembro.

O resultado das 6 Horas de Fuji (LMP2 / Top-6):

1 Rusinov/Stevens/Brundle G-Drive Racing ORECA 05-Nissan
2 Senna/Albuquerque/Gonzalez RGR Sport Ligier JS P2-Nissan
3 Lapierre/Menezes/Richelmi Signatech Alpine A460-Nissan
4 Giovinazzi/Gelael/van der Garde Extreme Speed Motorsports Ligier JS P2-Nissan
5 Derani/Dalziel/Cumming Extreme Speed Motorsports Ligier JS P2-Nissan
6 Kane/Williamson Strakka Racing Gibson 015S-Nissan

Classificação (LMP2, após sete etapas):
1 Menezes/Lapierre/Richelmi 171
2 Senna/Albuquerque/Gonzalez 133
3 Rusinov 112
4 Cumming/Derani/Dalziel 94
5 Rast 86
6 Stevens 67
11 Brundle 48

Classificação (Equipes LMP2):
1 Signatech Alpine 171
2 RGR Sport by Morand 136
3 G-Drive Racing 114
4 Extreme Speed Motorsports 94
5 SMP Racing 59
6 Strakka Racing 66

“Não teremos muitos carros na LMP1 privada em 2017”, afirma Vincent Beaumesnil

(Foto: AdrenalMedia)

A classe LMP1 privada do Mundial de Endurance, nunca esteve tão apagada. Com apenas um carro confirmado para 2017, sendo esse o CLM P1 da ByKolles. Seu principal concorrente, a Rebellion Racing já confirmou que para o próximo ano vai estar na classe LMP2.

Para o diretor esportivo da ACO, Vincent Beaumesnil, em entrevista ao site Sportscar365.com, revela que o foco da entidade são as novas equipes para 2018.

“É evidente que a meta é ter carros de volta no grid em 2018”, disse. “Para 2017, a Rebellion vai P2, mas em sua comunicação eles deixaram claro que eles ainda têm a intenção de estar de volta a P1, em algum momento, então eu acho que é muito importante para nós.”

“No próximo ano, talvez teremos somente a ByKolles. Nós não teremos muitos carros com certeza. Mas, em 2018, vários clientes e fabricantes estão trabalhando em seus projetos.”

Entre possíveis equipes que podem estar na subclasse, a SMP Racing já deixou claro que tem interesse, bem como a Rebellion com um possível retorno. A Strakka Racing, que tinha seus planos de protótipo próprio, também acabou regredindo em sua decisão.

Fabricantes como Nissan, Gibson e Judd, tem motores prontos para a LMP1. Atualmente Rebellion e ByKolles correm com propulsores AER turbo. “Há muito bons motores que estarão disponíveis no mercado e eles realmente estão empenhados em prestar um serviço adequado e apoio”, disse Beaumesnil.

O dirigente deixou claro que as duas classes, tem propostas distintas. “LMP1 não é LMP2”, disse. “LMP1 é uma categoria onde você constrói e desenvolve um carro. LMP2 é um carro de cliente.

“Na LMP1, queremos dar a capacidade de algumas equipes e fabricantes para fazer desenvolvimentos de seus carros de rua. Isso é possível em um LMP1.”

“As pessoas precisam perceber que alguém que venha com um projeto de construção e desenvolvimento de um carro com um orçamento de equipe privada, damos o potencial para que sejam competitivos.”

“Se um fabricante usar essas regras, eles facilmente estariam à frente dos carros híbridos atuais, com certeza por causa da alocação de combustível, o peso, e aerodinâmica.”

“Eu acho que é algo muito claro e é muito justo. Os fabricantes aceitarem este princípio que damos esta ajuda aos privados para estar no jogo.”

Um dos projetos para 2018, é a adição do sistema DRS.

 

Data das 6 horas de Nurburgring, deve ser alterada para 2017

(Foto: AdrenalMedia)

A direção do WEC e da Fórmula E, chegaram a um denominador comum, sobre o impasse sobre a realização da prova de Nova York e Nurburgring que seriam realizadas entre os dias 14 e 16 de Julho.

O presidente do WEC, Gerard Neveu e Alejandro Agag, tiveram um encontro, para chegar a um acordo sobre datas, visto que as duas séries partilham vários pilotos. Outro fator que levou o WEC a quebrar um antigo acordo de cavalheiros com a Fórmula E, foi o calendário da Fórmula 1.

Caso o acordo seja fechado, às 6 horas de Nurburgring devem ocorrer entre os dia 21 e 23 de julho. Estamos trabalhando todos os dias sobre este assunto. Mas nada foi definido”, disse Neveu ao site Sportscar365, durante da semana passada Seis Horas de Fuji.

A próxima reunião do conselho mundial da FIA, acontece em Dezembro. Qualquer mudança deve ser anunciada neste evento.

Toyota vence as 6 horas de Fuji

Estratégia garantiu vitória da Toyota em casa. (Foto: AdrenalMedia)

A Toyota venceu as 6 horas de Fuji, sétima etapa do Mundial de Endurance 2016. Uma estratégia ousada levou Kamui Kobayshi com o TS050 #6, superar Loic Duval com o Audi #8, por 1.439 segundos.

Com uma parada apenas para combustível, Kobayshi superou Duval, garantindo a primeira vitória da equipe depois de dois anos. O protótipo japonês foi partilhado com Mike Conway e Stephane Sarrazin.

Resultado final da prova.

Mesmo com pneus novos, o Audi #8 não conseguiu mais do que o segundo lugar. Não deixa de ser uma decepção para o time alemão, que marcou a pole e dominou grande parte da corrida sem ser pressionado pelos rivais Audi e Porsche.

Toshio Sato, presidente da Toyota: “Foi uma corrida emocionante, muito disputada entre os três fabricantes LMP1, por assim dizer, foi um sprint corrida de seis horas. Foi uma luta limpa. Parabenizo a Audi e Porsche para a sua parte deste grande show. Quero agradecer toda equipe, pelo ótimo trabalho.”

Em terceiro, o Porsche #1 de Mark Webber, Timo Bernhard e Brendon Hartley. Tanto o Porsche #1 quanto o #2 que terminou na quinta posição fizeram uma corrida discreta. Na quarta posição o TS050 #5, que superou o Porsche #2 na última parada para troca e pneus. O 919 Hybrid de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb, enfrentaram problemas durante toda a prova.

Dr. Wolfgang Ullrich, chefe da Audi Motorsport: “Uma corrida carregada de suspense que estávamos conduzindo por mais de cinco horas escapou das nossas mãos. Na última parada, a Toyota usou a vantagem estratégica e não trocou os pneus e ganhou uma vantagem de cerca de 25 segundos. Tentamos para compensar a desvantagem na pista novamente. Foi emocionante assistir. Loïc, chegando a pouco mais de 1 segundo no final. Fico triste para a equipe #7, por terminar por um defeito técnico.”

G-Drive vence a primeira na LMP2 no ano. (Foto: AdrenalMedia)

Problemas que também perseguem o Audi #7, que mais uma vez não fez uma boa prova, e abandonou com problemas no sistema híbrido. A prova para Fassler, Lotterer e Tréluyer não teve mais do que 20 minutos de duração.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 da Porsche: “Desde Le Mans vencemos todas as corridas. Hoje conseguimos um lugar no pódio, mas depois de uma corrida emocionante. No final, apenas alguns segundos decidiu os três primeiros lugares. Parabéns a Toyota para a sua vitória em casa. Parabéns a Audi para um desempenho forte. Fomos capazes de melhorar a nossa posição no campeonato de construtores. Agora vamos para as etapas finais da temporada. Estamos otimistas para as duas últimas corridas da temporada.”

Entre os LMP1 privados, o Revellion #13 de Dominik Kraihamer, Matheo Tuscher e Alexandre Imperatori, venceu a corrida, garantindo o título para as equipes privadas. O ByKolles #4 com problemas, abandonou a prova.

“Foi uma boa corrida, lideramos cinco horas e meia e acabamos perdendo por menos de um segundo e meio. Acho que foi a chegada mais apertada da história do WEC. A Toyota fez um double stint no final e a gente teve de parar para trocar pneu. No final chegamos nesta distância, apesar de ter tirado bastante no final”, afirmou di Grassi, que assumiu a condução do Audi R18 após o segundo pit stop. Di Grassi e Duval cravaram, no sábado, a pole position para as 6 Horas de Fuji.

“Acabamos encurtando em mais nove pontos a diferença para o líder do campeonato. No final das contas foi um bom resultado. O gostinho da vitória não veio por muito pouco. A gente sai com uma sensação não muito boa por ter perdido a corrida no último stint. De qualquer forma, acabamos chegando na frente dos dois Porsche, com uma corrida limpa, sem acidentes, com uma boa estratégia, um carro confiável e rápido”, disse o brasileiro, que tirou nove pontos para os líderes e continua na disputa pelo título a 28,5 pontos de distância para o Porsche #2 de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb a duas etapas do final.

Di Grassi mantém a confiança. “Ainda temos chances matemáticas e na China seguimos na busca. Não posso reclamar, porque em duas semanas fiz dois segundos lugares e com uma pole position, podendo levar a bandeira do Brasil para o pódio de dois dos campeonatos mais difíceis do mundo. Estou orgulhoso, mas ainda temos que continuar buscando e fazendo o trabalho de casa”, concluiu.

Dobradinha da Ford na classe GTE-PRO. (Foto: AdrenalMedia)

As grandes disputas da prova ocorreram na classe LMP2. Com bons pegas, o vencedor foi o Oreca 05 #26 da G-Drive Racing. Foi a primeira vitória da equipe no ano. Will Stevens chegou com uma diferença de 1.398 segundos para o Ligier #43 da RGR Sports. Bruno Senna foi quem fez o último stint. A vitória para o #43, foi adiada por conta de uma ultrapassagem mal feita pelo Rebellion da classe LMP1.

“Faltando menos de três voltas, o Rebellion da LMP1 veio me ultrapassar na Curva 10 e me atrapalhou. Ele poderia ter passado sem problema na reta, mas acabou fazendo com que o Stevens entrasse grudado. Aí não deu como segurar. Em condições normais, mesmo com meu jogo de pneus já no terceiro turno, eu não permitiria a ultrapassagem”, comentou o brasileiro.

As 6 Horas de Fuji foram uma das melhores provas do ano. “Foi pauleira do início ao fim. Pela primeira vez, não tivemos nenhuma bandeira amarela ou full course yellow. Todo mundo acelerou forte desde a largada”, relatou. Bruno lamentou ainda que a vitória da G-Drive tenha custado sete pontos importantes na briga particular com a Signatech Racing. “Descontaríamos dez, mas com o segundo só tiramos três pontinhos”, lembrou. A diferença da equipe de Bruno para os ponteiros é agora de 38 pontos, com mais 52 em disputa.

Aston Martin #98 vence na classe GTE-AM. (Foto: AdrenalMedia)

Pipo Derani terminou na quinta posição com o Ligier #30 da Extreme Speed Motorsports.

Na classe GTE-PRO, a Ford, levou os dois primeiros lugares. O #67 de Andy Priaulx, Harry Tincknell, foi seguido pelo #66 de Olivier Pla e Stefan Mucke. Foi uma vitória tranquila para o time americano. Em terceiro e quarto as duas Ferrari da equipe AF Corse #51 e #7, que lideraram, somente nas paradas de boxes dos Ford. Na quinta e sexta colocação os Aston Martin #95 e #97 respectivamente.

A classe GTE-AM, teve como vencedores Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Mathias Lauda com o Aston #98. Foi uma vitória dominante. Em segundo a Ferrari #83 da AF Corse dos líderes do campeonato, François Perrodo, Emmanuel Collard e Rui Águas. Completando o pódio, o Porsche #78 da KCMG de Christien Ried, Wolf Henzler e Joel Camathias.

 

Audi minimiza boatos sobre seu futuro no Mundial de Endurance

(Foto: Audi)

Em meio aos boatos de que a Audi estaria se retirando do WEC no final da temporada 2016, o diretor do departamento esportivo da marca, Dr. Wolfgang Ullrich, afirma que por enquanto nada está confirmado ou decidido.

“Eu espero que eles estejam errados”,  disse à imprensa neste sábado em Fuji Speedway. Ullrich comenta que nenhuma decisão foi tomada ainda sobre o programa para o próximo ano.

“Temos visto tantos rumores na imprensa durante os últimos anos”, disse ele. “A coisa boa é que, na maioria dos casos, nada se concretizou. Eu sou otimista, eu estou ansioso para o futuro.”

“Nós estamos seguindo nosso cronograma como é feito todos os anos. O tempo em que os programas de automobilismo são decididos, não ocorreu ainda.”

Já o chefe do programa LMP da Audi, Stefan Dreyer, em entrevista ao site Sportscar365, garante que boatos sempre rodaram a equipe nos últimos anos. “Isto não é novo; tem sido assim todos os anos. Obviamente, a situação agora é mais difícil do que no passado, mas temos que esperar. Até não ser oficial, vamos continuar trabalhando com o carro do próximo ano.”

Ullrich afirma que as conversas sobre os regulamentos para 2018 bem como o projeto do carro estão acontecendo. Para o futuro a ACO quer implantar uma classe de 10MJ de recuperação híbrida, e até três sistemas de híbridos, como opção para as equipes.

“Estamos trabalhando no projeto, precisamos ser competitivos no futuro. Estamos trabalhado como um todo, para organizar e discutir os regulamentos.”

“Se você olhar para qualificação de hoje, eu acho que é uma das melhores provas de que o regulamento é muito bom. Mas há muitos detalhes que nós todos juntos precisamos trabalhar.”

Tendência na indústria automobilística, os motores elétricos estão cada vez mais presentes no dia a dia das indûstrias. Ullrich, garante que ainda existe um bom mercado para motores a diesel.

“Pensamos que o motor diesel ainda é um dos motores de combustão mais eficientes”, disse ele. “Eles podem ser bem limpos. É apenas uma questão de desenvolvimento.”

 

Audi larga na frente em Fuji

(Foto: Audi Sport)

Lucas di Grassi, Loïc Duval e Oliver Jarvis irão largar da pole position nas 6 Horas de Fuji. A sétima etapa da temporada 2016 do Campeonato Mundial de Endurance começa às 23 horas deste sábado (15), no horário de Brasília. É a segunda vez que o trio do Audi R18 #8 sai na pole – a primeira aconteceu no México, há duas etapas. Desta vez, a margem foi bastante apertada, de apenas 25 milésimos de segundo sobre o Porsche 919 Hybrid de Timo Bernhard, Mark Webber e Brendon Hartley.

“Meus pneus estavam melhores no início, mas tive de abortar minha primeira volta rápida por causa de carros mais lentos na pista. Estou feliz que isso ainda foi suficiente no final”, afirmou Di Grassi, que dividiu a condução do bólido das quatro argolas com o francês Loïc Duval – a média da melhor volta dos dois pilotos estabelece o tempo que vale na classificação.

Treino classificatório.

Lucas, no entanto, não se espantou com o equilíbrio de forças no circuito que fica aos pés do Monte Fuji. “Pelo que vimos nos treinos livres, sabíamos que seria bem apertado”, disse.

O trio liderado pelo brasileiro, dono de uma vitória e duas poles na atual temporada, ocupa a vice-liderança do campeonato. Os atuais líderes Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb largam da sexta posição com o Porsche 919 Hybrid #2.

Na classe LMP2, a pole ficou com o Oreca #26 da equipe G-Drive Racing. A Ford vai largar na frente na classe GTE-PRO com o #66 e o Aston Martin #98 na GTE-AM.