Muscle Milk sem adversários vence etapa de Mosport

A tese de que o endurance americano é mais combativo do que o europeu teve mais um ingrediente hoje, durante a etapa de Mosport da ALMS. A briga entre os pilotos, e principalmente o tráfego, deram um sabor a mais na etapa canadense do campeonato. Os embates na classe LMP1, como era de se esperarar, não ocorreram. Dos 3 carros inscritos, a vitória obviamente ficou com o #6 o HPD da dupla Klaus Graf e Lucas Luhr que não viram qualquer dificuldade em superar o #16 da equipe Dyson, que já anunciou que está apenas cumprindo tabela e visa a temporada 2014, quando vai se transferir para a classe LMP2, e o DeltaWing que ficou em segundo lugar por algum tempo até ter problemas mecânicos e abandonar.

Na classe LMP2 a briga prometida entre os dois carros das equipes Level 5 e Extreme Speed Motorsport foi intenso, bem como a alternância de posições. A briga foi boa, tanto que o #551 da Level 5 da dupla Scott Tucker e Marino Franchitti vencedor da classe acabou chegando em segundo no geral. Em segundo na classe o #01 da Extreme Speed com Scoot Sharp e Guy Cosmo. Fechando o pódio o #552 da Level 5 pilotado por Tucker e Mike Conway.

Entre os LMPC a vitória foi da equipe CORE com #5 de Jonathan Bennett e Colin Braun. Foi da classe LMPC a única bandeira amarela da prova protagonizada pelo piloto Tomy Drisdi do #7 da equipe BAR1 Motorsports na primeira curva depois da reta dos boxes. Em segundo chegou o #81 da 8Star Mishumotors de Mirco Schultis e Renger van der Zande. Fechando o pódio, o #8 também da BAR1 Motorsport com Kyle Marcelli e Chris Cumming. Vale destacar a grande competitividade da classe que, por várias vezes, chegou a atrapalhar os carros da classe GT e LMP2. Seria interessante a organização da ALMS rever os procedimentos, pois uma coisa é você disputar uma posição, outra é saber que compete na única categoria que anda mais que os GT e menos que os LMP. O brasileiro Bruno Junqueira da equipe RSR Racing acabou em 5º na classe e 21º no geral.

Core Vence na PC

O embate na classe GT, como sempre, foi bom e injusto. A vitória ficou com o Corvette #4 da dupla Olivier Gavin e Tom Milner que com uma estratégia ousada superou o bom rendimento dos dois Viper que estavam na liderança. A briga entre o #4 e o Viper #91 segundo colocado de Dominik Farnbacher e Marc Groossens durou até a última curva. O Viper poderia ter ganho porém o tráfego, principalmente da classe LMPC, acabou prejudicando qualquer tentativa de vitória. O mérito sem dúvida vai para a equipe STR que tem mostrado uma evolução impressionante a cada prova e que chegou em terceiro com o #93 de Jonathan Bomarito e Kuno Wittmer. Entre os GTC a vitória ficou com o #22 da equipe Alex Job Racing de Jeroen Bleekemolen e Cooper MacNeil, em segundo o #45 da Flying Lizard de Nelson Canache e Spencer Pumpelly que também lutaram até os metros finais pela vitória e fechando o pódio.

Corvette #4 supera dupla da SRT e vence na GT

O “senão” para nos torcedores brasileiros foi a grande mancada proporcionada pelo Fox Sports em dividir a corrida ao meio para mostrar o que? Futebol… gols e as besteiras destes programas que não acrescentem em nada, já que o que importa é a partida propriamente dita. Lamentável depois da bela transmissão da etapa de Lime Rock na íntegra. Gostaria de saber se em algum dia eles iriam cortar a transmissão do futebol para passar qualquer corrida de carros. Lamentável. Fica a dica, todos os grandes campeonatos sejam de Endurance, GT ou moto possuem transmissões através de seus sites oficiais.

Neste final de semana a organização do futuro campeonato USR divulgou novas regras para 2014. A principal delas diz respeito a igualdade entre os LMP e DP além do Delta Wing. Para as equipes que atualmente competem com LMP qualquer alteração em termos de desempenho está sendo duramente criticada já que assim deixariam de participar de provas do mundial de Endurance e claro as 24 horas de Le Man. Atualmente temos 3 equipes competindo na classe LMP1 que terão que se mudar para a LMP2. Se espiculou que estas equipes e outras descontentes com os rumos do novo campeonato estariam organizando por conta própria um campeonato paralelo apenas com LMP. Então se os LMP2 não terão qualquer mudança em termos técnicos fica evidente que as equipes com os DP terão que fazer grandes modificações para que seus carros consigam andar no mesmo tempo dos P2 visto que são mais rápidos.

Alex Job Racing vence na GTC

Outra mudança é que todos os carros terão sistemas de cambio com 6 velocidades e trocas no volante. Em todos os modelos P2 e DP serão instalados restritores de ar (P2 já tem). Já na futura classe GT Le Mans, atual GT todos os modelos terão uma rede de proteção em torno do piloto, além do regulamento técnico ser idêntico ao da ALMS. BoP (Ajuste de desempenho) poderá ser voltado mais a realidade americana e a IMSA poderá aceitar motores que não passem pela regulamentação da ACO.

Na classe GT Daytona as mudanças foram mais sutis. Todos os carros devem ter a mesma asa traseira e restritores também serão instalados. Carros com especificação FIA GT3 serão aceitos com ajustes pertinentes ao novo campeonato além de uma redução de custos para manter a classe competitiva. Os carros da atual classe GX também serão integrados e adaptados para a classe. A atual classe PC com os Oreca FLM09 não terá nenhum tipo de mudança do que existe hoje. Também serão mantidos as cores das classes como na ALMS bem como as luzes nas portas informando os três primeiros de cada classe.

A próxima etapa será entre os dias 9 e 11 de em Road América. Resultado final.

Fonte: ALMS, Motorsports.com

24 horas de Le Mans 2013–Sonhos e conquistas.

Audi #2 venceu em prova tumultuada e por que não monótona

Vou fugir de frases feitas para descrever as 24 horas de Le Mans deste ano. Expressões como “Audi vence mais uma” “Prova histórica na França”, “Tom Kristensen maior pilotos de todos os tempos”. Apenas para frisar como várias matérias sobre a corrida serão descritas ao redor do mundo, especialmente aqui no Brasil. Mas neste ano aconteceu muito mais do que uma esperada vitória da Audi.

O ser humano é ansioso por natureza. Trabalha muito para conquistar o que deseja seja algo material ou a conquista do grande amor. Claro que todos esperamos o dia em que faremos aniversário, ou que vamos passar no vestibular ou aquele sábado à noite que será o primeiro encontro com aquela moça que está lutando para conquistar há tempos. E neste momento tudo pode ser ótimo ou uma grande decepção. Sempre digo que tudo na vida tem 50% de chances de dar errado e 50% de dar certo. Talvez a graça não seja o acerto ou o erro, e sim o que aprendemos com situação.

Terceiro lugar de Lucas di Grassi coroa bom desempenho do brasileiro.

Acredito que este era o desejo de Allan Simonsen, que morreu nos primeiros minutos da corrida. Esperou o ano inteiro para competir na prova que amava. Talvez não ganhasse, mas o fato de estar ali já seria uma vitória. Conseguiu o que muitos pilotos, torcedores e apaixonados por automobilismo querem, ir além de competir, de ganhar dinheiro com o que ama, de ter a oportunidade de vencer, conseguiu correr em Le Mans. Porém, o destino fez com que em sua nona participação perdesse a vida. Um homem jovem, prestes a completar 35 anos. O esperado quando este tipo de tragédia acontece é a equipe se retirar por completo da competição, como foi o caso da Mercedes nos anos 50 ou em 99 quando o CLK voou. Talvez o medo de um novo acidente, ou por respeito a família do piloto. Mas é aí que a coisa toma outra forma. A própria família pediu para que o time inteiro continuasse a prova como homenagem a Simonsen. Mesmo que o psicológico de todos e não só os da Aston Martin estivesse abalado, o time continuou, mesmo não ganhando a prova mostram que o sonho ou a vontade muitas vezes passa por caminhos tortuosos, mas que não deve ser abandonado. Talvez não seria esta a festa do centenário que a Aston Martin esperava, de perder uma vida, mas com certeza quem ficou e lutou para a conquista do sonho de todos ali tenha sido a maior vitória.

OAK Racing vence na LMP2 com #35 e com o #24 em segundo

O acidente do carro #99 a princípio teria sido mais um, pois a batida não chegou a ser violenta como no caso do Audi R18 em 2011 de Allan McNish. A forma como o Aston se desintegrou é que chamou a atenção. Tudo bem que o carro deve aguentar o impacto e a célula de sobrevivência ficar intacta mas o jeito que o carro ficou merece uma investigação mais apurada. Mesmo caso do #97 em que competia Bruno Senna e por conta de uma escapada simples ficou avaria a ponto de não voltar a pista.

Em detrimento a tantos acidentes a direção de prova foi bem mais rigorosa no que resultou em um recorde de entrada do carro de segurança. Ao todo foram quase 5 horas em bandeira amarela para consertos de muros de proteção e limpeza da pista.

Voltando para a classe P1 e a vitória do Audi #2 que marcou mais um recorde para Tom Kristensen, McNish e Duval. Desde os testes, passando pelo treino classificatório, era esperada esta vitória e talvez o maior rival seria o #1 de André Lotterer, Marcel Fassler e Benoit Treluyer. Lotterer surpreendeu já na largada pulando na frente e deixando os dirigentes da Audi com um sorriso meio amarelo. Em condições normais seria quase impossível vencer o #2 e fizeram bem em arriscar. Poderiam ter ganho a prova visto que o ritmo em vários momentos era superior ao #2, porém, problemas no alternador fizeram o carro ficar um bom tempo nos boxes para reparo levando por água abaixo as chances de uma vitória. Em contra partida, o #3 também foi pego pelas intempéries climáticas com um pneu furado, perdendo tempo. A atuação de Lucas di Grassi, em conjunto com Marc Gene e Oliver Jarvis, merece aplausos. Em todas as seções que pilotou soube comandar o carro não deixou o desempenho cair, conseguindo o terceiro lugar.

Porsche supera Aston Martin 50% da estratégia e 50% nas bandeiras amarelas e vence na GTE-PRO

A Toyota tentou, mas não conseguiu ser páreo para a velocidade dos Audi, mesmo estes parando mais e consumindo mais. Talvez ali estivesse o trunfo do time Japonês que esboçou alguma competitividade no começo da prova, quando a pista estava molhada, mas foi só. Se aproveitou dos problemas dos Audi e, é claro, o conjunto foi robusto, resistindo as 24 horas. Mesmo o acidente do #7 a menos de 1 hora do fim impediu o carro de cruzar a linha de chegada em quarto lugar. Para a equipe é uma vitória que seus dois carros tenham completado a prova mas precisam trabalhar e muito para diminuir a vantagem da Audi. Se em condições adversas eles tem chances em uma pista seca a coisa é bem diferente.

O melhor time privado da P1, surpreendendo muitos, foi o HDP da equipe Strakka Racing que acabou em sexto, a seis voltas dos líderes. O trio Nick Leventis, Danny Watts e Jonny Kane soube driblar os erros e chegou ao final intacto. Ao contrário dos seus adversários da Rebellion Racing, que acabaram ficando pelo caminho, seja por batidas ou por problemas mecânicos. O #12 terminou em quadragésimo e o #13 em quadragésimo primeiro.

Já entre os modelos P2, uma dobradinha da equipe OAK Racing com o #35 Bertrand Baguette, Ricardo Gonzales e Martin Plowman e #24 de Olivier Pla, David Heinemeier e Alex Brundle, que mesmo dando uma escapada nas horas finais da prova sob forte chuva, completou a prova. Equipes fortes como TDS Racing, Delta-ADR acabaram abandonando a prova. Os dois carros da equipe Lotus, que chegaram a ser apreendidos pela justiça em detrimento a uma ordem de busca por falta de pagamento, também ficaram pelo caminho. Em terceiro chegou o Oreca 03 #26 da equipe G Drive Racing do trio Roman Rusinov, John Martin e Mike Conway.

Porsche vence também na AM com a IMSA

A estreante Alpine fez uma corrida discreta terminando em décima quinta no geral. O acidente mais grave porém sem problemas para o piloto foi do Lola #30 da HVM Status GP que ficou totalmente destruído depois de uma batida nas curvas que antecedem a chicane Ford. Dificilmente este carro vai voltar a alguma competição, visto o estado em que ficou. A grande vencedora da classe sem dúvida foi a Nissan, dos 13 LMP2 que completaram a prova, 10 usavam propulsores do fabricante Japonês que revelou seu novo modelo para a garagem 56 do ano que vem, mesmo alegando que é um projeto totalmente novo o Zeod RC é um Delta Wing com capota. A “esperança” é o sistema híbrido revolucionário, ainda pouco divulgado.

A morte de Simonsen marcou o centenário da Aston Martin.

Na GTE-PRO o domínio da Aston Martin em todos os treinos resultou em uma liderança tranquila mesmo com a saída do #99 que liderava. Coube o #97 do trio Peter Dumbreck, Stefan Mucke e Darren Turner lutar pela vitória no centenário da marca. Porém, faltando 1 hora para o fim da corrida, a demora na escola de pneus nos boxes e sem tempo hábil para lutar pela vitória acabou ficando em terceiro, atrás dos dois Porsche que surpreenderam e mostraram um renascimento da marca na classe, que há tempos vinha apanhando da Ferrari que não fez nada durante todo o final de semana. O vencedor #92 Marc Lieb, Richard Lietz e Romains Dumas e do #91 de Jorg Bergmeister, Patrick Pilet e Timo Bernhard. A Porsche sempre falou que este ano seria um ano teste para a grande estreia de seu modelo LMP1, pode-se considerar que o novo carro terá um enorme sucesso. O Corvette #73 acabou chegando em quarto e a Ferrari #71 da AF Corse foi a melhor colocada, em quinto lugar.

A equipe Viper, estreante este ano, acabou em oitavo com o #53 e nono com o #93. Sem maiores problemas mecânicos, os carros aguentaram bem o tranco, e se a promessa do fabricante de continuar ano que vem se concretizar, teremos mais um belo adversário na competitiva classe PRO. Entre os amadores da classe AM vitória do #76 da IMSA Performance Matmut de Raymond Narac, Christophe Bourret e Jean-Karl Vernay chegando uma volta à frente do segundo colocado, a Ferrari #55 da AF Corse Piergiuseppe Perazzini, Lorenzo Case e Darryl O´Young. Fechando o pódio, outra Ferrari da AF Corse a #61 de Jack Gerber, Matt Griffin e Marco Cioci. A classe também marcou a estreia de Patrick Dampsei no Porsche #77 e o ator-piloto fez bonito, mesmo dando algumas escapadas durante a noite, terminou em quarto na classe e poderia muito bem abandonar os filmes, que não faria feio nas pistas. Superou a equipe Larbre, que acabou em quinto com o #50.

Erro de companheiro de equipe acaba com sonho de Senna de vitória.

A emoção da prova foi realmente nos períodos de pista molhada, mas no geral foi uma prova bem disputada em todas as classes até na P1 aonde os problemas limitaram e muito uma briga mais acirrada entre os carros da Audi. A quantidade de bandeiras amarelas também surpreendeu, talvez por um zelo maior depois da morte de Simonsen.

Outro ponto que falo ano após ano é a transmissão da corrida para o Brasil. Desde que o Sportv comprou os direitos de transmissão do WEC ano passado, muito por causa de Lucas di Grassi na Audi, todos os fãs de automobilismo esperavam uma melhor cobertura. A impressão que se tem disso é que o ápice do campeonato é a prova de Interlagos, o que não é verdade. A maior prova é Le Mans, até aí tudo bem, já que para a maioria dos brasileiros qualquer evento esportivo só é bom se tem brasileiro na frente, independente da qualidade da coisa. Desde então espero um valor merecido a transmissão. Fiquei surpreso quando anunciaram com pompa e circunstância que iriam transmitir 4 horas da prova. Quatro horas e uma prova de 24 é meio que forçar a barra, mas é melhor do que nada. O Canal Fox Sports também passou alguns trechos da corrida e as 2 horas finais e o que salvou neste caso foi o conhecimento de Sérgio Lago e principalmente sua sinceridade em dizer que não sabia certas coisas, até por que seu ponto forte é a NASCAR. Não cheguei a acompanhar 10 minutos da cobertura do SPORTV, pois se é para ler de 5 em 5 minutos a classificação eu mesmo leio o que passa na tela. Grande parte da transmissão acabei acompanhando pelo Eurosport Português, e o que vi foi uma ótima cobertura.

Narradores com conhecimento, mesmo com a morte de Simonsen trataram a coisa sem grandes alardes, usaram muito as redes sociais, respondendo perguntas de telespectadores, promovendo perguntas para testar o conhecimento de quem estava no Facebook. Apresentaram entrevista com pilotos, chefes de equipes, souberam aproveitar o tempo e manter o telespectador ligado em uma evento que, por mais gostoso que seja, cansa pelo tempo de duração. Parabéns a equipe da Eurosport, e é uma pena não termos este tipo de profissional aqui no Brasil, que não empurra a coisa com a barriga, que estimule e acabe agregando novos fãs ao esporte.

A próxima etapa do WEC será aqui no Brasil em primeiro de Setembro.

Classificação final das 24 horas de 2013

Equipes confiantes depois dos treinos em Le Mans.

Algumas equipes se mostraram confiantes depois do treino para as 24 horas. A Toyota que acabou em quarto na classe LMP1 está confiante e planeja fazer uma boa prova como relata Yoshiaki Kinoshita diretor da equipe.

“Doze meses após a nossa primeira participação em Le Mans, somos uma equipe forte e temos um carro melhor. Hoje, o nosso objetivo era fazer o melhor uso possível do período de teste e é isso que nós fizemos. Devido ao tempo, não fomos capazes de fazer todo o trabalho que queríamos hoje, mas foi o mesmo para todos. A equipe trabalhou bem e os carros eram muito confiáveis, o que mostra o progresso que fizemos desde o ano passado. No entanto, ainda temos trabalho para melhorar nos próximos dias. Nós passamos muitas noites de trabalho e a equipe trabalhou muito duro, por isso estamos prontos para a batalha final. “

A estreante KCMG que vai participar também da Asian LMS usou o dia de testes para conhecer o carro e se ambientar no mudo do endurance. Com o décimo primeiro tempo tudo é aprendizagem. o piloto Ho-Pin Tung comente os testes.  “Nós ainda temos um monte de trabalho, mas tudo correu bem, tanto pista molhada quanto seca. Nós fizermos os ajustes necessários que nos tornar elegíveis para participar nas 24 Horas de Le Mans, acrescenta Paul Ip, proprietário da equipe. Depois de meses de preparação, estamos agora aqui para fazer história em Le Mans. Agora vamos nos concentrar na qualificação, que acontecem em menos de duas semanas. “

A Alpine que ficou em segundo e terceiro ligar na classe LMP2 também está confiante para o treino classificatório e corrida.

“Nós tivemos a oportunidade de validar o nosso novo design aerodinâmico em Le Mans, mesmo que o tempo não foi muito favorável“, observou Philippe Sinault, diretor da equipe “O saldo do Alpine A450 é bom. Os pilotos acharam carro é fácil de dirigir. Eles estão confiantes. O desempenho também é o ponto de encontro. Nos frustramos um pouco, vamos ter que aperfeiçoar o nosso programa em trabalhos futuros. Parabéns aos nossos pilotos que não cometeram falhas em um dia de testes difíceis.

A equipe liderou a classe até que no final do dia o #24 da OAK Racing acabou com o melhor tempo  “Nós fomos capazes de testar dois tipos de pneus quando a pista estava seca. O objetivo não era buscar performance. Esta segunda fase é promissora para o futuro. O Alpine A450 é muito saudável. Eu acho que vai ser muito rápido durante a qualificação” Conta N. Panciatici

Já a Porsche AG surpreendeu marcando o terceiro e quarto tempo na classe GTE-PRO sendo superada apenas pela equipe Aston Martin. O diretor Hartmut Kristen enaltece o trabalho de todos na equipe.

O tempo não nos permitiu experimentar todas as coisas que tínhamos planejado. Esta manhã, as condições meteorológicas mudaram constantemente, por isso tivemos que fazer a escolha de pneus certa. A tarde, quando ele secou os tempos caíram muito rapidamente. Estamos muito satisfeitos com os resultados  alcançados com este teste preliminar. Um pouco mais de tempo no seco teria sido bom, mas as condições eram as mesmas para todos nós. Agora temos de nos concentrar em preparar os veículos para o fim de semana de corrida. “

O piloto do Porsche #91 Joerg Bergmeister também se mostrou satisfeito “Felizmente a pista ficou completamente seca novamente no final. Quando você considera que ainda não poderia fazer um set-up para condições assim, nosso carro fez uma impressão muito boa. No dia do teste foi definitivamente valeu a pena, só por causa das poucas voltas no seco, mas aprendemos bastante na chuva também. “

A Audi que sobrou nos testes aparentemente tenta esconder o jogo, mas o desempenho se comparado com as outras equipes fica evidente. Eles só perdem se quiserem ou se os carros ficarem brigando entre si. Para Wolfgang Ullrich diretor da equipe nem todos os planos da equipe para os testes foram realizados.

“Infelizmente, devido ao tempo instável, não chegamos nem perto  de experimentar todas as opções planejadas. Ele só se tornou seca no final. Loïc Duval, o tempo mais rápido. Mas só na corrida, vamos ver realmente onde estamos “

A principal equipe privada da LMP1 também está confiante para a corrida. Após anunciar um novo LMP1 em parceria com a Oreca a Rebellion Racing espera uma boa prova como comenta Bart Hayden chefe da equipe.

“Conseguimos um bom número de voltas em ambos os carros, hoje, com o tempo de chuva que nós encontramos um bom set up e no final da sessão da tarde estava seco o suficiente para validar algumas voltas. Nós não tivemos grandes problemas e todos os pilotos tiveram muito tempo nos carros, por isso foi um dia de sucesso. “

Fonte. Assessoria de imprensa das equipes e Site ACO.

Audi domina treinos oficiais para Le Mans.

O dia de testes foi produtivo em Sarthe hoje. E como era de se esperar a Audi marcou o melhor tempo na duas seções de treinos. Marcando o tempo de 3:22.583 o Audi #2 do trio Kristensen, Duval e McNish (tempo este conquistado na segunda seção com pista mais seca) mostra que o os “velhinhos” estão mais determinados do que nunca a vencer a corrida este ano. Em segundo o Audi #3 de Gene, Di Grassi e Jarvis com 3:25.358. Os campeões do ano passado do Audi #1 ficaram em terceiro.

A festa só não foi maior para a Audi por que o #4 pilotado por M. Bonanomi estava testando pneus e mesmo assim acabou em quinto. O melhor Toyota ficou em quarto sendo o #8 do trio Davidson, Buemi e Sarrazin com 3:27.581. A diferença entre o Audi #2 e o Toyota #8 é de quase 5 segundos. Mesmo que o dia de hoje foi para “conhecer” a pista e testar alternativas a diferença surpreende.

Já na classe LMP2 o melhor tempo ficou com o #24 da equipe OAK Racing com 3:38.801, seguido pelos dois carros da equipe Signatech Alpine o #36 marcando 3:39.642 e o #37 com 3:40.907

Na classe GTE-PRO domínio da Aston Martin. O melhor tempo ficou com o #97 dos pilotos Dumbrek, Mucke, Tuner e Adam com 3:58.806, Em segundo o #99 de R. Bell, F. Makwiecki, Bruno Senna e J. Adam. com3:59.148. O terceiro colocado acabou sendo o Porsche #92 com o tempo de 3:59.410. Os carros da equipe Corvette também fizeram um bom treino ficando com o quinto e sétimo tempo. A melhor equipe “independente” foi a AF Corse com sua Ferrari F458 que acabou em oitavo lugar. Foi bom ver as equipes oficiais “dominando” o treino porém não significa necessariamente que vão fazer uma corrida perfeita e vão dominar de ponta a ponta.

Finalizando o grid com a classe GTE-AM a Aston Martin também fez o melhor tempo com o carro #96 de Campbell-Walter, Goethe e Hall com 4:00.867. Foi seguido pelo outro Aston #95. O terceiro colocado o Porsche #77 da equipe Dempsey, Del Piero-Proton marcou o tempo de 4:04.006, uma diferença significativa. Os tempos completos você pode conferir nos arquivos .PDF nos links abaixo.

Prática 1

Prática 2

Thiriet by TDS Racing vence corrida tranquila em Imola

Uma corrida tranquila. Assim podemos definir as 3 horas de Imola válidas pela ELMS. A vitória da equipe TDS Racing da dupla Pierre Thiriet e Mathias Beche foi muito comemorada visto a competitividade da classe e principalmente pelo ótimo ritmo do Zytek da equipe JOTA de Simon Dolan e Oliver Turvey que marcou a pole e liderou boa parte da corrida, mas acabou parando a poucos minutos do final acabando em 7º. A largada foi tranquila assim como toda a prova praticamente sem incidentes graves. Tanto a JOTA como a Signatech Alpine de Pierre Ragues e Nelson Panciatici e a TDS começaram juntas porém o tráfego e as paradas de boxes acabaram beneficiando os vencedores da ELMS de 2012. Restou a equipe JOTA tentar acompanhar o ritmo e viu a escalada da Signatech Alpine bem como da Morand Racing com equipamento OAK acabar na terceira posição. A chuva chegou a aparecer em alguns momentos da prova porém nada que fizesse as equipes irem para os boxes para a troca de pneus.

O segundo lugar por direito estava nas mãos da equipe Greaves Motorsports mas em um momento de bobeira David Heinemeier acabou ultrapassando o #36 na saída dos boxes o que lhe rendeu um stop and go de 1 minuto o que fez o #3 acabar em 5º. Outra equipe que teve problemas e em nenhum momento foi combativa foi a DKR Engeneering de OlivierPorta, Romain Brandela e Bernard Delhez com seu antigo Lola B11/40 e a Status GP de Tony Burgess e Jonathan Hirschi que apresentou nesta corrida as cores do seu Lola B12 porém ficou apenas nisso.

RAM Racing vence na GTE

Mérito também da equipe Morand com a bela Natacha Gachnang ao volante. Tanto ela quanto Franck Mailleux “seguiram a onda” evitando manobras arriscadas e se valendo do tráfego e dos erros dos adversários.

Já na classe LMPC a vitória do #49 da dupla Paul Loup Chatin e Gary Hirsch foi convincente já que os outros dois carros da classe acabaram a uma volta. Por vários momentos o carros das classes GT tiveram desempenho superiores aos protótipos, visto que os “amadores” ainda precisam remar muito para ganhar ritmo de corrida. Em segundo terminou o #48 de Anthony Pons e Soheil Ayari e fechando o trio #47 de Alex Loan e Matthieu Lecuyer.

Na LMPC Vitória da dupla Paul Loup e Gary Hirsch

Na classe GTE a vitória ficou com a estreante RAM Racing com seu #52 de Johny Mowlen e Matt Griffin que marcaram a pole e tiveram uma boa disputa com o Porsche #67 da IMSA Performance Matmut de Patrice Milesi e Patrick Long mas que acabou em 6º na classe. A luta pelo segundo lugar foi intensa nas últimas voltas entre o #55 a Ferrari da equipe AF Corse do trio Perazzini, Cioci e Leo e o segundo carro da RAM Racing #53 de Gunnar Jeanette Franck Montecalvo. A dobradinha estava fácil de ser conquistada pela RAM já que a Ferrari da AF Corse estava lenta porém a afobação de Montecalvo no #53 acabou dando o segundo lugar para os italianos. Muitas saídas de pistas e a disputa que rendeu belas ultrapassagens chegado a atrapalhar a passagens dos carros da classe LMP2. A direção de prova chegou a anunciar uma possível investigação porém a classificação não foi alterada até o final da prova.

#69 da SMP Racing vence na GTC.

Entre os GTC vitória do #69 a Ferrari F458GTC da equipe SMP Racing de Maurizio Mediano, Serguey Zlobin e Boris Rotenberg , esta foi a primeira vitória da equipe e que travaram uma bela briga com a Ferrari #62 da AF Corse de Andrea Rizzoli, Stefano Gai e Lorenzo Casé. Em terceiro o pole #60 da equipe Kox com seu Lamborghini Gallardo LP600 e Peter Kox e Nico Pronk.

A próxima etapa será no belo circuito de A1 Ring na Áustria entre os dias 19 e 20 de Julho.

Resultado completo.

Status GP confirma Tony Burgess e Jonathan Hirschi para competir em Imola e Le Mans.

A equipe Status GP confirmou seus pilotos para Imola e Le Mans. Tony Burgess e Jonathan Hirschi irão competir juntos pela primeira vez o Lola B12/80. Além dos dois Jonathan Kennard será o terceiro piloto para Sarthe.

Tony Burgess já compete no endurance desde 2007 tanto na ALMS como nas 24 horas de Daytona.Estou muito contente em fazer parte HVM-Status GP para a corrida de Imola antes de ir para Le Mans. Sabendo que eu vou compartilhar o meu lugar com Jonathan em Le Mans, será positivo que estar com ele neste fim de semana na Itália. “

Jonathan Hirschi também está contente com o novo desafio. “Estou muito feliz em participar HVM StatusGP para as 24 Horas de Le Mans e Imola. Nós teremos um bom pacote neste fim de semana em Imola e é uma boa oportunidade para aprender o carro e entrar na equipe”. Hirschi vai participar de sua 4º 24 horas.

Fonte. Site da ELMS e Assessoria de imprensa Status GP

ALMS Laguna Seca–Vitória da malandragem para a Muscle Milk

No automobilismo vence que é o mais rápido ou quem é o melhor? Boa questão. Os protagonistas da prova de Laguna Seca provaram que nem sempre o melhor é mais rápido e vice-versa.

A Rebellion Racing foi a mais rápida durante todo o final de semana, fez a pole liderava a prova com uma ligeira vantagem mesmo o HDP da equipe Muscle Milk estando perto não ameaçava a liderança de Nick Heifeld. O time Suíço estava mordido pelo segundo lugar em Long Beach muito pelas incansáveis bandeiras amarelas. E é ai que a experiência dupla Klaus Graf e Lucas Luhr prevaleceu.

Level 5 faz dobradinha na P2

Usou da malandragem para roubar a primeira posição durante o tráfego e mesmo com uma estratégia ousada saiu nos boxes na frente voltando na liderança. Novamente durante a o tráfego o HPD volta na liderança e em uma manobra ousada os dois carros de chocam. Enquanto o HPD tem apenas a carenagem dianteira avariada o Lola acaba com um dos pneus furados forçando uma parada nos boxes. Com uma nova sequencia de bandeiras amarelas e com uma grande diferença a Muscle Milk ganha mais uma vez por ser mais esperta e não a mais rápida. Os outros carros da classe acabaram não completando a prova. O #16 da equipe Dyson Racing abandou ainda nas primeiras voltas e o Delta Wing faltando apenas alguns minutos para o fim.

Mesmo com disputas Corvette vence sem dificuldades.

Este é um ponto que poderia ser revisto nos EUA. O circuito de Laguna Seca. A quantidade de bandeiras amarelas poderia ser evitada se em todas a curvas a área de escape fosse asfaltada como nos circuitos europeus. Assim os carros teriam mais chances de voltar para a pista e teríamos mais corrida em bandeira verde. A prova de uma maneira geral foi tranquila sem acidentes graves e sem grandes disputas na pista.

Na classe LMP2 dobradinha da equipe Level 5 com o #551 em primeiro e #552 em segundo A classe que conta com 4 modelos HPD começou boa com uma bela disputa dos carros da Level com o #01 da dupla Scott Sharp e Guy Cosmo porém problemas com o #01 acabaram atrasando a dupla que acabou em terceiro.

PR1 vence depois de um belo pega com a Core Autosports.

A classe PC se mostrou bem disputada com uma bela briga entre o vencedor #52 da PR1 Mathiasen Motorsports da dupla Mike Guasch e Luiz dias. Em segundo o #05 da equipe Core Autosport de Jon Bennett e Colin Braum.Em terceiro o #18 da Performance Tech com Tristan Nunez e Charlie Shears. O brasileiro Bruno Junqueira que chegou a liderar a classe acabou em sétimo.

Na classe GT o Corvette #3 da dupla Magnussem / Garcia não teve dificuldades para vencer a prova e por várias voltas o que se viu foi uma bela disputa do segundo lugar para traz muitas vezes tendo mais de 7 carros da classe em fila indiana. Em segundo o Porsche #17 da Falken Tires da dupla Henzler e Sellers e fechando o pódio a Ferrari #23 que vem fazendo um belo começo de campeonato da equipe West/AJR/Boardwalk. Outro carro da classe que fez uma boa estreia foi o Porsche #06 da Core Autosport que acabou em 7º porem sempre andou entre os ponteiros.

Porsche da NGT vence na classe GTC

Entre os GTC vitória para o #30 da NGT Motorsport com Henrique Cisneros e Nick Tandy. Em segundo o #27 da Dempsey/Del Pierro Racing e fechando o pódio o #22 da Alex Job Racing. A próxima prova será daqui a 55 dias no ótimo circuito de Lime Rock. Abaixo a classificação final.

Fonte das imagens. Site ALMS e equipes.

Resultado final.

WEC 6 horas de SPA–Audi mantem domínio com pódio triplo.

As provas realizadas no circuito de SPA sempre foram marcadas pelas intemperes climáticas e muitos acidentes. Porém este ano a coisa foi outra e o sol brilhou praticamente durante as 6 horas de prova o que ajudou para o bom andamento da mesma e é claro para passeio da Audi.

O domínio foi gritante para não dizer ridículo em cima da equipe Toyota que não apresentou em nenhum momento carro para brigar com o time das quatro argolas. Esperava uma reação maior do modelo 2013 o #7 do trio Alexander Wurz, Nicolas Lapierre e Kazuki Nakajima que apresentou problemas de super aquecimento de freios e teve que abandonar a prova. Dos males o menor visto que a equipe teve este problema em SPA e não em Le Mans.

Já o #8 de Anthony Davidson, Sébastien Buemi eStéphane Sarrazin acabou em 4º lugar a uma volta do Audi #1 vencedor da prova. Desta vez André Lotterer, Benoit Tréluyer e Marcel Fassler souberam usar a prova e a estratégia a seu favor e venceram de forma convincente o #2 do trio Kristensen, Duval e McNish que chegou a liderar boa parte da prova. O #3 que tem Di Grassi, Gené e Jarvis fez uma boa prova, mérito do brasileiro que durante sua pilotagem entregou o carro em primeiro para o companheiro de equipe e teve braço para segurar o R18 com pouca pressão aerodinâmica. O experimento com o carro #3 deve ter surtido efeito e deve fazer a diferença em Le Mans.

Pecon Racing vence na LMP2

Em quinto chegou o Lola-Toyota #12 da equipe Rebellion que fez “dobradinha” com o #13 entre os times privados. Novamente o HPD da equipe Strakka que se envolveu em um acidente logo no começo não teve chances de lutar e apenas completou a prova.

Na classe LMP2 a equipe Pecon Racing que já tinha feito a pole acabou vencendo a prova depois de uma bela disputa com o Morgan da OAK Racing e o Zytek da equipe Jota. O Oreca da equipe Delta-ADR em que compete o brasileiro Antônio Pizzonia foi o protagonista do acidente mais sério da prova aonde a suspensão do seu carro acabou quebrando bem na entrada da curva Eau Rouge não tendo como voltar a prova. Se o protótipo tivesse sem a barbatana de tubarão o acidente teria sido bem mais sério. Os carros da equipe Lotus novamente não fizeram uma boa corrida. O #32 terminou em 7º e o #31 em 8º.

Ferrari supera Aston Martin e vence na PRO

Entre os GTs da classe PRO a vitória ficou com a Ferrari #51 da equipe AF Corse dos pilotos Giancarlo Fisichella e Gianmaria Bruni que teve uma disputa com o Aston Martin #98 do trio Senna, Makowiecki e Bell. Este segundo lugar do time Inglês só foi possível por uma estratégia ousada de não trocar pneus o que não assegurou uma posição tranquila já que nas últimas voltas a Ferrari #71 de Kamui Kobayashi e Toni Vilander diminui consideravelmente o ritmo.

Os “amadores” da classe AM tiveram um novo vencedor. A Ferrari #81 da equipe 8 Star conquistou sua primeira vitória. O trio formado por Vincente Potolicchio, Rui Aguas e Matteo Malucelli e que estrearam este ano no WEC superaram os experientes Christoffer Nygaard, Kristian Poulsen e Allan Simonsen no Aston Martin #95 e o Corvette da equipe Larbre Competition que acabou em terceiro.

Estreante no WEC, 8Stars vence na AM

Para nós brasileiros a corrida foi mais interessante já que o Sportv que (In)felizmente possui os direitos do WEC para o Brasil transmitiu a primeira hora e a última hora da prova. Foi bom? foi e não foi. Se a desculpa é que a prova tem mais de 6 horas e que os locutores não “aguentariam” transmitir ela na integra deviam pedir conselhos para a equipe que comentou a prova pelo site da Audi ou do WEC e EuroSport. Outro ponto que achei um tanto quando engraçado é o fato tanto de Lito Cavalcantti quanto do Narrador que se não me engano é o Sérgio Maurício enaltecer que a “prova” do ano será a etapa do Brasil logo apos Le Mans.

Estreante no WEC, 8Stars vence na AM

Está certo que é importante destacar a prova brasileira, mas por que só a etapa de Interlagos? Será que o WEC tem apenas 2 provas Le Mans e Brasil? Todos sabem que o endurance gira em torno de Le Mans e é assim que tem que ser. Temos uma prova o Brasil ótimo, mas temos que parar com aquele pensamento besta de que só o que acontece aqui é o mais importante. Le Mans é a principal prova do ano e o que vier além disso é lucro para nós torcedores. Que saudades do SPEED.

Abaixo o teaser “convidando” para as 24 horas, e a classificação final e é claro o melhor e pior da prova.

Resultado final.

A Audi foi irrepreensível em SPA. Sua superioridade em cima da Toyota foi muito superior nos tempos em que a Peugeot era o principal rival. Com as vitórias em Silverstone e SPA é mais do que favorita a vencer Le Mans. Com certeza a pressão sobre Kristensen e McNish será grande.

Outra que vai pressionada para Le Mans é a Toyota que não fez nada além de uma pole muito clandestina em Silverstone. A promessa do TS030 “versão” 2013 não se concretizou e o carro ainda não acabou a prova com um problema de super aquecimento dos freios. O time tem que trabalhar muito para não ter que acabar lutando com Rebellion e Strakka Racing por posições secundárias.

Nossos pilotos estavam mais “soltos” e fizeram boas provas. Di Grassi foi extremamente agressivo e nas voltas finais pressionou o Audi #2 pelo segundo lugar. Senna também teve uma bela apresentação. Os dois são favoritos em sua classes para Sarthe. Fernando Rees com o Corvette da Larbre chegou a liderar sua classe mas acabou em quarto.

As duas provas iniciais do WEC foram sensacionais. A próxima etapa será um divisor de águas no campeonato. Claro que essa “emoção” se deve e muito pelos traçados tradicionais, resta saber como serão as provas em traçados travados como Xangai e Bahrein. Por mais que a categoria seja competitiva muito da emoção está no traçado.

 

Rebellion Racing assiste com sorriso amarelo vitória da Muscle Milk em Long Beach.

Corridas não são previsíveis. Talvez sejam na F1 aonde se sabe quem será o vencedor mas na grande maioria dos campeonatos ainda impera a máxima de quem tem o melhor carro ganha. Porém nos EUA e em especial no endurance existem duas características que influenciam e muito uma corrida. Bandeiras amarelas e pilotos “amadores”.

A etapa de Long Beach foi marcada por diversas bandeiras amarelas por pequenos toques muitos deles provocados pelo amadorismo dos “Gentleman Drives”. Se para alguns no caso da Rebellion a sequencia de bandeiras amarelas foi um péssimo negócio para a Muscle Milk foi a salvação. Desde a largada o #12 pilotado por Nick Heidfeld e Neel Jani emplacou um ritmo que não deu chances para o HPD nem o Lola da equipe Dyson que abandonou logo no começo da prova. Heidfeld pilotou com segurança e parecia ter a vitória em suas mãos mas a quantidade de bandeiras amarelas acabou minando suas ambições.

#05 da Core Motorsports superou os LMP2 e chegou em terceiro.

Tanto Heidlfeld quando Neel Jani não estão acostumado com esta característica americana e foi nesta hora que Klaus Graf e Lucas Luhr fizeram toda a diferença. Anteciparam um parada nos boxes durante uma bandeira amarela e quando chegou a vez do carro #12 fazer a troca de pilotos o HPD precisava apenas trocar pneus ganhando tempo. E depois soube se esgueirar entre o transito tendo terminando a corrida a 36 segundos do Lola. Mesmo com esta diferença a disputa para as próximas provas será interessante entre os dois carros já que o #16 da equipe Dyson não tem qualquer chance pelo menos nestas primeiras corridas e se repetirem o desempenho do ano passado será outra temporada fraca.

Na LMP2 vitória fácil para o #01 da Extreme Speed.

Na classe LMPC o #05 da equipe Core Autosport de Jonathan Bennett e Colin Braum venceu chegando em terceiro no geral. Feito obtido e muito pela fraca atuação dos modelos LMP2 e é claro pela característica do circuito travado. Em segundo o #52 da equipe PR1 Mathiasen com Mike Guasch e Luiz Diaz. Em terceiro o #9 da RSR Racing do brasileiro Bruno Junqueira e Duncan Ende.

Entre os LMP2 uma briga interessante entre 4 protótipos da HPD, dois pela Level 5 e outros dois pela Extreme Speed. A vitória ficou com o #01 Extreme Speed com Scott Sharp e Guy Cosmo, em segundo o #02 também da Extreme. O fato curioso é que desde o começo da prova a briga entre o #01 e #552 da dupla Tucker e Briscoe foi interessante mas a falta de ritmo de corrida de Tucker acabou dando a vitória ao concorrente. Mais uma prova de que pilotos “amadores” não conseguem fazer frente a profissionais.

BMW consegue primeira vitória com modelo Z4

Na classe GT uma bela surpresa com dobradinha da equipe BMW com o #55 de Auberlen e Martin e #56 D. Muller e Joy Hand com seu novo modelo Z4, este com uma bela ultrapassagem sobre o Viper #91 a poucos minutos do fim da corrida. Desde a largada a briga foi entre as equipes STR e Corvette mas toques e as ditas bandeiras amarelas acabam por entregar a vitória ao #55 que chegou a sair da pista ainda nas primeiras voltas e se recuperou de uma forma incrível.

A equipe Corvette acabou em quarto e quinto com os carros #4 e #3 respectivamente. Os Porsche que tiveram um bom desempenho nos treinos ficaram em 6º com o #48 da Paul Miller Racing com Bryce Miller e Marco Holzer e 10º com o #17 da equipe Falken Tire com Wolf Henzler e Bryan Sellers que levou uma punição a poucas voltas do fim depois de um toque com um dos Viper.

#30 da NGT fatura a vitória na classe GTC.

Entre os Porsche da classe GTC a vitória ficou com o #30 da equipe NGT Motorsports da dupla Henrique Cisneros e Sean Edwards. Em segundo o #45 da Flying Lizard com Nelson Canache e Spencer Pumpelly e fechando o pódio o outro carro da Lizard o #44 do trio Brian Wong, Dion von Moltke e também Spencer Pumpelly.

Para quem acompanhou as 2 hora de duração da prova não teve do que reclamar. Em todas as classes a disputa foi intensa o único senão foi para a quantidade de bandeiras amarelas que em uma prova de 2 horas e pela intensidade dos acidentes poderia ser revista. A próxima prova será entre os dias 9 e 11 de maio em Laguna Seca. Alguma dúvida que será emocionante?

Resultado final.