Foto do dia – Sim a F1 já foi perigosa

Dizer que automobilismo é um esporte seguro é um tanto quanto leviano, A imagem que provavelmente é da década de 50 mostra o piloto literalmente voando no que seria uma largada. Carro, piloto ou pista eu realmente não sei mas que hoje com velocidades muito maiores em um acidente como este o piloto sairia reclamando de quem o tirou da pista.
A foto me foi enviada pelo meu colega de trabalho e amigo João Bosco.

Foto do dia – Lotus de Jochen Rindt 1970

 

O ano de 1970 foi trágico para a F1. Jochen Rindt Austríaco morreu nos treinos para o GP de Monza e se tornou o único campeão póstumo da categoria ate agora, graças a vitória de Emerson Fittipaldi que venceu a prova seguinte em Watkins Glen tirando pontos do belga Jacky Icx que era o único com chances reais de conquistar o campeonato.

O acidente que foi causado por problemas nos freios e acabou de forma trágica do piloto de apenas 28 anos. Naquele ano venceu as provas de Mônaco, Holanda, França, Inglaterra e Alemanha.

Abaixo o vídeo mostrando o triste momento.

F1 Monza–Quando a reta deu o show.

Fazia tempo que não dedicava algumas linhas para a F1. Mesmo este ano o campeonato estando mais competitivo do que os últimos, está anos luz de ser algo disputado e emocionante. Não digo isso pelo fato de Vettel ter ganhado quase todas as corridas disputadas, mas sim pelos artifícios que a FIA tem se valido para deixar a coisa mais emocionante.

Os pneus com desgaste maior realmente funcionaram assim com a Asa Móvel recurso que maquiou carros com fraco desempenho e ajudaram ainda mais nitidamente os superiores. Claro que para as grandes equipes e para quem realmente gosta de F1 seria mais inteligente deixar livre o desenvolvimento de motores. Recurso que não iria agradar as pequenas e médias equipes. Mas em todas as pistas o recurso da Asa móvel foi eficaz? Em todas tivemos milhares de ultrapassagens? Não em várias provas principalmente em circuitos “modernos” a asa não foi eficaz e por muitas vezes vimos à bela fila indiana.

Até que chegamos a Monza. Que junto a SPA e Le Mans são os últimos refúgios para carros e pilotos que não tem medo de buscar os limites. E o que vimos foi a melhor corrida do ano. Em todas as posições e não nas primeiras se viu grandes duelos, belas ultrapassagens e velocidades dignas de um carro de F1.

Mesmo o incidente da largada que foi em uma velocidade considerada resultou apenas em danos materiais. Depois da saída do carro de segurança vimos um belo espetáculo. Não enalteço a vitória de Vettel já que ele se valeu do ótimo carro e mesmo com a ótima ultrapassagem em cima de Alonso a primeira posição foi questão de tempo. Passou e foi embora, o que me lembra das boas corridas de Damon Hill nos áureos tempos da Willians em 1997. Depois da primeira volta ele passava os possíveis adversários e sumia na frente sem erros apenas se preocupando com adversários e com os vários retardatários.

Porém atrás de Vettel o pau comeu solto. A ultrapassagem de Alonso na largada lembrou outro piloto que corria com a faca nos dentes. Gilles Villeneuve. Assim como Alonso, Hamilton, Button o verdadeiro nome da prova sem sombra de dúvida foi Shumacher. Sempre desci o sarrafo nele pela sua volta e por seus desempenhos pífios nos últimos dois anos. Em Monza Schummy mostrou que ainda tem gana de vencer e fez uma das melhores corridas se não a melhor desde que voltou a categoria. A aula que ele deu em Hamilton por várias voltas foi histórica. Esperava a cada volta que o jovem inglês acabasse perdendo a paciência e desse um toque no alemão. Mas como bom senso não é algo que esteja em primeiro lugar no dicionário de Hamilton teve que chorar suas pitangas para a equipe dizendo que Schumacher estava sendo mal com ele não dando espaço.

Espaço que Button em uma volta conseguiu achar e passar Schumacher. Claro que o bom desempenho se deve e muito pelo ótimo motor Mercedes, mas nenhum carro ali se guiava sozinho. Mas aonde quero chegar é que quando a pista proporciona a F1 da espetáculo. Não é preciso circuitos que mais parecem palácios, ou pistas com desenhos mirabolantes. Pista para qualquer categoria tem que ter reta, e não reta “curva” com em Mônaco ou com extensões que não se pode engatar a segunda marcha. Já imaginou Monza com chicanes além das que já existem? E olha que as atuais foram postas ainda nos anos 60 e desde lá as únicas alterações feitas foram logo após a largada aonde a chicane mudou de lado por várias verses e mesmo assim o circuito é rápido.

Mesma coisa que se aplica a SPA que longas retas, subidas e descidas deixando o piloto livre para criar e achar o melhor ponto de ultrapassagem. Os rumores de que a pista de Paul Ricard voltaria ao calendário da F1 nos próximos anos nos faz sonhar. Já pensou o uso da asa móvel na reta mistral? O piloto poderia passar ainda cuidar para o ultrapassado não pegar o vácuo e recuperar a posição. Ou Magny Cours aonde existe espaço para fazer uma manobra a 300 km/H é possível com a maior segurança? Ou a FIA acha que os carros e pilotos não tem capacidade técnica para andar nestas velocidades? Existem vários circuitos modernos que são rápidos e podem receber uma prova de F1. Cito dois bons exemplos. Algarve em Portugal e Motorland Aragón na Espanha.
O futuro da F1 não depende apenas de carros que faltam voar e que funcionam mais por computador do que pelo talento do piloto. A F1 precisa é de pistas descentes e olha que não é preciso torrar milhões de dólares em vão como nos circuitos Árabes.

A 20 anos Schumacher competia em Le Mans.

Sim amigos. Schumacher já teve seus pés no endurance, e isso foi nos últimos suspiros do Grupo C no começo da década de 90. Schumacher era uma futura promessa alemã junto com seus “amigos” Heinz-Harald Frenzten e Kark Wendlinger faziam a trica de sucesso da Mercedes no mundial de marcas. Tanto em 1990 quando equipe Sauber-Mercedes foi vencedora quanto em 91 quando a equipe Jaguar vence. O trio era a esperança de vitórias por parte do fabricante Alemão.

No campeonato de 1991 Schumacher venceu a última etapa que se realizou no Japão no circuito de Autopolis em dupla com Wendlinger e teve um terceiro lugar na etapa de Silverstone. Em Le Mans Wendlinger começou bem mas na noite acabou rodando e saindo da pista não conseguindo se recuperar a tempo de lutar pela vitória. Restou a Schumacher fazer a volta mais rápida da prova em 3:35.564 e mesmo “voando” o carro enfrentou problemas de cambio. O #31 acabou em 5º a 7 voltas do vencedor o Mazda 787B. Neste mesmo ano Schumacher estrou pela equipe Jordan na F1 e o resto vocês sabem…

Kimi Raikkonen testa Peugeot 908 em Aragon

Aconteceu hoje no circuito espanhol de Aragon os primeiros testes de Kimi Raikkonen com o Peugeot 908. O finlandês deu 35 voltas no seu primeiro contato com o carro e circuito. Kimi gostou do carro.Gostei da sessão de treinos com o Peugeot. O 908 é um carro agradável de dirigirrevela Raikkonen.

Para Olivier Quesnel diretor da Peugeot os testes foram produtivos. Aproveitando esta sessão foi planejada por um longo tempo como preparação do resto da temporada, Kimi descobriu o 908. Nenhum plano para dar continuidade com esta parceria é considera por enquanto”.

Além de Kimi os outros pilotos da marca Franck Montagny, Stéphane Sarrazin, Simon Pagenaud e Alexander Wurz participaram dos testes.

F1 Silverstone–Quanto o braço faz a diferença

O GP da Inglaterra foi um bom exemplo de como andam as coisas ultimamente na F1. Há quem goste de tanta tecnologia aonde os carros só não andam sozinhos pois precisam de alguém para virar o volante, e tem aqueles que gostam do piloto fazendo a diferença. Como dizem na gíria automobilista piloto bom tem “braço”. As imagens de Alonso dominando um F1 dos anos 50 deixa bem claro isso. O jovem espanhol tento que segurar o carro a todo segundo sob risco de escapar e bater o lindo exemplar. Isso que ele estava a uma velocidade baixa. Agora vamos voltar na época e Fangio, Farina, Moss. Queria ver ele ou qualquer piloto de hoje segurar.

E foi esse braço que diferencia pilotos de pilotos. A pilotagem de Vettel pode ser resumida entre antes e depois da sua parada de box quando Alonso o superou. Esperei um Vettel louco para recuperar a posição andando no limite e explorando todo o potencial que o carro tem. Mas o que se viu foi um alemãozinho totalmente entregue. Muitos podem dizer que a grande vantagem que ele tem sobre os outros pilotos lhe da o luxo de tirar um pouco o pé e levar o carro até o fim. Será mesmo? Ou será que Vettel desaprendeu a pilotar?

Este “estilo” me lembra outros dois pilotos que foram campeões do mundo mais pelo belo carro do que por qualidades próprias. Damon Hill e Mika Hakkinen. O primeiro teve o triste fardo de levar a equipe nas costas quando Senna morreu em 1994. Quase foi campeão no mesmo ano mais pela ajuda da FIA por punir Schumacher até pelo ar que ele respirava do que por talento. Conseguiu o trunfo em 1996 pelo ótimo carro que a Williams lhe entregou. Damon não gostava de embates com seus adversários. Se ele fazia a pole e conseguir manter a posição na largada era impossível alcança-lo. Foi assim em quase todas as corridas exceto na chuva aonde era facilmente superado por outros pilotos. Mesma característica tinha Hakkinen com seu bi-campeonato em 98 e 99. Voava quando não era incomodado mas se tinha que lutar por posições o calo era mais embaixo.

Assim notei Vettel na Inglaterra. Tinha carro e tem um ótimo talento para buscar a vitória mesmo com a Ferrari tendo um desempenho superior aos outros GPs ainda não alcançou a RBR. Mas um trunfo que a equipe italiana tem é Alonso dai…

Webber que nos últimos grandes prémios estava apagado mostrou um ligeiro serviço nas voltas finais pressionando seu companheiro de equipe. A ordem por parte da Red Bull de proibir uma disputa nas últimas voltas nos privou de uma possível acidente ou quem sabe ver pedaços dos carros voando. Fez o mesmo que a Ferrari em seus ridículos jogos de equipe agora não podem mais criticar a Ferrari.

Massa também teve uma ligeira melhora mas ainda longe de Alonso. A reza dos brasileiros por melhores pits-stops parece que deu resultado. É a primeira vez que tudo o correu bem com o brasileiro em suas paradas. Na pista não conseguiu compensar a instabilidade do carro acabando em 5º depois de uma bela disputa com Hamilton. Se o Inglês foi desleal ou não isso cabe a direção de prova julgar. No meu ponto de vista os dois estavam errados e pareciam mais carrinhos de choque. Como sempre sobrou para o brasileiro. A tristeza do final de semana se deu pelo azar de Button com sua roda solta no carro. Se não fosse o incidente Button teria conseguido um segundo lugar. A próxima prova será no circuito de Nurburgring com sua pista estreita para os padrões da F1 atualmente. A corrida promete.

F1 Valência–Sem sal?

Sal só no saleiro por que a corrida…

Esta semana demorei para comentar a prova de Valencia pelo fato do endurance com as noticias da Porsche e a prova de Imola dominarem o blog. Mas quem acompanhou a prova teve a nítida intenção de que já viu aquela corrida monótona em outros carnavais.

Corridas na Espanha são sempre chatas. Mesmo com a torcida enlouquecida em ver Alonso chegando perto de Vettel e com a promessa de milhares de ultrapassagens já que a organização liberou dois pontos para uso da Asa móvel o que se viu foi mais um passeio de Vettel. Só que este passeio em determinados momentos parecia mais uma fuga. Alonso chegou perto e não pelos méritos da Asa e sim pelo bom desempenho da Ferrari. Mesmo com a diferença na casa de 1 segundo a asa não se mostrou eficaz. As ultrapassagens só aconteciam com a diferença na casa de 400 milésimos o que o bom e velho vácuo faz sem a necessidade de apertar botões. Culpa do circuito? Talvez. Mesmo com as grandes retas as sequencias de esses antes da linha reta dificultavam a pressão aerodinâmica do carro que vinha atrás e o que se viu foram poucas ultrapassagens.

E a FIA errou novamente por limar o desempenho da RBR com aquela proibição da mudança de mapeamento dos motores. Se tivesse adiantado Vettel não teria ganhado da forma convincente e sem erros até marcando a melhor volta com pneus mais do que desgastados. No mais os pilotos da McLarem fizeram uma corrida discreta. Hamilton se limitou a terminar a prova com medo de mais problemas como tem ocorrido nas últimas provas e Button com problemas no Kers acabou em 6º. Massa terminou em 5º muito por conta dos problemas nas trocas de pneus, e infelizmente temos que admitir… Massa não está bem na equipe e não tem mostrado a fibra de antes.

A coisa boa é que todos os carros terminaram a prova algo não tão comum em tempo de pilotos afoitos por resultados e podemos dizer que esta é a única boa nova do final de semana passado

F1–Todos os prateados da McLaren

Ontem depois de baixar o mod para Rfactor da temporada de 2007 fiquei encantado pelo belo trabalho que foi feito com a McLaren. Nos últimos anos os carros da equipe inglesa sem dúvida são os mais belos do grid. O termo “flecha de prata” vem dos anos 50 quando a Mercedes tirava a tinta dos carros para ganhar peso. Mesmo com a volta do fabricante com equipe oficial até o momento não fazem jus a fama de outrora. As fotos abaixam mostram os modelos da McLaren desde 1997 quando a equipe trocou o tradicional vermelho e branco da Marlboro para o prateado dos cigarros da Mild Seven que com a proibição da publicidade tabagista ficou associada a Mercedes

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MP412 1997
MP413 1998
MP414 1999
MP415 2000
MP416 2001
MP417 2002
MP418 2003
MP419 2004
MP420 2005
MP421 2006
MP422 2007
MP423 2008
MP424 2009
MP425 2010
MP426 2011

F1 GP do Canadá–Endurance ou GP?

A FIA bem que tentou, mas no final das contas não conseguiu estragar o sempre surpreendente GP do Canadá. Com a atitude de largar com o carro de segurança sempre que uma chuva um pouco mais forte molha os ricos pilotos, a entidade máxima dá aquele claro sinal de não gosta de emoção. Gostaria de ver se a paranoia fosse aplicada em outras categorias como o rally Dakar ou o mundial da rally. É lamentável. Acho e digo por todos os torcedores que o piloto deve saber bem o que o espera em uma corrida de automóveis principalmente na F1 que é um das mais rápidas. Se a FIA não quer correr riscos, que cancele o campeonato e mande todos os seus pilotos jogar Rfactor ou Iracing aonde ninguém se machuca ou se molha.

Com esse pensamento, Hamilton novamente pensou que estava comandando seu Logitec G27 e começou a se atravessar na frente dos pilotos. Atitude mais do que lamentável. No primeiro toque que teve com Webber, na minha modesta opinião, ele não teve tanta culpa, pois os dois não iriam passar ali. Se freasse mais forte poderia rodar ou acertar literalmente o carro da RBR. No segundo toque com seu companheiro de equipe foi altamente burro. Mesmo com Button mais lento e no lado limpo da pista, Hamilton teria condições de usar a Asa Móvel, Kers e um pouco do seu talento para passar pelo lado mais molhado e conseguir controlar. Ele tinha espaço para isso e, pelo histórico de Button, duvido que fosse tentar algo suicida. Só que estamos falando de Hamilton, o intocável.

Não tinha intenção de comentar suas declarações na corrida passada, em que se dizia injustiçado pelos comissários por ser negro e toda aquela ladainha que conhecemos de pessoas que se fazem ou se acham superiores. Hamilton é um ótimo piloto, não do mesmo nível de Senna ou Schumacher, mas como esses dois ele faz xixi, cocô e até onde sei não flutua como um semideus. Se a FIA quer que a corrida tenha um bom andamento que o suspenda por 1 corrida. Não foi isso que aconteceu com Schumacher em 1994 quando seu carro estava irregular? E olha que naquela época ele não botou em risco ninguém. Penalidades como Stop and Go, Perder 10 segundos na próxima corrida isso para quem tem um dos melhores carros do grid e pela alta competitividade da F1 atualmente é uma piada.

Não desmerecendo Button que fez uma corrida perfeita quem poderia imaginar que um piloto que teve 6 paradas nos boxes seria o vencedor da prova ou na pior da hipóteses chegar em segundo não fosse o erro de Vettel?

Isso que Button também foi ceifado por uma punição injusta por andar rápido enquanto o SC estava na pista. Ridículo já que não o vi forçando uma ultrapassagem ou qualquer coisa do tipo enquanto o belo Mercedes SLS desfilava pela pista. São medidas assim que matam a graça da coisa deixando ótimos pilotos limitados e como medo de ser arrojados. Mas Button que estava determinado foi e venceu a prova e mesmo não ameaçando o reinado do jovem piloto da RBR o deixou com uma pulga atrás da orelha.

Foi engraçado ver o todo poderoso Schumacher em ação nesta corrida. A imprensa “especializada” tratou de ovacionar a boa prova do Alemão. É sabido que ele é um dos melhores pilotos quando o piso está molhado, mas não seria mais condizente com seu histórico ele tirar leite de pedra quando está competindo em pista seca? É lamentável pensar que “Schumy voltou”. Dadas às circunstancias ele fez uma boa corrida sim, mas ainda não achou e duvido que ache o caminho da vitória. Se ele quer mostrar talento que acredito que tenha que use como exemplo os anos de 2000 e 2001, que com um carro inferior lutou de igual para igual com a McLaren de Hakkinen e Coulthard. Aquele Schumacher eu gostaria de ver novamente.

No mais tivemos a ótima corrida costumeira, onde prevaleceu o braço dos melhores. Foi uma pena Massa ter batido, pois poderia ter acabado no pódio, infelizmente o azar que ronda o brasileiro esteve bem presente este ano.

Para terminar o que foi aquela transmissão da globo? Lamentável ter que ouvir Galvão Bueno falar com aquela voz cínica “as 4 vai ter jogo” e dai? Não tem jogo em quase todos os dias da semana? Seriam os únicos jogos do ano? Pensei que nem tudo estava perdido quando entrou o “show” do intervalo, mas era muito mais interessante ver os lindos e civilizados torcedores do que ver a bela corrida. Acredito que deve existir algum contrato entre a emissora e a F1 quando algum tipo de empecilho atrasa o bom andamento da mesma.

Com atitudes assim é que nosso automobilismo não se desenvolve e grande maioria de possíveis compradores desconhece ótimas categorias internacionais como FIAGT ou o Endurance. Com o lançamento do SPORTV3 para o segundo semestre a esperança de que mais campeonatos, mesmo que em forma de VT, possam ser disponibilizados para quem pode ter tv por assinatura ou temos que torcer para Cacá Bueno dar o ar da graça no WTCC para podermos ver algo além de F1 e Stockcar.

F1 GP de Mônaco–Quando a FIAsco estraga tudo.

O GP de Mônaco nunca foi meu preferido. É apertado, de difícil ultrapassagem e mesmo tendo a constante presença do fator erro nem sempre coroa o melhor piloto. Basta largar na frente e não cometer erros que você pode vencer.

Neste ano estava curioso para ver como seria a prova. E ela estava indo muito bem com disputas, ultrapassagens batidas…. até que a FIA resolve se meter e estragar a festa.

Não é de hoje que a entidade máxima do nosso automobilismo faz das suas, mas este ano parecia ter acertado e bem ou mal estava indo tudo muito bem . A prova estava gostosa de se ver com ótimas ultrapassagens até que um stike nas últimas voltas revela quanto mal administrada a F1 é.
Até onde eu sei (e olha que acompanho automobilismo a muito mais tempo do que Vettel pilota) quando a  bandeira vermelha é dada os carros param e ponto, não se deve fazer nada nem uma troca de pneus, nem um aperto ou qualquer outra coisa. Caso o carro esteja muito danificado e ponto em risco o bom andamento da corrida esse deve ser consertado e posto no final da fila, posição natural de quem para nos boxes e demora mais do que uma simples troca de pneus por exemplo.

Com a atitude de trocar os pneus de Vettel, Alonso e Button a FIA perdeu uma bela oportunidade de um final de corrida que não se via a séculos com os três primeiros se matando para ver quem chega na frente. Se Vettel ganhasse assim pelo menos iria honrar o bom braço que tem. Se Alonso ou Button tivessem ganho seria a experiência de dois grandes pilotos em cima da sensação do campeonato. Assim ninguém ninguém ganhou nada, Nem Vettel que poderia ter descontado no braço o mal estado dos pneus.

Perdeu Alonso e Button que foram competentes por manter os pneus em bom estado o que poderia ser um diferencial…mas a FIA com o seu bom “senso” costumeiro mato tudo isso e quem mais perdeu fomos nós espectadores.

Tirando esse deslize a prova foi um das melhores dos últimos anos. Nunca se ultrapassou e se errou tanto em Mônaco. Massa, Schumacher e Hamilton foram bons e maus exemplos. Massa fez uma prova muito boa ultrapassando e evitando ser ultrapassado. Schumacher mesmo com um carro com alto consumo de pneus teve uma performance que não se via desde seu retorno a categoria, mesmo que essa “vontade” toda seja ultrapassar por cima de zebras ou achar espaços aonde não cabem dois carros.

Exemplo que foi seguido a risca pelo Dick Vigarista Mirim Hamilton. Todos os acidentes da prova tiveram um dedo seu. Dedo, pneus, aerofólio. É vergonhoso ver um piloto com tanto talento empurrando Massa no grampo ou partindo para cima de Maldonado na relargada após a bandeira vermelha. Ele não precisa disto mas o  despreparo emocional e a vontade de resolver tudo em uma única volta botam em xeque a real capacidade do piloto. Não basta apenas correr o mais rápido possível é preciso conter os instintos primitivos.

A próxima prova que será no dia 12 no circuito do Canadá tem tudo para ser uma das melhores do ano. A pista proporciona isto e a grande reta que antecede a linha de chegada deve ser o ponto de uso da Asa móvel. Isso se a FIA não inventar mais nada para estragar o espetáculo.