O mundo das corridas de resistência tem sido assombrado por grandes notícias recentemente. A entrada da Porsche, Lotus, Alpine como equipes oficiais e mais recentemente a Renault soltou no ar a hipótese de fornecer uma variação do seu motor de F1 para equipes de clientes na classe LMP1.
Segundo o site sportmotores.com agora foi a Ferrari que estuda adotar tática semelhante a partir do ano que vem usando seu motor V6 turbo para algo em termos de endurance. Segundo fontes ligadas a Ferrari alguma outra marca do grupo FIAT poderia usar tal estrutura e regressar as corridas de longa duração. Em 2010 Sergio Marchionne CEO do grupo FIAT afirmou que as marcas do grupo não devem competir em campeonatos aonde a Ferrari está instalada. Porém como hoje é comum o uso combinado de plataformas e motores nada impediria de Alfa Romeo ou Lancia que fazem parte do grupo FIAT competir no endurance.
Atualmente a Ferrari compete de forma indireta na WEC através dos modelos F458 nas classes GTE-Pro e GTe-Am com um sucesso considerável vencendo provas na American Le Mans Series, European Le Mans Series e Le Mans. Na edição desde ano acabou perdendo para a arquirrival Porsche e Aston Martin.
O diretor esportivo da equipe Stefano Domenicali quando questionado sobre a possibilidade não negou e nem confirmou mas deixou em aberto. ” O novo motor turbo que será introduzido na Fórmula 1 no próximo ano permitirá alguns projetos interessantes. De momento não posso dizer mais” tal declaração foi dada a publicação La Stampa.
Se a Ferrari ou alguma marca irmã realmente abraçaram a ideia de um retorno ao endurance seria mais um duro golpe a F1 de Bernie Ecclestone. Vamos aguardar.
O futuro do automobilismo será mudo? Não, mesmo que haja um grande desenvolvimento dos motores elétricos, os motores à combustão não deixarão de existir. Com o avanço da tecnologia automotiva, essas duas linhas de desenvolvimento de motores se encontrarão frequentemente, mesmo quando apresentarem grande evolução tecnológica.
No início de 2000, a Audi leva à Le Mans a tecnologia FSI, Turbo-FSI (injeção direta de combustível) caracterizada pelo menor consumo de combustível, consequentemente menor poluição. Tal tecnologia fez tanto sucesso nas pistas, vencendo as 24 horas de Le Mans entre 2000 e 2002, 2003 (impulsionando o Bentley Speed 8), 2004 e 2005, que praticamente todos os carros da marca possui essa tecnologia. Várias outras montadoras como BMW, Honda, Hyundai também possuem seu conceito de injeção direta. Até no automobilismo, economia de combustível é uma solução para o sucesso.
Le Mans marcou-se por incentivar tecnologias alternativas e a partir de 2006, com o Audi R10 TDI, desenvolvido pela montadora alemã junto à Dallara, inicia-se a era dos motores a diesel, marcados por maior potência, porém com altos níveis de poluição, que são relativamente neutralizados pelo baixo consumo. Pode-se dizer que essa iniciativa, do uso de motores a diesel da Audi, rendeu belos frutos não só para as montadoras, que ao exemplo da Audi incorporou a tecnologia TDI nos seus carros (Audi Q7 V12 TDI, A6 TDI), como também para os espectadores que viram disputas épicas entre protótipos da marca alemã e a Peugeot durante 2007 e 2011, ambas sempre com carros movidos à diesel. Mas a partir de 2011, com um novo regulamento imposto pela ACO, organizadora das 24 horas de Le Mans, os motores “diminuíram”. Os grandes V12 e V10 de Peugeot e Audi foram trocados por motores V8 bi-turbo e V6 turbo, respectivamente usados pelas marcas. Mostra-se então a tendência dos motores a combustão em relação a desenvolvimento: ficaram menores, mais econômicos, mais confiáveis, mas mantendo o mesmo desempenho. Outro exemplo dessa tendência no automobilismo e também no mercado automotivo é a Fórmula 1, que no início da década de 90 contava com os gigantescos V12 e V10 e a partir de 2006 usou motores V8 2.4L até esse ano. Em 2014 os monopostos serão impulsionados por motores V6 turbo 1.6L. Nota-se que com o decorrer do tempo, os motores da F1 diminuíram, porém a tecnologia envolvendo os mesmos se desenvolveu em todos os aspectos e o desempenho dos carros melhorou, não só devido aos motores, logicamente.
Já os motores elétricos “deram as caras” no mercado no fim da década de 90 com a criação do híbrido da Toyota, o Prius, depois surgiram concorrentes como o Honda Insight etc. Não demorou muito para essa tecnologia ir para as pistas e as 24 horas de Le Mans foi pioneira. O primeiro carro com tecnologia híbrida na tradicional prova foi o Pescarolo-Courage C60 Hybride, depois apareceu o Peugeot 908HY e atualmente a tecnologia híbrida domina a classe principal (leia-se LMP1) das 24 horas de Le Mans com o R18 e-tron quattro, com a tecnologia flywheel, e o Toyota TS030 Hybrid, além de estarem presente na atual Fórmula 1 com o KERS (sistema de recuperação de energia cinética). Para 2014, o regulamento técnico nas 24 horas de Le Mans será baseado na eficiência energética dos motores, não dependendo mais da configuração dos mesmos, embora a capacidade cúbica seja limitada a 5.5L. Já os motores elétricos terão que ser mais eficientes. Em 2012 o motor elétrico do R18 e-tron quattro, por exemplo, produzia em média 500KJ e para 2014 terá que produzir em média 2MJ. A partir do próximo ano, já se mostra uma maior dependência dos carros aos motores elétricos e que para o futuro os motores movidos a eletricidade se desenvolverão junto a motores à combustão.
Lembra-se do tempo onde carros movidos a eletricidade eram apenas meros brinquedos e com o passar do tempo, com o avanço tecnológico, a coisa foi se tornando cada vez mais real principalmente por causa da ideia de desenvolvimento sustentável. Hoje vê-se carros totalmente elétricos ultrapassando a barreira dos 300 km/h. Pode-se dar méritos ao grande Lord Paul Drayson que com seu Lola B12/ 69 EV, com 850cv de potência, atingiu a velocidade de 212 mph (340KM/H!! ) e não se esquecer também da criação da nova Fórmula-E, categoria criada pela FIA com monopostos movidos totalmente a eletricidade e que estreará no certame do automobilismo em 2014.
O futuro do automobilismo seria o silêncio se os motores a combustão fossem praticamente esquecidos. Mas a cada dia que passa novas tecnologias são criadas, novos conceitos de motores à gasolina, a diesel, elétricos são criados. Motores a combustão e motores elétricos se desenvolveram paralelamente porém se encontraram formando um novo tipo de tecnologia, a híbrida. O futuro “silencioso” pode chegar, mas essa geração não estará presente para vivê-lo ou vê-lo.
A ACO revelou hoje a data da edição 82 das 24 horas de Le Mans ano que vem. Vai ser realizada entre os dias 14 e 15. A FIA garantiu que nenhum grande premio de F1 vai ser agendado para estada data. Vamos aguardar.
A Porsche caminha a passos largos para fazer bonito no WEC ano que vem. Depois do anuncio da contratação do piloto Neel Jani da equipe Rebellion hoje foi a vez de Mark Webber fazer parte do time Alemão. O nome do australiano a tempos era dado como certo para fazer parte do programa LMP1 da marca a partir de 2014. Até o dono da RBR Dietrich Mateschtiz se envolveu pessoalmente para manter o piloto na F1 mas as constantes desavenças com Vettel acabaram prevalecendo na sua mudança para o endurance.
O australiano tem nove vitórias, onze poles e trinta e seis pódios na categoria “máxima” do automobilismo. Webber já competiu no endurance pela equipe oficial da Mercedes entre os anos de 98 e 99 e foi protagonista de um dos acidentes mais espetaculares das 24 horas de Le Mans quando voou com seu CLR GT1 na reta mulsane por conta da pouca pressão aerodinâmica do carro.
Webber comemora a mudança. “É uma honra participar da equipe Porsche em seu retorno a categoria e em Le Mans. A Porsche escreveu vários capítulos na história do endurance como um fabricante que usa tecnologia e desempenho ao mais alto nível. Estou ansioso para este novo desafio depois de meus anos na Fórmula 1. Sem dúvida, temos metas muito altas. Eu não posso esperar para dirigir um dos protótipos mais rápidos do mundo”.
Wolfgang Hatz, membro do Conselho Porsche AG: “Estou muito satisfeito por termos recrutado Mark Webber para o nosso projeto LMP1, enquanto ele é um dos melhores pilotos na Fórmula 1 atualmente. Além dele ser um fã de Porsche por muitos anos. “
Fritz Ensinger, diretor do projeto LMP1 da marca: “Aprendi a apreciar as qualidades de Mark, quando estávamos envolvidos na Fórmula 1. Este é um dos melhores pilotos que eu poderia sonhar para a equipe. Estou realmente satisfeito em termos ele conosco, um piloto experiente e também constantemente rápido. “
Com esta contratação já são quatro pilotos para o programa LMP1 da marca Romain Dumas, Timo Bernhard, Neel Jani e Mark Webber.
A Porsche anunciou hoje seu terceiro piloto que vai disputar o WEC ano que vem com o novo Porsche LMP1. Neel Jani se junta a Timo Bernhard e Romain Dumas. Atualmente Jani compente pela Rebellion Racing tanto na ALMS quando WEC.
Neel já teve passagens pela F1 e começou no automobilismo aos 12 anos e aos 16 inicou em monopostos. Em 2002 foi vice campeão da F-Renault , em 2003 vice campeão da F-Renault V6. Ainda em 2003 e 2004 foi piloto de testes da equipe Sauber na F1. Teve duas vitórias na GP2 em 2005 e 2006 acabou em segundo na equipe da Suíça na extinta A1GP.
Também competiu como piloto da testes da Escuderia Toro Rosso em 2006. Para 2007 se mudou para a Champcar nos EUA conquistando três pódios. Na temporada seguinte da A1 GP entre 2007/2008 conquistou o título após 4 vitórias.
Em 2009 entrou no mundo do endurance competindo em Le Mans pela equipe Speedy Racing Tem Sebah acabando em décimo segundo na classe LMP2 e desde então compete pela Rebellion Racing
Neel comenta. Para competir para a Porsche no mundial de Endurance Championship e nas 24 Horas de Le Mans é um sonho tornando-se realidade. Eu estou ansioso para pilotar pela primeira vez e contribuindo com minha experiência nos testes. Porsche é incomparável com qualquer outra marca de carro esporte e eu estou orgulhoso de agora fazer parte da equipe. Meu objetivo é ganhar as 24 Horas de Le Mans e garantir o título do Campeonato Mundial WEC com para a marca. Eu não quero construir em cima da história de sucesso da Porsche, eu quero adicionar um novo capítulo. “
A algum tempo a Nissan revelou que estaria desenvolvendo projetos para o endurace e que lançaria para 2014 um modelo inédito para ocupar a garagem 56 que é destinada a modelos revolucionários. Pois bem. Hoje a marca lançou em Sarthe o Zeod RC modelo muito semelhante ao Delta Wing que compete este ano na ALMS e que também teve o apoio da montadora.
O carro é alimentado por baterias de lítio. O desenho do carro é assinado por Ben Bowlby que também fez o Delta Wing mas que segundo a montadora são projetos totalmente diferentes. Ele conta com um motor a combustão e outro elétrico como explica Ben. “Sem bateria tem capacidade de armazenamento suficiente para correr apenas com eletricidade” , mas acrescenta que “o desenvolvimento do carro permitirá que os engenheiros possam fazer um grande passo a frente nesse sentido. Temos muitas opções para avaliar e isso é feito no contexto de um plano de longo prazo, mas também com o objetivo de desenvolver, em parceria com a ACO, um marco regulatório para veículos elétricos no futuro. “
Segundo o comunicado de imprensa da Nissan o carro não vai participar de nenhuma prova antes de Le Mans ano que vem.
O site racecar-engineering divulgou hoje declarações da TMG sobre um possível LMP2 para equipes de clientes a partir de 2014. O diretor comercial da TMG Rob Leupen comenta “Somos convidados constantemente sobre construir um LMP2 por isso é algo que temos de pesquisar.”
Atualmente o acordo com um equipe cliente se refere ao fornecimento de motores a Rebellion Racing e a uma equipe GT que compete na VLN. Além disto um motor nos padrões do WRC está em testes de bancada. “Nós estamos olhando para várias possibilidades como Rally além da LMP2, mas temos que tomar cuidado para não se sobrecarregar”, explicou Leupen. “Vamos decidir nos próximos meses nossa estratégia de clientes.”
Uma boa alternativa para a Toyota é investir no LMP2 para os EUA aonde poderia vencer no geral no USCR. Vamos aguardar.
A Volvo cars anunciou seu retorno a V8 Supercars tradicional campeonato Australiano de turismo em 2014. Esta é a segunda participação da montadora Sueca na modalidade que venceu o campeonato de 1986 e Bathurst em 1998.
Segundo informações do site Digitaltrends o motor será o V8 que equipe o modelo S60 mas com alterações para virar um 5.0 litros (ele é 4.4). A parceria será com a empresa Polestar que desenvolve os carros de competição da marca. A equipe Gary Rogers Motorsport do campeão Jamie Whincup. Abaixo o vídeo apresentando o retorno da Volvo. Além da Volvo temos Mercedes e Nissan como equipes “estrangeiras” e Holden e Ford como nativas.
Conhecida por desenvolver o Lotus T128 a ADESS apresentou os primeiros esboços do seu LMP1 para equipes de clientes. Em entrevista ao site endurance info Stéphane Chosse revela mais detalhes.,
P. Fale mais do LMP1
R.”O projeto do 2014 LMP1 começou em novembro. O carro está agora em sua fase final, o projeto é feito 100% pela ADESS. Estamos à procura de um parceiro para levar dois carros na próxima temporada no Campeonato Mundial de Endurance. Queremos um time que tinham ambição para este compromisso.Estamos à procura de uma equipe assim como a Rebellion. Você. Para 2014, haverá uma única arquitetura. Este carro é completamente novo. Os LMP1 de 2014 serão totalmente novos em termos de ,com uma arquitetura diferente de motor de bônus. Se o parceiro for encontrado, o carro vai estar pronto para ser testado em fevereiro. “
P. Opções de motor?
R. “Será anunciado com o futuro parceiro, mas já podemos dizer que não será um híbrido no primeiro ano. No entanto, já começaram a trabalhar para se integrar no futuro. A ADESS quer fazer as coisas de uma maneira lógica. Acreditamos que em 2014 um modelo convencional será um belo cartão de visitas.para 2015 poder competir no mesmo nível das equipes de fábrica. Vamos preparar a hibridização de curto prazo. “
A foto é a mesma divulgada em Abril porém sendo a ADESS o carro sofreu alterações visto que passou por vários testes em túnel de vento.
A Porsche divulgou hoje as imagens do seu novo LMP1 que vai disputar o mundial de endurance ano que vem. O modelo ainda com uma pintura que esconde suas formas apareceu na pista de testes da marca em Weissach. O piloto Timo Bernhard está participando dos testes.
A montadora que anunciou em meados de 2011 seu retorno a elite do automobilismo construiu novas instalações e aproximadamente 200 funcionários estão trabalhando no projeto do novo carro. O cronograma de acordo com Fritz Enzinger está dentro dos prazos.
“Estamos bem dentro do cronograma. Nossa equipe recém-formada tem trabalhado com o máximo de concentração em obter este veículo altamente complexo sobre a pista o mais rápido possível. Isto permite-nos algumas semanas adicionais para mais testes e desenvolvimento. A partir de 2014, as regras são baseadas principalmente na eficiência. Isso faz com que a concorrência entre os engenheiros mais motivados e desafios completamente novos. “
Timo Bernhard também comemora o “nascimento” do novo carro.
“Eu estava envolvido no desenvolvimento do novo carro desde o início. Estou muito orgulhoso de dar os primeiros passos do nosso bebê hoje. Estou ansioso para testar o veículo nas próximas semanas e meses com o meu amigo e colega Romain Dumas”.
