Le Mans na Netflix

Documentário está disponível na Netflix. (Foto: Reprodução)

O documentário “The Gentleman Driver” foi lançado nesta quinta-feira, 31, na Netflix. O longa-metragem com 90 minutos de duração conta a história de Ricardo González, Mike Guasch, Ed Brown e Paul Dalla Lana, durante as temporadas de 2015 e 2016 do Mundial de Endurance.

Produzido pelo Velvet Cartel e Speed Grupu, o filme conta além dos desafios enfrentados nas pistas, um pouco da história por trás de cada piloto. Detalhes de  González na construção do Campus da Universidade do Estado de Arkansas, Brown, em seu antigo cargo de presidente e CEO da Patron Spirits Inc., Guasch, da Molecule Labs e Dalla Lana, da NorthWest Value Partners Inc.

Quem narra todo a história é o locutor esportivo da rádio Le Mans, John Hindhaugh. O documentário tem entrevistas com especialistas, psicólogos esportivos e mostra todos os bastidores por trás de uma equipe de competição.

Ford e BMW querem protótipos

Fabricantes querem entrar na classe DPi, mas com ponderações. (Foto: Divulgação)

O sucesso da classe DPi na IMSA vem despertando o interesse de vários fabricantes. Se por um lado equipes dadas como certas na principal classe do WEC, acabaram desistindo por conta de regras complexas e custos elevados, fabricantes encontraram na série americana o local para vender seus produtos, a custos não tão proibitivos.

BMW e Ford são as próximas a querer abraçar a classe DPi. Assim como Corvette, Mazda e Nissan, a visibilidade aliada a baixos custos, deixa tudo atraente. Durante o final de semana das 24 Horas de Daytona, a BMW enviou representantes para reuniões entre a IMSA e fabricantes, para discutir as regras da classe DPi para 2022.

Em entrevista ao site Sportscar365.com, o diretor da BMW, Jens Marquardt, não confirmou a entrada do fabricante alemão na classe de protótipos, mas acompanha de perto os desdobramentos. “Nós discutimos com o ACO sobre  as novas regras; discutimos com o IMSA sobre as novas regras. Estamos envolvidos nisso em diferentes níveis,” disse Marquardt. “Nós estamos ouvindo. Obviamente, onde podemos, nós damos nossa opinião.”

“No final do dia, se são séries diferentes no mundo, estamos todos no mesmo ambiente e estamos todos enfrentando as mesmas condições.”

“Mesmo se não for o tópico mais quente do lado político, forjar alianças é a melhor coisa que você pode fazer para estabilizar qualquer ambiente.”Fontes ouvidas pelo site garantem que se o programa existir, será um programa de clientes. “Pode ser para 2020, mas não é nada em que estamos trabalhando ativamente”, disse ele.

Para o dirigente, os custos são o ponto principal para a mudança. “Do meu ponto de vista, qualquer categoria de trabalho de alto nível tem que pensar em hibridização em algum momento”, disse Marquardt.

“Mas a hibridização de uma maneira inteligente e não com gastos elevados. Você tem duas séries híbridas que estão além da F1 e está tudo bem, e LMP1 morreu por causa disso. Há uma boa contribuição da vida real que deve nos fazer considerar como o mundo está mudando, há coisas que temos que adotar. Ao mesmo tempo, temos que ser inteligentes sobre isso.”

“Se estamos olhando para as corridas, sistemas híbrido não devem ser ignorados nos  próximos 3-4 anos,” comentou.

Ford avalia entrada

Assim como a BMW, a Ford também pensar em dar um salto na hierarquia do endurance. Os atuais Ford GT estão em seu último ano de atividade, e ainda não está definido se uma extensão do programa será feita, ou a mudança de categoria.

O diretor global de automobilismo da marca, Mark Rushbrook, é mais otimista do que seu colega da BMW. “Isso é parte do plano”, Rushbrook disse ao Sportscar365. “Eles andam de mãos dadas. Aconteça o que acontecer com o GT e o DPi, eles precisam trabalhar juntos e unir-se uns aos outros.”

Ele acredita que a Ford não vai trocar de classe se as regras não estiveram de acordo com a filosofia e custos que a marca espera. “Estamos buscando inovação e transferência de tecnologia,” disse. “Se você olhar o que o FIA WEC o que estão fazendo com o conceito Hypercar e o caminho a ser seguido, e é o rumo onde a IMSA vai no futuro. O que acaba afetando nossas decisões. Portanto, não podemos tomar uma decisão até sabermos todos os detalhes.”

A Ford pleiteia a adoção de sistemas híbridos com custos controlados. Há muitas maneiras diferentes de se fazer isso com sistemas eletrificados, mesmo tendo a oportunidade de desenvolvimento de software ou algoritmo”, disse ele. “O esporte precisa continuar avançando”, disse ele. “A IMSA fez um trabalho fantástico em nos levar aonde estamos hoje como esporte. Acho que era lógico estender o DPi até 2021. Mas não acho que gostaríamos de vê-lo estendido ainda mais”.

Corvette é a novidade do WEC para Sebring

(Foto: Divulgação)

A direção do Mundial de Endurance anunciou na manhã desta terça-feira, 29, a lista de inscritos para as 1000 milhas de Sebring, corrida que marca o retorno do circuito ao calendário do WEC.

A principal novidade além da prova em si, é a participação de um Corvette C7.R na classe GTE-Pro. O #64 será pilotado por Jan Magnussen, Antonio Garcia e Mike Rockenfeller. Na classe LMP1 Sergey Sirotkin entra no lugar de Matevos Isaakvan no #17 da SMP Racing ao lado de Stéphane Sarrazin e Egor Ordzhev. Nathanael Berthon foi confirmado no Rebellion #3, ao lado de Gustavo Menezes e Thomas Laurent.

Mudanças também na LMP2. David Heinemeier Hansson aparece no Oreca #37 da Jackie Chang Racing ao lado de Jordan King e Will Stevens.

A BMW confirmou os terceiros pilotos para os seus dois carros. Alexander Sims fica com Martin Tomczyk e Nicky Catsburg no #81. Augusto Farfus e Antonio Felix da Costa terão a companhia de Bruno Spengler no #82

Bruno Senna está confirmado no Rebellion #1, André Negrão aparece no Alpine #36 e Daniel Serra na Ferrari #51 da AF Corse.

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“Não posso resumir uma carreira de 38 anos em 24 horas”, diz Fittipaldi sobre Daytona

Fittipaldi e Barbosa: parceria vencedora (José Mário Dias)

A 57ª edição das 24 Horas de Daytona, disputada neste final de semana, marcou o encerramento de uma etapa muito importante na vida de Christian Fittipaldi, a de piloto. A bordo do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R e ao lado dos companheiros Filipe Albuquerque e João Barbosa, o brasileiro terminou em nono no geral e sétimo na categoria DPi, numa grande prova de recuperação, após terem problemas no classificatório e largarem de último.

A corrida foi marcada por muita chuva, o que provocou seu cancelamento prematuro. Fittipaldi, Barbosa e Albuquerque vinham bem no início da prova, chegando a ocupar as primeiras posições, até passarem a ter alguns problemas elétricos, que custaram muitas voltas nos boxes para o conserto.

O trio, que brigava pela segunda vitória consecutiva em Daytona, tinha tudo para lutar por um novo pódio. Com 30 minutos de prova, Albuquerque chegou a andar em segundo lugar. Quando Fittipaldi foi para a pista, depois de quase três horas de prova, o carro passou a ter problemas elétricos, que estavam impedindo o acionamento das luzes de freio.

A equipe trabalhou forte para realizar os reparos, mas o carro caiu para a 45ª posição. A partir daí os pilotos aceleraram forte para buscar a recuperação, que poderia ter sido ainda melhor, caso as condições climáticas nas oito horas e meia finais não tivessem piorado tanto, resultando em duas bandeiras vermelhas e várias amarelas.

Fittipaldi, que venceu as 24 Horas de Daytona em 2004, 2014 e 2018, destacou que esperava encerrar sua carreira com um resultado melhor, mas deixou a pista satisfeito por todas as conquistas ao longo de 38 anos. O piloto, único brasileiro até hoje a ter corrido na F-1, Indy e NASCAR, recebeu inúmeras homenagens no final de semana em Daytona.

“Largamos em 11º, chegamos a andar entre os top 6. Mas, infelizmente, enfrentamos alguns problemas elétricos ainda no início da prova e perdemos muitas voltas nos boxes para o conserto. Uma pena, porque o carro estava muito consistente e tínhamos boas chances não fossem os problemas. Mas conseguimos terminar a corrida. Não era o resultado que queríamos, mas não posso resumir 38 anos de carreira em 24 horas”, frisou.

“Encerro minha carreira com a melhor sensação possível. Extremamente feliz e realizado com tudo que consegui. Sou muito grato a minha família, equipes pelas quais passei, patrocinadores que me apoiaram e a todos que sempre torceram por mim. Hora de iniciar um novo capítulo na minha vida, com a certeza de que fiz o meu melhor ao longo de todos estes anos nas pistas”, disse o brasileiro de 48 anos.

“Seria maravilhoso que o Christian encerrasse sua carreira com um resultado melhor, mas tem dias que as coisas não saem como gostaríamos”, declarou Albuquerque. “Tivemos um problema com as luzes de freio e isso é tão difícil de acontecer, principalmente numa corrida desta dimensão. Foi uma pena pelo Christian”, lamentou o português.

Barbosa, que foi bicampeão do IMSA ao lado de Fittipaldi e também esteve com o brasileiro nas vitórias em Daytona em 2014 e 2018, também gostaria que o resultado fosse melhor, mas destacou o trabalho do brasileiro.

“O Christian foi um soldado: ficou na pista em condições difíceis e fez o que pode”, afirmou. “Infelizmente, ele está deixando as pistas com este resultado e nestas condições. Poderia ter sido mais divertido. Mas foi um privilégio pilotar ao lado dele ao longo destes anos e desejo o melhor para ele”, continuou Barbosa, que também comentou sobre a prova.

“Depois do problema que tivemos, sabíamos que seria difícil recuperar mais, mas nos mantivemos na pista, porque era importante pelos pontos. Foi uma situação que nunca acontece com a equipe, este tipo de problema, mas corrida é assim. No ano passado, estávamos felizes com a vitória e agora estamos desapontados”, completou Barbosa.

A próxima etapa do IMSA acontecerá entre os dias 13 e 16 de março, com a disputa das 12 Horas de Sebring, também na Flórida.

Felipe Nasr sobre ultrapassagem de Alonso: “Não tinha o que fazer”

Chuva e bandeira vermelha acabaram com as chances de recuperar a primeira posição. (Foto: José Mário Dias)

O Cadillac DPi #31 da Action Express Racing repetiu neste domingo, 27, o segundo lugar no pódio das 24 Horas de Daytona, que abriram o calendário 2019 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Sob o comando dos brasileiros Felipe Nasr e Pipo Derani e o norte-americano Eric Curran, o trio largou em quinto e esteve sempre na briga pela vitória numa corrida marcada pela forte chuva, que causou seu encerramento prematuro.

Com quase 22 horas de prova, as condições da pista ficaram muito difíceis e a corrida ficou sob bandeira amarela. Logo na sequência, uma segunda bandeira vermelha paralisou a prova por mais de duas horas, encerrando a disputa. Infelizmente, para a equipe Action Express Racing, a bandeira amarela ocorreu quatro minutos após Nasr aquaplanar, sair da pista e perder a liderança na Curva 1, quando o bicampeão da F-1 Fernando Alonso assumiu a ponta com o Cadillac #10 para vencer as 24 Horas.

Nasr voltou rapidamente para a pista, mas com a corrida interrompida não pode voltar a brigar pela vitória. Durante a disputa, os três pilotos da equipe estiveram na liderança. Foram 10 vezes em 97 voltas que o #31 Whelen Engineering Racing Cadillac apareceu na frente.

“Tínhamos um bom carro no seco e no molhado e estava tudo indo muito bem até a chuva cair forte”, declarou Nasr. “Não tinha o que fazer. Estava na frente e fui o primeiro carro a passar ali naquele momento e aquaplanei e perdi a liderança. Mas eu gostaria que a corrida tivesse voltado. Nosso carro era muito bom, fizemos um grande trabalho a corrida toda e tudo estava saindo como o planejado. Acredito que tínhamos um carro para vencer e gostaria de ter terminado a prova, se pudesse”, continuou.

“Mas foi incrível. Todo o trabalho da equipe em cada pit stop para a troca de pneus, o trabalho dos mecânicos e fizemos a volta mais rápida da corrida. O Eric e o Pipo também foram ótimos, mas queríamos ter terminado num lugar melhor do que segundo”, finalizou Nasr, atual campeão do IMSA e segundo colocado em Daytona no ano passado.

Derani, que já venceu as 24 Horas de Daytona em sua primeira tentativa em 2016, fez sua estreia oficial pela equipe Action Express e também destacou as condições difíceis da disputa. “Foi uma corrida infernal. Tivemos um dia difícil, com muita chuva. Foi muito triste não brigar pela vitória no final, mas estamos felizes por terminar esta corrida tão complicada. Tudo poderia acontecer. Agradeço à equipe pelo trabalho incrível. Foi minha primeira prova com a Whelen Engineering e estou muito feliz pelo que conseguimos. Estamos em segundo no campeonato e vamos continuar lutando”, acrescentou o piloto brasileiro.

Campeão do IMSA ao lado de Nasr no ano passado, Curran disse que foi uma das provas mais difíceis de sua carreira. “Essa corrida foi totalmente insana, uma das mais desafiadoras que eu já corri”, declarou. “As condições de tempo foram o ponto chave. No começo, estava seco e estava muito bom para pilotar. Me diverti muito pilotando de dia e à noite. Houve boas disputas com pilotos, equipes e andamos entre os três primeiros a maior parte do tempo”, lembrou.

“Mas eu estava no carro por volta de 5 da manhã, estava um breu, chovendo muito e o para-brisa começou a embaçar”, explicou o norte-americano. “Não conseguimos fazer com o que limpador funcionasse adequadamente e foi muito difícil guiar. Mas seguimos na briga. O carro estava muito forte, o suficiente para vencer, mas ficamos em segundo. Ficamos um pouco desapontados, porque já tínhamos sido segundo no ano passado. Não dá para reclamar de um segundo lugar em Daytona, mas queremos estar no lugar mais alto do pódio. Ficamos muito perto”, completou.

Após a primeira etapa na tradicional 24 Horas de Daytona, pilotos e equipes preparam-se agora para as 12 Horas de Sebring, entre os dias 13 e 16 de março.

Os melhores na categoria DPi em Daytona:
1 10 F. Alonso / K. Kobayashi / R. Van Der Zande / J. Taylor Konica Minolta Cadillac DPi-V.R. 593 voltas em 21:59:13.350
2 31 F. Nasr / E. Curran / P. Derani Whelen Engineering Racing Cadillac DPi +13.458 
3 7 R. Taylor / H. Castroneves / A. Rossi Acura Team Penske Acura DPi +13.964 
4 54 J. Bennett / C. Braun / R. Dumas / L. Duval CORE autosport Nissan DPi + 4 voltas
5 85 D. DeFrancesco / R. Barrichello / M. Goikhberg / T. Vautier JDC-Miller MotorSports Cadillac DPi +7 voltas
6 6 J. Montoya / D. Cameron / S. Pagenaud Acura Team Penske Acura DPi + 17 voltas
7 5 C. Fittipaldi / J. Barbosa / F. Albuquerque Mustang Sampling Racing Cadillac DPi + 20 voltas
8 50 K. Kaiser/ W. Owen / R. Binder / A. Canapino Juncos Racing Cadillac DPi + 38 voltas 1:35.329

Farfus sobre Daytona: “Vitória foi mágica”

Farfus venceu as 24H de Daytona, ao lado de C. De Phillippi, P.Eng e C.Herta. (Foto: Divulgação)

Uma corrida cheia de desafios e muita chuva culminou na primeira e emocionante vitória de Augusto Farfus nas 24 Horas de Daytona. Convocado de última hora pela BMW para cobrir Tom Blomqvist – que teve problemas com seu visto -, o brasileiro não participou dos treinos preparatórios, mas chegou ao fim de semana da corrida com boas expectativas. Durante a prova, Farfus mostrou grande desempenho ao lado de seus companheiros na equipe BMW Team RLL, e coube ao brasileiro fazer as ultrapassagens que garantiram a primeira posição na categoria GTLM na parte final da prova. Na sequência, a forte chuva ocasionou mais uma bandeira vermelha faltando cerca de duas horas para o fim. Sem condições adequadas de segurança, a corrida foi encerrada, e Farfus comemorou o triunfo ao lado de Connor De Phillippi, Philipp Eng and Colton Herta.

O resultado foi ainda mais especial, por ser uma homenagem para Charly Lamm, grande amigo de Farfus e ex-chefe da equipe BMW Team Schnitzer, pela qual o brasileiro competiu inúmeras vezes, com destaque para a conquista do título da Copa do Mundo de GT no fim do ano passado. Lamm faleceu inesperadamente na última quinta-feira, o que foi um choque para Augusto e todos da BMW, e a vitória em Daytona foi dedicada a ele. 

O quarteto largou na 8ª posição na categoria e foi avançando na primeira metade da corrida, disputada com pista seca. Porém, na segunda parte da prova as condições climáticas mudaram drasticamente, com uma forte chuva atingindo o circuito e interrompendo a prova com bandeira vermelha no início da manhã no horário local. Após a relargada, Farfus fez um longo stint sob chuva e conseguiu a ultrapassagem sobre a Ferrari que estava na liderança, e assumiu o primeiro lugar. Mais uma bandeira paralisou a corrida faltando duas horas para o fim. Com o relógio correndo, a organização da prova analisou constantemente as condições da pista, e decidiu declarar a corrida encerrada. A vitória geral ficou com o Cadillac DPi #10 da equipe Wayne Taylor Racing, formada por Fernando Alonso, Kamui Kobayashi, Jordan Taylor e Renger van der Zande.

Depois de ser vice-campeão em 2015 com a BMW, Farfus celebrou de forma emocionada sua primeira vitória nas 24 Horas de Daytona. 

Agora, o brasileiro já segue para a Austrália, pois no próximo fim de semana (1º a 3 de fevereiro) disputa pelo segundo ano consecutivo as 12 Horas de Bathurst. Ele correrá pelo BMW Team Schnitzer, com o alemão Martin Tomczyk e o australiano Chaz Mostert, a bordo da BMW M6 GT3. Em 2018, Farfus marcou a pole position, mas o trio teve de abandonar prematuramente por conta de um acidente.

“Essa vitória foi mágica, e teve um significado muito especial para mim. Há alguns dias, perdi um amigo próximo, uma pessoa muito importante para mim e para toda a família BMW, e fizemos essa corrida pelo Charly Lamm. Tenho certeza que ele estava comigo nessa, então esse resultado é para ele. Finalmente conseguimos essa vitória, e essa talvez foi uma das corridas de 24 horas mais duras que eu já fiz. As condições estavam muito difíceis, estava extremamente molhado, mas eu sabia que tinha que buscar a liderança e dei o meu melhor para isso. Quero agradecer a BMW por ter me confiado essa missão, e ao Team RLL pelo ótimo carro que nos deram. Tínhamos um grupo de pilotos muito forte, e nosso carro estava muito bom. Agora vou para mais um desafio, nas 12 Horas de Bathurst, e espero manter essa ótima sequência de resultados, após o título da Copa do Mundo de GT em Macau e das 24 Horas de Daytona”, comentou o piloto. 

Embalado pelo ótimo início da temporada, Augusto Farfus segue confiante para seus próximos desafios, num ano que ele estará focado nas principais provas de longa duração com a BMW. As atividades de pista em Bathurst começam na sexta-feira, com os treinos livres. No sábado, acontece a classificação e o “Top 10 Shootout”, que define o grid de largada da prova. A corrida acontece no domingo, entre 5h45 e 17h45, no horário local australiano. 

Sob muita chuva, Wayne Taylor Racing vence as 24 Horas de Daytona

Alonso foi um dos principais nomes da equipe. (Foto: Divulgação)

De acordo com o dicionário a palavra “enduro” é “substantivo masculino, competição de motociclismo ou automobilismo; prova de resistência e regularidade em terreno variado”. A edição de 2019 das 24 Horas de Daytona mostrou que os pilotos formam mais do que pilotos, foram sobreviventes.

A prova que foi disputada em grande parte, embaixo de muita chuva, trouxe emoção e muitas horas de bandeira amarela e interrupções. Mesmo com todos os aparatos de segurança dos carros, pista e pilotos, o sistema de drenagem do circuito não conseguia escoar o grande volume de água que caia.

Em condições tão adversas o talento e porque não a sorte, falaram mais alto. Fernando Alonso, Kamui Kobayashi, Jordan Taylor e Renger van der Zande, conseguiram sobreviver a saídas de pista, boas disputas com as equipes Penske, Action Express e Mazda para vencer com o Cadillac #10.

A Mazda que largou na pole e liderou nas primeiras horas, acabou sucumbindo por problemas conhecidos da equipe, a confiabilidade. As mudanças impostas pelo fabricante e a chegada da Joest Racing se mostraram benéficas, mas não duráveis. Os protótipos vermelhos darão trabalho em provas curtas, mas precisam durar. O #77 teve problemas no motor, enquanto o #55 teve que se retirar depois de enfrentar problemas elétricos.

A disputa final com o Cadillac #31 da Action Express que teve como pilotos Pipo Derani. Felipe Nasr e Eric Curran, foi o ponto alto da prova. Nasr que deve estar agradecendo desde 2018 por ter trocado a F1 por uma categoria realmente competitiva, disputou tanto com Jordan Taylor, quanto com Alonso a liderança da prova. Mesmo com o bom desempenho Taylor cedeu o lugar para o espanhol que ficou incumbido de terminar a prova e superar Nasr.

Nasr e Derani fizeram uma boa prova, terminando na segunda posição. (Foto: Divulgação)

O brasileiro ia bem, mas foi traído pela pista extremamente escorregadia na curva 1, dando chance para o espanhol assumir a liderança. A interrupção da prova acabou ajudando o DPi #10. Na madrugada Alonso também mostrou que estava totalmente à vontade, liderou, não dando chances para os adversários. Se no WEC a Toyota não encontra adversários, a banda toca diferente na IMSA.

Esta foi a segunda vitória da WTR na grande prova nos últimos três anos, sendo a terceira consecutiva da Cadillac. Em segundo Felipe Nasr, Pipo Derani e Eric Curran. Completaram o pódio Hélio Castroneves, Ricky Taylor e Alexander Rossi com o Acura da equipe Penske. O Nissan DPi #54 ficou na quarta colocação. Estreando entre os DPi, o Cadillac #85 da JDC-Miller Motorsports que teve entre seus pilotos Rubens Barrichello, completou a prova na quinta colocação.

Um problema no alternador tirou o Acura #6 da luta pela vitória na 19º hora. Mesmo com os reparos, voltou com uma diferença de 20 voltas para o líder, terminando em sexto na classe.

A prova também marcou a despedida de Christian Fittipaldi das pistas. O brasileiro que dividiu o Cadillac #5 com João Barbosas e Filipe Albuquerque, enfrentou problemas durante todo o final de semana. Se nos treinos enfrentou problemas mecânicos, durante a prova fez várias visitas aos boxes. Acabaram em nono lugar na classe e 16º no geral.

DragonSpeed vence na LMP2

Dragon Speed vence na classe LMP2. (Foto: Divulgação)

Agora sendo uma classe “separada” a luta pela liderança na LMP2 foi intensa. A vitória ficou com o Oreca #18 da equipe DragonSpeed de Pastor Maldonado, Roberto Gonzales e Ryan Cullen. Maldonado como de costume, contribuiu para uma das interrupções da prova. Mesmo com o incidente, o #18 terminou com uma vantagem de quatro voltas para o #38 da equipe Performance Tech.

O segundo carro da Dragon Speed completou o pódio. A classe teve quatro inscritos. O #52 da equipe PR1/Mathiasen não completou a prova, depois deu um acidente logo no início da prova.

BMW fatura na GTLM

BMW vence na classe GTLM. (Foto: Divulgação)

A competitividade vista na classe DPi, esteve presente mais forte entre os fabricantes que competem na classe GTLM. O primeiro lugar sorriu para Augusto Farfus, Colton Herta, Philipp Eng e Connor de Phillippi, que competiram no BMW #25. A vitória tirou um pouco da dor da equipe, depois da morte de Clarly Lamm, diretor da Schnitzer Motorsports, parceiro de longa data do fabricante alemão.

O brasileiro foi escalado na última hora depois que Tom Blonqvist, enfrentou problemas em entrar nos Estados Unidos. A vitória veio após uma ultrapassagem em cima da Ferrari #62 Risi Competizione, pilotada pelo competente James Calado. Farfus tracionou melhor superando o piloto da Ferrari, faltando pouco mais de duas horas para o término da prova.

Richard Westbrook que liderava a classe com o Ford #67, teve que fazer uma parada para reabastecimento. Ele não contava com a interrupção da prova, dando a vitória para a BMW. O Porsche #912 completou a prova na terceira posição. O #67 acabou punido por não ter entrado nos pits.

O Porsche #911 e a o Ford #66 acabaram abandonando no meio da manhã deste domingo. A equipe Corvette também ficou pelo caminho, não repetindo o sucesso de 2018. O #3 perdeu oito voltas nos boxes depois de problemas elétricos. O #4 abandonou depois de aquaplanar na curva 1.

Principal nome da prova, Alessandro Zanardi não encontrou dificuldades em competir sem as pernas. Com um sistema totalmente adaptado o italiano andou no mesmo dos demais pilotos, mas enfrentou problemas com o carro. Primeiro foi a conexão do volante e na sequência problemas elétricos. Mesmo com o infortúnio a BMW não tem do que reclamar. Esta foi a terceira vitória do M8 GTE na IMSA em quatro provas.

Lamborghini vence na GTD

Lamborghini vence na classe GTD. (Foto: Divulgação)

A Grasser Racing dos pilotos Mirko Bortolotti, Christian Engelhart, Rolf Ineichen e Rick Breukers venceram depois de um intensa batalha pela sobrevivência. A equipe superou o Audi #29 da Montaplast by Land Racing e o Lexus #12 da AIM Vasser Sullivan.

Engelhart manteve a liderança da classe durante o período final. A IMSA encerrou a prova com 11 minutos restantes no relógio.A equipe austríaca recuperou-se de uma penalidade de três minutos e 40 segundos, bem como uma penalidade durante um dos reabastecimentos.

Daniel Morand no Audi e Luca Stolz no Mercedes da equipe Riley enfrentaram problemas, dando a segurança para Engelhard se manter na primeira posição.

A classe contou com vários pilotos brasileiros que tiveram performances distintas. Daniel Serra que pilotou a Ferrari #51 da Spirit of Race não completou a prova. O “culpado” foi seu companheiro Paul Dala Lana que acabou batendo. O brasileiro fez uma prova concisa mostrando boa ambientação dentro do 488 GT3.

Chico Longo que estava na Ferrari #13 da equipe Via Italia teve uma apresentação pífia. Ainda no começo estava literalmente “perdido” na prova, lento, não sabia se posicionar. Deu vários passeios na grama e por muito pouco não bateu com vários protótipos. A participação de Andrea Bertolini, Marcos Gomes e Victor Franzoni, salvou a equipe de um resultado pior, terminando na nona posição, 25º no geral.

Bia Figueiredo que competiu com o Acura da equipe Meyer Shank Racing terminou em 13º, mostrando competência. Durante seus stints não teve problemas. Felipe Fraga chegou a liderar com a Mercedes #33 mas também enfrentou problemas, terminando na 7º posição.

Transmissão da prova no Brasil

Quem não tinha TV por assinatura e esperava assistir a prova pelo site da IMSA, acabou tendo uma péssima surpresa. O sinal foi cortado para fora dos Estados Unidos, sendo necessário recorrer a links piratas ou através do Youtube. A Fox no Brasil transmitiu algumas horas, o que não pode ser considerado de todo mal, ainda mais sabendo da prioridade que o futebol.

O pessoal da Racing 4Fun TV mais uma vez salvou a pátria. A equipe liderada por Rodrigo Munhoz, transmitiu a prova, sem erros, e sem achismos. Sempre de bom humor, não faltou conversas, risadas e muita informação, algo que parece não fazer parte da rotina de alguns comentaristas do canal da raposa. Parabéns!!!

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Brasileiros da Action Express vivem extremos durante classificação em Daytona

Christian Fittipaldi recebeu homenagem da equipe (José Mário Dias)

A 57ª edição das 24 Horas de Daytona, que terá sua largada neste sábado (26) às 17h35 de Brasília, já tem o seu grid definido. O classificatório aconteceu na tarde desta quinta-feira (24) no Daytona International Speedway, na Flórida (EUA).

Na equipe Action Express Racing, o brasileiro Felipe Nasr conquistou um lugar na terceira fila e parte em quinto entre os Protótipos. O piloto do #31 Whelen Engineering Cadillac DPi-V.R terá ao seu lado na disputa os companheiros Pipo Derani e o norte-americando Eric Curran.

No outro carro do time, o #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R, o português Filipe Albuquerque enfrentou problemas quando foi para a pista e não conseguiu registrar uma volta rápida. Ele e os companheiros Christian Fittipaldi e João Barbosa, atuais campeões da prova, partem do fim do grid. A equipe ainda teve uma baixa. Por problemas pessoais, o britânico Mike Conway não conseguiu embarcar para os Estados Unidos e o carro terá só os três pilotos.

Fittipaldi, que fará sua última corrida como piloto profissional, está vivendo um final de semana cheio de emoções e ontem recebeu uma homenagem surpresa da equipe ao final dos treinos.

“Andamos bem nos treinos livres e imaginávamos largar entre o quarto e sexto lugar, mas quando o Filipe saiu para o qualy um problema na pinça de freio traseira não permitiu que ele completasse nenhuma volta rápida e ele quase não conseguiu voltar para os boxes. Não havia tempo para arrumar e vamos largar no fim do grid. Mas temos uma corrida longa pela frente e um carro consistente. Vamos buscar o melhor resultado e quem sabe mais uma vitória. Está sendo um final de semana muito especial e inesquecível para mim”, declarou o brasileiro, que já conquistou Daytona três vezes (2004/2014/2018).

Albuquerque, que venceu Daytona pela primeira vez no ano passado, também mantém a confiança. “Nosso Cadillac estava muito bem, mas quando estava pronto para a primeira volta rápida e coloquei a sexta marcha, algo deu errado”, explicou o português. “Então, voltei para os boxes, pois sabia que havia um problema. Não tinha algo que pudéssemos fazer. É desapontador, mas temos muitas horas de corrida até domingo à tarde e temos uma equipe incrível atrás de nós”, completou.

No #31 Whelen Engineering, a equipe busca agora desenvolver ainda mais o carro para lutar pela vitória, após o segundo lugar em 2018. Derani, que faz sua estreia no time, já venceu a prova em 2016.

“Acredito que conseguimos uma boa volta, tirando o melhor dos pneus. O carro estava bom e estou confiante para a corrida, largando desta posição. Daytona é uma prova longa, com o classificatório sendo apenas uma pequena parte. Tenho certeza de que podemos evoluir e brigar pela vitória”, finalizou Nasr, que liderou a primeira sessão de treinos livres do dia.

“A pista estava molhada no começo, então foi uma chance de ver o carro nessas condições”, observou Nasr. “Foi bom para mim, porque nunca pilotei em Daytona na chuva. Assim como na corrida, fizemos a transição para os slicks. Foi uma sessão muito boa no geral para entender o carro e os pneus. Caso aconteça o mesmo na corrida, estaremos prontos para isso”, finalizou o brasileiro.

A Fox Sports transmite no Brasil algumas horas da corrida, neste sábado entre 18h30 e 21h30. No domingo, das 15h30 até a chegada às 17h35 (horários de Brasília).

Confira o grid de largada dos Protótipos:
1 77 O. Jarvis / T. Nunez / T. Bernhard / R. Rast Mazda Team Joest Mazda DPi 1:33.685 
2 7 R. Taylor / H. Castroneves / A. Rossi Acura Team Penske Acura DPi 1:33.873 
3 6 J. Montoya / D. Cameron / S. Pagenaud Acura Team Penske Acura DPi 1:34.095 
4 55 J. Bomarito / H. Tincknell / O. Pla Mazda Team Joest Mazda DPi 1:34.212 
5 31 F. Nasr / E. Curran / P. Derani Whelen Engineering Racing Cadillac DPi 1:34.433 
6 10 R. Van Der Zande / J. Taylor / F. Alonso / K. Kobayashi Konica Minolta Cadillac DPi-V.R. Cadillac DPi 1:34.479 
7 50 W. Owen / R. Binder / A. Canapino / K. Kaiser Juncos Racing Cadillac DPi 1:34.679 
8 85 M. Goikhberg / T. Vautier / DeFrancesco / R. Barrichello JDC-Miller MotorSports Cadillac DPi 1:35.369 
9 84 S. Trummer / S. Simpson / C. Miller / J. Piedrahita JDC-Miller MotorSports Cadillac DPi 1:35.442 
10 54 J. Bennett / C. Braun / R. Dumas / L. Duval CORE autosport Nissan DPi 1:36.686 
11 5 J. Barbosa / F. Albuquerque / C. Fittipaldi Mustang Sampling Racing Cadillac DPi sem tempo

Mazda marca pole e quebra recorde em Daytona

(Fotos: Divulgação)

Oliver Jarvis garantiu a pole e quebra de recorde para a Mazda na tarde desta quinta-feira, 24, em Daytona. Pilotando o #77 marcou 1:33.685, superando em dois décimos o tempo de PJ Jones, com um Toyota na classe GTP de 1993.

Em segundo e terceiros lugares estão os dois protótipos da equipe Penske. Jordan Taylor conseguiu o segundo tempo com o #7, enquanto Juan Pablo Montoya foi o piloto mais rápido do #6. O segundo Mazda aparece na quarta posição. Felipe Nasr conseguiu o quinto tempo com o Cadillac #31. Na classe LMP2, James Allen conquistou a pole com o Oreca #81 da DragonSpeed, superando Gabriel Aubry no também Oreca da PR1/Mathiasen.

Porsche fatura pole na GTLM

Nick Tandy liderou o pelotão na classe GTLM. Com o Porsche #911, marcou 1:42.257. Ele foi 0.326 segundos mais rápido do que Jan Magnussen, no Corvette #3. Completando os três primeiros, Ryan Briscoe com o Ford #67.

Davide Rigon foi o quanto mais rápido com a Ferrari #62 da equipe Risi Competizione, seguido por Earl Bamber no Porsche #912. Davide Rigon foi o quarto mais rápido no n. 62 Risi Competizione Ferrari 488 GTE seguido por Earl Bamber no No. 912 Porsche.

Na classe GTD o brasileiro Marcos Gomes conquistou o melhor tempo, com a Ferrari da equipe Via Italia Racing. Gomes bateu o recorde de Daniel Serra, conquistado ano passado. Este é o terceiro ano consecutivo que uma Ferrari marca a pole.

Em segundo o Mercedes-Benz da equipe Riley, de Ben Keating. Trent Hindman ficou em terceiro com o Acura #86 da Meyer Shank Racing.

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Felipe Nasr lidera primeiro treino em Daytona

(Foto: Divulgação)

O brasileiro Felipe Nasr liderou nesta quinta-feira, 24, o primeiro treino livre para a edição 2019 das 24 Horas de Daytona, que será disputada neste final de semana. A bordo do Cadillac #31 da Action Express, Nasr marcou 1:36.108. Ele irá partilhar o DPi com Pipo Derani e Eric Curran.

Filipe Albuquerque com o Cadillac #5 ficou com o segundo tempo, marcando 1:36.707. Completando os três primeiros o Cadillac #85 da equipe JDC-Miler Motorsports com 1:38.561.

Nem todos os carros participaram de sessão de treinos livres. O quinto tempo ficou com o Porsche #911 pilotado por Patrick Pilet, marcando 1:45.334. Mathieu Jaminet ficou com o segundo lugar na classe GTLM com o #9121 marcando 1:46.156. Na classe GTD o Lamborghini #48 da Paul Miller Racing ficou com o primeiro lugar.

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