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Endurance tratado a sério!
Audi acredita que diferença de megajoules não será determinante no WEC
Menos é mais ? (Foto: Joest Racing)
Menos é mais ? (Foto: Joest Racing)

A Audi vem com uma missão um tanto quanto complicada para a temporada 2016 do WEC. Tentar recuperar a força que sempre teve e vencer seus rivais. Se em 2014 perdeu o título do Mundial para a Toyota e em 2015 para a irmã Porsche, o time Alemão sabe que não pode mais perder.

Para esta temporada o R18 está inscrito na subclasse híbrida de 6MJ, ao contrário de Porsche e Toyota que estão com 8MJ. Seus rivais quando optaram por competir com o máximo permitido pelo regulamento também levaram junto sistemas mais pesados o que obrigou engenheiros a ter um trabalho maior para alocar os sistemas híbridos, sem mexer no consumo e aerodinâmica.

Teria a Audi uma desvantagem com uma menor recuperação de energia por volta? Segundo o diretor da marca, Joerg Zander não. “Você tem um problema de peso, se você for para classe de 8 MJ “, disse Zander. ” Se Você obter qualquer vantagem, logo seria uma desvantagem.”

Segundo o dirigente não se viu até agora uma vantagem considerável para pular de 6 para 8MJ, mesmo com os tempos superiores da Porsche em Paul Ricard durante os testes oficias.

“Uma coisa que você tem que considerar,  é que o diesel tem um processo de combustão mais eficiente, como sabemos, os protótipos a gasolina obtém esta diferença do motor a combustão e não do sistema híbrido.”

“No outro extremo, o problema é por causa das pressões de combustão muito maiores, o que significa que os componentes precisam ser mais pesados.”

“É claro que tem uma certa quantidade de energia adicional para compensar o peso extra … Mas você recebe energia adicional se você tem 8MJ. Ainda há diferença de peso, então o que você vai fazer com isso?”

Ainda segundo o dirigente a “tecnologia K”, uma função feita para calcular a diferença entre a energia alocada e o fluxo máximo de combustível instantâneo, tornou difícil produzir qualquer ganho substancial para os sistemas que utilizam 8MJ.

Em números absolutos. Protótipos que competem nas classes de 2 a 4 MJ obtém 0.980K. O número sobe para 0.979K com 6MJ. A diferença de peso entre os sistema de 6 e 8MJ varia em torno de 30 a 40 quilos. Um protótipo LMP1 deve ter um peso mínimo de 875 kg.

“Nós discutimos isso com a FIA e ACO, porque eles podem pensar que deveríamos nos esforçar mais para ir a classe de 8MJ. Mas não faz nenhum sentido. Se deve levar em conta ainda a energia que é transferida para a pista, tipo e pneus, tração.”

Ainda segundo as regras deste ano, que limitam o fluxo de combustível, deixando os protótipos mais lentos, o novo R18 conseguiu “recuperar” o que o regulamento acabou ceifando da pistas. “O principal foco que colocamos sobre este carro, foi o de aumentar a eficiência”, disse ele.

O R18 também é o único que mantem o seu sistema híbrido instalado e atuando somente nas rodas dianteiras. O motivo seria o peso excedente e a complexidade de desenvolvimento de um sistema totalmente novo.

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