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Endurance tratado a sério!
Christian Fittipaldi e João Barbosa têm novo desafio em Long Beach
Sem o Ligier da equipe ESM, as coisas serão mais fáceis? (Foto: FGCom)
Sem o Ligier da equipe ESM, as coisas serão mais fáceis? (Foto: FGCom)

Depois de duas provas de longa duração, 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring a temporada 2016 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship terá neste sábado (dia 16) sua primeira prova de curta duração (1h40). A terceira etapa do ano acontecerá no exigente traçado de rua de Long Beach, na Califórnia (EUA).

Com um terceiro lugar em Sebring, o brasileiro Christian Fittipaldi e o português João Barbosa – atuais bicampeões da categoria – estão preparados para mais um desafio a bordo do Mustang Sampling Chevrolet Corvette #5, da equipe Action Express.

A pista de 1.968 milha (aproximadamente 3,16 km) é velha conhecida da dupla. Ambos já competiram em Long Beach por outras categorias no passado. Fittipaldi tem uma relação de três décadas com o traçado, que se iniciou em sua primeira de sete temporadas na CART Champ Car, começando em 1995, quando pilotava para Derrick Walker. A sua última corrida em monoposto no circuito de rua aconteceu em 2002, quando corria pela Newman Haas Racing.

“Long Beach é uma pista extremamente difícil”, disse o brasileiro. “Você tem de respeitar o fato de ser um circuito de rua, onde não temos muita área de escape, então se você errar, seu dia vai terminar rápido. Há muitos pontos técnicos no traçado, com pontos limitados de ultrapassagem, então é preciso ser rápido, ter um carro bem equilibrado e constante para aproveitar as oportunidades”, destacou Fittipaldi.

Perguntando sobre as diferenças em pilotar um IndyCar e seu Mustang Sampling Corvette DP, Fittipaldi é rápido em apontar a visibilidade e a temperatura, o que torna a pilotagem do protótipo mais difícil.

“Você pode ver mais num IndyCar do que dentro de um protótipo”, explicou. “Temos uma limitação extrema do que conseguimos ver do nosso carro e você não vê muito ao redor ou à frente do carro que está a sua frente. Portanto, o início da corrida e as relargadas seguintes são agitadas. É sua melhor chance para ultrapassar, mas também a mais fácil de se envolver em um acidente, o que pode acabar com o seu dia”, analisou o brasileiro.

“Enquanto você tende a ficar um pouco mais fresco dentro de um Indy Car, ele também proporciona mais visibilidade, por conta do cockpit aberto. Você tem de lidar mais com a força G lateral e muito menos com o tempo de reação nas curvas de alta. É uma pista que proporciona muita ação durante a prova e é por isso que é um dos principais eventos na América do Norte”, completou Fittipaldi.

O companheiro Barbosa também já teve experiência com monopostos no circuito no passado, quando competia pela Toyota Atlantic em 1997. Ele estreou no traçado com um quarto lugar e afirma que a pista é uma das que está em sua lista de corridas que gostaria de vencer.

“Long Beach foi onde corri minha segunda prova nos Estados Unidos”, lembrou. “Apesar da configuração da pista ter mudado desde então, ainda tem as mesmas exigências de perfeição volta a volta. Como em qualquer pista de rua, não há margem para erros”, continuou Barbosa.

“O layout da pista é extremamente interessante e sua história no automobilismo o torna um evento especial. Certamente está na lista de muitos pilotos das pistas onde desejam vencer e está perto do topo da minha”, finalizou o português.

Fittipaldi e Barbosa estão em segundo lugar na temporada do IMSA WeatherTech Sportscar Championship e lideram entre os carros inscritos para a temporada completa. Os treinos em Long Beach terão início na sexta-feira (15) com duas sessões livres e o classificatório. No sábado, a largada está prevista para as 20h05 (de Brasília). Vinte e cinco carros estão inscritos na prova, oito na categoria principal, a Prototype, onde correm Fittipaldi e Barbosa.

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