Qual circuito falta no Mundial de Endurance?

A temporada 2024 do Mundial de Endurance será especial para os torcedores do Brasil. O circuito de Interlagos voltará ao WEC. A prova ocorrerá no dia 14 de julho e terá seis horas de duração. Além do retorno do país a competição, 2024 trás boas e não tão boas surpresas.

A princípio, sai Sebring, um dos últimos circuitos que traduzem muito bem o termo enduro, pois leva os carros ao limite e os pilotos a lutarem contra a buraqueira e ao tráfego, e entra o Circuito das Américas, uma belo tapete que segue a cartilha de Hermann Tilke, belas retas, setores extremamente lentos e sem sal. Assim, seja o WEC, ou a IMSA, a emoção é garantida. Agora, quando se fala em Fórmula 1…

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Além da mudança nos EUA, o circuito do Qatar abre a temporada no dia 24 de fevereiro com os testes oficiais. Para fechar a parte Tilke do certame, teremos no dia 02 de novembro o fechamento no Bahrein. Tirando Imola, que assume o lugar de Monza, Qatar, Bahrein e até COTA, podem ser facilmente substituídos. Mas por quais? 

Porém, bons exemplos não faltam para deixar o campeonato mais emocionante. Partindo do pressuposto de que o WEC vive um ótimo momento, com a chegada de vários fabricantes, os circuitos que os receberão precisam estar à altura. 

Quais circuitos deixariam o WEC mais emocionante? 

Como estamos no campo das suposições e palpites, o Bongasat pegou como exemplo o calendário do Campeonato Mundial de Carros Esportivos da FIA de 1991, em seus últimos suspiros com o fim do Grupo C. 

Naquele ano, o WSC teve oito etapas, como ocorrerá em 2024. Com exceção de Suzuka e Autopolis no Japão e do circuito Hermanos Rodriguez, no México, as demais etapas foram disputadas na Europa: 

Calendário do WSC em 1991

1 Fuji Film Cup (430 km) Circuito de Suzuka
2 Troféu F. Caracciolo ( 430km ) Autódromo Nacional de Monza
3 Troféu Império Castrol BRDC (430 km) Circuito de Silverstone
4 24 Horas de Le Mans Circuito de la Sarthe
5 ADAC Sportwagen-Weltmeisterschaft ( 430km ) Nürburgring
6 Championnat du Monde de Voitures de Sport (430 km) Circuito de Nevers Magny-Cours
7 Troféu Hermanos Rodríguez (430 km) Autódromo Hermanos Rodríguez
8 SWC em Autopolis (430 km) Autopolis

Voltando para a atualidade, onde os circuitos em países com nenhuma tradição no endurance pagam a conta, sonhar ainda é algo possível. Partindo desse pressuposto, segue abaixo as oito etapas de um ficcional WEC. 

Ainda assim, como não estamos no rFactor, as pistas são reais, em seus atuais layouts. Assim teríamos oito etapas segundo o calendário de datas da edição de 2024. Vamos lá. 

Os circuitos

01 – 1000 km de Silverstone

WEC em silverstone em 2012. (Foto: Divulgação)

O circuito inglês abriu o WEC nos últimos anos e sempre fez parte do WSC. Ele chegou a ser cotado para retornar ao Mundial, mas perdeu a vaga para Interlagos. Com suas longas retas e sequências de curvas rápidas, disputar posições e lidar com o tráfego seriam apenas alguns dos desafios. Esqueceu do clima naquele país? 

Esquenta para Le Mans

02 – 12 Horas de Sebring 

A “nova” fase do WEC começou em Sebring. (Foto: Divulgação)

Um dos últimos circuitos “raiz” do mundo, Sebring deu seu honroso lugar no calendário para Austin. Com seus bumps e áreas de escape de terra. O circuito marcou o retorno da Ferrari ao Mundial de Endurance. Em 2012, ano do renascimento do WEC, a prova foi feita junto com a ALMS, com os carros dos dois campeonatos correndo nas 12 Horas. Nos anos seguintes a parceria com a IMSA deu ao Super Sebring duas corridas. A prova de 12 Horas e as 1000 Milhas, já que o circuito não comporta um grid tão grande ao mesmo tempo. 

03 – 6 Horas de Spa

Spa sempre foi um esquenta para Le Mans (Foto: Divulgação)

Presente no calendário do WEC desde 2012, Spa-Francorchamps foge do padrão insosso imposto pela FIA com seus circuitos atuais. O traçado belga possui longas retas, curvas de raios longos e uma largura estreita. Manter a posição e superar as corridas das classes mais lentas é um desafio permanente. O clima incerto é outro fator que deixa pilotos em pânico e torcedores em êxtase. 

04 – 24 Horas de Le Mans

Le Mans: a prova! (Foto: Divulgação)

Sobretudo, o único motivo para o Mundial de Endurance existir. Le Mans completou a sua centésima edição em 2023 com a vitória da Ferrari na competição, quebrando o domínio da Toyota, após cinco anos. Com um traçado único que mescla partes de circuito com vias públicas, o circuito é utilizado pouquíssimas vezes durante o ano, o que dá a sensação de algo único. Ou seja, como se corre pouco por lá, vencer qualquer prova, principalmente as 24 Horas, é o ponto alto na carreira de qualquer piloto de carros esportivos. 

Após as férias

05 – 1000 Km de Monza

Após as férias, Monza. (Foto: Divulgação)

Circuito que faz parte da atual temporada do Mundial de Endurance, Monza foi palco de uma formidável disputa entre Toyota e Ferrari. Para 2024, a Itália continuará no Mundial. Porém, Imola será a sede do evento. 

A Toyot registrou 318,6 km/h de velocidade máxima durante o final de semana das 6 Horas de Monza. Um número respeitável para um carro que fica a plenos pulmões por seis horas. 

06 – 6 Horas de Nurburgring

Nurburgring. (Foto: Jakob Ebrey/LAT Photographic)

Desde já, um dos maiores pedidos dos fãs é que o WEC realize uma etapa no traçado norte (Nordschleife), mas com as regras de segurança que muitas vezes inibem o espetáculo, o sonho só acontecerá nos simuladores.

Nurburgring esteve no Mundial entre 2015 e 2017, e possui como principal característica a pista estreita em seu miolo e a nos trechos de reta. Assim, negociar com os adversários e carros de outras classes é sempre uma arte. 

O final

07 – 1000 Km de Suzuka 

O circuirto de Suzuka poderia sedir uma etapa do WEC. (Foto: Divulgação)

Antes de tudo, o circuito de Fuji (de propriedade da Toyota) figura como a etapa nipônica do certame. Com um clima extremamente instável, a prova já foi cancelada por conta das intempéries. 

Já Suzuka nunca sediou etapas do WEC, mas fez parte do calendário do WSC. De propriedade da Honda, o circuito poderia intercalar com Fuji etapas do Mundial. Ou seja, seria uma oportunidade de expansão até para o Asian Le Mans Series, que no calendário para a temporada 2023/24, não tem nenhuma etapa no Japão.

08 – Petit le Mans

Fechando o calendário Petit Le Mans. (Foto: Divulgação)

Aliás, tal como na extinta ALMS e na atual IMSA, o circuito de Road Atlanta fecharia a nossa temporada. A prova de 10 horas de duração fez parte do Intercontinental Le Mans Cup (ILMC), embrião do atual WEC com corridas na América do Norte, Europa e Ásia. 

O circuito sinuoso e pequeno, já brindou o espectador com cenas de trânsito pesado. Outro charme é que a prova termina à noite, um tempero a mais para um campeonato. Por fim, o que achou? Lembrando que a ausência de provas em circuitos como Bahrein que encerra a atual temporada, é algo impensável e proibitivo nos dias de hoje. Em outras palavras, se os circuitos em países sem qualquer expressividade automobilística, pagam a conta, um temperinho nunca é demais. 

 

 

 

Interlagos, Austin e Silvertone poderão voltar ao calendário do WEC

O site francês Auto Habdo, divulgou na última semana, que os circuitos de Interlagos, Austin e Silverstone poderão voltar ao calendário do Mundial de Endurance até 2025. 

De acordo com a reportagem, a organização do WEC busca expandir o Mundial para até nove etapas. Por outro lado,  o CEO do WEC, Frederic Lequien, confirmou as negociações em andamento para um retorno de Silverstone, provavelmente para 2025.

Interlagos quanto Silverstone estavam no calendário do WEC. Interlagos deveria participar da campanha do WEC 2019-2020, mas foi substituído por um evento em Austin, que é a pista favorita para substituir o circuito de Sebring em 2024. Durante coletiva, Lequien disse: “Na verdade, são apenas rumores. Atualmente estamos negociando e discutindo com alguns países e diferentes pistas em todo o mundo. “Vamos lançar o calendário nas 24 Horas de Le Mans”, disse. 

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Circuito de Silverstone o principal candidato há voltar ao WEC

Além disso, em entrevista ao site Sportscar365, o diretor do circuito de Silverstone, Stuart Pringle, disse que o circuito de inglês está em negociação para voltar. 

“Estamos ansiosos para receber o WEC em Silverstone e continuamos otimistas sobre o retorno do campeonato no futuro”, disse Pringle esta semana. “Estamos conversando com eles há um tempo e esperamos que cheguemos a um acordo e que haja espaço no calendário do WEC para permitir que uma corrida em Silverstone aconteça”.

“O Grande Prêmio da Grã-Bretanha de Fórmula 1 é o evento esportivo mais quente do verão, com a venda de ingressos em alta e nosso fim de semana em estilo festival, incluindo uma festa de lançamento e artistas de renome provando ser populares entre os fãs”.

“Sabemos que o WEC oferece emocionantes corridas de resistência e que os apaixonados fãs britânicos querem uma corrida em casa. Então esperamos ter o WEC de volta a Silverstone em breve. E que possamos ver o fim de semana se desenvolver em seu próprio distinto. eventos esportivos e de entretenimento”, finalizou. 

Contudo, o CEO do WEC, Frédéric Lequien, explicou durante coletiva no circuito de Portimão, que há uma série de fatores em jogo para garantir um retorno ao importante mercado do Reino Unido. “É uma questão de orçamento, encontrar um lugar, o horário no calendário, a disponibilidade da pista – a Fórmula 1 está aí”, disse Lequien. “É como um quebra-cabeça. Não é tão fácil.”

 

Etapa de Silverstone da ELMS com 42 carros confirmados

(Foto: ELMS)

A organização da ELMS divulgou nesta quarta-feira, 08, a lista de inscritos para a etapa de Silverstone do European Le Mans Series. Ao todo, 42 carros estão confirmados no evento que será suporte da terceira etapa do Mundial de Endurance.

Com 16 carros a classe LMP2 contará com protótipos da Oreca, Dallara e Ligier. Felipe Nasr está confirmado no Dallara #47 da equipe Celitar Villorba Corse ao lado de Roberto Lacorte e Giorgio Sernagiotto.

Na classe LMP3 estão confirmados 19 protótipos, enquanto na classe GTE, sete são os inscritos. A prova acontece no dia 18 de agosto.

Lista de inscritos

ELMS divulga lista com 36 inscritos para primeira etapa em Silverstone

A direção da ELMS divulgou nesta terça 04, a relação de inscritos para a primeira etapa do certame que será realizado no dia 15 de Abril em Silverstone. Ao todo serão 36 carros, divididos em três classes (LMP2,LMP3 e GTE).

Com 12 carros, a classe LMP2 apresenta, uma variedade de modelos muito maior do que a mesma classe no Mundial de Endurance. Se por lá, apenas protótipos Oreca estarão alinhando, na série europeia, Ligier JS P217 e Dallara P217. Nenhum modelo 2016, estará na pista.

Lista de inscritos

Nigel Moore e Phil Hanson irão estrear na pista britânica com o Ligier #34 Tockwith Motorsports. Os atuais campeões a G-Drive Racing, volta com um Oreca 07 para os pilotos Memo Rojas, Ryo Hirakawa e Léo Roussel.

Os vencedores da etapa de SPA em 2016 Ben Hanley, volta pela equipe DragonSpeed. Hanley vai dividir o protótipo com Nicolas Lapierre e Henrik Herdman.

Ex-vencedor das 24 horas de Le Mans na classe LMP2 Richard Brandley, vai estar competindo com o Ligier da equipe Graff. James Allen e Franck Matelli, estarão dividindo com #40.

Tento o maior grid da série a classe LMP3, poderia se chamar classe Ligier. Dos inscritos 15 protótipos são do fabricantes francês. Os remanescentes são dois Norma M30.

Pela classe GTE, sete carros estão inscritos. Três Ferrari, dois Porsche e dois Aston Martin.

 

Audi não apela e Porsche fica com vitória em Silverstone

Porsche na liderança do campeonato. (Foto: FIAWEC)

A Audi não vai recorrer da decisão da FIA que puniu a equipe após as 6 Horas de Silverstone. O R18 #7 dos pilotos Andre Lotterer, Benoit Treluyer e Marcel Fassler teve a vitória cassada por conta de medidas divergente do assoalho do carro.

Com direito a contestar a decisão da entidade, a Audi decidiu não recorrer, mesmo que em um comunicado enviado a imprensa dizendo que o faria.

“Nós aceitamos a exclusão da classificação. Para o bem do esporte, vamos olhar para a frente”, disse o chefe da Audi Motorsport Dr. Wolfgang Ullrich.

A análise mostrou que o desgaste acentuado no assoalho do carro, que foi atribuída a um saída de pista inesperada. “Nosso trabalho é evitar um maior desgaste – nós aceitamos esta responsabilidade”, acrescentou Ullrich.

“Tomamos a nossa decisão pelo bem do esporte e espero que o restante do campeonato seja emocionando como foi em sua abertura.”

Como resultado, o Porsche 919 #2 de Neel Jani, Romain Dumas e Marc Lieb foram confirmados oficialmente como vencedores da corrida. A Audi saiu de Silverstone com apenas 1 ponto, atribuído a conquista da pole.

Pipo Derani: “É uma boa maneira de começar o ano”

Além de Pipo, pódio teve Bruno Senna na primeira colocação. (Foto: FGCom)

Dando sequência ao excelente início de temporada, o brasileiro Pipo Derani teve papel principal na conquista do segundo lugar nas 6 Horas de Silverstone (ING), neste domingo (dia 17), palco da abertura do FIA WEC 2016.

O piloto de 22 anos largou e encerrou a prova, novamente com stints excepcionais com o Tequila Patrón ESM Ligier JS P2-Nissan. A pilotagem de Derani ajudou o carro #31, que ele dividiu com os companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming, a superar as dificuldades enfrentadas no início da disputa.

Partindo da segunda posição do grid na LMP2, Derani fez uma largada brilhante e imediatamente assumiu a liderança, superando o líder Nicolas Minassian.

O brasileiro logo começou a imprimir um ritmo forte e fez a melhor volta entre os LMP2 na corrida, com 1min48s909, no seu stint inicial, antes de entregar o carro para Cumming, cumprindo a estratégia pré-planejada pela equipe.

A metade da corrida, no entanto, não foi fácil para o Tequila Patrón ESM #31, que perdeu tempo em uma bandeira amarela e após uma rápida rodada de Cumming.

Mas ainda tinha muito a ser “tirado” do Tequila Patrón ESM Ligier-Nissan, primeiro com Dalziel e depois com Derani, que voltaram à disputa e colocaram o carro novamente na briga pelo pódio.

A última parte da corrida mostrou um triplo stint impressionante de Derani, que conquistou várias posições e chegou ao segundo lugar, completando a prova no pódio.

“É uma boa maneira de começar o ano para nós”, disse Derani. “Foi uma corrida difícil, mas sabemos que há muito para vir de Spa em diante. O Ryan, o Chris e eu tivemos pouco tempo de pista juntos, então sair daqui com 18 pontos é satisfatório”, continuou.

“Fui agressivo no meu stint inicial e construí uma vantagem que era parte de nossa estratégia”, contou. “A competição está muito disputada este ano, então acho que todos nós temos de estar orgulhosos deste resultado e ir pra cima novamente em Spa no mês que vem”, destacou.

“A equipe Tequila Patrón ESM foi novamente excelente e tenho de agradecer a todos pelo esforço neste final de semana. A combinação dos membros da Tequila Patrón ESM com os membros da OAK Racing, sob a direção do Philippe, provou ser uma parceria muito efetiva”, completou o piloto paulista.

A segunda etapa da temporada 2016 do FIA WEC acontecerá no dia 7 de maio, em Spa-Francorchamps, na Bélgica.

Os melhores nas 6 Horas de Silverstone (Top-10):
1 LMP1 Marcel FÄSSLER, André LOTTERER, Benoît TRÉLUYER (Audi R18) 194 voltas em 6h01min06s963
2 LMP1 Romain DUMAS, Neel JANI, Marc LIEB (Porsche 919 Hybrid) a 46s065
3 LMP1 Stéphane SARRAZIN, Mike CONWAY, Kamui KOBAYASHI (Toyota TS050 – Hybrid) a uma volta
4 LMP1 Mathéo TUSCHER, Dominik KRAIHAMER, Alexandre IMPERATORI (Rebellion R-One – AER) a 11 voltas
5 LMP1 Nicolas PROST, Nelson PIQUET JR, Nick HEIDFELD (Rebellion R-One – AER) a 13 voltas
6 LMP2 Ricardo GONZALEZ, Filipe ALBUQUERQUE, Bruno SENNA (LIGIER JS P2 – Nissan) a 15 voltas
7 LMP2 Ryan DALZIEL, Luis Felipe DERANI, Christopher CUMMING (LIGIER JS P2 – Nissan) a 15 voltas
8 LMP2 Roman RUSINOV, Nathanaël BERTHON, René RAST (Oreca 05 – Nissan) a 15 voltas
9 LMP2 Gustavo MENEZES, Nicolas LAPIERRE, Stéphane RICHELMI (Alpine A460 – Nissan) a 16 voltas
10 LMP2 Nick LEVENTIS, Danny WATTS, Jonny KANE (Gibson 015S – Nissan) a 17 voltas

Classificação LMP2 (Top-5):
1. Ricardo GONZALEZ, Filipe ALBUQUERQUE, Bruno SENNA (LIGIER JS P2 – Nissan) 25 pontos
2. Ryan DALZIEL, Luis Felipe DERANI, Christopher CUMMING (LIGIER JS P2 – Nissan) 18
3. Roman RUSINOV, Nathanaël BERTHON, René RAST (Oreca 05 – Nissan) 16
4. Gustavo MENEZES, Nicolas LAPIERRE, Stéphane RICHELMI (Alpine A460 – Nissan) 12
5. Nick LEVENTIS, Danny WATTS, Jonny KANE (Gibson 015S – Nissan) 10

JMW Motorsports perde primeiro lugar na classe GTE do ELMS

Durou pouco a festa da JMW. (Foto: ELMS)

A vitória da Ferrari #66 da equipe JMW na abertura da ELMS em Silverstone não existe mais. Após um jejum que perpetuava desde 2013 a equipe teve a vitória caçada após as inspeções realizadas após a corrida.

Segundo a vistoria, um dos difusores dianteiros do carro não estava homologado, com isso a vitória fica com o Aston Martin #99 de Andrew Howard, Darren Turner e Alex MacDowall. Em segundo a Ferrari #56 da equipe AT Racing.

Originalmente o segundo lugar pertencia ao Aston Martin #96, porém foi somado 4 minutos ao seu tempo final por ter batido em outro carro. Segundo os comissários o toque poderia ter sido evitado. Assim o #96 fica em terceiro.

Resultado final da classe GTE.

G-Drive Racing vence as 4 horas de Silverstone

Gibson da G-Drive Racing não teve dificuldades para vencer a prova. (Foto: G-Drive Racing)

A abertura do European Le Mans Series na tarde deste sábado (16) em Silverstone ratificou o que todos já sabem. O ELMS é um dos melhores se não o melhor campeonato de Endurance da atualidade.

Salvo o WEC com equipes de fábrica e todas as pompas e circunstâncias que a ACO deposita nele, o certame europeu de endurance ainda tem aquela aura de um amadorismo planejado. Esqueça equipes de fábrica, modelos híbridos, as equipes privadas ainda ditam o ritmo.

Classificação das 4 horas de Silverstone

Durante as filmagens pelos boxes era comum ver peças pelo chão, isopor com comida para pilotos e integrantes das equipes. Os próprios boxes sem aquela decoração impecável da F1 e WEC. Muitos nem sequer decoravam seus espaços.

O negocio ali era correr. E foi assim que o Gibson 015S, #38 da G-Drive Racing que se uniu com a JOTA Sport venceu as 4 horas de Silverstone. Gibson esse que já tinha vencido a prova em 2013 e é um carro a ser temido em todas as provas do calendário.

Modelos mais modernos como o Oreca 05 e Ligier JS P2 não foram páreos para o trio formado por Giedo van der Garde, Harry Tincknell e Simon Dolan. A largada foi complicada com vários carros rodando, o líder o Oreca 05 da equipe TDS Racing acabou perdendo o controle por conta do asfalto frio deixando o caminho livre para Tincknell assumir a ponta e não ver mais os adversários.

United Autosport com dobradinha na classe LMP3.

Mesmo largando em quarto o piloto foi astuto e soube se livrar dos problemas, pulando para a ponta. Segundo a assumir o carro, Simon Dolan empregou um ritmo forte e mesmo com as investidas do Ligier #23 da Barthez Competition não foi o suficiente. O Ligier acabou enfrentando problemas terminando na nona posição. Giedo van der Garde teve o trabalho de levar o carro para a linha de chegada.

“O carro estava muito bom. Toda a equipe fez um trabalho muito bom, Simon e Harry fez um trabalho realmente bom, então eu só tinha que terminar.”

“Foi a primeira vez que eu fiz uma corrida como esta, porque em monopostos você não tem muito tráfego, mas depois de algumas voltas comecei a pegar o jeito dele e me senti bem.

“Para ter um retorno como este, depois de não correr no ano passado, e ganhar logo no meu retorno é algo muito bom.” Disse Giedo.

Ferrari da JMW Motorsports volta a vencer na ELMS. (Foto: ELMS)

Em segundo o BR01 #32 da equipe SMP Racing que chegou a espantosos 1:35.052 atrás. A equipe TDS Racing, que liderou todos os treinos livres e marcou a pole acabou batendo com 25 minutos de prova, após Pierre Thiriet bater em Tristan Gommendy.

Outro que enfrentou problemas foi Leo Roussel que bateu com o Morgan da equipe Pegasus Racing ainda na largada. Conseguiu voltar a prova mas acabou perdendo um pneu abandonando de vez. Em terceiro o Ligier da equipe Lombard Racing.  

A Ferrari da JMW Motorsports venceu na classe GTE. Rory Butcher que cruzou a linha de chegada se beneficiou da última bandeira amarela da corrida para vencer. Além de Rory, Rob Smith e Andrea Bertolini levaram a equipe a vitória depois de um jejum de quase três anos. Em terceiro e quarto os dois carros da equipe Aston Martin.

Pipo Derani satisfeito com primeira fila em Silverstone

Brasileiro quer repetir vitórias obtidas nos EUA na Europa. (Foto: FGCom)

O brasileiro Pipo Derani registrou a melhor volta individual da categoria LMP2, neste sábado (dia 16), durante o treino classificatório para as 6 Horas de Silverstone, na Inglaterra, e assegurou um lugar na primeira fila do grid na etapa de abertura do FIA WEC 2016 (Campeonato Mundial de Endurance), que começa neste domingo (17).

Pilotando o Tequila Patrón ESM Ligier-Nissan #31 e combinando sua melhor volta com a do companheiro Chris Cumming, eles registraram a média de 2min09s632. Pipo fez a volta mais veloz entre os carros da LMP2, com o tempo impressionante de 2min07s315 em condição de pista bastante traiçoeira.

Treino classificatório.

“Foi um bom começo e estou muito feliz por ter feito a volta mais rápida entre todos os pilotos da LMP2 durante o treino”, disse Derani. “As condições estavam muito complicadas, mas começou a secar e foi difícil ter a aderência adequada. O objetivo é continuar com a nossa estratégia e ver como nos sairemos na corrida. Não será fácil, porque andamos pouco no seco. Mas estou confiante e ansioso para brigar pela ponta”, continuou o brasileiro.

“A equipe Tequila Patrón ESM está fazendo um trabalho fantástico nesta temporada até aqui e gostaria de agradecer ao Philippe Dumas, à OAK Racing e a todos do time por me darem essa oportunidade de fazer parte desta excelente organização”, completou Derani.

O brasileiro de 22 anos divide o cockpit do Tequila Patrón ESM Ligier-Nissan com o canadense Cumming e também o escocês Ryan Dalziel. O trio mostrou bom entrosamento na formação do FIA WEC 2016, que terá o grid mais forte na história da LMP2.

Com a melhor volta deste sábado, Derani segue com excelentes resultados neste início de temporada, depois de ter vencido as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring. Esta é a segunda temporada do brasileiro no FIA WEC, depois de ter conquistado seis pódios em sua excelente estreia em 2015.

A largada das 6 Horas de Silverstone, neste domingo, está programada para as 12 horas local (8 horas de Brasília).

Bruno Senna espera tempo chuvoso em Silverstone

Brasileiro ao lado do companheiro Filipe Albuquerque. (Foto: MF2)

Prevista pela meteorologia, a chuva durante a tomada classificatória poderá ser a aliada de Bruno Senna e seus companheiros da RGR Sports by Morand para a conquista de uma boa posição de largada nas 6 Horas de Silverstone, prova que abre neste domingo o calendário do FIA WEC – Campeonato Mundial de Endurance. Nesta sexta-feira, o famoso tempo instável da Inglaterra, que deixou a pista variando entre molhada e úmida na maior parte do dia, complicou a vida das equipes durante os treinos livres e tornou a cronometragem inconclusiva. “Andamos muito pouco no seco. Para nós, acredito que essa não seria a melhor condição no qualifying, porque temos poucas informações sobre o comportamento do carro”, admitiu o brasileiro, que tem o português Filipe Albuquerque e o mexicano Ricardo Gonzalez como companheiros no Ligier JS P2-Nissan da categoria de protótipos LMP2.

Foram duas sessões de ensaios de 90 minutos para as quatro divisões – os LMP1 e os GTE Pro e AM, num total de 33 carros, participaram das atividades. Bruno foi o mais rápido do trio do time mexicano. Ao final da prática, no entanto, reconheceu que seria difícil avaliar os resultados por causa das variáveis condições climáticas. “Estão todos um pouco confusos a respeito dos dados coletados. Conversamos com o pessoal da equipe do Pipo Derani, com quem temos uma parceria, e eles também estavam encontrando dificuldades com as informações obtidas. A verdade é que os engenheiros terão muito trabalho antes da classificação.”

O regulamento do campeonato determina que a colocação de cada carro no grid seja definida pela média das duas melhores voltas de cada dupla de pilotos. Exige também que um dos pilotos da categoria prata, Ricardo Gonzalez no caso da RGR, participe da tomada. Bruno ainda não sabe quem será o outro nome da sua equipe. “O Filipe está mais com a mão do carro no seco. Mas vai depender da chuva, porque o regulamento também diz que o dono da melhor volta dos treinos de cada equipe tem que classificar. E, por enquanto, sou o mais veloz do nosso trio.”