Audi tem novo diretor técnico.

A Audi tenta recuperar o tempo perdido depois da temporada aquém do seu histórico em 2014 quando enfrentou problemas de desempenho frente aos rivais Porsche e Toyota.

Para tentar reverter o quadro o fabricante alemão contratou Jorg Zander que depois de 10 anos trabalhando para as equipes Toyota, Williams, BMW, BAR e Brawn GP assume um novo desafio no endurance.

Aos 51 anos Jorg já tem uma relação com a Audi por meio da sua empresa JZ Engineering. “Corridas de carros esportes não são totalmente novas para mim, porque eu estava envolvido com o desenvolvimento dos sistemas mecânicos do Toyota GT-One quando eu estava na equipe Toyota em 1997”, disse Zander nesta quarta-feira (05) durante o teste de Audi em Sebring ao site Sportcar365.com.

Por meio da sua empresa Jorg iniciou projetos envolvendo os LMP1 do fabricante. “Eu já trabalhei com Audi em várias áreas dos carros LMP1 para três ou quatro anos”, disse ele. “Além disso, eu estava envolvido em atividades de simulação e design. Isso significava que eu já conhecia algumas pessoas na Audi Sport quando cheguei em janeiro.”

“Ser empregado por um fabricante é diferente do que trabalhar com uma equipe, por exemplo na Fórmula 1. Quando você está em um grande grupo, como Audi, existem certas regras e diretrizes que você tem que respeitar, o que é lógico. “Mas eu já estava familiarizado com que, tendo trabalhado com outros fabricantes no passado.”

Agora se dedicando integralmente ao programa motorsports da marca um novo desafio se inicia aos 51 anos de idade. “De uma perspectiva técnica, corridas de carros é realmente fantástico, um ótimo lugar para estar”, disse ele. “Com as diferentes tecnologias e inovações que surgiram ao longo dos últimos anos, é o sonho de qualquer engenheiro. A partir desse ponto de vista, é mais interessante do que a Fórmula 1, porque existem tantas tecnologias diferentes e as regras são muito mais liberal.”

O envolvimento do novo diretor não se restringe apenas no programa de Endurance mas também ao DTM. “Mas eu tenho que dizer que tenho me dedicado a maior parte do tempo ao programa de resistência “, disse. “O trabalho no carro de DTM para 2015 estava quase pronto quando cheguei em janeiro, e ali, as regras são mais rígidas, portanto, há mais possibilidades técnicas do programa de carros esportivos.”

Para quem duvidava que a Audi não estaria no WEC em 2016 Zander deixou claro que o programa de um novo LMP1 está em andamento. “Isso já está em curso há algum tempo; as especificações estão quase definidas “, enfatizou. “Mas isso é óbvio, porque, para ser capaz de correr em 2016, temos que começar a testar em algum momento no outono, e, portanto, temos que começar a produzir componentes muito em breve.”

Outro ponto é um maior envolvimento diretamente nas corridas, não ficando apenas na sede da empresa na Alemanha. “Em termos do funcionamento diário ou a estratégia de corrida não irei me envolver, porque os membros da equipe são perfeitamente capazes de lidar com isso, mas acho que é importante ter uma relação estreita entre o projeto e as operações de corrida”, disse. “Especialmente para a temporada WEC, eu pretendo ir a todas as corridas para monitorar o que está acontecendo e de ser capaz de reagir rapidamente, se necessário. No momento, eu ainda estou no processo de conhecer todo mundo, chegando a compreender o que todos dentro Audi Sport estão fazendo. Com é uma equipe de mais de 300 pessoas, leva algum tempo, mas eu estou me sentindo muito bem em Audi.” Finalizou.

Audi R18 e-tron 2015 aparece em Sebring

Na manhã desta segunda-feira (03) o novo Audi R18 e-tron começou sua bateria de testes no circuito americano de Sebring. O carro que tem diferenças sutis se comparado com seu antecessor percorreu longas distancias em um dos circuitos mais irregulares dos EUA e que é usado pela Audi para afinar seus carros.

A grade dianteira que lembra o novo R8 LMS também apresentado nesta segunda, remete ao novo estilo adotado pela Audi em seus modelos de rua. Saem os faróis na vertical e entram outros mais “achatados” mas com grande poder de iluminação,

Em todas as partes do carro as diferenças são perceptíveis aos olhares mais apurados. A asa traseira foi redesenhada, bem como os difusores traseiros. Como são testes particulares não forma divulgados tempos.

Além do novo Audi a Nissan também testou com seu novo GT-R NISMO LM. Foi a primeira vez que o novo integrante do WEC testou na mesma pista com outro concorrente direito. Mesmo com os testes oficiais marcados para o final do mês apenas um GT-R será enviado a Europa, o outro permanecerá nos EUA.

Além das duas equipes na classe LMP1 a equipe Extreme Speed Motorsport que compete na LMP2, testou com seu novo ARX-04b e o antigo ARX-03b.


Fotos: Sportcars365.com / René de Boer

Le Mans na vanguarda da tecnologia automobilistica

Durante a conferencia de imprensa na última quinta-feira (05) a ACO enfatizou o impacto industrial que às 24 horas de Le Mans causam em toda a cadeia automobilística com suas inovações e eficiência energética.

No painel estavam o presidente da ACO Pierre Fillon, Vincent Beaumesnil gerente de esportes da ACO, Pascal Couasnon, diretor de competição a Michelin, Darren Cox diretor de Marketing da Nissan, Wolfgang Ullrich diretor de Audi e Pascal Vasselon direitor esportivo do grupo Toyota.

Não é de hoje que inovações desenvolvidas para as 24 horas de Le Mans, são transferidas para outras modalidades do esporte a motor, bem como para carro de produção em série.  Fillon destacou o volante destacável, freio a disco, limpadores de para brisa, além dos faróis halógenos de quartzo. Bem como o incentivo por meio de suas regras para um melhor aproveitamento do combustível, pneus e o uso de materiais leves com grande poder de absorção em caso de impactos.

As regras impostas a partir de 2014 resultaram em uma economia de até 30% de combustível se comparada aos modelos anteriores. Outro fator que tem contribuído para isso além dos sistemas de reaproveitamento de combustível e energia é o uso de pneus mais estreitos.

Vencedor em 2014 a Audi utilizou 30% a menos de combustível do que o vencedor da prova em 2013

“Para o fabricante de automóvel Le Mans é bem mais do que uma corrida, o lugar do desenvolvimento sustentável, além da presença de mercado, tecnologia, marketing e imagem.” Aponta Ullrich da Audi.

A Audi é o melhor exemplo de como a tecnologia obtida em Le Mans foi transferida para seus carros de produção além é claro da imagem de carro “resistente” e que não quebra.  Presente em campeonatos de Endurance desde 1999 o fabricante alemão tem como slogan “Vorspring Duch Technic” algo como “fanáticos pela tecnologia,” ou “progresso através da tecnologia.”

Um dos pontos enfatizado pelo dirigente da Audi foi a injeção direta de combustível introduzida em 2001 e que hoje está presente em uma grande gama de motores de todo o grupo VW ao redor do mundo, além do sistema TDI, primeiro motor a diesel de competição lançado em 2006 e que desde então tem vencido todas as edições da prova no geral.

A nova geração de modelos híbridos também tem mostrado avanços. O vencedor de 2014 o Audi R18 venceu a prova com 25% menos de combustível do que a versão de2013 também híbrida. Em termos de comparação com a primeira versão de um motor a diesel de 2006 a economia de combustível chega a 62%.

Já a Toyota que voltou ao Endurance em 2012 também tem motivos para comemorar além das vitórias e do campeonato do WEC ano passado. O corpo técnico que trabalha em cima do TS040 Hybrid atua em conjunto com os mesmos engenheiros responsáveis pelos carros de produção em série da marca.

Para a Toyota o desenvolvimento do TS040 Hybrid está em paralelo com os carros de produção da marca.

O gigante Japonês com base nos resultados do TS040 trabalha em paralelo em cerca de 64 projetos por meio do seu departamento de competição, para as mais diversas áreas do grupo ao redor do mundo, sempre enfatizando a economia de combustível e barateamento da produção de carros em série.

Para a Nissan, por meio do seu diretor de marketing Darren Cox a chegada do fabricante e Le Mans e enfrentar Audi, Porsche e Toyota é o lugar perfeito para divulgar a marca bem como aprimorar as estratégias de marketing nos mais diversos mercados consumidores aonde o WEC vai competir.

A diversidade de carros presentes em Le Mans e no Endurance também contribuíram para o retorno da Nissan as corrida de longa duração. Segundo o dirigente a Nissan é a que melhor aproveita a imagem que Le Mans tem sobre os consumidores, vide o lançamento do novo GTR-LM durante o super Bowl.

Para a Michellin, fornecedora das principais equipes de fábrica os compostos utilizados nas últimas edições foi transferida para seus produtos normais em menos de três anos. A popularidade da prova também está em evidencia. Ao todo 263 mil espectadores estiveram no circuito durante a prova em 2014.

 

 

Cronograma do novo Audi R18 está em dia afirma Chris Reinke

Audi espera um 2015 mais competitivo.

Mesmo vencendo Le Mans em 2014 a Audi viu uma escalada vitoriosa da Toyota e da Porsche nas últimas etapas do Mundial de Endurance. O fato é que o time das 4 argolas não teve um carro realmente vencedor em 2014.

Para recuperar o tempo perdido um R18 atualizado está em fase final de desenvolvimento. A ausência de informações sobre o novo carro e o fato das demais equipes (Toyota, Porsche e Nissan), já terem apresentado seus carros ou revelado imagens, alimenta ainda mais a expectativa sobre o novo LMP1 da Audi.

Chris Reinke responsável pelo programa LMP1 revela alguns detalhes sobre o novo carro e a expectativa para a temporada 2015. “Estamos exatamente com o cronograma em dia. A construção do carro está completa e os testes começaram no início deste ano. Um teste de resistência será feito logo. Os testes são limitados para todas as equipes. Nossos pilotos estão se preparando ativamente em nossos simuladores e em pista. Nosso novo piloto René Rast já está se familiarizando com novo carro. Ele já completou seus primeiros quilômetros na pista.” Disse.

A chegada da Nissan. “Isso marca uma nova etapa para o Mundial de Endurance e estamos felizes. Audi é uma empresa pioneira em novas tecnologias no automobilismo por três décadas. De modo que estamos animados com o conceito inovador que Nissan está apresentando. É claro que a batalha pelo pódio será acirrada este ano. Mesmo no ano passado, os três fabricantes lutaram pela vitória”.

Poucas mudanças no regulamento para 2015. “As regras foram ajustadas, mas as cartas não foram redistribuídas. Por exemplo, há uma nova limitação da utilização dos pneus em cada corrida, o que vai alterar a face das corridas. Os regulamentos continuam a definir quatro classes de energia diferentes. Cada fabricante tentará recuperar e reutilizar o máximo de energia possível. Portanto, a Audi espera melhorias em termos de desempenho e tempos de volta em comparação com temporadas anteriores.”

Além dos pilotos a Audi também investiu em seu corpo técnico. Jorg Zander foi contratado como novo diretor técnico, Leena Gade permanece como engenheira de corrida para o #7 de Benoit Treluyer, André Lotterer e Marcel Fassler. Justin Taylor realizará a mesma função para o #8 de Lucas di Grassi, Loic Duval e Olivier Jarvis. Para o #9 de René Rast, Marco Bonanomi e Filipe Albuquerque que vai competir em SPA e Le Mans o responsável será Matthias Huber.

Com 35 carros quarta temporada do Mundial de Endurance é apresentada

Superando as expectativas a ACO divulgou nesta quinta-feira (10) as equipes que irão fazer parte do Mundial de Endurance em 2015. Ao todo serão 35 carros, 3 a mais do que a edição de 2014.

A classe LMP1 terá 11 carros com destaque para as equipes de fábrica, Nissan, Porsche, Audi e Toyota. Entre os times privados estão confirmados os dois Rebellion R-One da Rebellion Racing e o Lotus da equipe ByKolles.

Na classe LMP2, 10 carros foram confirmados, um grande salto se compararmos com a edição de 2014 quando apenas 4 protótipos estavam presentes. As classes GTE-PRO e GTE-AM serão representadas com 7 carros cada um.

LMP1 (11 Entradas)
1 – Toyota Racing – Toyota TS040 Hybrid – Anthony Davidson
2 – Toyota Racing – Toyota TS040 Hybrid – Alexander Wurz
7 – Audi Sport Team Joest – Audi R18 e-tron quattro – Marcel Fassler
8 – Audi Sport Team Joest – Audi R18 e-tron quattro – Lucas di Grassi
17 – Porsche Team – Porsche 919 Hybrid – Timo Bernhard
18 – Porsche Team – Porsche 919 Hybrid – Romain Dumas
22 – Nissan Motorsports – Nissan GT-R LM NISMO – Harry Tincknell
23 – Nissan Motorsports – Nissan GT-R LM NISMO – Olivier Pla
4 – ByKolles – CLM P1/01 AER – Simon Trummer
12 – Rebellion Racing – Rebellion R-One AER – Nicolas Prost
13 – Rebellion Racing – Rebellion R-One AER – Mathias Beche

LMP2 (10 Entradas)

26 – G-Drive Racing – Ligier JS P2 Nissan – Roman Rusinov
28 – G-Drive Racing – Ligier JS P2 Nissan – Gustavo Yacaman
30 – Extreme Speed Motorsports – HPD ARX-04b – Scott Sharp
31 – Extreme Speed Motorsports – HPD ARX-04b – Ed Brown
35 – OAK Racing – Ligier JS P2 Nissan – Jacques Nicolet
36 – Signatech-Alpine – Alpine A450b Nissan – Nelson Panciatici
39 – Team SARD-Morand – Morgan Evo SARD – Christian Klien
42 – Strakka Racing – Strakka-Dome S103 Nissan – Nick Leventis
43 – Team SARD-Morand – Morgan Evo SARD – Pierre Ragues
47 – KCMG – Oreca 05 Nissan – Matthew Howson

GTE-Pro (7 Entradas)
51 – AF Corse – Ferrari F458 Italia – Gianmaria Bruni
71 – AF Corse – Ferrari F458 Italia – Davide Rigon
91 – Porsche Team Manthey – Porsche 911 RSR – Richard Lietz
92 – Porsche Team Manthey – Porsche 911 RSR – Patrick Pilet
95 – Aston Martin Racing – Aston Martin Vantage – Marco Sorensen
97 – Aston Martin Racing – Aston Martin Vantage – Darren Turner
99 – Aston Martin Racing – Aston Martin Vantage – Fernando Rees

GTE-Am (7 Entradas)
50 – Larbre Competition – Corvette C7.R – Gianluca Roda
72 – SMP Racing – Ferrari F458 Italia – Viktor Shaitar
77 – Dempsey Proton Racing – Porsche 911 RSR – Patrick Dempsey
83 – AF Corse – Ferrari F458 Italia – Francois Perrodo
88 – Abu Dhabi Proton Racing – Porsche 911 RSR – Christian Ried
96 – Aston Martin Racing – Aston Martin Vantage – Roald Goethe
98 – Aston Martin Racing – Aston Martin Vantage – Paul Dalla Lana

Sorte, chuva e estratégia garantem dobradinha da Audi

(Foto: Audi)

A Audi venceu com dobradinha as 6 horas de Austin, primeira prova do Mundial de Endurance desde as 24 horas de Le Mans, em Junho. Prova esta que teve como fator determinante, a chuva que ocorreu nas primeiras horas e foi determinante para o resultado final.

Com um começo espetacular o Toyota #8 do trio Anthony Davidson, Nicolas Lapierre e Sébastien Buemi, que marcou a pole abriu uma considerável vantagem sobre os demais competidores. Tudo parecida decidido, visto que a Audi nos primeiros momentos não conseguia acompanhar sequer os modelos da Porsche.

Tendo como principal deficiência a velocidade em reta os 4 carros das equipes alemãs pareciam estar em uma corrida paralela até que uma forte chuva caiu no circuito levando vários carros a sair da pista, principalmente o Toyota #8 líder, bem como o #7 que tinha nas primeiras posições.

A corrida deve quer ser interrompida, visto a grande quantidade de chuva e as condições adversas da pista. Por sorte ou destino nenhum dos carros da Audi sofreu qualquer toque ou escapa de pista durante o dilúvio, e mesmo com um carro mais lento abriu uma vantagem considerável, já que seu principal adversário o Toyota #8 recomeçou a prova com uma volta de desvantagem.

Oreca da equipe KCMG vence na LMP2. (Foto: WEC)

Depois se viu uma grande alternância pela liderança da prova, e a estratégia foi determinante para a vitória do Audi #2 de Marcel Fassler, André Lotterer e Benoit Tréluyer. Mesmo não tendo um carro competitivo a Porsche chegou a liderar nas horas finais, mas perdeu rendimento deixando o caminho livre para a dobradinha da equipe irmã.

O rendimento da Toyota e o trabalho que a equipe fez durante as “férias” surtiram efeito e o #8 acabou chegando em terceiro na mesma volta do líder. Já na classe LMP1-L o melhor carro foi o Rebellion #12 de Nicolas Prost, Nick Heidfeld e Mathias Beche, que acabou na sétima posição no geral. A grande decepção da classe foi o Lotus que começou a corrida largando dos boxes e não foi competitivo em nenhum momento da prova. Terminou na 17º posição no geral a 19 voltas do líder e atrás de vários carros da classe LMP2.

Classe essa que teve um animo com a chegada da equipe ESM com seu HPD. A equipe americana que já anunciou que desistiu de competir em Petit Le Mans, última prova do TUSC pelo fato de não ter condições de ganhar a prova por conta de um favorecimento escancarado dos modelos DP vai jogar suas fichas e dinheiro no WEC a partir da etapa de Xangai.

O vencedor foi o Oreca 03 da equipe KCMG de Matt Howson, Richard Brandley e Tsugio Matsuda. Em segundo o também Oreca #27 da SMP Racing e em terceiro o HPD da Extreme Speed. Assim como no TUSC o Ligier JS P2, desta vez da G-Drive Racing vinha em bom ritmo mas depois de “voar” sob uma das zebras acabou danificando a suspensão traseira, obrigando o carro a ficar um bom tempo nos boxes para reparo. Terminou em 4º na sua classe e 14º no geral.

Aston Martin #97 vence na GTE-PRO. (Foto: WEC)

Entre os GTs da classe GTE-PRO, a competitividade foi intensa. Mostrando um desempenho superior durante todo o final de semana, a Aston Martin teve que enfrentar um forte concorrente, a Porsche que chegou a liderar boa parte da prova com o #91 mas durante uma das paradas nos boxes teve problemas para ligar o carro. Deixando o caminho livre para o Aston #97 de Darren Turner e Stefan Mucke. Em segundo chegou o Porsche #92 de Patrick Pilet e Fréderic Makowiecki, fechando o pódio a Ferrari #71 da equipe AF Corse de Davide Rogon e James Calado. O “estreante” da prova o Corvette #65 pilotado por Rick e Jordan Taylor e Tommy Milner, não teve ritmo para acompanhar os adversários da classe, culpa da escolha errada dos pilotos já que os irmãos Taylor competem com um Corvette DP no TUSC e não tiveram tempo suficiente para se adaptar ao carro. Mas valeu pelo fato de vermos um Corvette em uma das etapas do Mundial. O Aston Martin #99 aonde compete o brasileiro Fernando Rees acabou na 6º posição.

Disputa entre os dois carros da equipe na classe GTE-AM, dá vitória para o #98. (Foto: WEC)

Entre os amadores da classe GTE-AM a Aston Martin conseguiu uma dobradinha. Esta foi a terceira vitória da equipe no ano e a segunda consecutiva. A briga entre os dois carros durou até as voltas finais com o #98 de Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Christoffer Nygaard, chegando a menos de 1 segudo do #95 de Kristian Poulsen, David Heinemeier Hansson e Richie Stanaway.

O Porsche #88 da Proton Competition liderou mais da metada da prova, mas com a perda de rendimento deixou o caminho livre para os modelos ingleses, mesmo assim terminou na terceira posição. O Porsche #75 da ProSpeed Competition perdeu 24 voltas depois de ter batido seu carro durante a quarta hora, terminando em oitavo.

A próxima etapa do mundial será no dia 12 de Outubro em Fuji.

Classificação final da prova

Velocidades obtidas

Classificação construtores classes GT

Classificação construtores LMP1

Classificação de pilotos LMP1

Audi vence e garante título do WEC em Xangai

Em uma corrida de 6 horas nada é decidido seja na luta pela pole ou na primeira hora da prova. Quem acompanhou os treinos, principalmente o classificatório se surpreendeu com o bom desempenho e a pole obtida pela Toyota com seu carro #7 era o ingrediente que faltava para termos uma corrida competitiva e assim tentar bater os Audi em condições normais de pista, ao contrário da etapa de Fuji quando tudo se resolveu em menos de 30 voltas.

Resultado final Xangai 2013

Já na largada o ritmo dos carros japoneses era superior aos alemães e tudo se desenhava para uma bela vitória, uma vitória convincente por parte da Toyota porém em 6 horas nem tudo é como deveria ser.

Equipe G-Drive vence mais uma

A vitória do Audi do trio Bénoit Tréluyer, Marcel Fassler e Andre Lotter em cima do Toyota #7 de Alex Wurz, Nicolas Lapierre se deu de uma forma que faz a F1 algo amador. Uma bela ultrapassagem. O endurance com sua grande diversidade de carros, pilotos e sem o jogo político conseguem fazer até as pistas construídas por Hermann Tilke se tornaram interessantes. Lembrando que o carro vencedor teve um pneu furado e um toque com um retardatário logo no começo da prova. Em resumo, estavam decididos a ganhar.

Tudo se resolveu depois da última sequencia de pit spot. A Toyota segura que conseguiria vencer sem precisar trocar pneus fez apenas uma parada para completar o combustível. A diferença era pequena quando saiu dos boxes e acabou sendo um prato cheio para o Audi #1 que já tinha feito a troca e estava com pneus em melhores condições.

Aston Martin #97 e #99 vencem na GTE-PRO

E mais um vez foi o tráfego que acabou decidindo em favor do carro da Audi. Em uma manobra ousada Bénoit Tréluyer superou tanto o Toyota que naquele momento estava sendo pilotado por Wurz bem como o Morgan da classe LMP2 que “atrapalhava” a disputada. Com pneus desgastado restou o Toyota levar o carro até a linha de chegada.

Em terceiro chegou o #2 campeões da temporada 2013 do WEC Allan McNish. Tom Kristensen e Loic Duval que fizeram uma corrida totalmente atípica se comparada aos “tiros” de velocidade. Em nenhum momento foram combativos e estava apenas levando o carro para o final da corrida. Com o terceiro lugar o #2 chega a 162 pontos contra 131,25 do Audi vencedor e como resta apenas 1 etapa é matematicamente impossível de ser alcançado. O título principalmente para McNish e Kristensen foi muito merecido visto um certo desprezo por parte dos seus companheiros de equipe, principalmente pela vitória nas 24 horas ano passado. Os “velhinhos” ainda tem muita gasolina para queimar.

Ferrari da 8Star Racing vence na GTE-AM

Já na classe LMP2 a vitória ficou com o #26 o Oreca da equipe G-Drive Racing. É o terceiro resultado positivo da equipe em quatro corridas o que mostra o bom entrosamento do trio John Martin, Roman Rusinov e Mike Conway. Em segundo o #24 da equipe OAK Racing de Oliver Pla, Alex Brundle e David Heinemeir- Hansson. A diferença do primeiro para o segundo também foi considerável com 34”240.

A superioridade da Aston Martin no seu centenário continua forte. A vitória na classe GTE-PRO foi dupla com o #97 dos pilotos Darren Turner e Stefan Mucke. Em segundo o #99 de Pedro Lamy, Bruno Senna (que voltou para a classe PRO) e Richie Stanaway. Em terceiro a uma volta do líder o Porsche #91 de Bergmeister e Pilet. O quarto lugar da dupla da AF Corse #51 de Bruni e Fisichella acabou beneficiando a luta pelo campeonato na classe já que tudo está indefinido. A classificação está com 125,5 para o time da Aston contra 120 da dupla da Ferrari.

Finalizando a classe GTE-AM a vitória ficou com a Ferrari #81 do trio Enzo Potolichio, Rui Águas e Davide Rigon com um bom desempenho. O segundo lugar ficou com o #76 o Porsche da equipe IMSA Performance Matmut de Narac, Vernay e Palttala que chegou a uma volta do líder. Em terceiro o Aston #96 de Campbell-Walter, Adam e Hall. A vitória da classe poderia ter sido do Aston #95 porém com problemas mecânicos abandonou com pouco mais de 100 voltas.

A próxima etapa será no dia 30 deste mês em Sakhir no Bahrein. Abaixo a classificação final.

Vitória da Audi com bom desempenho da Toyota

(Foto: Divulgação)

O Circuito das Américas provou neste final de semana, que além de muito bonito é funcional é perfeito para um tipo de categoria, o Endurance. Com suas retas longas e cotovelos foi o cenário perfeito para ultrapassagens e é claro toques. Assim como alguns voos já que muitas zebras tinham uma espécie de lombada o que acabou determinando o destino de muitos carros.

A primeira vítima foi o Audi #1 dos pilotos André Lotterer, Benoit Tréluyer e Marcel Fassler que ainda nas primeiras voltas e na pressa e alcançar o Audi #2 acabaram voando e logo na sequência acertado por um dos Porsche da classe GTE-PRO, resultado. Uma parada longa nos boxes e qualquer chance de lutar pela vitória indo por terra ainda mais depois de receber uma punição por “usar” a pisa de forma incorreta já nas horas finais. O fato é que o trio em nenhum momento do final de semana foi páreo para os vencedores Tom Kristesen, Loic Duval e Allan McNish que foram impecáveis na condução e até surpresos com o desempenho do Toyota #8 do trio Anthony Davidson, Sébastien Buemi e Stéphane Sarrazin que deu um certo trabalho parta os vencedores principalmente durante as paradas para troca de pilotos e reabastecimento. O Toyota tinha um menor consumo e nos trechos sinuosos do circuito tinha um rendimento melhor do que os Audi. A diferença de apenas 23.617 segundos mostra que a história teria sido outra em Interlagos se o carro não tivesse sofrido um acidente nas voltas iniciais.

#26 repete vitória da etapa de Interlagos. (Foto: Divulgação)

Tanto que na saída do carro nos boxes a comemoração efusiva de McNish, mostra que a coisa não foi tão fácil como era esperado. Para a próxima etapa em Fuji a coisa será interessante. Em quarto lugar na classe o #12 da equipe Rebellion Racing chega a 4 voltas do vencedor e apenas cumpre tabela já que não tem adversários diretos.

Bruno Senna com ótima pilotagem vence na GTE-PRO

Na classe LMP2 a falta de controle, acabou tirando uma dobradinha certa da equipe OAK Racing. Os dois carros da equipe o #24 e #35 que vinham muito próximos, acabaram se chocando depois de um deles ter perdido o controle no final da grande reta, e “voado” em cima do carro irmão. Os dois acabaram voltando para os boxes perdendo muito tempo com reparos. Assim a vitória ficou com o #26 da equipe G-Drive Racing, de Roman Rusniv, Mike Conway e John Martin, que repetiram o feito de Interlagos. Em segundo, o #49 da equipe Pecom Racing de Luiz Perez Companc, Nicolas Minassian e Pierre Kaffer. O terceiro lugar ficou com o Lotus T128 #32 de Thomas Holzer, Dominik Kraihamer e Jan Charouz, que conquistou o primeiro pódio da temporada. O outro carro da equipe #31 teve problemas ainda na largada e abandonou sem completar nenhuma volta.

Entre os GTs da classe PRO a vitória incontestável do #99 o Aston Martin de Bruno Senna e Fréderic Makwiecki. Senna que fez a volta mais rápida nos treinos, ganhou praticamente de ponta a pontaae vem se firmando com um dos novos talentos do Endurance. Seria de muita burrice querer abandonar a carreia vitoriosa, que está tendo nas corridas de longa duração para pilotar em alguma equipe medíocre na F1. A Ferrari reagiu e conquistou os outros lugares no pódio, em segundo com o #51 de Gianmaria Bruni e Giancarlo Fisichella e o #71 de Kamui Kobayashi e Toni Vilander. Em quarto o Porsche #92 de Marc Lieb e Rrichard Lietz. O segundo carro da equipe acabou abandonando depois de problemas incendiários quando na sua parada dos boxes.

Dobradinha da Aston Martin na GTE-AM com #96 e #95

Na classe GTE-AM, a dobradinha da Aston Martin mostra a força que a equipe apresentando no campeonato mesmo depois dos ajustes de desempenho. O Vencedor foi o #96 de Stuart Hall, Jamie Campbell, seguido sempre de perto pelo #95 de Christoffer Nygaard, Kristian Poulsen e Nick Thiim. Fechando o pódio o Porsche 911 #76 da equipe IMSA Performance Matmut de Raymond Narac e Jean-Karl Vernay.

A prova foi boa com pegas em praticamente todas as classes. Claro que o bom desempenho do Toyota ajudou em muito no bom andamento da prova visto que teremos dois TS030 na prova de Fuji que será realizada no dia 20 de Outubro.

Classificação final das 6 horas de Austin

Audi faz dobradinha em Interlagos.

A foto ai em cima mostra um pouco do que foram as 6 horas de São Paulo e mais uma vez comprova que no automobilismo ainda existem pilotos que correm para vencer, independente das suas dificuldades. O acidente do Toyota #8 com Stéphane Sarrazin, ainda na primeira hora da prova, quando encontrou a Lotus #32 mostrou a garra do piloto que era a esperança de que o time da Audi tivesse algum adversário na prova. O novo pacote aerodinâmico da equipe Japonesa teria surtido efeito, mesmo que a vitória não tivesse vindo, mas dificultando mais as coisas para a Audi.

Mas não foram, e mesmo fazendo uma largada melhor o Audi #2 do trio Kristensen, Duval e McNish não conseguiu segurar o ritmo do Audi #1 de Fassler, Tréluyer e Lotterer que estavam “brabinhos” pelo resultado de Le Mans, vencer em Interlagos era questão e honra. Venceram de forma tranquila até, e foram ajudados muito pelas 2 punições que o #2 teve em duas voltas seguidas. A primeira por conta de andar mais rápido nos boxes, e a outra que proporcionou um uma cena inusitada, já que o carro foi liberado com a roda traseira mal fixada e durante a saída dos boxes a roda soltou e saltou para cima do carro. Além de perder uma volta inteira com três rodas, recebeu a segunda punição por ter saído de forma insegura dos boxes. Esse não era o dia dos campeões de Le Mans e muito provavelmente estava agradecendo que esse azar se deu no Brasil e não em Sarthe.

Audi #1 com vitória fácil

Por conta do acidente do Toyota o que se viu foi uma bandeira amarela que fez os torcedores pensarem que estavam assistindo uma prova da Fórmula Indy ou da NASCAR. O carro de segurança passou praticamente 1 hora na pista para a manutenção da barreira de pneus e a retirada de 2 carros. Faltou planejamento, visto que o reparo era algo simples. Parecia que não tinha guincho perto da área, ou se não tivesse que fossem postos estes veículos nas áreas com maior incidência de acidentes. A prova teve, de fato, 5 horas de duração. Acredito que a organização, acostumada as categorias com regras não tão rigorosas, deveria ter sido melhor instruída neste sentido. Mesmo em uma prova longa aonde o público (no Brasil) não está acostumado esta paralização lenta acabou esfriando e muito a atenção do público.

Ainda na P1 o terceiro lugar ficou com o #12 da equipe Rebellion do trio Nicolas Prost, Nick Heidfeld e Mathias Beche que correu praticamente sozinho, já que o HPD da equipe Strakka Racing abandonou o campeonato, poupando recursos para a temporada 2014. A própria Rebellion vai fazer o restante da temporada com apenas 1 carro já que desenvolve um novo LMP1 em parceria com a Oreca.

G-Drive vence na LMP2

Na classe LMP2 tivemos um belo duelo entre as equipes OAK Racing e G-Drive Racing. O consumo ligeiramente maior por conta dos carros de OAK Racing, obrigando a mais paradas, culminou com a vitória do #26 dos pilotos Roman Rusinov, Mike Conway e John Martin. Em segundo o #35 da OAK Racing com Bertrand Baguette, Ricardo Gonzales e Martin Plowman. Fechando o pódio da LMP2 o #49 da Pecom Racing dos pilotos Luiz Perez Companc, Nicolas Minassian e Pierre Kaffer.

Já na classe GTE-PRO aconteceu de tudo. Carros com três rodas, carro pegando fogo e muita decepção para quem esperava uma vitória do brasileiro Bruno Senna. Ainda nas primeiras voltas, a primeira baixa foi com o Porsche #92 que teve o pneu dianteiro furado, mas que se recuperou rapidamente. A disputa durante toda a prova foi entre os carros da AF Corse e Aston Martin e o ajuste de desempenho imposto para os modelos britânicos e alemães não surtiu aquele efeito todo que se esperava, mas foi benéfico para a Ferrari que venceu com o #51 pilotado por Gianmaria Bruni e Giancarlo Fisichella que seguraram a pressão do #97 da equipe Aston Martin da dupla Darren Turner e Stefan Mucke. Em terceiro o Porsche #91 de Jorg Bergmeister e Patrick Pilet.

Ferrari teve uma bela disputa com a Aston Martin

Bruno Senna que vinha na quarta posição acabou se envolvendo em um acidente e teve a suspensão traseira do seu carro quebrada, impossibilitando o #99 de um bom resultado, visto que era favorito a vitória. Outro carro que teve problemas foi a Ferrari #71 da dupla KAmui Kobayashi e Toni Vilander que pegou fogo e mostrou um Vilander exímio saltador, tendo em vista o medo de ser atingido por uma explosão.

Entre os GTs da classe AM a vitória ficou com o #96, da equipe Aston Martin da dupla Stuart Hall e Jamie Campbell, em segundo a Ferrari #81, da equipe Enzo Potolicchio, Rui Aguas e Davide Rigon. Fechando o pódio o Porsche #88 da equipe Proton Competition de Christian Ried, Gianluca Roda e Paolo Ruberti. O Brasileiro Fernando Rees, da equipe Larbre, enfrentou problemas em todo o final de semana com troca de motor e fez apenas uma prova para cumprir tabela. Terminou em 6º.

Equipe 8 Star vence entre os amadores.

Se comparada a primeira edição da prova em 2012, as 6 horas de São Paulo tiveram um crescimento considerável, mesmo com as arquibancada bem vazias se comparada a outras categorias. A transmissão da prova na íntegra por parte do SPORTV também melhorou e muito, os comentaristas não são especialistas em endurance, mas não desapontaram e, principalmente, não foram repetitivos em uma prova de 6 horas, o que é algo raro. Talvez o único senão seja as comparações demasiadas com a F1. Está certo que para o grande público endurance ainda é algo novo e é uma modalidade bem mais complexa, com muito mais detalhes do que a F1, mas não vai adiantar nada querer promover o campeonato sendo algo secundário em relação a F1. Os dois tem suas características sim, mas tem filosofias destinas. Em nada vai mudar o filho de Alain Prost correr na mesma pista que o sobrinho de Senna. Eles iriam disputar alguma coisa? Nem da mesma categoria eram. Se querem fazer algo diferenciado, que invistam na história da categoria que é muito mais rica do que qualquer outro campeonato, sem comparações baratas e sempre puxando a sardinha para pilotos brasileiros. A próxima etapa será no Circuito das Américas nos EUA, no dia 21 de Setembro. Até lá.

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A 15 anos o primeiro protótipo Audi era lançado

A Audi quando se voltou ao mundo da competições foi por um caminho um tanto quanto ofuscado na época. O endurance. O Ano de 1997 marca o início do desenvolvimento do R8 primeiro protótipo da marca. Tudo se desenrolou bem até que em Dezembro de 1998 o carro foi apresentado a imprensa e fez sua primeira corrida em Sebring no ano seguinte terminando em terceiro. Do primeiro modelo até a versão que foi para as pistas em Sebring os faróis sofreram alterações. Sua segunda aparição foi em Le Mans no mesmo ano acabando em terceiro e quarto.

Para o ano 2000 foi desenvolvido um novo R8 que disputou 80 corridas vencendo 65, incluindo 5 vezes Sarthe. Sua última vitória foi em Lime Rock em 2006. O seu sucessor o R10 primeiro protótipo a Diesel a vencer Le Mans continuou o domínio da Audi na grande clássica mas isto já é uma outra história.