Porsche vence em Nurburgring, e conquista 15º vitória no Mundial de Endurance

(Foto: Porsche AG)

A Porsche venceu na manhã deste domingo 16, as 6 horas de Nurburgring, quarta etapa do Mundial de Endurance 2017. Timo Bernhard levou o Porsche #2 ao primeiro lugar. Na segunda posição o Porsche #1 pilotado por Andre Lotterer, que liderava, porém cedeu o primeiro lugar após uma última parada para reabastecimento.

Com um evidente jogo de equipe, Timo Bernhard, Brendon Hartley e Earl Bamber, assumiram a primeira posição, aumentando a diferença na classificação do campeonato. Foi a primeira dobradinha da marca desde a etapa de Xangai de 2015.

Classificação final

A Porsche não viu a mesma Toyota das últimas etapas do WEC. Os dois 919 se revezaram na liderança da prova. O time japonês, acabou mostrando um desempenho superior apenas no final da prova. O TS050 #7 de Kamui Kobayashi, Mike Conway e José Maria López, conquistaram o terceiro lugar. Mesmo saindo na pole, o #7 acabou perdendo a liderança ainda no início da prova. O segundo Toyota apresentou problemas na bomba de combustível, terminando na quarta posição.

Fritz Enzinger, da Porsche: “Conseguimos um hat-trick e a 15 vitória no geral para o 919 hybrid apenas quatro semanas após o nosso sucesso em Le Mans – isso é quase inacreditável. Este excelente resultado é mais um passo para a nossa missão na defesa ambos os títulos nos campeonatos mundiais. Conseguimos aumentar nossa vantagem nos pontos e para mim a coisa mais importante é que a equipe agora pode desfrutar de uma pausa e recuperar o trabalho duro nos últimos meses.”

DC Racing vence na classe LMP2. (Foto: AdrenalMedia)

Para Toshio Sato, presidente da equipe, a prova foi um grande desafio. “Nürburgring foi novamente uma corrida desafiadora para nós. Nós mostramos uma boa velocidade e apreciamos a luta com a Porsche pelo primeiro lugar, mas o equilíbrio do carro mudou durante a corrida e perdemos algum desempenho. A corrida de hoje foi realmente um exercício de limitação de danos em termos de Campeonato do Mundo. Acreditamos que seremos mais fortes durante o resto da temporada, quando os circuitos deve se adequar melhor ao nosso TS050. Precisamos minimizar as perdas para a Porsche e agora vamos olhar em frente para as corridas seguintes.”

Pela classe LMP2 a vitória ficou com o Oreca #38 da equipe Jackie Chang DC Racing dos pilotos Oliver Jarvis, Thomas Laurent e Ho-Ping Tung. Na segunda posição o Rebellion #31 de Bruno Senna, Filipe Albuquerque e Julien Canal. O trio do #38 ampliou ainda mais a liderança na classificação geral de pilotos ao completar 191 voltas, uma a mais que o time de Bruno.

AF Corse vence na classe GTE-PRO. (Foto: AdrenalMedia)

Bruno recebeu o resultado com tranquilidade. “Foi o máximo que dava para fazer. Não tínhamos o mesmo ritmo do carro dos vencedores, embora não estivéssemos tão atrás assim. O problema foi o tráfego que enfrentamos depois do meu segundo stint. Entreguei o carro ao Canal na segunda colocação a apenas quatro segundos dos ponteiros, mas ele ficou retido pelo carro 26, perdeu mais de 40 segundos e ainda destruiu os pneus. Eles entraram com uma punição de três minutos por causa de um acidente em Le Mans e não tinham nada a perder. O problema é que a direção de prova nada fez contra os retardatários. Como não tínhamos a mesma velocidade do vencedor, andamos pendurados o tempo todo. E aí qualquer contratempo atrapalha bastante.”

A equipe do astro de cinema Jackie Chan abriu mais sete pontos de vantagem sobre Bruno e Canal, que mantiveram a vice-liderança restando cinco etapas até o final da temporada. “Na verdade, estamos pagando um preço alto pela corrida de Le Mans, onde quebramos depois de liderar mais de metade das 24 horas. Eles ganharam, levaram os 50 pontos da pontuação dobrada e conseguiram livrar uma grande vantagem no campeonato”, concluiu Bruno. Fechando o pódio o Alpine #36 da Signatech Alpine Matmut. André Negrão que compete no Alpine #35 não completou a prova. Pipo Derani que estava no Rebellion #13 terminou na quarta colocação.

A Ferrari #51 de Alessandro Pier Guidi e James Calado venceu na classe GTE-PRO. Foi a segunda vitória no ano na classe. A diferença para o segundo colocado, o Porsche #91 foi de mais de 50 segundos. A dupla do #51 começou na sétima posição na classe, galgando posições até o primeiro lugar.

Porsche vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Foi a primeira vitória de Alessandro Pier Guidi no WEC e a segunda de James Calado. A dobradinha da Porsche em segundo e terceiro também representou o melhor resultado para o 911 esta ano. Daniel Serra com o Aston #97 ficou na sétima posição na classe. Por conta do BoP, a equipe Ford ficou com a quinta e sexta posição. A Ferrari #71 terminou na última posição da classe após uma parada para reparos.

Na classe GTE-AM, a vitória ficou com o Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing. O trio formado por Matheo Cairoli, Marvin Dienst e Christian Ried. Foi a primeira vitória para Cairoli e Dienst. Ried não vencia desde 2012. A Ferrari #54 da Spirit of Racing e o Aston Martin #98 completaram o pódio na segunda e terceira posições respectivamente.

* Com informações do site do WEC, assessoria de imprensa: Bruno Senna, Porsche e Toyota. 

 

Porsche lidera primeiro treino em Nurburgring pelo WEC

(Foto: AdrenalMedia)

A Porsche liderou o primeiro treino livre da quarta etapa do Mundial de Endurance, que acontece neste final de semana em Nurburgring na Alemanha. Timo Bernhard com o 919 #2, marcou 1:41.612. Em segundo o Toyota #8, de Sebastien Buemi com o tempo de 1:41.816.

Na classe LMP2, Bruno Senna liderou a classe com o Rebellion #31, marcando 1:47.717. A Ferrari #71 da AF Corse liderou na GTE-PRO, enquanto o Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing, fez o mesmo na classe GTE-AM.

Tempos do primeiro treino livre

* Com informações do WEC 

Filipe Albuquerque compete ao lado de Bruno Senna e Julien Canal em Nurburgring

Bruno (dir.) e Albuquerque: juntos…(Divulgação/MF2)

O efeito prático do choque de datas do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC com a Fórmula E será sentido neste fim de semana por Bruno Senna. O francês Nicolas Prost optou por disputar o E-Prix de Nova York pelo time oficial da Renault nas corridas de carros elétricos e dará lugar ao português Filipe Albuquerque como parceiro do brasileiro e de Julien Canal nas 6 Horas de Nurburgring, na Alemanha.

A etapa alemã será a quarta do calendário do WEC e oferecerá nova oportunidade de Bruno e seus companheiros da Rebellion Racing de conquistarem a primeira vitória em 2017. O trio terminou em 2º nas 6 Horas de Silverstone e Spa-Francorchamps, mas foi derrotado por problemas mecânicos nas 24 Horas de Le Mans depois de liderar mais da metade da prova na classe LMP2. O prejuízo foi enorme, já que a corrida distribuiu pontuação dobrada exatamente pela duração quatro vezes maior que as demais.

A troca de pilotos não preocupa Bruno. Albuquerque é um velho conhecido e ambos já dividiram o cockpit na temporada passada na equipe do mexicano Ricardo Gonzalez na LMP2. O português se mantém em atividade na mesma série de resistência que Bruno disputa nos Estados Unidos e também participou de Le Mans com um Ligier. “O portuga também acelera muito. Por esse aspecto, acredito que não teremos qualquer dificuldade”, resumiu.

Com programação inspirada no modelo da Fórmula 1, o WEC abrirá a pista nesta sexta-feira para duas sessões de treinos livres de 90 minutos, a primeira a partir das 6h35 (Brasília) e a segunda começando às 11h15. O sábado reserva mais uma hora de ensaios preparatórios às tomadas classificatórias, programadas para as 10h25. Domingo, a largada está marcada para as 8 horas. De acordo com o regulamento, o mais rápido de cada carro ao longo de todos os treinos é quem deverá cumprir o primeiro turno de pilotagem.

* Com informações da assessoria de imprensa do piloto

Pipo Derani confirmado em Nurburgring pela Rebellion Racing

Brasileiro ocupa vaga de Nelsinho Piquet no Oreca #13. (Foto: © AutoWebbb Motorsport – Eric Fabre)

A direção do WEC divulgou nesta quarta-feira 28, a lista de inscritos para a próxima etapa do Mundial de Endurance, as 6 horas de Nurburgring. Ao todo serão 29 carros confirmados.

Poucas mudanças nos times que regulamente, competem no WEC. Na classe LMP1 os cinco protótipos de costume, dois pela Porsche, dois pela Toyota e o solitário ByKolles. Já na classe LMP2 o solitário Ligier JS P217 #34 da Tockwith Motorsports aparece entre os 10 Oreca 07, regularmente inscritos.

Lista de inscritos

A principal novidade é a presença de Pipo Derani no Rebellion #13 ao lado de Mathias Beche e David Heinemeier Hansson. Derani ocupa o lugar de Nelson Piquet Junior. Outra novidade na equipe é a presença de Filipe Albuquerque ao lado de Julien Canal e Bruno Senna no #31.

André Negrão está confirmado no Alpine #35, enquanto Daniel Serra aparece listado no Aston Martin #97. A prova acontece no dia 14 de julho.

* Com informações do FIAWEC.

 

Pipo Derani e Filipe Albuquerque podem competir pela Rebellion Racing nas 6 horas de Nurburgring

(Foto: IMSA)

Pipo Derani e Filipe Albuquerque podem integrar a equipe Rebellion Racing, nas 6 Horas de Nurburgring, quarta etapa do Mundial de Endurance 2017. De acordo com o site Sportscar365.com, o nome da dupla foi levantado por conta do choque de datas com a Fórmula E. No mesmo final de semana da prova alemã, acontece a etapa de Nova York dos monopostos elétricos.

Tanto Nicolas Prost, quanto Nelson Piquet, vão competir nos EUA, abrindo vaga para Derani e Albuquerque. Ainda de acordo com o portal americano de notícias, a dupla iria se juntar aos pilotos Mathias Beche e David Heinemeier Hansson no Oreca #13 e Bruno Senna e Julien Canal no #31. Quando questionado sobre tal possibilidade, Bart Hayden diretor da equipe, negou tal hipótese.

Recentemente em entrevista, o presidente da FIA Jean Todt, deixou claro que pretende harmonizar os calendários da F1, WEC e Fórmula E, evitando assim que pilotos deixem de competir em determinado campeonato, por conta do choque de datas.

“Em estreita colaboração com seus Promotores, a FIA tem nos últimos anos trabalhado duro para construir e consolidar uma grande variedade de campeonatos que proporcionam um ótimo entretenimento para os fãs do esporte motor”, disse Todt.

“Como tal, é importante que todos os envolvidos em nossos campeonatos trabalhem para garantir que os fãs tenham todas as oportunidades para aproveitar ao máximo nossos eventos.”

“Hoje, em colaboração com nossos parceiros, iniciamos o processo de harmonização de nossos calendários esportivos e espero continuar este esforço, pois definimos nossos horários de campeonato para a próxima temporada e além”.

Para o gerente do WEC, Gérard Neveu, otimizar os campeonatos evitando conflitos é o maior desafio dos promotores: “É uma das tarefas mais desafiadoras” para os promotores.

“Todos nós trabalhamos arduamente para produzir calendários que tenha um sentido prático, econômico e climático, e nós tentamos evitar confrontos entre os campeonatos”, disse ele.

“Nosso encontro positivo que aconteceu em Mônaco, tem o objetivo de harmonizar ainda mais nossos calendários para o benefício de todos os fãs de esportes motorizados”.

Um porém sobre a contratação de Derani pela Rebellion é seu envolvimento com a Onroak Automotive que compete na IMSA em parceria com a Nissan, assim com Albuquerque compete com um Ligier JS P217 da United Autosports no ELMS.  

 

 

 

 

 

Lucas di Grassi: “Temos um carro bom para lutar por vitórias”

Audi #8 mais perto do Porsche #2. (Foto: Audi Sport)

Faltou um pouco de sorte para que o trio formado por Lucas di Grassi, Loïc Duval e Oliver Jarvis conquistasse a segunda vitória da temporada 2016 do Campeonato Mundial de Endurance. As 6 Horas de Nurburgring foram disputadas no último domingo em solo alemão e a prova teve quase 60 mil espectadores que puderam assistir disputas espetaculares entre Audi e Porsche.

Com novidades aerodinâmicas no Audi R18, Lucas e Duval classificaram o carro em segundo lugar no grid, depois de o brasileiro ter registrado a melhor volta do final de semana. Na corrida, a disputa entre as duas marcas alemãs era intensa, e na segunda hora de prova o R18 #8 assumiu a liderança com Oliver Jarvis ao volante.

A Audi buscava a vitória com a estratégia de fazer um segundo stint mais longo, com Di Grassi no comando, enquanto os carros rivais parariam para fazer a troca de pilotos. A tática, no entanto, foi atrapalhada por um período de bandeira amarela (chamado de Full Course Yellow, quando os carros devem percorrer o traçado a 80 km/h, sem necessitar da intervenção do safety car) exatamente após uma parada para abastecimento de Lucas.

“A configuração nova de high downforce funcionou muito bem. A gente perdeu um pouco de tempo na parada e logo depois entrou um Full Course Yellow no meio da corrida e na segunda metade da prova desempenho também caiu um pouco”, lembrou Lucas, que vem de uma vitória em Spa-Francorchamps e um terceiro lugar nas 24 Horas de Le Mans, nas duas etapas anteriores.

Quem esperou um pouco pôde parar durante este período, e foi o caso de Mark Webber com o Porsche 919, colocando Lucas em terceiro, atrás do Porsche 919 #2 de Romain Dumas, Marc Lieb e Neel Jani, justamente os líderes do campeonato. Algumas paradas mais tarde, foi a vez de Lucas passar o R18 às mãos do parceiro Loïc Duval, que prosseguiu com a disputa e tomou o segundo lugar. O carro #2 ainda caiu para o quarto lugar, enquanto o trio formado pelo brasileiro finalizou na segunda posição, diminuindo em seis pontos a diferença em relação aos ponteiros da tabela (106 a 73).

Lucas mostrou-se satisfeito com o desempenho do carro, apesar da imprevisibilidade em uma estratégia que se mostrava acertada ter sido arruinada por um período de bandeira amarela na pista – causada por um acidente. “Acho que podemos ficar felizes com o segundo lugar. Não cometemos erros e pilotamos constantemente no limite. Quando se está na primeira fila você obviamente quer vencer. Mas hoje faltou um pouco de sorte. E é por isso que o segundo e terceiro lugares da equipe formaram um bom resultado”, disse.

“Acho que temos um carro bom para lutar por vitórias. Diminuímos a margem do líder do campeonato, e então vamos confiantes para o México. Se conseguirmos diminuir entre seis e sete pontos por corrida essa diferença nós teremos boas chances de chegar no final brigando pelo título. É isso que temos de fazer: ir para cima, reduzir a distância para o Porsche líder e acelerar”, concluiu.

A quinta etapa do Campeonato Mundial de Endurance acontece no dia 3 de setembro, com as 6 Horas da Cidade do México.

Resultado das 6 Horas de Nurburgring (Top-6):
1-) Bernhard/Hartley/Webber (Porsche) – 194 voltas
2-) Di Grassi/Duval/Jarvis (Audi R18) – a 53s787
3-) Fässler/Lotterer (Audi R18) – a 54s483
4-) Dumas/Jani/Lieb (Porsche) – a 1min37s324
5-) Buemi/Davidson/Nakajima (Toyota) – a 1 volta
6-) Conway/Kobayashi/Sarrazin (Toyota) – a 4 voltas

Classificação do FIA WEC após quatro etapas (Top-5):
1-) Dumas/Jani/Lieb – 106 pontos
2-) Di Grassi/Duval/Jarvis – 73
3-) Conway/Kobayashi/Sarrazin – 62
4-) Lotterer/Fässler – 51
5-) Imperatori/Kraihmer/Tuscher – 36

Com mais um pódio na classe LMP2, Pipo Derani segue animado para o México

Ligier #31 terminou na terceira posição da classe LMP2. (Foto: ESM)

Pipo Derani conquistou neste domingo (dia 24) mais um importante resultado na temporada 2016 do FIA WEC, chegando em terceiro lugar na desafiadora disputa das 6 Horas de Nurburgring, na Alemanha.

O piloto da equipe Tequila Patrón Extreme Speed Motorsports, ao lado dos companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming, conquistou o terceiro pódio em quatro etapas na categoria LMP2. Com os 15 pontos da corrida deste domingo, Derani, Cumming e Dalziel estão a apenas seis pontos dos terceiros colocados na temporada.

Derani, de 22 anos, foi quem largou pela Tequila Patrón Extreme Speed Motorsports na primeira corrida em que a equipe passou a usar pneus Michelin. Depois de se classificar em sétimo, Derani construiu com seus stints inicial e no meio da prova as bases para mais um excelente resultado.

O ritmo de Derani em seu segundo stint foi fortíssimo, com o brasileiro melhorando cada trecho, o que trouxe o Ligier JS P2-Nissan para a briga pelo pódio. Um final emocionante teve o Tequila Patrón Extreme Speed Motorsports #31 cruzando a linha de chegada em terceiro com apenas 0s071 de vantagem.

“Foi um bom resultado para nós por vários motivos, mas principalmente porque nós ainda estamos aprendendo sobre o carro com os pneus Michelin”, disse Derani. “O primeiro stint foi difícil, porque fiquei preso no tráfego, mas com a pista evoluindo conseguimos coletar os dados e informações para melhorarmos na próxima etapa”, continuou o brasileiro.

“Foi uma corrida dura, com muitos altos e baixos, mas a equipe foi realmente fantástica. Também gostaria de mencionar os meus companheiros Ryan e Chris, foi um grande esforço de todos”, destacou.

“Agora estamos animados para a etapa no México em setembro (dia 3). Estou ansioso, porque sei que os fãs mexicanos são fantásticos e será a primeira vez que estaremos na América Central”, completou Derani.

O brasileiro viaja agora direto para Spa-Francorchamps, na Bélgica, para a disputa das 24 Horas de Spa neste final de semana (30 e 31). Pipo vai correr pela equipe Garage 59 McLaren 650S ao lado de Bruno Senna e Duncan Tappy.

Porsche vence as 6 horas de Nurburgring

Porsche viu na Audi um adversário forte. A estratégia durante as bandeiras amarelas foi benéfica para o 919. (Foto: Porsche AG)

As 6 horas de Nurburgring, quarta etapa do Mundial de Endurance 2016, criou uma expectativa nos fãs da categoria. Após Le Mans e a triste derrota da Toyota, todos esperavam que a marca japonesa fizesse frente a Audi e principalmente Porsche. Infelizmente não foi o que se viu hoje. Os dois TS050 pareciam protótipos da classe LMP2, frente aos quatro LMP das equipes germânicas.

Com a Audi dominando a primeira fila era esperado um bom confronto com a Porsche, se o tempo permanecesse frio como nos treinos. Mesmo com o clima mais quente o embate entre o Porsche #1 de Timo Bernhard, Mark Webber e Brendon Hartley e o Audi #8 de Loic Duval, Lucas di Grassi e Oliver Jarvis. A disputa entre eles foi intensa. A Audi mostrou uma constância não vista em Le Mans. Conseguiu ter mais velocidade e acompanhou e perto o ritmo do 919 Hybrid.

Classificação final

Punição do Porsche da equipe KCMG da classe GTE-AM

Punição do Porsche 919 #2 da classe LMP1

Os outros dois carros de cada equipe tiveram resultados e performances destinas. O Porsche #2, que vem fazendo boas corridas desde o início do campeonato fez uma prova atípica e atrapalhada. Ainda na primeira hora durante a ultrapassagem de retardatários acabou levando um toque do Ford GT #67. Por conta disso, rodou e perdeu contato com os líderes.

Com uma boa estratégia chegou a ficar na segunda posição. Faltando pouco mais de 1 hora para o término, se envolveu em um toque com o Porsche #88 da equipe Abu-Dhabi Proton da classe GTE-AM. Mesmo tendo danificando uma das aletas esquerdas continuou na prova. A partir deste ponto talvez o lance mais controverso da prova.

Andreas Seidl, chefe da equipe comemora o resultado: “Um grande resultado. Todos os membros da equipe na pista e em Weissach se fizeram presente para este desempenho excepcional. A equipe #1 foi capaz de explorar todo o potencial do nosso 919 e completaram a prova sem incidentes.  Infelizmente, o carro número #2 teve alguns incidentes infelizes na pista que lhes custaram uma posição superior. Melhoramos nossa vantagem de pontos no campeonato de construtores, e a equipe #2 recolheu valiosos pontos para os pilotos também. O desenvolvimento do terceiro pacote aerodinâmico se deu ao mesmo tempo que a preparação para Le Mans. O novo pacote funcionou bem durante todo o fim de semana. Nós claramente tínhamos o carro mais rápido na corrida e queremos manter o ritmo para as próximas corridas.”

Na liderança o Porsche #1 acabou cedendo a liderança para o #2, o que iria ampliar ainda mais a vantagem na classificação do campeonato. O WEC sempre se vangloriou de ser uma da últimas categorias em que se prevalece o esporte. Por conta disso o toque com o #88 serviu de escape para uma punição ao #2. Teria sido mais bonito se os dois protótipos tivessem brigado na pista entre si, e não usar a famigerada política de ceder a posição. Ponto para a direção do WEC que soube aproveitar e punir o #2.

Alpine vence terceira do ano na classe LMP2. (Foto: FIAWEC)

Após a punição o #2 se manteve em segundo, porém acabou sucumbindo ao melhor momento dos protótipos da Audi. O #8 acabou ficando na segunda posição, seguido pelo #7 de Marcel Fassler e Andre Lotterer, que tentou uma última investida, porém sem sucesso.

Para o chefe da Audi Sport, Dr. Wolfgang Ullrich, a performance dos seus carros foi boa:  “Nós tivemos os melhores tempos de volta, mas perdemos tempo nos momentos de FCY. O que vimos na pista depois foi realmente grande corrida “

O Porsche #2 do trio formado por Romain Dumas, Marc Lieb e Neel Jani, ainda teve que fazer uma parada nos boxes para a troca da carenagem traseira após o toque do SMP #37 pilotado por Nicolas Minassian durante um dos períodos de full curse yellow. Acabou na quarta posição.

Em quinto e sexto o dois protótipos da equipe Toyota que fizeram uma corrida totalmente apagada, muito aquém do que apresentaram em Le Mans. Com um pacote de ultra downforce, não muito acertado, restou a Toyota fazer uma corrida para terminar a prova. Sendo o circuito Hermanos Rodrigues no México a próxima etapa do WEC, a grande reta pode favorecer o modelo japonês. Entre os protótipos da classe LMP1 privada, apenas os dois Rebellion R-One completaram a prova. O #13 a frente do #12. O ByKolles acabou pegando fogo, não podendo completar a corrida.

O chefe da Toyota, Pascal Vasselon, creditou o fraco rendimento ao consumo de pneus fora dos padrões. “Vimos este comportamento dos pneus apenas na F1, mas nunca no WEC.” disse após a corrida. “Os pneus, simplesmente pararam de funcionar. Nos custaram dois stints ruins. Perdíamos seis décimos por volta. Não estávamos na corrida hoje.”

Foi a primeira vez na temporada que todos LMP oficias completaram a prova sem grandes problemas.

Na classe LMP2, o Alpine #36 vence. Nicolas Lapierre, Stephane Richelmi e Gustavo Menezes conquistaram a terceira vitória da equipe. Lapierre que fez a última parte da prova, cruzou a linha com uma vantagem de 16.478 segundos para o Ligier #43 da equipe RGR Sport de Bruno Senna, que terminou a prova. O brasileiro dividiu o P2 com Filipe Albuquerque e Ricardo Gonzales.

Ferrari da AF Corse vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

O esquadrão Signatech assumiu a liderança no início da quarta hora quando o Oreca #26 da G-Drive Racing que estava sendo pilotado por Alex Brundle teve que abandonar com problemas na embreagem. O LMP estava com uma volta de vantagem para os demais adversários.

Com a vitória, o #36 assume a liderança na classe, superando o trio do Ligier #43. Na terceira posição o também Ligier #31 da equipe Extreme Speed Motorsports de Pipo Derani, Chris Cumming e Ryan Dalziel. Curiosamente a ESM trocou os pneus Dunlop, pelos Michelin para tentar fazer frente aos protótipos Oreca. Se uniu a RGR para que recebessem assistência técnica da OAK Racing. Com o #43 chegando ao segundo lugar usando pneus Dunlop, as coisas não acabaram saindo conforme os planos.  

Bruno Senna, que chegou a declarar que os Oreca eram de outro planeta, comemora o resultado. “Hoje foi um daqueles dias em que praticamente deu tudo certo. As bandeiras amarelas, a não ser a primeira que não interferiu em nada, apareceram sempre em momentos favoráveis. E o nosso engenheiro é mesmo muito bom de estratégia, como já havia ficado claro em Le Mans. O cara é um ninja”.

Na classe GTE-PRO, a AF Corse fez dobradinha com o Gianmaria Bruni e James Calado na Ferrari #51 e Davide Rigon e Sam Bird na #71. Esta foi a terceira vitória da AF Corse na classe.  Ainda no começo o ritmo da equipe Aston Martin foi forte, muito pelos ajustes de BoP que receberam após Le Mans.  

Com o resultado Gianmaria Bruni é o piloto com mais vitórias na história da competição. Nicki Thiim liderou a maior parte da corrida com o Aston Martin #95. Terminou na terceira posição. Thiim dividiu o volante do Vantage V12 com  Marco Sorensen.

Aston Martin vence na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

O terceiro lugar para a equipe inglesa veio após a ultrapassagem do #95 em cima do Ford GT #66 que teve que cumprir uma punição por uma infração durante seu pit stop. Oliver Pla e Stefan Muecke acabam na quarta posição, a frente do Aston #97 de Darren Turner e Richie Stanaway.

Em sexto o Porsche #77 da equipe Proton Competition de Richard Lietz e Michael Christensen. A Ford enfrentou problemas com o #67 que acabou pegando fogo durante o reabastecimento. Andy Priaulx que pilotava o carro no momento não chegou a se ferir com o incidente.

Na classe GTE-AM a Aston Martin venceu com o #98 de Paul Dalla Lana e Mathias Lauda. A segunda posição deveria ter sido do Porsche #78 da equipe KCMG dos pilotos Christian Ried, Wolf Henzler e Joel Camathias, mas problemas na altura do carro na inspeção pós corrida fizeram a equipe ser desclassificada. Assim o segundo lugar fica com a Ferrari #83 e o terceiro para o Corvette da equipe Larbre Competition.

A próxima etapa do WEC será com as 6 horas do México entre os dias 2 e 3 de Setembro.  

 

“Os Oreca estão mesmo em outro planeta”, lamenta Bruno Senna após treino em Nurburgring

Desempenho dos protótipos Oreca vem sendo superior ao dos Ligier. (Foto: MF2)

O Ligier JS P2-Nissan da RGR Sport by Morand evoluiu em relação aos treinos livres da véspera e colocou o trio de Bruno Senna, o português Filipe Albuquerque e o mexicano Ricardo Gonzalez na quarta colocação do grid da categoria LMP2 nas 6 Horas de Nurburgring, quarta etapa do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Albuquerque estabeleceu a segunda volta mais rápida da sessão, mas a equipe caiu na média da melhor volta dos dois pilotos – Gonzalez completou a dupla no qualifying. “Não estávamos tão mal quanto parecia na véspera. Acho que dá para sair desta prova com bons pontos e, se acertarmos na estratégia, poderemos até sonhar com pódio”, comentou Senna.

A pole, como esperado, ficou com o Oreca 05-Nissan do alemão René Rast, do russo Roman Rusinov e do inglês Alex Brundle. Rast fez a volta mais rápida com um segundo de vantagem sobre Albuquerque, o segundo melhor. “Os Oreca estão mesmo em outro planeta em termos de velocidade pura. Mas corridas de longa duração envolvem outras variáveis, como o consumo de pneus, pit stop, tráfego…”, lembrou Senna. Nos treinos livres, ele trabalhou apenas com pneus usados para avaliar o desgaste. “Gonzalez usou todos os jogos de pneus novos, porque o mais rápido da equipe durante o fim de semana tem obrigatoriamente de fazer a largada e queríamos que dele fizesse o primeiro turno”, explicou. Como a previsão de chuva neste sábado não se confirmou, os planos da RGR Sport não funcionaram.

Por força do regulamento, portanto, caberá ao português iniciar a corrida. A autonomia do Ligier JS P2-Oreca é de cerca de 48 minutos. Cada piloto tem de percorrer o tempo mínimo de 1h15. Essa deverá ser a carga máxima de Gonzalez, enquanto o restante deverá ser dividido entre Senna e Albuquerque. “Ainda não decidimos como faremos amanhã, mas há uma boa chance de que o Filipe termine a prova”, disse Bruno. Na terceira colocação do campeonato, que chegaram a liderar antes das 24 Horas de Le Mans e sua pontuação dobrada, Bruno e seus parceiros terão uma tarefa difícil, já que o time dos ponteiros – o americano Gustavo Menezes, o monegasco Stéphane Richelmi e o francês Nicolas Lapierre – largará em segundo.

No geral, a pole ficou com o Audi R18 da dupla formada pelo suíço Marcel Fasller e o alemão André Lotterer, com o tempo médio de 1min39s444. A largada está marcada para as 8 horas (Brasília). O Fox Sports 2 transmitirá as 6 Horas de Nurburgring ao vivo e na íntegra.

Os tempos na LMP2:

1 – Roman Rusinov, René Rast e Alex Brundle, Oreca 05-Nissan, 1min48s984
2 – Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e Stéphane Richelmi, Alpine A460-Nissan, 1min49s727
3 – Nick Leventi, Jonny Kane, Lewis Williamson, Gibson 015S-Nissan, 1min49s752
4 – Bruno Senna, Filipe Albuquerque, Ricardo Gonzalez, Ligier JS P2-Nissan, 1min50s105
5 – Tor Graves, Antonio Pizzonia, Matthew Howson, Oreca 05-Nissan, 1min50s372
6 – Nicolas Minassian e Maurício Mediani, BR01-Nissan, 1min50s948
7 – Ryan Dalziel, Pipo Derani e Christopher Cumming, Ligier JS P2-Nissan, 1min51s194
8 – Matthew Rao, Richard Bradley e Roberto Merhi, Oreca 05-Nissan, 1min51s294
9 – Vitaky Petrov, Kirill Ladygin e Victor Shaitar, BR01-Nissan, 1min51s667
10 – David Cheng, Ho Pin Tung e Nelson Panciatti, Alpine A460-Nissan, 1min52s506
11 – Scott Sharp, Ed Brown e Johannes Van Overbeek, Ligier JS P2-NissaN, 1min56s462

Audi larga na frente para as 6 horas de Nurburgring

Pista úmida ajudou Audi? (Foto: WEC)

A Audi marcou a pole para as 6 horas de Nurburgring, que ocorrem na manha de domingo (23) na Alemanha. Andre Lotterer levou o R18 #7 a primeira posição com o tempo de 1:39.444. Lotterer vai dividir o LMP com Marcel Fassler.

Em segundo o Audi #8 com o tempo de 1:39.710. Lucas di Grassi foi o responsável pela obtenção do tempo. O brasileiro irá partilhar a condução com Oliver Jarvis e Loic Duval.

Tempos da seção de treinos.

Os dois LMP da Porsche vem em terceiro e quarto lugares. Mark Webber com o #1 superou o #2 pilotado por Timo Bernhard. Pelos lados da Toyota o #6 larga em quinto e o #5 em sexto. Entre os LMP1 privados, a Rebellion Racing marcou o melhor tempo com o R-One #13, dos pilotos Dominik Kraihamer, Matheo Tuscher e Alexandre Imperatori.

Na classe LMP2 a pole ficou com o Oreca 05 da equipe G-Drive Racing do trio Romain Rusinov, René Rast e Alex Brindle. Em segundo o Alpine #36, seguido pelo Gibson #42 da Strakka Racing.

A Aston Martin vai largar na frente na classe GTE-PRO neste domingo. O Vantage #95 de Nicki Thiim e Marco Sorensen. O treino que começou com pista molhada, foi melhorando até o ponto que Thiim pode usar pneus slicks e marcar 2:01.712. O tempo foi mais de dois décimos superior ao Ford #66 de Stefan Muecke e Oliver Pla. Em terceiro o Aston #97 de Darren Turner e Richie Stanaway.

Esta foi a primeira pole da equipe desde a etapa de Austin em 2015. A Dunlop também tem o que comemorar já que foi a primeira pole da história recente da equipe no Endurance. A Ferrari #51 da AF Corse, foi um dos primeiros carros a usar pneus de pista seca no final da sessão. Com a pista ainda molhada Gianmaria Bruni acabou saindo da pista. Mesmo marcando um bom tempo, o regulamento leva em consideração a média dos dois pilotos do carro. Assim ele e seu companheiro James Calado ficaram na quarta posição.

Em condições adversas a Porsche garantiu a pole na classe GTE-AM com o 911 RSR #88 da Abu Dhabi Proton Racing de Patrick Long e Khaled Al Qubaisi. Em segundo o também Porsche #78 da KCMG com Wolf Henzler e Joel Camathias. Em terceiro o Aston Martin #98.