Toyota faz dobradinha em Fuji pelo Mundial de Endurance

Mesmo em bandeira verde Toyota foi um adversário difícil para a Porsche. (Foto: Divulgação)

A Toyota conquistou na madrugada deste domingo, 15, a vitória em casa, no circuito de Fuji no Japão. A prova teve apenas 113 voltas e foi marcada pelo mau tempo, coroou o bom trabalho do TS050 #8 de Anthony Davidson, Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima.

Mesmo com a entrada do carro de segurança, a organização da prova ficou na esperança de que a chuva e a falta de visibilidade, passassem, o que não aconteceu. A prova ficou sob bandeira verde por pouco mais de 10 minutos, quando finalmente foi decretada bandeira vermelha. Oficialmente a prova teve pouco mais de 4 horas e 20 minutos.

Esta foi a terceira prova na história do Mundial de Endurance que teve seu tempo reduzido, por conta do mau tempo. As duas primeiras vezes também foram em Fuji. A equipe japonese mostrou força, dominando a prova em condições molhadas. Os dois carros da equipe Porsche ficaram com a terceira e quarta posição. Earl Bamber com o 919 #2 chegou a liderar, mas não conseguiu manter a liderança frente ao bom desempenho dos carros da Toyota.

Resultado final

Hisatake Murata, chefe da equipe Toyota: “É fantástico ficar no centro do pódio novamente na nossa terceira vitória da temporada. Lutamos muito duro para conseguir isso, e é ainda mais especial aqui na nossa corrida em casa. Obrigado a todos que vieram para Fuji Speedway hoje e apoiar-nos, apesar do mau tempo. Eles realmente nos dão motivação extra e estou satisfeito que pudéssemos mostrar-lhes uma luta emocionante com a Porsche. Nossos pilotos e carros apresentaram desempenho muito forte hoje em condições molhadas. Nossa meta agora é lutar duro com a Porsche nas duas últimas corridas e criar um final emocionante para a temporada para os fãs.”

Mais tempo parados do que correndo. (Foto: FIAWEC)

Bamber, Timo Bernhard e Brendon Hartley são os líderes do campeonato, mantendo vivas a chances, pelo menos matemáticas de Nakajima e Buemi de conquistar o título. O Porsche #1 teve o bico avariado, após André Lotterer tocar em Buemi.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 da Porsche: “A chuva pesada, densa neblina, um começo atrás do safety car, duas bandeiras vermelhas e períodos de safety car numerosos e zonas amarelas: Dadas essas condições adversas, podemos estar contente que nada sério aconteceu hoje. No final, foi uma dobradinha  em casa para a  Toyota. Mas estávamos perto e em Xangai, vamos fazer de tudo para fazer o próximo passo para defender nossos títulos de campeão.”

Bruno Senna vence a segunda no ano. (Foto: Divulgação)

Na classe LMP2, Bruno Senna, Julien Canal e Nicolas Prost venceram com o Rebellion #31. Foi a segunda vitória do trio na temporada. Em segundo lugar o Alpine #36 de André Negrão e Gustavo Menezes. Os líderes do campeonato, o Oreca #38 da Jackie Chang DC Racing de Oliver Jarvis, Ho-Ping Tung e Thomas Laurent, terminarem em terceiro lugar.

“Foi talvez a corrida mais tensa e difícil da minha vida”, disse Bruno, que aproveitou o pódio para comemorar também o aniversário – completou 34 anos. Com os resultados, os pilotos da Rebellion Racing mantiveram a vice-liderança e reduziram para somente 10 pontos a diferença para o trio da Jackie Chan Racing, formado por Oliver Jarvis, Thomas Laurent e Ho-Pin Tung, terceiro colocados na etapa.

As previsões da meteorologia, que indicavam até a possibilidade de cancelamento da prova, quase que se confirmaram completamente. A prova começou com pista molhada e visibilidade reduzida, o que levou a direção de prova a determinar o regime de bandeira amarela em uma das curvas. “Em nenhum momento conseguimos ver a curva 1. Foi um desafio enorme completar a corrida”,  afirmou Bruno, que saiu na segunda colocação, passou à liderança logo no início e sobreviveu aos múltiplos choques – um deles envolvendo o segundo Oreca-Gibson da equipe, então nas mãos de Mathias Beche, que bateu forte mas nada sofreu.

Ferrari vence na classe GTE-PRO. (Foto: FIAWEC)

Bruno percorreu uma maratona. Por causa do encurtamento da prova, Canal nem chegou a assumir o cockpit. “Fiquei três horas e meia pilotando. Foi muito cansativo e mentalmente exigente. Felizmente, consegui tomar a frente logo com a rodada do Nelsinho Piquet, que provocou um embaralhamento de posições atrás que nos ajudou. Tivemos de fazer um pit stop com bandeira verde, o que nos prejudicou bastante, mas felizmente recuperamos no segundo e deu para reprogramar a estratégia. Mesmo assim, demos sorte porque o ritmo do carro do André Negrão era melhor que o nosso e o encerramento prematuro nos beneficiou”, admitiu.

Com mais 25 pontos, Bruno e Canal passaram a somar 135 contra 145 dos líderes – Prost não tem mais chances de ser campeão porque não participou das 6 Horas de Nurburgring. Com isso, as 6 Horas de Xangai, no próximo dia 3 de novembro, ganharam ainda mais importância na definição do título, já que depois restará apenas a prova final no Bahrein. “Dez pontos não são tão poucos assim, mas se lembrarmos que já estivemos 46 atrás…”, lembrou Bruno. “E o importante é que continuamos crescendo e viemos descontando um pouco a cada prova.”

Companheiro de Bruno Senna na equipe Rebellion Nelsinho Piquet, largou na pole, iniciando uma feroz recuperação e, depois de ultrapassar os carros das categorias GT, começou a descontar a diferença em relação aos demais protótipos da LMP2. Foi quando uma nova entrada do safety car ajudou e reduziu ainda mais a desvantagem.

Com pouco mais de uma hora de prova, Nelsinho já era o oitavo na classe, mas a chuva aumentou e uma forte neblina tornou a visibilidade terrível, obrigando a direção de prova a acionar a bandeira vermelha. Depois de quase uma hora de paralisação, mas com a regressiva das seis horas prosseguindo, a prova recomeçou e Nelsinho seguiu sua recuperação.

Clearwater vence na GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

Piquet Jr. subiu logo para o quinto lugar e decidiu permanecer na pista por mais tempo, retardando o segundo pit stop e, consequentemente, a troca de pilotos. Quando finalmente parou, com quase três horas de prova, Nelsinho já estava em segundo na LMP2, e deu lugar a Mathias Beche.

No entanto, o suíço acabou sofrendo um acidente com 3h35 de corrida após toque do francês Jean-Eric Vergne e a tripulação teve de abandonar a disputa devido aos danos no protótipo Oreca #13. Uma hora depois, a direção de prova agitou novamente a bandeira vermelha e esperou pela melhora das condições, o que não aconteceu, e a prova foi encerrada.

“A corrida foi complicada, acabei rodando no começo e caí para trás. Fomos recuperando bem, cheguei ali até a ficar em segundo, perto da frente. Depois, o Mathias Beche acabou levando uma pancada do Jean-Eric Vergne e infelizmente abandonamos”. Comentou o piloto.

Na classe GTE-PRO a Ferrari de Alessandro Pier Guidi e James Calado, superou a equipe Porsche no pódio e também na luta pelo título. A prova marcou a segunda vitória de Calado e Pier Guidi. Andy Priaulx e Harry Tincknell que pilotam o Aston Martin #67 não completaram a prova.

Em segundo o Porsche #91 de Richard Lietz e Fred Makowiecki. Completando o pódio o Porsche #92. Na classe GTE-AM Miguel Molina, Francesco Castellaci e Thomas Flohr, conquistaram a primeira vitória com a Ferrari #54 da Spirit Racing. Em segundo a Ferrari #61 da Clearwater de Keita Sawa e Weng Mok Sun. Completando o pódio da classe, o Porsche #77 da equipe Dempsey Proton Racing.

Senna e Piquet saem na frente no Japão

(Foto: Divulgação)

Como nos tempos de glória do automobilismo brasileiro, um Senna e um Piquet estarão na primeira fila do grid – e desta vez lado a lado. Os dois pilotos da Rebellion Racing dominaram a sessão classificatória que definiu a ordem de largada da classe LMP2 das 6 Horas de Fuji, sétima e antepenúltima etapa do Campeonato Mundial de Endurance. Nelsinho Piquet, que divide o protótipo número 13 com Mathias Beche e David Heinemeyer Hansson, partirá da pole e terá a companhia de Bruno Senna, este em plena luta pela conquista do título da divisão juntamente com o parceiro francês Julien Canal com o Oreca-Gibson nº 31.

Resultado treino classificatório

A prova começará às 23 horas (Brasília) deste sábado e com chances quase certas de chuva ao longo de todo o período – 99% de acordo com os serviços de meteorologia do Japão. O mau tempo característico da região nesta época do ano se fez novamente presente no autódromo localizado nas proximidades do Monte Fuji e impediu as equipes de usarem os pneus de seco até agora. O qualifying foi disputado com pista molhada e pneus intermediários.

Bruno levou leve vantagem na disputa que trava com os líderes Oliver Jarvis, Ho-Pin Tung e Thomas Laurent, que sairão em terceiro. Mas lamentou o tráfego encontrado por Canal no momento em fazia sua volta rápida. Pelo regulamento, dois pilotos por carro participam da classificação, o mais graduado (ouro ou platina) e o de currículo mais modesto (prata), valendo para efeito de tempo a média da melhor volta de cada um. “Foi uma pena porque tínhamos tudo para ficar com a pole. Mas vamos brigar pela vitória, de qualquer jeito”, prometeu.

“Foi um ótimo dia! O carro sempre esteve bom na chuva tanto na sexta-feira como hoje. Foi crucial acertar a escolha de pneus porque estava bem difícil saber se era pneu de chuva ou intermediário, e os engenheiros fizeram a escolha perfeita. Deu tudo certo e o David Heinemeier-Hansson andou muito bem, ele um piloto silver mas foi mais rápido do que muitos pilotos pro. Agora é torcer para não chover muito e termos uma boa corrida porque a chance é de chover tanto que pode atrapalhar o dia”, destacou Nelsinho Piquet.

A diferença de Bruno e Canal para os ponteiros é de 20 pontos – 130 as 110. Nicolas Prost, o terceiro piloto do carro do brasileiro, não correu em Nurburgring e tem 98. Apesar de sair à frente dos maiores rivais, Bruno sabe que a prova está completamente aberta, não apenas em função da duração como das condições extremas que as equipes deverão enfrentar. “Tudo indica que vai chover forte. Não será fácil, mas nos preparamos para ganhar.”

Bruno Senna tenta encostar nos líderes no Japão

(Foto: Divulgação)

Com 20 pontos de desvantagem para o trio da Jackie Chan Racing formado pelo inglês Oliver Jarvis, o chinês Ho-Pin Tung e o francês Thomas Laurent, Bruno Senna tem neste fim de semana nas 6 Horas de Fuji a primeira das três últimas chances de superar os rivais na luta pelo título da classe LMP2 do Campeonato Mundial de Endurance. E a disputa entre os dois times favoritos promete mesmo ser a tônica da 7ª e antepenúltima etapa, já que nos treinos livres desta sexta-feira, prejudicados em grande parte pela chuva típica desta época do ano no Japão, Laurent foi o mais rápido da divisão, com uma volta em 1min47s437 que superou a de Bruno, seu mais direto perseguidor, por menos de um décimo.

Bruno e Julien Canal, um dos parceiros na Rebellion Racing, somam 110 pontos contra 130 dos ponteiros. Nicolas Prost, o outro francês da equipe, se afastou porque não participou da etapa de Nurburgring. O desafio que eles têm pela frente é grande, já que o sistema de pontuação do Mundial de Endurance segue o da Fórmula 1, distribuindo 25 pontos ao vencedor e 18 ao segundo. O crescimento da Rebellion na segunda fase do calendário, no entanto, é um fator que não pode ser desprezado na reta final.

O mau tempo aos pés do Monte Fuji desapontou a todos. “Quase não pudemos andar”, resumiu Bruno, que ainda teria um treino livre na manhã deste sábado para trabalhar no acerto do Oreca-Gibson do time suíço antes da sessão classificatória que definirá o grid. A largada da corrida está marcada para as 23 horas (Brasília) deste sábado. A chuva, no entanto, é uma ameaça real à realização da prova. “Existe, sim, o risco de não acontecer. Há previsão de tempestade a partir da tarde do sábado”, avisou Bruno.

Nelsinho Piquet inicia fase asiática do Mundial de Endurance

(Foto: José Mário Dias)

O Campeonato Mundial de Endurance inicia no próximo fim de semana a sua fase asiática com as 6 Horas de Fuji, no Japão, e Nelsinho Piquet chega embalado após o terceiro lugar na categoria LMP2 na última etapa, em Austin (Estados Unidos).

Ao contrário das últimas corridas, disputadas em pistas nas quais ele ainda não havia pilotado, o brasileiro da Rebellion Racing vai competir com o protótipo Oreca #13 em três circuitos conhecidos por ele; além da prova em Fuji, o FIA WEC terá etapas em Xangai (China) e Sakhir (Bahrein).

Nelsinho, aliás, guarda lembranças muito positivas de Fuji. Foi lá que em 2008 ele fez uma de suas melhores provas na Fórmula 1, quando chegou a liderar a corrida por duas vezes (sete voltas) e terminou em quarto lugar.

Localizado ao pé do famoso Monte Fuji, ponto culminante do Japão (3.776 metros), o circuito japonês tem 4,563 quilômetros e uma das mais longas retas do automobilismo mundial, com 1.475 metros. O traçado tem uma combinação de curvas de alta velocidade e um miolo de baixa. O clima na região costuma ser instável e a previsão indica chuva para o fim de semana.

“Agora o campeonato entra na fase asiática, em pistas que conheço bem e gosto bastante. Com isso, espero um resultado melhor do que nas últimas duas corridas, em circuitos que eu nunca havia andado. Estou muito motivado para essas três etapas e nessa reta final podemos tomar mais riscos para terminar melhor no campeonato”, comentou o piloto. 

A programação em Fuji se inicia na sexta-feira com a realização de dois treinos livres. No sábado, serão disputados mais um treino livre e a classificação para determinar o grid de largada. A corrida tem início previsto para as 23h de sábado (11h de domingo no Japão).

 

 

 

Pipo Derani selecionado para testar com a Toyota pela LMP1 no Bahrein

Brasileiro termina na quinta posição durante as 6 horas de Fuji. (Foto: ESM)

Pipo Derani participará em novembro do teste para estreantes da LMP1 no Bahrein. Com uma temporada arrasadora, onde venceu as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring, ele foi um dos selecionados para participar do teste com a equipe Toyota Gazoo Racing.

A chance para Derani testar pela montadora japonesa contou com o apoio e indicação da ACO (Automobile Club de l’Ouest), promotora dos campeonatos FIA WEC, Le Mans Series Europeia e Le Mans Series Asiática, em reconhecimento por sua contribuição na categoria LMP2.

“A excelente performance do Pipo pela ESM nos Estados Unidos no início do ano, além de sua expressiva temporada no FIA WEC em 2015 e as conquistas dos pódios em 2016 contaram para a decisão”, comentou o presidente da ACO, Pierre Filon.

“Estou muito honrado por ter sido selecionado como um dos três pilotos para testar no Bahrein. Gostaria de agradecer ao FIA WEC e à ACO pela oportunidade, demonstrando a confiança que eles têm em minhas habilidades. Meu objetivo é correr na LMP1, então este será um passo inicial muito importante e espero conquistar esta meta”, declarou Derani.

“Não posso esperar para encontrar o pessoal da Toyota Gazoo Racing e experimentar o Toyota TS 050 Hybrid. Já estou na contagem regressiva, mas antes temos mais duas corridas para o final da temporada e estarei completamente focado no trabalho com a Tequila Patrón ESM”, completou Derani.

Brasileiro brilha no Japão

Pipo novamente foi destaque, neste domingo (16), na disputa das 6 Horas de Fuji do FIA WEC, sétima etapa da temporada.

O brasileiro fez um impressionante triplo stint e finalizou a corrida na quinta colocação para assegurar mais um bom resultado para o Tequila Patrón ESM Ligier JP P2-Nissan, que ele divide com os companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming.

“O início da prova foi difícil e tivemos alguns problemas, que nos custaram tempo”, disse Derani. “Mas depois conseguimos mostrar um bom ritmo e fomos um dos mais rápidos na pista. A equipe fez um trabalho perfeito no final de semana todo, conquistamos pontos importantes para permanecer na luta pelo Top-3 do campeonato. Nossa performance este final de semana nos deu ânimo para a disputa em Xangai no mês que vem”, completou.

A pilotagem do brasileiro foi notável, quando ele se mostrou o mais rápido no último estágio da corrida, registrando a média mais veloz em 70 voltas no Fuji Speedway.

A próxima etapa do FIA WEC, as 6 Horas de Xangai, na China, acontecerá no dia 6 de novembro.

O resultado das 6 Horas de Fuji (LMP2 / Top-6):

1 Rusinov/Stevens/Brundle G-Drive Racing ORECA 05-Nissan
2 Senna/Albuquerque/Gonzalez RGR Sport Ligier JS P2-Nissan
3 Lapierre/Menezes/Richelmi Signatech Alpine A460-Nissan
4 Giovinazzi/Gelael/van der Garde Extreme Speed Motorsports Ligier JS P2-Nissan
5 Derani/Dalziel/Cumming Extreme Speed Motorsports Ligier JS P2-Nissan
6 Kane/Williamson Strakka Racing Gibson 015S-Nissan

Classificação (LMP2, após sete etapas):
1 Menezes/Lapierre/Richelmi 171
2 Senna/Albuquerque/Gonzalez 133
3 Rusinov 112
4 Cumming/Derani/Dalziel 94
5 Rast 86
6 Stevens 67
11 Brundle 48

Classificação (Equipes LMP2):
1 Signatech Alpine 171
2 RGR Sport by Morand 136
3 G-Drive Racing 114
4 Extreme Speed Motorsports 94
5 SMP Racing 59
6 Strakka Racing 66

Toyota vence as 6 horas de Fuji

Estratégia garantiu vitória da Toyota em casa. (Foto: AdrenalMedia)

A Toyota venceu as 6 horas de Fuji, sétima etapa do Mundial de Endurance 2016. Uma estratégia ousada levou Kamui Kobayshi com o TS050 #6, superar Loic Duval com o Audi #8, por 1.439 segundos.

Com uma parada apenas para combustível, Kobayshi superou Duval, garantindo a primeira vitória da equipe depois de dois anos. O protótipo japonês foi partilhado com Mike Conway e Stephane Sarrazin.

Resultado final da prova.

Mesmo com pneus novos, o Audi #8 não conseguiu mais do que o segundo lugar. Não deixa de ser uma decepção para o time alemão, que marcou a pole e dominou grande parte da corrida sem ser pressionado pelos rivais Audi e Porsche.

Toshio Sato, presidente da Toyota: “Foi uma corrida emocionante, muito disputada entre os três fabricantes LMP1, por assim dizer, foi um sprint corrida de seis horas. Foi uma luta limpa. Parabenizo a Audi e Porsche para a sua parte deste grande show. Quero agradecer toda equipe, pelo ótimo trabalho.”

Em terceiro, o Porsche #1 de Mark Webber, Timo Bernhard e Brendon Hartley. Tanto o Porsche #1 quanto o #2 que terminou na quinta posição fizeram uma corrida discreta. Na quarta posição o TS050 #5, que superou o Porsche #2 na última parada para troca e pneus. O 919 Hybrid de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb, enfrentaram problemas durante toda a prova.

Dr. Wolfgang Ullrich, chefe da Audi Motorsport: “Uma corrida carregada de suspense que estávamos conduzindo por mais de cinco horas escapou das nossas mãos. Na última parada, a Toyota usou a vantagem estratégica e não trocou os pneus e ganhou uma vantagem de cerca de 25 segundos. Tentamos para compensar a desvantagem na pista novamente. Foi emocionante assistir. Loïc, chegando a pouco mais de 1 segundo no final. Fico triste para a equipe #7, por terminar por um defeito técnico.”

G-Drive vence a primeira na LMP2 no ano. (Foto: AdrenalMedia)

Problemas que também perseguem o Audi #7, que mais uma vez não fez uma boa prova, e abandonou com problemas no sistema híbrido. A prova para Fassler, Lotterer e Tréluyer não teve mais do que 20 minutos de duração.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 da Porsche: “Desde Le Mans vencemos todas as corridas. Hoje conseguimos um lugar no pódio, mas depois de uma corrida emocionante. No final, apenas alguns segundos decidiu os três primeiros lugares. Parabéns a Toyota para a sua vitória em casa. Parabéns a Audi para um desempenho forte. Fomos capazes de melhorar a nossa posição no campeonato de construtores. Agora vamos para as etapas finais da temporada. Estamos otimistas para as duas últimas corridas da temporada.”

Entre os LMP1 privados, o Revellion #13 de Dominik Kraihamer, Matheo Tuscher e Alexandre Imperatori, venceu a corrida, garantindo o título para as equipes privadas. O ByKolles #4 com problemas, abandonou a prova.

“Foi uma boa corrida, lideramos cinco horas e meia e acabamos perdendo por menos de um segundo e meio. Acho que foi a chegada mais apertada da história do WEC. A Toyota fez um double stint no final e a gente teve de parar para trocar pneu. No final chegamos nesta distância, apesar de ter tirado bastante no final”, afirmou di Grassi, que assumiu a condução do Audi R18 após o segundo pit stop. Di Grassi e Duval cravaram, no sábado, a pole position para as 6 Horas de Fuji.

“Acabamos encurtando em mais nove pontos a diferença para o líder do campeonato. No final das contas foi um bom resultado. O gostinho da vitória não veio por muito pouco. A gente sai com uma sensação não muito boa por ter perdido a corrida no último stint. De qualquer forma, acabamos chegando na frente dos dois Porsche, com uma corrida limpa, sem acidentes, com uma boa estratégia, um carro confiável e rápido”, disse o brasileiro, que tirou nove pontos para os líderes e continua na disputa pelo título a 28,5 pontos de distância para o Porsche #2 de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb a duas etapas do final.

Di Grassi mantém a confiança. “Ainda temos chances matemáticas e na China seguimos na busca. Não posso reclamar, porque em duas semanas fiz dois segundos lugares e com uma pole position, podendo levar a bandeira do Brasil para o pódio de dois dos campeonatos mais difíceis do mundo. Estou orgulhoso, mas ainda temos que continuar buscando e fazendo o trabalho de casa”, concluiu.

Dobradinha da Ford na classe GTE-PRO. (Foto: AdrenalMedia)

As grandes disputas da prova ocorreram na classe LMP2. Com bons pegas, o vencedor foi o Oreca 05 #26 da G-Drive Racing. Foi a primeira vitória da equipe no ano. Will Stevens chegou com uma diferença de 1.398 segundos para o Ligier #43 da RGR Sports. Bruno Senna foi quem fez o último stint. A vitória para o #43, foi adiada por conta de uma ultrapassagem mal feita pelo Rebellion da classe LMP1.

“Faltando menos de três voltas, o Rebellion da LMP1 veio me ultrapassar na Curva 10 e me atrapalhou. Ele poderia ter passado sem problema na reta, mas acabou fazendo com que o Stevens entrasse grudado. Aí não deu como segurar. Em condições normais, mesmo com meu jogo de pneus já no terceiro turno, eu não permitiria a ultrapassagem”, comentou o brasileiro.

As 6 Horas de Fuji foram uma das melhores provas do ano. “Foi pauleira do início ao fim. Pela primeira vez, não tivemos nenhuma bandeira amarela ou full course yellow. Todo mundo acelerou forte desde a largada”, relatou. Bruno lamentou ainda que a vitória da G-Drive tenha custado sete pontos importantes na briga particular com a Signatech Racing. “Descontaríamos dez, mas com o segundo só tiramos três pontinhos”, lembrou. A diferença da equipe de Bruno para os ponteiros é agora de 38 pontos, com mais 52 em disputa.

Aston Martin #98 vence na classe GTE-AM. (Foto: AdrenalMedia)

Pipo Derani terminou na quinta posição com o Ligier #30 da Extreme Speed Motorsports.

Na classe GTE-PRO, a Ford, levou os dois primeiros lugares. O #67 de Andy Priaulx, Harry Tincknell, foi seguido pelo #66 de Olivier Pla e Stefan Mucke. Foi uma vitória tranquila para o time americano. Em terceiro e quarto as duas Ferrari da equipe AF Corse #51 e #7, que lideraram, somente nas paradas de boxes dos Ford. Na quinta e sexta colocação os Aston Martin #95 e #97 respectivamente.

A classe GTE-AM, teve como vencedores Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Mathias Lauda com o Aston #98. Foi uma vitória dominante. Em segundo a Ferrari #83 da AF Corse dos líderes do campeonato, François Perrodo, Emmanuel Collard e Rui Águas. Completando o pódio, o Porsche #78 da KCMG de Christien Ried, Wolf Henzler e Joel Camathias.

 

Audi e Porsche, lideram primeiros treinos para as 6 horas de Fuji

Porsche, a equipe mais rápida do dia. (Foto: Porsche AG)

Os dois primeiros treinos para as 6 horas de Fuji, próxima etapa do Mundial de Endurance, que ocorre neste final de semana no Japão, começaram disputados. Tanto Audi, quanto Porsche lideraram as sessões de treinos livres.

No primeiro treino, Marcel Fassler com o Audi #7 marcou 1:25.030, foi seguido pelo Toyota #6 de Kamui Kobayshi que marcou 1:25.556. Em terceiro o Audi #8 de Loic Duval com 1:25.838.

Já no segundo treino, foi a vez da Porsche ditar o ritmo. Mark Webber com o 919 #1 cravou 1:24.074, superando os dois LMP da Audi com quase 1 segundo de vantagem.

Na classe LMP2, o melhor tempo do dia ficou com o Ligier JS P2 #43 da RGR com o tempo de 1:31.909. Na GTE-PRO, o Ford #66 conquistou 1:38.743. Entre os amadores, o Aston Martin #98 com 1:40.112.

Primeiro treino livre.

Segundo treino livre.

Bruno Senna vai atrás da terceira vitória no WEC em Fuji

José Mário Dias/MF2

Em busca da terceira vitória na temporada e dos preciosos pontos que necessita para encurtar a diferença para os líderes, o trio formado por Bruno Senna, o português Filipe Albuquerque e o mexicano Ricardo Gonzalez tem novo desafio domingo nas 6 Horas de Fuji, sétima etapa do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Se não é totalmente hostil ao Ligier JS P2-Nissan da RGR Sport, a pista japonesa está longe de ser a mais favorável ao protótipo dos segundos colocados na classe LMP2. “O traçado tem uma longa reta na saída de uma curva de baixa. Perdemos tempo na reaceleração. Mas temos os treinos para trabalhar numa solução para esse problema”, explicou o brasileiro, surpreso com a baixa temperatura durante o reconhecimento do traçado nesta quinta-feira.

Bruno e seus companheiros ganharam na abertura em Silverstone e repetiram a dose na Cidade do México, a prova de casa da equipe de propriedade de Gonzalez. O problema é que o norte-americano de origem brasileira Gustavo Menezes, o francês Nicolas Lapierre e o monegasco Stéphane Richelmi conquistaram as outras quatro. A vantagem confortável de 41 pontos dos pilotos da Signatech Alpine foi garantida em grande parte pela pontuação dobrada – 50 pontos – da vitória nas 24 Horas de Le Mans, de onde Bruno, Albuquerque e Gonzalez somaram apenas 16. Por isso, para continuar sonhando com o título nas provas restantes do mês que vem na China e no Bahrein, é imperativo chegar à frente dos rivais no autódromo localizado aos pés do Monte Fuji.

Já com as equipes instaladas nos boxes, a grande notícia do dia foi o anúncio do fim de carreira do australiano Mark Webber, ganhador de nove GPs de Fórmula 1, depois de três temporadas na equipe oficial da Porsche na LMP1. Mas as novidades não pararam por aí: a Extreme Speed Motorsport, uma das principais forças da LMP2, decidiu trocar todos os pilotos do carro 30, afastando os norte-americanos Scott Sharp, Ed Brown e Johannes van Overbeek e cedendo as vagas ao italiano Antonio Giovinazzi, ao holandês Giedo Van der Garde e ao indonésio Sean Gelael. Na G-Drive, o alemão René Rast será substituído pelo britânico Will Stevens.

Pelo horário brasileiro, os treinos livres seriam abertos às 22h45 de hoje, com a primeira das duas sessões de 90 minutos do dia e previsão de temperaturas bem mais elevadas que as da véspera. Sábado, após mais um ensaio de uma hora, as posições do grid serão conhecidas no qualifying marcado para as 2h30 (Brasília). A largada será autorizada às 23 horas, também pelo horário brasileiro. Como determina o regulamento, iniciará a prova o piloto mais rápido de cada carro ao longo do fim de semana, independentemente da sessão em que o tempo foi estabelecido – treino livre ou classificatório.

 

Lucas Di Grassi busca primeira vitória da Audi em Fuji

(Foto: Audi Sport)

O Campeonato Mundial de Endurance, chega ao Japão para a sétima e antepenúltima etapa da temporada 2016 com as 6 Horas de Fuji. A prova tem largada às 23 horas deste sábado (15) no horário de Brasília. Lucas di Grassi, piloto brasileiro da Audi Sport, é o atual vice-líder da competição e busca as lições aprendidas em Hong Kong, há uma semana, para tentar reverter a situação.

O paulistano de 32 anos competiu na primeira etapa da temporada 2016-2017 da Fórmula E largando da última fila, tendo de fazer um pit stop não programado para a troca do bico de seu carro e, ainda assim, trabalhou em uma estratégia agressiva, fazendo sua troca antes de todos os outros e tirou tudo de seu carro – inclusive a energia – para terminar a prova na segunda posição em um dia em que tudo encaminhava para que nenhum ponto fosse conquistado.

No FIA WEC, Di Grassi divide a condução do Audi R18 #8 com o francês Loïc Duval e com o britânico Oliver Jarvis. O trio, que já tem uma pole e uma vitória na atual temporada, ocupa a vice-liderança do campeonato com 92,5 pontos, atrás do trio formado por Marc Lieb, Romain Dumas e Neel Jani, do Porsche 919 #2, que soma 130 graças às vitórias conquistadas em Silverstone, no início do ano, e nas 24 Horas de Le Mans, que conferem pontuação dobrada.

“Estamos ainda buscando o Porsche #2 na liderança do campeonato. Estamos atrás, e vamos precisar contar com um pouco de sorte. Não vamos desistir nunca, como aconteceu em Hong Kong na semana passada na Fórmula E. Vamos tentar até a última corrida. Se houver chances matemáticas, nós vamos lutar pelo campeonato”, afirmou Lucas di Grassi.

O brasileiro busca também quebrar uma incômoda escrita para a marca das quatro argolas no Japão. Apesar de ter vencido 13 vezes as 24 Horas de Le Mans, a Audi jamais venceu uma prova do Mundial na Terra do Sol Nascente. “Fuji é uma pista em que a Audi nunca venceu, então seria muito importante conquistar esta primeira vitória para a equipe aqui, bem como para avançar no campeonato. Vamos dar o máximo, como fazemos todas as vezes“, concluiu.

Pipo Derani chega ao Japão esperando corrida difícil

(Foto: ESM)

O brasileiro Pipo Derani desembarcou esta semana na “terra do sol nascente” para a disputa neste domingo (dia 16) de mais uma etapa do FIA WEC (Campeonato Mundial de Endurance) no circuito de Fuji, no Japão.

O piloto, que completou 23 anos nesta quarta-feira (12), volta à pista onde conquistou no ano passado um ótimo terceiro lugar na LMP2.

Pilotando o #31 Tequila Patrón ESM Ligier JS P2-Nissan, Derani chegou ao Japão comprometido em continuar sua excelente performance na temporada, após um segundo lugar nas 10 Horas de Petit Le Mans, no início do mês, nos Estados Unidos, correndo pelo IMSA WeatherTech.

Uma mudança significante para a equipe nesta etapa do WEC é a troca do fornecedor de pneus. A Ligier-Nissan voltará a usar os pneus Dunlop pela primeira vez, desde as 24 Horas de Le Mans, em junho.

Ao lado dos companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming, Derani terá mais um desafio contra os rivais da LMP2, com o campeonato entrando em sua reta final. Nesta temporada, o brasileiro foi peça fundamental na conquista de quatro pódios (Silverstone, Spa, Nurburgring e Cidade do México).

“Chegamos a Fuji, um circuito que eu gosto bastante. Estamos animados com as nossas chances nesta pista”, declarou Derani. “A última etapa do WEC, em Austin, foi difícil, mas a equipe fez um ótimo trabalho como sempre. Queremos colocar este final de semana para trás e nos concentramos agora em voltar à briga pela segunda colocação na LMP2. Este é o objetivo”, continuou.

“Os fãs japoneses são especiais e adoram corridas de endurance”, lembrou Pipo. “Espero que possamos dar a eles muitas emoções no final de semana. Como sempre, a disputa na LMP2 será acirrada e difícil, mas com a mudança dos pneus estou confiante de que poderemos maximizar a performance do #31 Tequila Patrón ESM e voltar a brigar pelo pódio”, completou o brasileiro.

Nesta etapa, Derani terá novos companheiros no outro carro da equipe, que passa a contar com o trio Antonio Giovinazzi, Sean Gelael e Giedo van der Garde no #30 Ligier JS P2 Nissan.

Os treinos em Fuji começam nesta sexta-feira (14). No sábado (15), o classificatório será às 2h30 no Brasil (14h30 horário local). No domingo, a sétima etapa do ano terá sua largada às 11 horas local (23 horas de sábado ainda no Brasil). Serão seis horas de disputas.