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Porsche e outras montadoras apoiam plano da Asian Le Mans Series para incluir Hypercars privados na serie

As montadoras Porsche, BMW e Ferrari demonstraram apoio cauteloso à proposta da Asian Le Mans Series (ALMS) de introduzir uma classe dedicada a Hypercars privados a partir da temporada 2026/27. O plano, anunciado recentemente pelo ACO (Automobile Club de l’Ouest), busca abrir espaço para equipes clientes com protótipos LMH e LMDh, desde que incluam pelo menos um piloto com classificação Bronze em formações Pro-Am.

De acordo com o site Sportscar365.com, a decisão surge em meio à queda no número de inscrições privadas na classe Hypercar do Campeonato Mundial de Endurance da FIA (WEC), reflexo do crescimento das equipes de fábrica na categoria. Atualmente, apenas a Porsche e a Ferrari disponibilizam carros para clientes no WEC, sendo que, nos Estados Unidos, somente a Porsche conta com equipes clientes na classe GTP do IMSA WeatherTech SportsCar Championship.

Porsche aprova ideia, mas adota tom prudente

Thomas Laudenbach, chefe da Porsche Motorsport, elogiou a abertura da ALMS para os clientes da Hypercar, mas evitou confirmar a presença do Porsche 963 no grid da série asiática.

“É uma corrida de clientes, então a decisão cabe a eles. Entramos em contato com a ACO e dissemos que estamos prontos para apoiar, mas é um esforço financeiro grande”, afirmou Laudenbach ao Sportscar365.

“A porta está aberta. Resta saber se alguém vai atravessá-la.”

A equipe americana JDC-Miller Motorsports, que compete no IMSA, já demonstrou interesse inicial na proposta.

BMW vê proposta com bons olhos, mas destaca limitações

Apesar de não ter ainda fornecido o M Hybrid V8 a clientes, a BMW também se mostrou receptiva à ideia. Andreas Roos, diretor de automobilismo da marca alemã, afirmou que os planos estão em andamento. Mas acredita que a temporada 2026/27 pode ser prematura para iniciar um programa asiático.

“É ótimo ver essa abertura. Mas operar um Hypercar não é como um GT3. Requer suporte técnico intenso e preparação, especialmente no período de inverno, que é crucial para nossos compromissos com o WEC e o IMSA.”

Roos também destacou o calendário apertado, com eventos como os testes oficiais de Daytona. Seguidos de Sebring e Catar, dificultando a logística para um novo programa.

Ferrari condiciona participação ao encerramento antecipado da temporada

A Ferrari adotou uma postura semelhante, afirmando que sua participação dependeria de um calendário que encerrasse antes de janeiro. Atualmente, a ALMS acontece entre dezembro e fevereiro, com etapas na Malásia, Dubai e Abu Dhabi. Embora os organizadores tenham sinalizado interesse em concentrar a temporada no Sudeste Asiático.

“Pode ser interessante, mas é essencial que a temporada termine em dezembro. A operação de um Hypercar exige mais pessoal do que um GT3 e isso colide com as férias de inverno e a preparação para o WEC”, afirmou um porta-voz da marca italiana.

Caso participe, é provável que a Ferrari confie novamente na parceira AF Corse para a operação de seus carros na série asiática.