Ferrari terá o Hypercar mais pesado nas 6 Horas de São Paulo

A Ferrari foi a fabricante de Hypercar mais afetada pelo novo Balanço de Desempenho (BoP) divulgadonesta segunda-feira, 08, para a quinta etapa do Campeonato Mundial de Endurance da FIA (WEC), que acontece neste fim de semana em São Paulo.

Assim, as Ferrari 499P, vencedora das 24 Horas de Le Mans, agora pesa 1.060 kg, um aumento de 17 kg em relação ao evento anterior. Com isso, o carro italiano iguala o peso do Toyota GR010 Hybrid, que recebeu um acréscimo de 7 kg após Le Mans.

Embora a Toyota chegue ao Brasil com mais potência, 506 kW, em comparação aos 503 kW da Ferrari, a marca italiana recebeu um ajuste positivo de potência de 1,8% para São Paulo, revertendo o valor negativo de -1,7% anteriormente aplicado.

BoP Hypercar

BoP LMGT3

Esta será a primeira vez que o ‘BoP de dois estágios’ será usado em uma corrida regular do WEC fora de Le Mans. Apesar de o BoP de Le Mans ser tratado de forma independente do restante do calendário, a tabela de São Paulo apresenta variações em relação ao clássico francês.

Entre os nove fabricantes de hipercarros, apenas o Isotta Fraschini Tipo 6 Competizione e o Lamborghini SC63 não tiveram aumento de peso. O Isotta Fraschini, inclusive, teve uma redução de 18 kg, ficando com 1.030 kg, enquanto o Lamborghini permaneceu com 1.039 kg.

Além da Ferrari, o Porsche 963 teve um aumento significativo, ganhando 9 kg e atingindo 1.051 kg, o que o coloca como o terceiro carro mais pesado do grid, ao lado do Peugeot 9X8, que ganhou 4 kg desde Le Mans.

Demais mudanças para a etapa do WEC

Outras alterações incluem o Alpine A424 e o BMW M Hybrid V8, que agora pesam 1.044 kg após aumentos de 6 kg e 5 kg, respectivamente. O Cadillac V-Series.R também teve um acréscimo de 3 kg, equiparando-se ao Lamborghini com 1.039 kg.

No setor de potência, o Cadillac lidera com um aumento de 10 kW, chegando a 519 kW. Outros aumentos notáveis incluem a Alpine com 9 kW (516 kW), Isotta Fraschini com 5 kW (520 kW) e BMW com 4 kW (512 kW). Peugeot e Porsche ganharam 2 kW (510 kW) e 1 kW (512 kW) adicionais, respectivamente.

O ganho de potência permanece restrito a 250 km/h, com Alpine, Cadillac e Lamborghini perdendo potência acima desse limite. A Toyota, junto com a Ferrari, é uma das poucas marcas com ganho de potência positivo, de 2,8%, mas ambas perderam potência básica desde Le Mans.

Alterações no BoP da classe LMGT3

O BoP revisado para a classe LMGT3 trouxe aumentos de peso significativos. O BMW M4 GT3 ganhou 22 kg em relação ao mínimo anterior de Le Mans. O Lamborghini Huracan GT3 EVO2, o Ford Mustang GT3 e o Chevrolet Corvette Z06.R GT3 também tiveram aumentos consideráveis de 14 kg, 13 kg e 11 kg, respectivamente.

Com isso, o Lamborghini se torna o carro mais pesado do grid, com 1.369 kg, seguido pelo Corvette com 1.358 kg. O Porsche 911 GT3 R é o modelo mais leve, com 1.330 kg após um aumento modesto de 3 kg.

Os carros da Manthey, que lideram o campeonato, terão mais peso no Brasil devido às penalidades de lastro de sucesso. O carro nº 92 Manthey PureRxcing terá a penalidade máxima de 45 kg, totalizando 1.375 kg, enquanto o nº 92 Manthey EMA terá 20 kg adicionais.

A maioria dos carros teve aumentos de peso e reduções de potência em comparação a Le Mans. O Porsche foi o mais afetado, com uma redução de potência de 4%. Ferrari 296 GT3 e Corvette tiveram quedas de 2%, enquanto Aston Martin, Ford, Lexus e McLaren 720S GT3 Evo foram cortados em 1%.

Por fim, a única exceção foi a Lamborghini. Que ganhou 1% de potência básica e tem um ganho de potência negativo de 1%, juntamente com BMW e Ford.