Equipes de fábrica intensificam testes para o WEC

As montadoras que participam do Mundial de Endurance estão intensificando os testes, para deixar seus protótipos afiados até a rodada de abertura em Silverstone no mês de Abril. A Audi testa seu novo R18 no circuito de Abu Dhabi. De acordo com o site Endurance.info o carro #3 dos pilotos Marco Bonanomi, Felipe Albuquerer e Oliver Jarvis.

Já a Porsche, optou por testar seu 919 no Bahrain, mesmo que logisticamente não sendo opção mais lógica. O LMP deve ser “oficialmente” apresentado ao público no início de Março no Salão o automóvel de Genebra.

A Toyota também finalizou um extensa bateria de testes em Paul Ricard, e deve anunciar seu TS040 Hybrid nos testes oficiais que ocorrem entre os dias 28 e 29 de Março. Abaixo um vídeo do novo R18 da Audi.


Pegasus Racing faz Shakedwn do seu Morgan LMP2 em Magny-Cours

A equipe Pegasus Racing, completou hoje (05) as primeiras voltas do Morgan LMP2 que irá disputar o ELMS, além das 24 horas de Le Mans. O dono da equipe Julien Schell, considerou satisfatório este primeiro contato com o carro.

“Achei o carro muito fácil de conduzir e imediatamente tive uma grande sensação de controle”, disse Schell. “Isso gera confiança. O motor Nissan tem excelente torque e um som bonito. É realmente um prazer dirigir este carro. Claro, nós vamos trabalhar em alguns detalhes, como a posição de condução, mas a configuração entregue pela fábrica é satisfatória.” Completou

Além de Schell, Niki Leutwiler é um dos pilotos confirmados. O terceiro deve ser escolhido nas próximas semanas. A equipe deve realizar novos testes em Paul Ricard, ainda este mês. A lista com o nome das equipes escolhidas para Le Mans será divulgada no dia 13 de Fevereiro.

Toyota completa intenso programa de testes

A Toyota que vem testando seu TS040 Hybrid desde semana passada em Paul Ricard com Alex Wurz e Anthony Davidson, revelou hoje em seu site alguns detalhes do novo carro.

O sistema híbrido duplo, um em cada eixo, bem como uma evolução do seu V8 aspirado. “Este ano vamos nos beneficiar de um sistema híbrido com tração nas quatro rodas usando um super-capacitor, o que dará um impulso de aceleração muito substancial“, disse o presidente da equipe Yoshiaki Kinoshita. “Será fascinante ver as várias soluções apresentada por nossos concorrentes e comparar, pessoalmente, eu não posso esperar para começar.”

Seus principais rivais, Audi e Porsche, já revelaram seus LMP1 para a atual temporada. O novo R18 e-tron quattro, conta com um novo sistema de recuperação que utilizada os gases oriundos do sistema de escapamento, convertendo a energia térmica em elétrica. As novas regras limitam a 2 tipos de sistemas distintos de recuperação de energia por carro.

Já a Porsche, será alimentado por um V4 turbo a gasolina, também com sistemas de recuperação de energia. O fabricante vem desde Junho passado realizando testes e evoluções em seu LMP.

As três equipes estarão em Paul Ricard para os testes do WEC entre os dias 28 e 29.

Toyota realiza testes em Paul Ricard com TS040

A edição portuguesa da Autosport revelou hoje que o novo protótipo da Toyota deu suas primeiras voltas em Paul Ricard pelas mãos de Alexander Wurz.

Batizado de TS040 Hybrid o LMP foi classificado por um dos técnicos da montadora como “o melhor teste que fizemos desde que regressamos ao endurance em 2012”.O carro será equipado com um V8 aspirado e sistemas de recuperação de energia tanto na dianteira quanto traseira.

Ainda segundo a nota os testes irão continuar nos circuitos de Algarve em Portugal e Aragon na Espanha. A apresentação oficial do carro é esperada para Marços nos testes oficiais do mundial em Paul Ricard.

O WEC e os motores turbo da F1 em 2014

Com a divulgação do novo regulamento do WEC e a mudança dos motores V8 aspirados para os V6 turbo da Fórmula, muitos especulam a ida de montadoras para o mundial de Endurance com a finalidade de desenvolver motores para a categoria máxima.

Na festa de Natal da Ferrari, Luca Di Montezemolo não descartou mas também não confirmou que a Scuderia italiana poderá regressar a Le Mans nos próximos anos. Isso por que obviamente o regulamento do WEC tornou-se mais favorável para o desenvolvimento de tecnologias, as quais poderão ingressar nos carros de rua nos próximos anos, que o regulamento demasiadamente restritivo da Fórmula 1. Mas existem vários dúvidas nesses boatos que surgiram em torno o regresso da Ferrari para Le Mans. Será que o desejo da montadora é vencer as 24 horas de Le Mans e o Mundial de Endurance brigando ferrenhamente com Audi, Toyota e Porsche e criar novas tecnologias para seus superesportivos do futuro? Ou procurar uma forma de desenvolver os motores V6 turbo que alimentarão seus carros na Fórmula 1 com a finalidade de dizimar a diferença entre ela e a RBR, Lotus e Mercedes, uma vez que era superada facilmente por essas equipes antes da mudança do regulamento? Muitos apostam nas duas opções.

Usar o mundial de endurance como um laboratório tem gerado grandes resultados para as montadoras. Para a Ferrari, seria uma ótima opção, regressar à LMP1, já que ela iniciou a adoção da tecnologia híbrida aos seus carros, a exemplo da La Ferrari, o esportivo mais potente e rápido produzido atualmente pela marca e que apresenta KERS.

Já outros especulam que o regresso da Ferrari à LMP1 seria apenas para desenvolver o motor V6 turbo que será usado na Fórmula 1. Embora possa ser possível, pelo fato do novo regulamento da ACO não haver restrições quanto a configurações de motor, não se terá dados concretos, já que o regulamento da ACO será baseado no consumo energético dos carros e provavelmente, os motores seriam usados com grandes restritores de ar. A confiabilidade dos motores é que poderá ser testada regularmente pois a F1 diminuiu o número de motores por temporada para 2014, visando a redução de custos. Só o tempo dirá se haverá uma nova história entre Ferrari e Endurance.

* Por Matheus Brandão

Toyota vence corrida quente no Bahrein

A última etapa do mundial de endurance no Bahrein, foi provavelmente a mais esperada do ano. Esta seria a primeira vez, (já que a prova de Fuji foi cancelada) que teríamos realmente a Toyota em pé de igualdade com a Audi. Além da batalha entre os dois fabricantes o calor seria o adversário a ser batido por todos, por essa razão que mais da metade da prova foi realizada a noite, mesmo assim o custo foi alto para as equipes. Ao todo 9 carros abandonaram a prova, grande parte por problemas provenientes das altas temperaturas. Até carros inquebráveis como Toyota, Audi acabaram quebrando pelo caminho.

Os vencedores do Toyota #8 Anthony Davidson, Sébasten Buemi e Stéphane Sarrazin, passaram as 6 horas da prova literalmente com o pé embaixo, este era o único jeito de sair da mira da equipe Audi. O melhor Audi até então o #2 teve problemas com o câmbio e também abandonou, o segundo colocado na classe o Audi #1 do trio Lotterer, Fassler e Tréluyer acabou sendo punido por ultrapassar um retardatário com bandeira amarela e deu por encerrada uma disputa direta pela liderança. Só uma quebra tiraria a vitória do #8 e como ela não veio, foi a primeira vitória de fato da equipe este ano no mundial.

Equipe G-Drive vence na LMP2

Já na classe LMP2 os vencedores foram o#26 da equipe G-Drive Racing com Romain Rusinov, Mike Conway que travaram uma bela disputa com o Oreca da equipe Pecom Racing que “deu” o primeiro lugar depois de uma escapada na sequência de curvas que antecedem a grande reta dos boxes. Em segundo o #24 da equipe OAK Racing dos pilotos Oliver Pla, David Heinemeier e Alex Brundle. Fechando o pódio o #41 Zytek Z11SN Nissan da equipe Greaves Motorsport de Bjorn Wirdheim, Jon Lancaster e Wolfgang Reip. Com o resultado os vencedores do campeonato na LMP2 foram os pilotos do carro #35 da OAK Racing que acabaram na quarta posição Baguette, Gonzales e Plowman.

AF Corse vence e fatura campeonato em cima da Aston Martin

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Na classe GTE-PRO uma bela disputa entre Porsche e Ferrari culminou com o primeiro lugar para o #51 da equipe AF Corse da dupla Bruni e Vilander, em segundo o Porsche #91 de Bergmeister e Pilet e fechando o pódio a Ferrari #71 de Kobayashi e Fisichella. A “sorte” para os vencedores da prova começou quando o Aston Martin #97 que liderava o campeonato até então, enfrentou vários problemas durante a prova e acabou abandonando.

Aston Martin vence na GTE-AM

O segundo carro da equipe o #99 aonde compete Bruno Senna também apresentou problemas e não completou a prova, deixando a briga entre Ferrari e Porsche. Com o resultado a Ferrari que não foi uma das favoritas neste ano acabou levando o título mais pela constância do que pelo desempenho do carro.

Se na PRO a Aston teve um péssimo dia, não podemos dizer o mesmo da divisão AM. Lá os vencedores foram Nicki Thiim, Christofeer Nygaard e Kristian Poulsen. Em segundo veio a Ferrari#81 da 8Star Racing e fechando o pódio a Ferrari #61 da equipe AF Corse. O brasileiro Fernando Rees que compete com o Corvette #50 da equipe Larbre Competition terminou em 4º na classe. Abaixo o resultado final da prova e do campeonato.

Resultado final das 6 horas do Bahrein

World Endurance Drivers Championship:

1. Loïc Duval/Tom Kristensen/Allan McNish – 162 pontos
2. Andre Lotterer/Marcel Fässler/Bénoit Tréluyer – 149,25
3. Anthony Davidson/Stéphane Sarrazin/Sébastien Buemi – 106,25
4. Alexander Wurz/Nicolas Lapierre – 69,5
5. Mathias Beche – 63,5
6. Nicolas Prost – 60
7. John Martin/Roman Rusinov/Mike Conway – 53
8. Nick Heidfeld – 48
9. Lucas Di Grassi/Marc Gené/Oliver Jarvis – 45
10. Bertrand Baguette/Martin Plowman/Ricardo González – 44,5

FIA Endurance Trophy for LMP2 Drivers:

1. Bertrand Baguette/Martin Plowman/Ricardo González – 141,5 pontos
2. Alex Brundle/David Heinemeier-Hänsson/Olivier Pla – 132,5
3. John Martin/Roman Rusinov/Mike Conway – 132
4. Luis Perez-Companc/Pierre Kaffer/Nicolas Minassian – 110
5. Tor Graves – 56
6. Jacques Nicolet – 51
7. James Walker – 44
8. Tom Kimber-Smith – 40
9. Björn Wirdheim – 37
10. Keiko Ihara – 35

World Endurance Cup for GT Drivers:

1. Gianmaria Bruni – 145 pontos
2. Giancarlo Fisichella – 135
3. Darren Turner/Stefan Mücke – 125,5
4. Marc Lieb/Richard Lietz – 123
5. Toni Vilander – 108
6. Patrick Pilet/Jörg Bergmeister – 99,5
7. Kamui Kobayashi – 98
8. Bruno Senna – 94
9. Fréderic Makowiecki – 73,5
10. Romain Dumas – 72

FIA Endurance Trophy for GTE-AM Drivers:

1. Jamie Campbell-Walter/Stuart Hall – 129
2. Enzo Potolicchio/Rui Águas – 128
3. Jean-Karl Vernay/Raymond Narac – 120
4. Patrick Bornhauser/Julien Canal – 97
5. Christoffer Nygaard/Kristian Poulsen – 94,5
6. Christian Ried/Gianluca Roda/Paolo Ruberti – 76,5
7. Fernando Rees – 73
8. Christophe Bourret e Matt Griffin – 68
10. Davide Rigon – 67

Toyota confirma 2 LMP para a última prova do mundial.

A Toyota confirmou que vai competir com seu dois TS030 na última etapa do WEC no Bahrain. Existia a possibilidade de apenas 1 carro competir, já que o #8 apresentou problemas de suspensão.

Os pilotos se mantem inalterados. O #7 será pilotado por Alexander Wurz, Nicolas Lapierre e Kazuki Nakajima. Já o #8 terá Anthony Davidson, Sébastien Buemi e Stéphane Sarrazin.

Lista de inscritos para as 6 horas do Bahrain.

Toyota compete no Brasil com novo pacote aerodinâmico.

Foi em Interlagos o palco em 2012 da primeira vitória da Toyota no seu retorno ao endurance surpreendendo até a toda poderosa Audi. Porém neste ano as coisas não andam bem e os protótipos japoneses não foram páreos para os R18 alemães. Pensando em dar uma reviravolta no campeonato e buscando mais uma vitória o #7 vai competir em São Paulo com um novo pacote aerodinâmico.

As alterações foram feitas visando um maior ganho de downforce em comparação a pista de Le Mans última etapa do mundial. As mudanças estão presentes na caixas de rodas traseiras, asa traseira e carenagem que cobre o motor. Segundo a assessoria de imprensa da Toyota para as etapas restantes do mundial cada pista terá um pacote personalizado. Resta saber se as mudanças darão resultado.

Fonte: Assessoria de imprensa Toyota.

24 horas de Le Mans 2013–Sonhos e conquistas.

Audi #2 venceu em prova tumultuada e por que não monótona

Vou fugir de frases feitas para descrever as 24 horas de Le Mans deste ano. Expressões como “Audi vence mais uma” “Prova histórica na França”, “Tom Kristensen maior pilotos de todos os tempos”. Apenas para frisar como várias matérias sobre a corrida serão descritas ao redor do mundo, especialmente aqui no Brasil. Mas neste ano aconteceu muito mais do que uma esperada vitória da Audi.

O ser humano é ansioso por natureza. Trabalha muito para conquistar o que deseja seja algo material ou a conquista do grande amor. Claro que todos esperamos o dia em que faremos aniversário, ou que vamos passar no vestibular ou aquele sábado à noite que será o primeiro encontro com aquela moça que está lutando para conquistar há tempos. E neste momento tudo pode ser ótimo ou uma grande decepção. Sempre digo que tudo na vida tem 50% de chances de dar errado e 50% de dar certo. Talvez a graça não seja o acerto ou o erro, e sim o que aprendemos com situação.

Terceiro lugar de Lucas di Grassi coroa bom desempenho do brasileiro.

Acredito que este era o desejo de Allan Simonsen, que morreu nos primeiros minutos da corrida. Esperou o ano inteiro para competir na prova que amava. Talvez não ganhasse, mas o fato de estar ali já seria uma vitória. Conseguiu o que muitos pilotos, torcedores e apaixonados por automobilismo querem, ir além de competir, de ganhar dinheiro com o que ama, de ter a oportunidade de vencer, conseguiu correr em Le Mans. Porém, o destino fez com que em sua nona participação perdesse a vida. Um homem jovem, prestes a completar 35 anos. O esperado quando este tipo de tragédia acontece é a equipe se retirar por completo da competição, como foi o caso da Mercedes nos anos 50 ou em 99 quando o CLK voou. Talvez o medo de um novo acidente, ou por respeito a família do piloto. Mas é aí que a coisa toma outra forma. A própria família pediu para que o time inteiro continuasse a prova como homenagem a Simonsen. Mesmo que o psicológico de todos e não só os da Aston Martin estivesse abalado, o time continuou, mesmo não ganhando a prova mostram que o sonho ou a vontade muitas vezes passa por caminhos tortuosos, mas que não deve ser abandonado. Talvez não seria esta a festa do centenário que a Aston Martin esperava, de perder uma vida, mas com certeza quem ficou e lutou para a conquista do sonho de todos ali tenha sido a maior vitória.

OAK Racing vence na LMP2 com #35 e com o #24 em segundo

O acidente do carro #99 a princípio teria sido mais um, pois a batida não chegou a ser violenta como no caso do Audi R18 em 2011 de Allan McNish. A forma como o Aston se desintegrou é que chamou a atenção. Tudo bem que o carro deve aguentar o impacto e a célula de sobrevivência ficar intacta mas o jeito que o carro ficou merece uma investigação mais apurada. Mesmo caso do #97 em que competia Bruno Senna e por conta de uma escapada simples ficou avaria a ponto de não voltar a pista.

Em detrimento a tantos acidentes a direção de prova foi bem mais rigorosa no que resultou em um recorde de entrada do carro de segurança. Ao todo foram quase 5 horas em bandeira amarela para consertos de muros de proteção e limpeza da pista.

Voltando para a classe P1 e a vitória do Audi #2 que marcou mais um recorde para Tom Kristensen, McNish e Duval. Desde os testes, passando pelo treino classificatório, era esperada esta vitória e talvez o maior rival seria o #1 de André Lotterer, Marcel Fassler e Benoit Treluyer. Lotterer surpreendeu já na largada pulando na frente e deixando os dirigentes da Audi com um sorriso meio amarelo. Em condições normais seria quase impossível vencer o #2 e fizeram bem em arriscar. Poderiam ter ganho a prova visto que o ritmo em vários momentos era superior ao #2, porém, problemas no alternador fizeram o carro ficar um bom tempo nos boxes para reparo levando por água abaixo as chances de uma vitória. Em contra partida, o #3 também foi pego pelas intempéries climáticas com um pneu furado, perdendo tempo. A atuação de Lucas di Grassi, em conjunto com Marc Gene e Oliver Jarvis, merece aplausos. Em todas as seções que pilotou soube comandar o carro não deixou o desempenho cair, conseguindo o terceiro lugar.

Porsche supera Aston Martin 50% da estratégia e 50% nas bandeiras amarelas e vence na GTE-PRO

A Toyota tentou, mas não conseguiu ser páreo para a velocidade dos Audi, mesmo estes parando mais e consumindo mais. Talvez ali estivesse o trunfo do time Japonês que esboçou alguma competitividade no começo da prova, quando a pista estava molhada, mas foi só. Se aproveitou dos problemas dos Audi e, é claro, o conjunto foi robusto, resistindo as 24 horas. Mesmo o acidente do #7 a menos de 1 hora do fim impediu o carro de cruzar a linha de chegada em quarto lugar. Para a equipe é uma vitória que seus dois carros tenham completado a prova mas precisam trabalhar e muito para diminuir a vantagem da Audi. Se em condições adversas eles tem chances em uma pista seca a coisa é bem diferente.

O melhor time privado da P1, surpreendendo muitos, foi o HDP da equipe Strakka Racing que acabou em sexto, a seis voltas dos líderes. O trio Nick Leventis, Danny Watts e Jonny Kane soube driblar os erros e chegou ao final intacto. Ao contrário dos seus adversários da Rebellion Racing, que acabaram ficando pelo caminho, seja por batidas ou por problemas mecânicos. O #12 terminou em quadragésimo e o #13 em quadragésimo primeiro.

Já entre os modelos P2, uma dobradinha da equipe OAK Racing com o #35 Bertrand Baguette, Ricardo Gonzales e Martin Plowman e #24 de Olivier Pla, David Heinemeier e Alex Brundle, que mesmo dando uma escapada nas horas finais da prova sob forte chuva, completou a prova. Equipes fortes como TDS Racing, Delta-ADR acabaram abandonando a prova. Os dois carros da equipe Lotus, que chegaram a ser apreendidos pela justiça em detrimento a uma ordem de busca por falta de pagamento, também ficaram pelo caminho. Em terceiro chegou o Oreca 03 #26 da equipe G Drive Racing do trio Roman Rusinov, John Martin e Mike Conway.

Porsche vence também na AM com a IMSA

A estreante Alpine fez uma corrida discreta terminando em décima quinta no geral. O acidente mais grave porém sem problemas para o piloto foi do Lola #30 da HVM Status GP que ficou totalmente destruído depois de uma batida nas curvas que antecedem a chicane Ford. Dificilmente este carro vai voltar a alguma competição, visto o estado em que ficou. A grande vencedora da classe sem dúvida foi a Nissan, dos 13 LMP2 que completaram a prova, 10 usavam propulsores do fabricante Japonês que revelou seu novo modelo para a garagem 56 do ano que vem, mesmo alegando que é um projeto totalmente novo o Zeod RC é um Delta Wing com capota. A “esperança” é o sistema híbrido revolucionário, ainda pouco divulgado.

A morte de Simonsen marcou o centenário da Aston Martin.

Na GTE-PRO o domínio da Aston Martin em todos os treinos resultou em uma liderança tranquila mesmo com a saída do #99 que liderava. Coube o #97 do trio Peter Dumbreck, Stefan Mucke e Darren Turner lutar pela vitória no centenário da marca. Porém, faltando 1 hora para o fim da corrida, a demora na escola de pneus nos boxes e sem tempo hábil para lutar pela vitória acabou ficando em terceiro, atrás dos dois Porsche que surpreenderam e mostraram um renascimento da marca na classe, que há tempos vinha apanhando da Ferrari que não fez nada durante todo o final de semana. O vencedor #92 Marc Lieb, Richard Lietz e Romains Dumas e do #91 de Jorg Bergmeister, Patrick Pilet e Timo Bernhard. A Porsche sempre falou que este ano seria um ano teste para a grande estreia de seu modelo LMP1, pode-se considerar que o novo carro terá um enorme sucesso. O Corvette #73 acabou chegando em quarto e a Ferrari #71 da AF Corse foi a melhor colocada, em quinto lugar.

A equipe Viper, estreante este ano, acabou em oitavo com o #53 e nono com o #93. Sem maiores problemas mecânicos, os carros aguentaram bem o tranco, e se a promessa do fabricante de continuar ano que vem se concretizar, teremos mais um belo adversário na competitiva classe PRO. Entre os amadores da classe AM vitória do #76 da IMSA Performance Matmut de Raymond Narac, Christophe Bourret e Jean-Karl Vernay chegando uma volta à frente do segundo colocado, a Ferrari #55 da AF Corse Piergiuseppe Perazzini, Lorenzo Case e Darryl O´Young. Fechando o pódio, outra Ferrari da AF Corse a #61 de Jack Gerber, Matt Griffin e Marco Cioci. A classe também marcou a estreia de Patrick Dampsei no Porsche #77 e o ator-piloto fez bonito, mesmo dando algumas escapadas durante a noite, terminou em quarto na classe e poderia muito bem abandonar os filmes, que não faria feio nas pistas. Superou a equipe Larbre, que acabou em quinto com o #50.

Erro de companheiro de equipe acaba com sonho de Senna de vitória.

A emoção da prova foi realmente nos períodos de pista molhada, mas no geral foi uma prova bem disputada em todas as classes até na P1 aonde os problemas limitaram e muito uma briga mais acirrada entre os carros da Audi. A quantidade de bandeiras amarelas também surpreendeu, talvez por um zelo maior depois da morte de Simonsen.

Outro ponto que falo ano após ano é a transmissão da corrida para o Brasil. Desde que o Sportv comprou os direitos de transmissão do WEC ano passado, muito por causa de Lucas di Grassi na Audi, todos os fãs de automobilismo esperavam uma melhor cobertura. A impressão que se tem disso é que o ápice do campeonato é a prova de Interlagos, o que não é verdade. A maior prova é Le Mans, até aí tudo bem, já que para a maioria dos brasileiros qualquer evento esportivo só é bom se tem brasileiro na frente, independente da qualidade da coisa. Desde então espero um valor merecido a transmissão. Fiquei surpreso quando anunciaram com pompa e circunstância que iriam transmitir 4 horas da prova. Quatro horas e uma prova de 24 é meio que forçar a barra, mas é melhor do que nada. O Canal Fox Sports também passou alguns trechos da corrida e as 2 horas finais e o que salvou neste caso foi o conhecimento de Sérgio Lago e principalmente sua sinceridade em dizer que não sabia certas coisas, até por que seu ponto forte é a NASCAR. Não cheguei a acompanhar 10 minutos da cobertura do SPORTV, pois se é para ler de 5 em 5 minutos a classificação eu mesmo leio o que passa na tela. Grande parte da transmissão acabei acompanhando pelo Eurosport Português, e o que vi foi uma ótima cobertura.

Narradores com conhecimento, mesmo com a morte de Simonsen trataram a coisa sem grandes alardes, usaram muito as redes sociais, respondendo perguntas de telespectadores, promovendo perguntas para testar o conhecimento de quem estava no Facebook. Apresentaram entrevista com pilotos, chefes de equipes, souberam aproveitar o tempo e manter o telespectador ligado em uma evento que, por mais gostoso que seja, cansa pelo tempo de duração. Parabéns a equipe da Eurosport, e é uma pena não termos este tipo de profissional aqui no Brasil, que não empurra a coisa com a barriga, que estimule e acabe agregando novos fãs ao esporte.

A próxima etapa do WEC será aqui no Brasil em primeiro de Setembro.

Classificação final das 24 horas de 2013

Toyota pensando na classe LMP2?

O site racecar-engineering divulgou hoje declarações da TMG sobre um possível LMP2 para equipes de clientes a partir de 2014. O diretor comercial da TMG Rob Leupen comenta “Somos convidados constantemente sobre construir um LMP2 por isso é algo que temos de pesquisar.”

Atualmente o acordo com um equipe cliente se refere ao fornecimento de motores a Rebellion Racing e a uma equipe GT que compete na VLN. Além disto um motor nos padrões do WRC está em testes de bancada. “Nós estamos olhando para várias possibilidades como Rally além da LMP2, mas temos que tomar cuidado para não se sobrecarregar”, explicou Leupen. “Vamos decidir nos próximos meses nossa estratégia de clientes.”

Uma boa alternativa para a Toyota é investir no LMP2 para os EUA aonde poderia vencer no geral no USCR. Vamos aguardar.