O que você espera do seu carro é o mesmo que espera do automobilismo?

De onde você acha que vem as inovações presentes no seu carro? (Foto: ELMS)

O ser humano é avesso a mudanças. Quem nunca se estressou por ter que fazer um caminho diferente do habitual do que sempre faz para chegar em casa? Ou a mudança da numeração da grade de canais na lista da TV a cabo, que muda depois de dois meses recebendo avisos?

Até o famoso botão iniciar que saiu na versão 8.0 do Windows e voltou agora foi alvo de reclamações, pedições online e tudo o que é de reclamação?

Pois é, somos assim e no automobilismo a história não é diferente. Nos anos 80 quando surgiram os primeiros carros a álcool no Brasil, poucos gostaram da ideia. Lembro que meu pai teve dois, uma Panorama e uma Elba que eu carinhosamente chamava de chaleira. O motivo? A fumaceira que fazia nas manhas frias, quando custava a pegar.

Meu pai não reclamava, os carros atendiam seus anseios. Fato parecido também nos anos 80 e começo dos 90 eram a aversão a carros de 4 portas. Renegados a ser carros de taxi, poucos queria ter, desconsiderando a praticidade.

Hoje todos querem um carro flex e que tenha 4 portas. Mesmo aquela pessoa solteira que usa mais as duas portas traseiras do que o próprio porta malas. Assim é com o automobilismo.

Em 1923, Charles Faroux e Georges Durand tiveram a brilhante ideia de desenvolver uma corrida para ajudar no desenvolvimento dos carros na França. As 24 horas de Le Mans.

Desde então vários componentes oriundos das pistas foram introduzidos nos carros de série. Freios a discos, para brisas mais resistentes, pneus que duram mais e por ai vai. Hoje um consumidor não quer apenas o famoso trio (ar, vidro e direção), ele quer mais. Quer sensores por todo carro, pneus que não furam, sistemas inteligentes e controles de tração.

Aonde estas coisas são desenvolvidas? Exato. Nas pistas. Neste momento se destacam duas categorias que historicamente sempre primaram pelo desenvolvimento de novas tecnologias. O Endurance e a Fórmula 1.

A primeira vem investindo pesado em tecnologias hibridas e no consumo de combustível. Hoje protótipos como o Porsche 919 Hybrid gera aproximadamente 1000cv de potencia com um pequeno motor V4. A F1 ataca com um V6 também com um sistema híbrido.

E é ai que a coisa começa a pegar. Enquanto o WEC optou por este caminho, meio que automaticamente, pelo histórico de inovações, a F1 mais conservadora teve que se adaptar aos tempos modernos.

Todos torcem cada vez mais pelos níveis de tecnologia do WEC, mas cobram e reclamam do atual estágio da F1. Qual o problema da F1 tem um motor pequeno, mas que gera a mesma potencia de um V8 ou V10? Nenhum.

Até com o barulho dos carros a crítica “especializada” reclamou. Para muitos carros de F1 em especifico devem ser barulhentos. Eles são bem barulhentos ainda, mesmo comparados aos carros dos outros anos. São bem mais barulhentos do que a maioria dos carros de rua.

O saudosismo é outro fator da discórdia. Nunca mais veremos mecânicos sujos de graxa, motores desmontados pelos boxes e pilotos sem camisa. Aceita que doí menos. Não nego que nos anos 70 e 80 as coisas eram mais divertidas. Mas não era tanto por conta do tipo de motor.

Pistas e principalmente o regulamento é que fazem o espetáculo. Por que a categoria fica menos emocionante com um domínio da RBR ou Mercedes? Em todas as décadas tivemos equipes dominantes, pessoas reclamando e mesmo assim a coisa funcionava.

Por que a F1 não era chata na época de domínio de Senna e Piquet? Pois é. Talvez o que salve a F1, seja um choque de gestão. Regras mais abertas, pistas mais interessantes, isso independente do motor ser um V6 ou V4 ou até um 1.0.

Nunca mais teremos um V12 queimando toneladas de combustível e talvez seja isso que incomode tanto os “fãs”. Hoje a história é outra, com novas prioridades e anseios mercadológicos.

Nos resta torcer que esta crise que vem afetando a F1 um dia acabe e que não passe para outras categorias como o WEC, Fórmula E, Nascar e Indy, para citar apenas algumas.

Toda essa tecnologia está ai no seu carro. Seja ele fazendo 20 km/l, poluindo menos e principalmente fazendo menos barulho.

 

O brasileiro e a síndrome do “pé de chinelo”

Não sou fã da Stock Car, para mim categoria monomarca é Porsche Cup, Ferrari Challenge e até Copa Clio. Uma “categoria” que é um misto mal sucedido de Nascar e DTM, para muitos é o supra sumo do automobilismo no Brasil.

Talvez tenham esquecido da Formula Truck e dos diversos campeonatos regionais que sobrevivem nos mais diversos cantos desde Brasil, mas como a Stock para muitos é a principal fazer o que?

A categoria a anos é o reduto de pilotos em fase de aposentadoria na Europa que tentam uma sobre vida no Brasil. Pilotos bons como Christian Fittipaldi que também corre nos EUA, mas a grande maioria dos brasileiros não sabe, Luciano Burti e tanto outros e é claro Rubens Barrichello.

Rubinho sempre foi taxado de incompetente por grande parte dos “torcedores” que entendem de automobilismo. Sofreu como poucos quando Senna morreu em 1994, para muitos ele era o salvador da pátria, que ganharia tudo e acabaria com os monstros maus da Europa. Não ganhou e acabou caindo no imaginário popular como um eterno segundo lugar.

Segundo lugar este, em sua grande parte por conta da política famigerada da F1, aonde bota o esporte em segundo lugar em detrimento a acordos financeiros e a politicagem. Mesmo na Ferrari não conseguiu superar o “talentoso” Schumacher e o fim da história todo mundo sabe.

Em um país em que o segundo lugar para muitos é pior do que uma traição, Rubens é infelizmente e sempre será uma piada pronta quando o assunto é segundo lugar. Mas ele não está sozinho. Felipe Massa e tantos outros brasileiros que sofrem para conseguir uma carreira no automobilismo (muitos desconhecidos do grande público aqui no Brasil), acabam no ostracismo e acabam na Stock Car, não que a Stock seja a pior categoria do mundo mas, a falta de incentivo muitas vezes acaba os trazendo de volta.

Rubinho venceu hoje a corrida do milhão. Não que ele precisasse da grana, mas foi muito bom ver ele vencendo e convencendo. Ganhou de pilotos com uma grande experiência na modalidade e calou a boca de muitos, não de todos.

Rubens não precisa provar o seu talento em um carro de corrida. Muitos daqueles que fazem pouco caso do sucesso do piloto e de toda a experiência dele no automobilismo, não conseguem domar um gol 1.0 e morrem todos os dias em rachas e coisas do tipo.

Mas de quem é a culpa pelo mal desempenho dos nossos esportistas no automobilismo internacional? Ou eles estão tão mal assim? Estão, a culpa principal é da falta de incentivo em categorias de base, como existem no futebol, vôlei e tantos esportes, pois para muitos, automobilismo é esporte de riquinho, branco e que não precisa de incentivo para correr.

Será que toda criança nasce sonhando em ser jogador de futebol? Duvido. Se tivéssemos uma maior divulgação de corridas regionais, um melhor acompanhamento dos nossos representantes no exterior, com certeza o abismo e atraso tecnológico que existe entre o nosso automobilismo e o do resto do mundo seria menor.

Hoje os grandes portais, jornais e TV, divulgam mal, e muito mal os resultados pífios dos nossos representantes, em especial na F1, pois para muitos é o que interessa. Quando criei o BONGASAT BLOGGER em 2009, foi por uma necessidade de busca notícias sobre Endurance, e demais categorias, tão ou mais competitivas que a F1. Isto há 5 anos atrás. Hoje se você quer saber sobre provas na Austrália, Ásia ou até dos nossos vizinhos argentinos precisa recorrer a blogs, e sites nativos. As poucas notícias que encontramos são de algum brasileiro que se aventurou, como se somente brasileiros estão disputando provas ao redor do mundo. Para muitos qualquer competição só é válida quando existe representantes “tupiniquins” competindo e é claro vencendo, por que perder…

Brasileiro não sabe torcer, e também não sabe incentivar, quer tudo pronto, quer ser o primeiro em tudo, mas esquece que nome e carisma não ganham nada, preparação e dedicação e acima de tudo incentivo sim.

Parabéns Rubens, não que você precisasse mas a sua vitória apenas acrescentou mais uma estrelinha no seu céu de vitórias e conquistas.

Felipe e um novo começo no automobilismo

Faz muito tempo que não comento nada sobre a F1 aqui no blog. Seja pelo desânimo em acompanhar a categoria, que não tem mais aquele espírito esportivo, ou por que o endurance tem demostrado ser uma categoria aonde a vontade de vencer ainda está imune a ordens de equipe. Para mim, o melhor exemplo foi na abertura do mundial deste ano em Silverstone, onde os dois carros da Audi lutaram até o fim.

Mas vim falar, hoje, sobre a saída de Massa da Ferrari. Por mais que todo mundo soubesse que isto iria acontecer mais cedo ou mais tarde, pois Felipe não era mais o mesmo, desde o fatídico acidente da mola, sempre existiu uma esperança em termos um representante na categoria “máxima”. As negociações envolvendo Felipe Nasr também não avançaram e provavelmente ano que vem, depois de séculos, não teremos um brasileiro no grid. Triste? Não.

Felipe deve procurar o que é melhor para ele, mesmo que todo piloto brasileiro seja condicionado a tentar a F1 pelo nosso histórico de títulos e vitórias. Nosso passado é rico na categoria mas é passado, ninguém vive dele o máximo que podemos é aprender com ele e os nossos dois campeões vivos tiveram relativo sucesso em outras categorias e nem por isso perdem alguma parte do corpo.

Talvez o maior erro do torcedor brasileiro é ter uma memória menor do que um grão de areia. Massa foi vice-campeão em um pais aonde ser segundo não é grandes coisas mais chegar na F1 é algo que 0,009% dos pilotos conseguem e ele ficou lá por 9 anos. Competiu na maior e mais carismática equipe de corrida, mesmo esta, muitas vezes, optando por deixar o espírito esportivo de lado em favor de jogos políticos e interesses comerciais.

A mídia brasileira tratou o assunto como se Felipe tivesse morrido. As manchetes dos principais sites só perderam em drama para a morte de Champignon da banda Charlie Brow Junior. Felipe está vivo, provavelmente frustrado, mas vai sobreviver e se não continuar na F1, deve abraçar a possiblidade de uma nova carreira seja no endurance, NASCAR, Fórmula Indy ou qualquer corrida de automóvel que lhe de prazer, até a stock car aqui no Brasil.

Caso ele realmente não tenha uma equipe para 2014, será o melhor momento em décadas para analisar como a mídia vai tratar a F1 no Brasil. Será que o torcedor que “entende” tudo sobre automobilismo vai continuar a acompanhar a categoria independente de brasileiros lá? Será que o espaço (pequeno) que é dado em grandes veículos de mídia vai continuar o mesmo? Será que o brasileiro é realmente fã de automobilismo ou é modinha como tantas modalidades que tiveram a participação de compatriotas e por conta da ausência acabaram no ostracismo? Tenho minhas dúvidas.

Agora é torcer para que Felipe tenha serenidade para tomar a melhor decisão para sua vida e carreira. A escolha de Kimi Haikkonen foi um tanto quando inusitada. Teremos na Ferrari a mesma situação vivida pela McLaren em 2007 quando Hamilton em determinado momento começou a andar mais rápido que Alonso. O espanhol que se comportou como um bebê chorão fez de tudo para atrapalhar Lewis a ponto de sair da equipe. Alguém duvida que na Ferrari será diferente?

Muscle Milk vence mais uma em Lime Rock

Existem circuitos que até uma corrida de carrinhos de controle remoto são empolgantes. Lime Rock é um desses traçados que você pode esperar tudo, menos uma corrida chata. Estava esperançoso em relação a corrida desta tarde. Levando em conta as edições passadas podemos dar nota 7. Pelas características do circuito era esperando bem mais batidas e entreveros porém todos se comportaram e as 2 bandeiras amarelas foram o resultado de uma prova tranquila ou quase.

A prova teve um início estranho com a largada cancelada, e isso deu certo ânimo para quem esperava um voou solo do HPD da equipe Muscle Milk, da dupla Klaus Graf e Lucas Luhr. Porém, ainda antes da primeira curva veio a ótima surpresa. O Lola Mazda da Dyson Racing surpreendeu e roubou o primeiro lugar. Dali em diante foram boas voltas, com uma alternância da liderança até que, com problemas (de novo), o #16 de Chris Dyson e Guy Smith acabou se atrasando por causa da fixação do cinto de segurança.

Vitória controversa para o #551

Voltando à pista o desempenho do Lola não foi mais o mesmo, e com vantagem de uma volta o HDP, não teve mais problemas na liderança. A única esperança era um problema envolvendo os adversários, porém, em uma pilotagem tranquila Lucas Luhr e Klaus Graf foram pontuais, ganharam mais uma. O outro competidor da classe, o Delta Wing de Andy Meyrick e Katherine Legge, mais uma vez não completou a prova e enquanto esteve na pista não foi uma ameaça para sua classe, nem para a P2, tanto que os tempos de volta eram bem próximos dos melhores carros da classe GT. Fica a pergunta: até quando vamos ver este belo projeto se arrastando a pista? A versão cupê, que deveria ter estreado em Laguna Seca, ainda não deu as caras, segundo a equipe o desenvolvimento do modelo aberto ainda está acontecendo.

Bruno Junqueira faz bonito e vence na LMPC

Na classe LMP2, uma vitória controversa para o #551 da dupla Scott Tucker e Ryan Briscoe em cima do #01 de Cotto Sharp e Guy Cosmo. Faltando poucos minutos para o fim da prova, depois de uma bandeira amarela envolvendo os Porsche da classe GTC, o #01 liderava com o #551 literalmente “colado” e um toque provocado por Briscoe acabou com as esperanças de Guy Cosmo de lutar pela vitória. Até o momento nenhuma punição por parte da direção da ALMS se deu sobre a equipe Level 5 Motorsports, o que seria provável visto o tipo de toque algo nitidamente evitável.

Entre os LMPC uma bela vitória da dupla do #9 Bruno Junqueira e Duncan Ende da RSR Racing que abriu uma bela vantagem sobre o segundo colocado o #5 da Core Autosport da dupla Jonathan Bennett e Colin Braun que, devido a última bandeira amarela, descontaram a grande vantagem conseguida por Duncan e administrada de forma formidável por Bruno Junqueira. A classe LMPC em termos de competitividade deve muito a qualidade do Oreca FLM09 e a estabilidade de regras. Lembrando que nenhum desses carros é 0 km e muitos tem mais de três anos de uso e estarão presentes no USR ano que vem.

BMW amplia vantagem na GT

A classe GT teve boas doses de combatividade, como é característico. A vitória do BMW #56 de Dirk Muller e John Edwards coroa o bom momento que a equipe passa e o profissionalismo por parte da BMW, que estreou o carro este ano e a dupla já é líder do campeonato. Em segundo e Corvette #3 de Jan Magnussen e Antonio Garcia. Fechando pódio, um ótimo terceiro lugar para o Porsche #6 da Core Autosport de Patrick Long e Tom Kimber-Smith, que em sua segunda prova já chegaram ao pódio, mérito do ótimo trabalho de Patrick Long, que é piloto oficial do construtor alemão.

Entre os Porsche da classe GTC, vitória da equipe Flying Lizard com o #45 de Nelson Canache Jr e Spencer Pumpelly, chegando a frente do #11 da equipe JDX Racing de Milke Hedlund e Jan Heylen. Fechando o pódio #66 da equipe TRG de Bem Keating e Damien Faulkner.

#45 da Flying Lizard vence na GTC

Tirando as nuances da corrida, me surpreendeu com a transmissão integral da prova pelo canal Fox Sports que tem os direitos de transmissão de todo o campeonato, além de resumos da ELMS e tantas outras séries internacionais. Quem está acostumado a acompanhar as etapas pelo site da ALMS, deve ter estranhado a falta de empolgação dos narradores, ao contrário da gritaria e dos inúmeros “Side by side” durante toda a prova. Claro que o nível de conhecimento é outro, mas em matéria de empolgação nada supera a dupla Sérgio Lago e Roberto Figueroa que não está mais no canal. O ponto positivo, além da transmissão se comparada a transmissão pela web, é sem dúvida a qualidade de imagem, principalmente para quem tem o canal em HD, já que o site da ALMS não é um primor de qualidade muitas vezes, e pelo número de acessos saindo do ar diversas vezes.

A próxima etapa será no ótimo circuito de Mosport, no Canadá, entre os dias 19 e 21 de Julho. Um traçado bem mais rápido que Lime Rock, o que deve render mais uma ótima corrida. Abaixo a classificação final da prova. Abaixo está o resultado da prova e a batida entre os dois HPD da LMP2 que definiu a vitória para a equipe Level 5.

Resultado final.

O futuro do automobilismo será mudo? 2 parte.

O futuro do automobilismo será mudo? Não, mesmo que haja um grande desenvolvimento dos motores elétricos, os motores à combustão não deixarão de existir. Com o avanço da tecnologia automotiva, essas duas linhas de desenvolvimento de motores se encontrarão frequentemente, mesmo quando apresentarem grande evolução tecnológica.

No início de 2000, a Audi leva à Le Mans a tecnologia FSI, Turbo-FSI (injeção direta de combustível) caracterizada pelo menor consumo de combustível, consequentemente menor poluição. Tal tecnologia fez tanto sucesso nas pistas, vencendo as 24 horas de Le Mans entre 2000 e 2002, 2003 (impulsionando o Bentley Speed 8), 2004 e 2005, que praticamente todos os carros da marca possui essa tecnologia. Várias outras montadoras como BMW, Honda, Hyundai também possuem seu conceito de injeção direta. Até no automobilismo, economia de combustível é uma solução para o sucesso.

Le Mans marcou-se por incentivar tecnologias alternativas e a partir de 2006, com o Audi R10 TDI, desenvolvido pela montadora alemã junto à Dallara, inicia-se a era dos motores a diesel, marcados por maior potência, porém com altos níveis de poluição, que são relativamente neutralizados pelo baixo consumo. Pode-se dizer que essa iniciativa, do uso de motores a diesel da Audi, rendeu belos frutos não só para as montadoras, que ao exemplo da Audi incorporou a tecnologia TDI nos seus carros (Audi Q7 V12 TDI, A6 TDI), como também para os espectadores que viram disputas épicas entre protótipos da marca alemã e a Peugeot durante 2007 e 2011, ambas sempre com carros movidos à diesel. Mas a partir de 2011, com um novo regulamento imposto pela ACO, organizadora das 24 horas de Le Mans, os motores “diminuíram”. Os grandes V12 e V10 de Peugeot e Audi foram trocados por motores V8 bi-turbo e V6 turbo, respectivamente usados pelas marcas. Mostra-se então a tendência dos motores a combustão em relação a desenvolvimento: ficaram menores, mais econômicos, mais confiáveis, mas mantendo o mesmo desempenho. Outro exemplo dessa tendência no automobilismo e também no mercado automotivo é a Fórmula 1, que no início da década de 90 contava com os gigantescos V12 e V10 e a partir de 2006 usou motores V8 2.4L até esse ano. Em 2014 os monopostos serão impulsionados por motores V6 turbo 1.6L. Nota-se que com o decorrer do tempo, os motores da F1 diminuíram, porém a tecnologia envolvendo os mesmos se desenvolveu em todos os aspectos e o desempenho dos carros melhorou, não só devido aos motores, logicamente.

Já os motores elétricos “deram as caras” no mercado no fim da década de 90 com a criação do híbrido da Toyota, o Prius, depois surgiram concorrentes como o Honda Insight etc. Não demorou muito para essa tecnologia ir para as pistas e as 24 horas de Le Mans foi pioneira. O primeiro carro com tecnologia híbrida na tradicional prova foi o Pescarolo-Courage C60 Hybride, depois apareceu o Peugeot 908HY e atualmente a tecnologia híbrida domina a classe principal (leia-se LMP1) das 24 horas de Le Mans com o R18 e-tron quattro, com a tecnologia flywheel, e o Toyota TS030 Hybrid, além de estarem presente na atual Fórmula 1 com o KERS (sistema de recuperação de energia cinética). Para 2014, o regulamento técnico nas 24 horas de Le Mans será baseado na eficiência energética dos motores, não dependendo mais da configuração dos mesmos, embora a capacidade cúbica seja limitada a 5.5L. Já os motores elétricos terão que ser mais eficientes. Em 2012 o motor elétrico do R18 e-tron quattro, por exemplo, produzia em média 500KJ e para 2014 terá que produzir em média 2MJ. A partir do próximo ano, já se mostra uma maior dependência dos carros aos motores elétricos e que para o futuro os motores movidos a eletricidade se desenvolverão junto a motores à combustão.

Lembra-se do tempo onde carros movidos a eletricidade eram apenas meros brinquedos e com o passar do tempo, com o avanço tecnológico, a coisa foi se tornando cada vez mais real principalmente por causa da ideia de desenvolvimento sustentável. Hoje vê-se carros totalmente elétricos ultrapassando a barreira dos 300 km/h. Pode-se dar méritos ao grande Lord Paul Drayson que com seu Lola B12/ 69 EV, com 850cv de potência, atingiu a velocidade de 212 mph (340KM/H!! ) e não se esquecer também da criação da nova Fórmula-E, categoria criada pela FIA com monopostos movidos totalmente a eletricidade e que estreará no certame do automobilismo em 2014.

O futuro do automobilismo seria o silêncio se os motores a combustão fossem praticamente esquecidos. Mas a cada dia que passa novas tecnologias são criadas, novos conceitos de motores à gasolina, a diesel, elétricos são criados. Motores a combustão e motores elétricos se desenvolveram paralelamente porém se encontraram formando um novo tipo de tecnologia, a híbrida. O futuro “silencioso” pode chegar, mas essa geração não estará presente para vivê-lo ou vê-lo.

*Matheus Brandão

Gulf 12 horas…e dai?

Tivemos neste final de semana a última corrida de endurance do ano. As 12 horas da Gulf no circuito de Yas Marina. Poderia ter sido um belo de um espetáculo visto a beleza do lugar (beleza não combina com pista boa). Dinheiro sobrando por aqueles cantos do mundo e é claro super carros.

Mas o que se viu foram apenas 21 carros, isso mesmo 21 maioria da classe GT3 e apenas um protótipo. O nobre leitor pode perguntar “21 carros não são suficientes para uma boa corrida?” Eu respondo que depende do lugar. A ELMS este ano não conseguiu reunir esse número e por conta disso o campeonato teve apenas 2 etapas, a FIA GT1 quase tinha este número mas não obteve sucesso. A única classe que realmente fez sucesso este ano com modelos GT3 foi a Blancpain com grids beirando 60 carros.

Até hoje não entendo o culto que se faz com os modelos da classe GT3, são bonitos, potentes mas falta uma coisa. Personalidade. A mesma Ferrari F458 que corre por exemplo no GT Open e vence pode apanhar se correr na GT3 Brasil por falta de um regulamento que nivele os carros. Provas de endurance devem ter protótipos e isso a organização da prova pecou. Será que nenhuma equipe seja da P2 ou LMPC ou até mesmo P1 não tinha vontade de participar em um mercado que adora carros como em Abu Dhabi? A foto ai no início da postagem mostra o quanto a torcida estava empolgada com a prova.

Claro que eu países como este, Europa e EUA se tem corridas envolvendo este tipo de carro bem mais frequentemente do que no Brasil mas não devemos pensar que só por que é do outro lado do mundo a coisa não deveria ser legal.

Endurance é tradição, tem que ter pista boa, protótipo e público. Infelizmente não tivemos isso em Abu Dhabi. Uma pena. Parabéns para a AF Corse que venceu a corrida mas que faltou alguma coisa… isso realmente faltou.

Qual o futuro da ELMS?

Largada em 2006

Compare as duas fotos. A primeira é da etapa da LMS em Donigton em 2006 com um grid pomposo aonde 41 carros disputavam a vitória no tradicional circuito Inglês. A outra é da etapa da mesma LMS no último final de semana.

É notável que a ELMS perdeu carros desde que o WEC foi instituído e separado do LMS. Ano passado quando o ILMS e LMS eram juntos a etapa de Imola teve que reter inscritos pois o circuito não comportava tantos carros. Claro que para o fã de corrida quanto mais melhor e quem torce para ver o endurance se popularizando como nos anos 70 e 80 é assustador ver um grid com 13 carros. Durante a transmissão da prova tive que ouvir “ uma corrida com 13 carros tem emoção?”

Sim pode e a etapa teve emoção. Como revela o piloto Olivier Pla que estava pilotando o Lola Coupe da Status Racing e que teve que abandonar por problemas no alternador "A corrida foi disputada do início ao fim. Eu desisti, especialmente durante a minha primeira passagem. Apesar dos poucos concorrentes, o nível é muito elevado. " revela. Os três primeiros da classe LMP2 chegam separados por pífios 32 segundos muitas vezes o primeiro colocado em uma prova de endurance chega 1 ou duas voltas a frente do segundo colocado.

Outra “decepção” foi na classe GT com apenas 3 carros e que sempre é sinônimo de boas disputas. O vencedor da classe GTE-PRO a Ferrari da JMW Motorsports correu praticamente sozinho e por muitas vezes disputou posição com os dois carros da classe GTE-AM como comenta Johnny Cocker “É lamentável que não havia mais carros. Nosso carro estava bom, assim como os pneus. Mesmo se houvesse mais carros, eu não acho que o pódio não teria sido muito diferente”. O vencedor da classe AM a IMSA com Porsche também não achou a prova tão fácil assim. "É lamentável que só havia dois carros na AM, Mas não foi uma vitória antecipada antecipada. Tivemos um pouco de sorte com o carro de segurança. A Ferrari nos deu trabalho mas conseguimos a vitória”. Confessa Nicolas Armindo.

Na classe FLM que teve apenas 1 carro o futuro da classe também assusta. “Não podemos negar que a vitória é necessária. O campeonato deve continuar e tem claramente o seu lugar. A organização é muito boa e o nível do campeonato é elevado. Para mim, é realmente bom treinamento antes de competir nas 24 Horas de Le Mans. Conseguimos orçamento para correr até o final da temporada em Brno e Portimão. " Comenta Jean Charles da equipe Boutsen Ginion Racing.

Grid no último final de semana

E o que esperar do futuro da classe? O fim ou o plano B? A ACO em parceria com os promotores da ELMS vem estudando medidas para não ver o principal campeonato “regional” de endurance sumir. A primeira medida foi a entrada de carros da classe GT3, porém nenhuma equipe se mostrou disposta visto que as mudanças técnicas irão fazer o carro ser mais lento do que um GT2. A entidade espera 35 carros para a próxima etapa em Brno na República Tcheca. Será que vai conseguir?

A ALMS passou por este mesmo problema no começo de 2009 justamente quando fabricantes como Audi e Porsche desistiram de competir integralmente no campeonato. A direção da classe bem como a IMSA abriram as portas para os Porsche da classe GTC mesmo a contra gosto por parte de ACO bem como investiu nos modelos LMPC e optou por fazer corridas mais curtas para “prender” o público e as emissoras de televisão. Com menos tempo competindo o orçamento de uma prova de 6 horas pode ser usado em pelo menos 3 corridas curtas. Outra mudança foi a adoção de pistas curtas para deixar o público mais perto das equipes e pilotos além de oferecer uma melhor visão por parte das emissoras de TV.

Outro fator preocupante é o crescimento de protótipos pequenos como os que competem no campeonato VdeV. Com o anuncio da Oreca de fazer um protótipo pequeno coberto e da Norma com a possibilidade de fazer protótipos pequenos híbridos a luz vermelha se acende no futuro da LMS. O jeito é esperar e torcer.

O qualidade do automobilismo na TV Europeia. Enquanto isso no Brasil…

Que as grandes redes brasileiras não dão o devido valor para o automobilismo isso ninguém mais duvida. Se não existissem contratos a serem respeitados com certeza F1 passaria apenas quando a prova fosse no Brasil e olhe lá.

Pois bem este ano que quis acompanhar as 24 horas de Le Mans teve apenas uma alternativa. Assistir por Live Stream pelo site da ACO ou por sites das montadoras como Audi e Corvette. Nestes casos o destaque maior era os carros e não a corrida como um todo. Para quem teve paciência de procurar algum sinal pirata não teve do que se arrepender.

Em quase todos os sites que pude acompanhar 99% estavam pegando o sinal da EuroSport o principal canal de esportes da Europa. Em uma rápida pesquisada quase todos os países tem um EuroSport além de um sinal que passa eventos para todo o continente europeu.

O canal passou praticamente toda a corrida alternando entre estes canais e o que se viu foi um show de narração sem aquelas frases feitas ou falsas perspectivas sem contar que durante a madrugada quando a corrida fica mais calma entrevistavam ex-pilotos e ficava aquele clima de um bate papo agradável. Outra coisa que notei se comparado com os eventos transmitidos pelos canais brasileiros é a figura do narrador e comentarias. Um não rouba a função do outro e não existe aquela “guerrinha” de quem sabe mais e quer se fazer em cima do colega. Tipos como o Galvão Bueno com certeza não iriam se criar em um lugar assim.

Em determinados momentos entrava  um repórter com um boletim intitulado “24 minutos” aonde entrevista chefes de equipe e destacava o que de relevante tinha acontecido durante a última hora. Mesmo para um evento que durou dois dias TODAS as corridas preliminares foram transmitidas e pasmem sem cortar nada.

Os intervalos comercias curtos e alusivos ao evento em questão. Porém não só de automobilismo se vive e outras categorias são transmitidas pelo canal porém com igual importância e sem aquele ufanismo de futebol e olha que está acontecendo a Eurocopa.

E no Brasil? recentemente o blog do canal Sportv anunciou com pompa e circunstancia que detêm os direitos de transmitir o WEC. Detalhe que segundo o próprio blog o contrato foi assinado bem antes das 24 horas de Le Mans o que em tese não seria empecilho mostrar a prova mesmo que em intervalos ou em sua totalidade já que o SporTV tem 3 canais fixos e quando existem modalidades em uma mesma faixa de horário é aberto mais canais. Como está acontecendo este final de semana com a Eurocopa com 2 canais em HD. Será que nestes 5 canais em meio a tantos VT e repetecos de campeonatos da série Z, W, X não sobraria espaço para a transmissão da prova? Ou será que o canal só adquiriu os direitos para nenhum concorrente transmitir a prova. Como acontece com o WTCC que teve apenas 1 prova transmitida ao vivo coincidentemente a que o piloto Cacá Bueno correu em Curitiba isso em 2011!!!

Segundo o próprio blog do canal as provas do WEC serão transmitidas em VTs de 1 hora de duração. Dai me pergunto uma prova de 24 horas como Le Mans ou 12 como Sebring só tem conteúdo relevante com apenas 1 hora de duração? Será que a corrida é tão monótona assim? Ou será que as 220 mil pessoas que estivaram em Sarthe este ano apareceram lá como em Lost?
Se formos levar em conta o VT da etapa do Canadá da F1 que teve míseros 30 minutos de duração ou tentar achar os compactos do WTCC na grade do “canal campeão” estamos muito bem informados sobre o que acontece no mundo do endurance. Ainda segundo o blog a única etapa que deve ser transmitida ao vivo isto se não tiver algum jogo de várzea mais importante passado deve ser as 6 horas de São Paulo no final do ano.

Como querem que o esporte se popularize com este tipo de comportamento? Ou será que realmente querem que ele seja visto? Depois vem os “entendidos” em automobilismo falar de boca cheia de que não temos uma escola de formação de pilotos e que as categorias de base estão praticamente nulas. E eles queriam que elas estivesse como? Passar corrida na TV? Existe um estimulo para que jovens tenham vontade de entrar em um kart. Acredito que muitos teriam esta vontade mas que por total falta de respeito não mostram a grande diversidade de eventos automobilísticos que acontecem ao redor do mundo (sim existem outros países além do Brasil).
Enquanto não temos um maior respeito (isso que pagamos a conta desses canais) temos que nos contentar com transmissões piratas e dar uma de garimpeiro da web em busca das melhores notícias ou se contentar em ver um jogo de futebol da série W.

O futuro da classe GT3 nos campeonatos organizados pela ACO.

A ACO anunciou meses atrás que devido ao grid minúsculo que estaria presente na etapa de Zolder da ELMS e que foi cancelada por este motivo abriria suas portas para a classe GT3 nas próximas etapas da ELMS em Donington Park no dias 13 a 15 de Julho.

Várias equipes se mostraram interessadas mas pouco foi divulgado por parte da ACO de como seria as especificações técnicas já que um GT3 é mais rápido do que um GT2 e não seria nada interessante ver os carros de uma classe “menor” na frente.

No início do ano a ACO abriu as portas para os carros da Ferrari Challenge, Porsche GTC e Lotus Evora porém sem nenhuma equipe se interessando. Este era a saída que foi encontrada a alguns anos na ALMS com os Porsche da classe GTC. O grid encheu e equipes até migraram para a classe LMP2 como a Black Swan Racing que corre com um Lola Coupe.

Porém o que se vê é uma guerra não declarada entre a FIA e ACO. A entidade francesa sempre deixou bem claro que é ela a categoria máxima quando o assunto é endurance, e não deixa de ser verdade pois a criação do WEC foi mais uma sacada da FIA para não perder “fabricantes” que estavam cansados da F1 e que não optaram pela finada GT1 com suas corridas sprint. Por mais que não sejam épocas favoráveis para o automobilismo na Europa nenhuma grande montadora que fazer uma corrida de 1 hora e pronto.

Para a ACO é fundamental que a classe GT2 não seja extinta visto que os carros só participam com esta especificação em campeonatos organizados por ela, com base nisso a própria ACO anunciou que nenhum GT3 estará competindo nem no WEC nem nas 24 horas de Le Mans.

Mas estes estarão presentes na ELMS e é ali que a coisa complica. Pelos planos da categoria a futura classe GT3 teria os mesmos moldes da classe LMPC com orçamento limitado mesmo com uma grande variedade de modelos e motores disponíveis no mercado. Outros pontos que serão impostos para as equipes que desejam competir na futura classe é que só serão aceitos carros homologados pela FIA, Mudanças de desempenho serão feitas para os carros serem mais lentos dos que os da classe GTE-AM. Também serão aceitas equipes que já competem em outros campeonatos mas mesmo em corridas de 6 horas os custos serão menores o que em épocas de crise é fundamental .

Assim futuras equipes poderiam (em tese) subir de nível indo para uma classe GT2 ou LMPC e competindo em um campeonato de endurance de verdade, bem ao oposto da Blancpain que tem batido recordes de carros inscritos porem suas corridas não passam de três horas.

Por enquanto apenas uma equipe na ALMS já divulgou que irá competir com um Audi R8 Ultra. A Dragon Speed deve competir nas próximas rodadas. Resta saber se as equipes irão aceitar as regras para competir na ELMS e torcer para que não tenhamos o fim da GT2 como foi com a GT1.

6 horas de Laguna Seca–Vitória fácil para Muscle Milk e bom resultado dos brasileiros.


Podemos classificar as 6 horas de Laguna Seca como “diferente”. A edição de 2012 foi totalmente diferente dos anos anteriores, pouca disputa e poucas bandeiras amarelas.
A começar pela mistura de classes. Em poucas corrida se viu o desempenho tão “estranho” como nesta corrida. Carros da classe GT ultrapassando facilmente protótipos da LMPC bem como carros da P2 lutando com modelos mais lentos. Não que isto seja ruim mas este tipo de competividade não se via a muito tempo. O único que não percebeu nada disso foi a dupla do HPD da Muscle Milk Lucas Luhr e Klaus Graf que não tiveram concorrentes durante toda a prova. Seu rival direto o #16 Lola da equipe Dyson chegou a queimar a largada mas com medo de alguma punição devolveu a liderança para a equipe do leite e foi só. Depois disso o HPD não encontrou problemas em vencer a prova.
Se esperou mais do belo Lola #16 que chegou a ganhar uma volta do líder, principalmente se levarmos em conta que a pista de Laguna Seca é a pista aonde a Mazda desenvolve seus carros. Para piorar o carro não completou a prova.
Na classe P2 a lógica prevaleceu e acabou nas mãos da equipe Level 5 como carro #95 de Luiz Diaz, Scott Tucker e Franck Montagny. Porém este resultado se deu por problemas com o #37da equipe Conquest Endurance que além de sofrer uma punição acabou tendo problemas no câmbio nas últimas voltas e acabou em 20º mas segundo na classe. Vale ressaltar o ótimo trabalho de Antonio Pizzonia que foi um dos pilotos da equipe em parceria com David Heinemeis e Martin Plowman. O destaque negativo da classe foi o Lola da Dempsey Racing que foi anunciado com tamanho destaque em alguns blogs “especializados” que pensei que iria ganhar a corrida antes mesmo de ser dada a largada. O carro provou ser um tanque de guerra visto o grande número de pancadas que deu e sofreu durante toda a prova.
Já entre os protótipos da LMPC tudo ficou resolvido nas últimas voltas e a vitória sorriu para o carro da equipe Core Autosport com Colin Braun e Jon Bennett. A vitória foi em cima de outro brasileiro, Bruno Junqueira que fez trio com Tomy Drissi e Roberto Gonzalez que também foram um belo saco de pancadas durante toda a prova.
Entre os GT a história foi outra. O começo foi fantástico para a equipe Aston Martin mas um erro no primeiro pitstop fez a equipe saltar de primeiro para nono. Depois disso o carro não teve o mesmo desempenho e o que se viu foi uma alternância de posições entre BMW, Corvette, Porsche e Ferrari. Prevaleceu o Corvette que fez dobradinha com o #4 Olivier Gavin e Tommy Milner e #3 com Jan Magnussen e Antonio Garcia. Em terceiro chegou o BMW #55 de Jorg Muller e Bill Auberlen.
Na classe LMGTC a disputa também foi acirrada e venceu a equipe TRG com Emilio Guida, Joren Bleekemolen e Bret Curtis.
Muitas equipes prestaram uma homenagem a Carroll Shelby que faleceu neste final de semana. Shelby que fez um dos mais lendários carro o AC Cobra teve seu nome em vários carros. A próxima etapa será em Lime Rock nos dias 6 e 7 de Julho. Abaixo os vencedores em fotos, uma homenagem a Carroll Shelby e os resultados completos.

LMP1

#06 HPD ARX-03a
#16 Lola B12/60 Mazda
LMP2
#95 HPD ARX-03b
#37 Morgan Zyten Nissan
#55 HPD ARX-03b
LMPC
#05 Oreca FLM09
#09 Oreca FLM09
#06 Oreca FLM09
GT
#04 Corvette C6-R ZR1
#03 Corvette C6-R ZR1
#55 BMW M3 E92
GTC
#66 Porsche 997 GT3 Cup
#32 Porsche 997 GT3 Cup
#24 Porsche 997 GT3 Cup