European Le Mans Series 2016: Regulamentos

Tudo proto para o ELMS 2016. (Foto: Nick Dungan / AdrenalMedia.com)

A preparação para a edição 2016 do European Le Mans Series já começou. Com novidades e novos carros, o certame tem tudo para ser um dos melhores do últimos anos. Serão três classes: LMP2, LMP3 e GTE.

As equipes que competiram pela classe GTC em 2015, deverão inscrever os seus carros no novo campeonato anunciado pelo ACO no mês de Outubro, o Michelin GT3 Le Mans Cup. Esta nova competição passará a ser uma das corridas que constará no programa de fim de semana da ELMS.

Calendário 2016  

Serão seis provas (contra cinco desde 2013) em seis dos mais belos circuitos da Europa.                                                              

Treinos Oficiais / Prólogo     22/23 Março     Le Castellet                      França

1ª prova                                    15/16 Abril         Silverstone                       Reino Unido

2ª prova                                    13/15 Maio         Imola                                 Itália

3ª prova                                    15/17 Julho        Red Bull Ring                  Áustria

4ª prova                                    26/28 Agosto    Le Castellet                     França

5ª prova                                     23/25 Set.          Spa-Francorchamps      Bélgica

6ª prova                                     21/23 Outubro  Estoril                             Portugal

 

Três dias e quatro séries diferentes

Em vez do formato de dois dias que se mantinha desde 2013, os fins de semana do ELMS passarão a ter o formato de três dias, com um conjunto das competições que irão trazer às pistas grandes nomes e grandes carros.

A parte principal que continuará a ser a prova de endurance de 4 Horas, o público dos fins de semana ELMS poderá igualmente vibrar com o som dos carros da Fórmula Renault 2.0, descobrir a nova competição monomarca dos Renault RS01 ou mergulhar no universo dos GT3 graças à Michelin GT3 Le Mans Cup.

Três classes dentro do ELMS

Os carros inscritos no ELMS de 2016 estão divididos em três classes:

LMP2 (Le Mans Prototypes 2). Principal classe do ELMS e segunda mais importante do WEC, os LMP2 representam um elemento chave na escala da endurance, pois permite que equipes e pilotos possam progredir até aos mais alto nível. A classe “ Le Mans Prototype 2” (LMP2) é reservada exclusivamente as equipes privadas independentes dos construtores ou fornecedores de motores.

LMP3 (Le Mans Prototypes 3) Em 2015 o Automobile Club de l’Ouest lançou esta nova categoria de sport-protótipos que representa o primeiro degrau na pirâmide ascendente do endurance, antes de passar ao LMP2 e, eventualmente, ao LMP1 (no WEC e nas 24 Horas de Le Mans). Os LMP3 são carros fechados e poderão ser construídos por um dos cinco construtores designados pelo ACO: GINETTA (Reino Unido), ONROAK AUTOMOTIVE (França), RILEY TECHNOLOGIES (USA), ADESS AG (Alemanha) e DOME (Japão). O motor único e idêntico para todos os chassis (V8 atmosférico com 420 cv) será desenvolvido pela Nissan/Nismo. A fornecedora das caixas de velocidades será a XTrac e a Magnetti Marelli fornecerá os sistemas eletrónicos.

LM GTE (Le Mans Grand Tourisme Endurance).Os carros de Gran Turismo fazem parte da tradição das provas de endurance. Para ser homologado um GTE, o modelo deverá derivar de um carro de estrada com pelo menos 100 unidades construídas (300 exemplares se o chassis for em carbono ou 25 exemplares se o carro for proveniente de um pequeno construtor ). Em oposição ao sufixo “Pro” (reservado aos carros inscritos no FIA WEC e nas 24 Horas de Le Mans) , os GTE Am  correm também no ELMS, onde a classe se designa apenas por GTE e é essencialmente reservada a pilotos amadores. Os carros da classe GTE Am possuem o mesmo regulamento dos GTE Pro, com a diferença de terem que ter no mínimo um ano de existência, não podendo beneficiar das últimas evoluções homologadas.

Parceiros nos pneus

A Michelin será o único fornecedor para a classe LMP3. Apenas será permitida uma única especificação de composto para pista seca e uma única para pista molhada

A Dunlop foi nomeada como a única fornecedora de pneus para a categoria LMGTE. Duas especificações de pneus para pista seca e um para pista molhada serão autorizadas para cada carro nesta categoria.

Motores

  • Os concorrentes inscritos para uma única corrida estarão limitados a usar apenas um motor  (treinos livres, treinos de qualificação e corrida)
  • Os concorrentes LMP2 inscritos para todo o campeonato estarão limitados a dois motores (apenas um em 2015) para usar no conjunto dos eventos ELMS 2016 (treinos livres, treinos qualificativos e corridas)
  • Os concorrentes LMP2 inscritos para a totalidade do ELMS e ainda nas 24 Horas de Le Mans estarão limitados a três motores (contra dois em 2015) que deverão cumprir os treinos livres, treinos de qualificação e as corridas do ELMS juntamente com o dia de ensaios das 24 Horas de Le Mans, os treinos livres, os treinos de qualificação e a corrida de 24 Horas.

Composição das equipes (Art. 10.9.2) :

Sem alterações na LMP2 : máximo de 3 pilotos. Uma equipe de 2 ou 3 pilotos deverá ser composta no mínimo por um piloto Prata ou Bronze.

Sem alterações no LMGTE : máximo de 3 pilotos. Uma equipe de 2 ou 3 pilotos deverá ser composta no mínimo por um Bronze e um Prata ou dois pilotos Bronze.

Novidade na LMP3 : máximo de 3 pilotos. Uma equipe de 3 pilotos deverá ser composta por:

  • um Ouro + dois Bronze, ou
  • dois Prata + um Bronze, ou
  • três pilotos Bronze ou dois Bronze + um Prata (mínimo de um Bronze em todos os casos)

Uma equipe de 2 pilotos deverá ser composta por :

  • um piloto Bronze + um piloto Prata, ou
  • dois pilotos Bronze

Os pilotos Platina não são admitidos na classe LMP3

Tempos de pilotagem LMP3 (Art. 10.10) : Para uma equipe composta por dois pilotos:

  • Tempo de condução mínimo para um pilote Bronze : 2 horas.
  • Se a equipe for constituída por dois pilotos Bronze, cada um dos pilotos deverá conduzir no mínimo 1 hora.

Se a equipe é composta por 3 pilotos:

  • Tempo máximo de condução para um piloto Ouro : 1 hora
  • Tempo mínimo de condução para um piloto Bronze se não houver mais do que um: 2 horas
  • Tempo mínimo de condução para um piloto Bronze se houver dois ou três: 1 hora

Escala de Pontuação:

Os pontos para pilotos e equipes classificados em cada corrida serão atribuídos de acordo com a seguinte escala:

1º : 25 pontos

2º : 18 pontos

3º : 15 pontos

4º : 12 pontos

5º:  10 pontos

6º:   8 pontos

7º :  6 pontos

8º :  4 pontos

9º :  2 pontos

10º:  1 ponto

Todos os concorrentes classificados além do 10º posto serão contemplados com meio (0,5) ponto.

Um ponto (1) suplementar será atribuído ao carro e aos pilotos que conquistarem a “pole-position” de cada categoria.

Títulos e Troféus :

No final do campeonato serão entregues os seguintes troféus e títulos:

o   Um Troféu European Le Mans Series será entregue à equipe vencedora da classe LMP2.

o   Um Troféu European Le Mans Series será entregue ao(s) melhor(es) piloto(s) LMP2.

o   Um Troféu European Le Mans Series será entregue à equipe vencedora da classe LMGTE.

o   Um Troféu European Le Mans Series será entregue ao(s) melhor(es) piloto(s) LMGTE.

o   Um Troféu European Le Mans Series será entregue à equipe vencedora da classe LMP3.

o   Um Troféu European Le Mans Series será entregue ao(s) melhor(es) piloto(s) LMP3.

Convites para as 24 Horas de Le Mans

Um convite automático para as 24 Horas de Le Mans de 2017 será confirmado para cada equipe vencedora da sua categoria em 2016,havendo um total de 4 convites a atribuir.

o   O primeiro LMP2 será convidado a participar nas 24 Horas de Le Mans de 2017

o   O primeiro e o segundo LMGTE serão convidados a participar nas 24 Horas de 2017

o   O primeiro LMP3 será convidado a participar nas 24 Horas de Le Mans de 2017 mas com um carro da categoria LMP2. Para estes convites serem atribuídos é imperativo que pelo menos três carros tenham participado em cada uma das classes ao longo do ELMS de 2016.

Prémios em dinheiro para os vencedores das classes

Após um primeiro ciclo de três anos, o European Le Mans Series entra numa nova dimensão e o ACO, promotora do ELMS, decidiu passar a atribuir premios em dinheiro, os vencedores de cada categoria em cada prova mas também no final da temporada, com os valores em questão a serem definidos nas próximas semanas.

O European Le Mans Series deverá iniciar-se nos dias 22 e 23 de Março, com os ensaios oficiais no circuito de Paul Ricard. O calendário contará com uma prova suplementar passando a ter um total de seis corridas (contra cinco, desde que a série se iniciou há três anos). As provas serão disputadas respectivamente em Inglaterra (Silverstone), em Itália (Imola), na Áustria (Red Bull Ring), em França (Paul Ricard), na Bélgica (Spa-Francorchamps) e em Portugal (Estoril).

SO24! by Lombard Racing com dois Ligier JS P2 e P3 no ELMS

(Foto: Onroak Automotive)

Uma nova equipe será vista na abertura do ELMS em Silverstone em Abril de 2016. A SO24! by Lombard Racing inicia sua jornada no endurance com dois Ligier. Um LMP2 e LMP3. A empreitada é obra de Dominique Payne e Jean Lombard. Além dos ELMS, a equipe apresentou um pedido para Le Mans.

Vincent Capillaire e competiu este ano pela Signatech Alpine e Olivier Lombard são os pilotos para a classe LMP2. Lombard tem uma participação na equipe HTP que competiu com um Bentley no Blancpain Sprint Series. No LMP3, Thomas Dagoneau foi confirmado na classe LMP3. Seus companheiros serão apresentados nos próximos dias.  

A estreia oficial será em Março. A equipe é baseada em Le Mans.

Dunlop lança novos pneus para a classe GTE

Dunlop será fornecedora da classe GTE para o ELMS em 2016. (Foto: ELMS)

A Dunlop anunciou nesta terça (17), introdução de uma nova série de pneus desenvolvidos para categoria GTE, tanto do Mundial de Endurance quanto do ELMS.

O objetivo da Dunlop será aproveitar toda a aprendizagem acumulada ao longo de 2015, o primeiro ano da nova regulamentação de borrachas que designou um pneu único em vez da anterior fórmula de escolha livre.

A nova gama de pneus GTE foi desenvolvida para manter a paridade, consistência e durabilidade necessárias para uma diversificada gama de carros, mas com melhorias nos pneus traseiros e novas misturas de borracha pensadas para oferecer aos pilotos mais confiança em frenagens e uma maior estabilidade nas mudanças de direção, e alta velocidade.

Esta gama de pneus já revelou ser um passo a frente nos testes com diversos modelos de carros usados no ELMS. As equipes que correm com BMW, Ferrari e a Porsche já testaram as novas borrachas. A equipe Beechdean (Aston Martin) vai ter o primeiro contato com os novos compostos no circuito do Bahrein, no fim do mês de Novembro.

Pela primeira vez o regulamento determinou um único fornecedor de pneus, a Dunlop e o ELMS concordaram em colocar um novo pneu intermédio à disposição das equipas. Isso permitirá reduzir custos, pois poderão passar a usar este novo pneu em vez de desgastar desnecessariamente pneus de chuva quando o piso não se encontra muito molhado ou evitar os riscos de usar “slicks” numa pista úmida.

Mike McGregosr, responsável do departamento de testes da Dunlop: “A Dunlop convidará as equipes e potenciais candidatos da classe GTE para testar os novos pneus no circuito de Aragon, na Espanha, no mês de Março. Os primeiros testes já realizados traduziram uma opinião muito positiva sobre a nova gama e permitiram que os clientes possam se preparar melhor para  as 24 Horas de Le Mans assim como  o ELMS e o FIA WEC”.

DragonSpeed testa Oreca 05 na França

Primeiro Oreca 05 a competir nos EUA. (Foto: Divulgação DragonSpeed)

O primeiro Oreca 05 a competir nos EUA vai dar suas primeiras voltas nesta sexta (13), no circuito de Paul Ricard na França. A DragonSpeed vai alinhar seu LMP2 no ELMS e fará sua estreia nas 12 horas de Sebring em Março de 2016.

A equipe de propriedade de Elton Julian já confirmou Henrik Hedman e Frankie Montecalvo como pilotos. “É importante para Henrik e Frankie passar algum tempo no volante do novo LMP se acostumando“, disse Julian ao site Sportscar365. “A primeira metade da manhã será um shakedown de um carro novinho em folha. Mas nós temos toda a intenção de começar a trabalhar de imediato. Temos as pessoas de Oreca com a gente. Nós vamos ter a oportunidade de escolher os ajustes iniciais.”

Após os testes o carro será enviado para a base na equipe na Flórida para testes em Sebring e Austin. Ele irá correr em Sebring com as especificações da ACO. Apesar das regras da IMSA permitir motores de maior cilindrada. Julian disse que vai permanecer com os 4.5-litros do motor V8 Nissan. “Eu estava dizendo a Henrik isso”, disse Julian. “Segring será como fazer mais do que a metade de uma temporada. Então, quando formos para nossa primeira prova na ALMS teremos uma boa experiência.”

O foco da equipe é a ELMS. A base europeia da equipe será nas proximidades da sede da Oreca na França. Muito provavelmente será nas antigas instalações da JMB Racing. “Eu gosto das seis rodadas da ELMS“, disse Julian. “A adição de SPA ao calendário realmente completa a série.” O terceiro piloto deve ser anunciado em breve.

TDS Racing vence as 4 horas de Estoril e título fica com a Greaves Motorsports

Mesmo largando atrás, equipe soube administrar a chuva e os problemas dos adversários vencendo o campeonato de 2015. (Foto: ELMS)

A equipe TDS Racing venceu a última etapa do ELMS na manhã desde Domingo (18) no circuito de Estoril em Portugal. Os pilotos Pierre Thiriet, Ludovic Badey e Nicolas Lapierre souberam administrar a forte concorrência da prova e as fortes equipes Greaves Motorsports e JOTA Sport e completou as 4 horas de prova com exatas 137 voltas.

O segundo lugar da Greaves Motorsports foi suficiente para o trio formado por Gary Hirsch Bjorg Wirdheim e Jon Lancaster conquistar o título do ELMS em 2015.

Resultado final da prova. 

TDS Racing vence a corrida. (Foto: Divulgação equipe)

Nicolas Lapierre  o Oreca #46 da TDS Racing a vitória com pouco mais de 1 minuto em cima do Giboson #41 de Jon Lancaster. A prova foi marcada por intempéries climáticas com chuva e sol durante as 4 horas de corrida.

O título da Greaves foi complicado, já que o Gibson 015S teve que largar na últimas posições por conta de uma infração durante o treino classificatório. A chuva que chegou durante a segunda hora de prova acabou beneficiando a equipe.

A JOTA Sport que liderou as primeiras horas acabou ficando para trás. Filipe Albuquerque que começou no Gibson #38 e abriu uma confortável vantagem, vou todo seu trabalho ir por terra quando Simon Dolan rodou e perdeu duas voltas para os líderes da prova.

Team LNT vence na classe LMP3. (Foto: Divulgação ELMS)

“Como se não bastasse ainda perdemos cerca de 45 segundos na boxe quando o ‘starter’ decidiu não cooperar. Não podia estar mais desiludido. Apesar de ter consciência que ao longo do ano, e nesta corrida em particular, tudo foi feito de forma eximia, também sei que o resultado final, depende não só  do meu trabalho mas também do trabalho dos meus colegas e da equipe”, explicou Albuquerque, que correu em casa e queria dedicar seu título aos conterrâneos.

Em termos de Campeonato, Albuquerque passou de primeiro para terceiro: “A sorte não esteve conosco. É muito frustrante perder por duas vezes o Campeonato na minha corrida em casa. Têm sido dois anos difíceis, não só no ELMS mas também nas 24h de Le Mans. Faço tudo bem mas outros fatores acabam por anular todo o trabalho. Mas também sei que chega a uma altura em que tudo muda e espero que seja daqui em diante. Já tive a minha dose de frustração. Temos que seguir em frente e sobretudo, continuar a trabalhar”, concluiu o piloto português.

A escalada do #41 além dos problemas de largar atrás, também enfrentou um stop & go quando Lancaster estava ao volante por conta de um erro nos pits. O resultado acabou com as chances de vítória a pouco mais de 20 minutos do fim da prova.

Em sua última prova Marc VDS vence na GTE. (Foto: Divulgação ELMS)

Em terceiro lugar ficou o BR01 da equipe AF Racing dos pilotos Mikhail Aleshin, Kirill Ladygin e Anton Ladygin, que também lideram a prova, provando o bom momento do chassi Russo.

Na classe GTE a vitória coube ao BMW #52 da equipe Marc VDS que fez sua última prova como equipe após o anuncio do fechando da parte automotiva. Jesse Krohn superou o Aston Martin #99 que marcou a estreia de Alex MacDowall na ELMS.

O Porsche #86, da equipe Gulf UK Porsche 911 RSR completou o pódio em terceiro na classe. Os vencedores da temporada 2015 na classe foram Johnny Laursen, Mikkel Mac e Andrea Rizzoli com a Ferrari #60 da equipe Formula Racing.

AF Corse #63 vence na classe GTC. (Foto: ELMS)

Na classe LMP3 a vitória ficou com o Ginetta #2 do Team LNT dos pilotos Michael Simpson e Gaetan Pelatou, foi seguido pelos estreantes da equipe Graff com o Ligier JS P3 #9 de Eric Trouiller, Gary Findlay e Thomas Accary. Fechando o pódio da classe o #3 da equipe Team LNT dos campeões Chris Hoy e Charlie Robertson.

Entre os GTC a vitória ficou com a Ferrari #63 da AF Corse, de Giorgio Roda, Llya Melnikov e Marco Cioci. Em segundo na classe e conquistando o título o BMW #59 da equipe TDS Racing de Franck Perera, Dino Lunardi e Eric Derment. Fechando o pódio a Ferrari #64 da AF Corse dos pilotos Mads Rasmussen, Felipe Barreriors e Francisco Guedes.

BMW da equipe TDS Racing é campeão classe GTC. (Foto: TDS Racing)

Na classe GTE, o campeão foi a Ferrari #60 da equipe Formula Racing. (Foto: Jeff Carter / MacLean Photographic)

Ginetta #3 do Team LNT de Chris Hoy / Charlie Robertson conquistou o título na etapa de Paul Ricard. (Foto: ELMS)

Campeões britânicos de GT vão a Portugal para a final do ELMS

Dupla corre com Aston Martin. (Foto: ELMS)

As 4 Horas do Estoril, prova final da temporada 2015 do European Le Mans Series (ELMS), levam a Portugal uma lista de inscritos bem recheada com 30 carros. A Aston Martin Racing, inscreveu um carro para Andrew Howard e Jonny Adam, recentemente coroados campeões britânicos de GT. O Vantage V8 de Andrew Howard junta-se aos outros oito inscritos na classe LMGTE, estando o britânico estudando a possibilidade de competir integralmente no ELMS em 2016.

A última vez que Howard competiu no ELMS foi em 2010, então como responsável pelo LMP1 da Mansell Motorsport, onde o ex-campeão do mundo de F1, Nigel Mansell, fez equipe com os filhos, Leo e Greg. Nesse ano, a equipe ganhou a classe LMP1 na prova de Hungaroring. Na sequência,  voltou a sentar-se ao volante nas provas dos GT Britânicos, tendo ganho o título em 2013, feito que repetiu nesta temporada na companhia de Jonny Adam, piloto oficial da Aston Martin e que tem participado em provas do Mundial de Resistência (WEC) com os carros do construtor britânico.

Andrew Howard recorda que, “em 2010, competimos como equipe e em 2012 marquei presença na prova do Mundial de Resistência, em Silverstone. A minha intenção sempre foi fazer Le Mans como piloto e é algo que nunca escondo. Tendo ganho uma vez mais o título britânico de GT, é tempo de voltar a pensar nas 24 Horas de Le Mans. Para tal, nada melhor que participar do ELMS ou do WEC. Nesta altura, penso que para nós a melhor opção é o ELMS. Espero estar no campeonato em 2016. Para tal, pensamos que era importante fazer primeiro um teste. Por isso estamos aqui.”

“Já testamos o Aston Martin no Estoril e tudo correu bem. Só tive que me adaptar ao fato desta versão não ter ABS. Como tal tudo fica mais sensível ao nível da frenagem. Rapidamente, percebi o quanto é mais fácil de guiar os carros GT3. Não estou à espera de um resultado espectacular este fim-de-semana. Vou precisar de algum tempo para me habituar de novo a um GTE, mas tenho uma enorme expectativa de correr em Portugal. Vou fazer equipe com o Jonny Adam e o Alex MacDowall, dois pilotos com muita experiência dos GTE”.

Por sua vez, Jonny Adam sublinhou que “para o Andrew (Howard) competir no ELMS tem sido sempre um objetivo desde que se ocupou do programa da família Mansell em 2010. Também sempre quis regressar ao campeonato enquanto piloto. Já tinha pensado nisso no início deste ano com um carro de GT3, mas optamos por concentrar esforços no Campeonato Britânico de GT. Quando comprou o Aston Martin GTE no início do ano, a ideia era fazer o Festival e, se o orçamento permitisse, alinhar na última prova do ELMS, no Estoril. Testamos aqui na semana passada, o que foi importante para nos adaptarmos ao carro”.

“O Aston Martin LMGTE é excelente na pista do Estoril, como o Stuart Hall demonstrou no ano passado, colocando o Vantage V8 na pole-position. O carro desgasta pouco os pneus e isso é importante no Estoril, que tem um asfalto abrasivo. Devemos ser competitivos, até porque o BoP não nos prejudica. Agora, sabemos que não será nada fácil bater as Ferrari. Foi importante termos feito o teste, por forma a que o Andrew tivesse tempo ao volante e nos habituássemos, todos, aos pneus Dunlop que usamos pela primeira vez. Tudo isso, fez com que estejamos melhor preparados para a prova portuguesa. Estamos muito entusiasmados. Tem sido um ano fantástico e esta presença é só para percebemos onde nos situamos com vista à temporada 2016”.

As 4 Horas do Estoril vão decidir os títulos na classe LMGTE, bem como nos LMP2 e nos GTC. Seis equipes ainda podem chegar ao título de 2015 nos LMGTE, ainda que a Formula Racing que compete com a Ferrari #60, de Mikkel Mac, Johnny Laursen e Andrea Rizzoli tenha uma vantagem de 19 pontos (quando há 26 pontos em jogo) sobre o pelotão, encabeçado pelo Team BMW MarcVDS BMW Z4 #52 de Henry Hassid, Jesse Krohn e do ex-campeão do mundo do WTCC, Andy Priaulx.

Uma volta no circuito de Estoril com Filipe Albuquerque

Gibson #38 da JOTA Sport é o líder na classe LMP2. (Foto: ELMS)

O português Filipe Albuquerque espera ter vantagem por competir em casa na última etapa do European Le Mans Series. O piloto do JOTA Sport #38 que divide o LMP2 Gibson com os britânicos Simon Dolan e Harry Tincknell, está liderança do campeonato, mas apenas um ponto na frente dos principais adversários

Albuquerque conhece a pista do Estoril e descreve os principais pontos do traçado de pouco mais de 4.128 metros, que foi inaugurado em 1972.

“Chegamos à curva 1 a cerca de 280 km/h. Freamos na placa dos 100 metros. Uma desaceleração complicada, pois a pista é muito ondulada. Reduzimos de 6ª para 2ª marcha e passamos por cima do corredor interno. Aceleramos, deixando o carro escorregar até ao corretor exterior”.

“Subimos até a quarta marcha, quando chegamos à rápida curva 2, outra vez viramos a direita. Levantamos um pouco o pé, sem travar, tocando o corredor interior e deixando o Gibson escorregar outra vez até ao corredor exterior”.

“Antes da Curva 3, reduzimos de 4ª para 2ª, com uma freada forte. É muito importante fazer a linha da trajetória correta, pois a curva fecha muito à direita e não é fácil controlar a tração. Sendo esta uma zona de cambagem invertido, levando a que haja uma tendência natural para o carro fugir de traseira”.

“Subimos a caminho da curva 4 onde existem duas trajetórias possíveis. Normalmente, gosto de fazer de imediato o interior, abrir um pouco a linha no meio da curva, preparando assim melhor a saída. Sair bem é muito importante, pois segue-se a segunda reta mais longa do circuito”.

“Aceleramos até à Parabólica Interior, a curva 5. Freada forte mais uma vez, reduzindo de 6ª para 3ª marcha. É muito importante não exagerar. Deixar o carro rolar, pois esta é uma curva longa para a esquerda. Não queremos que o carro role muito, pois nessa zona há muita sujeira de borracha dos pneus, que prejudicam a aderência. Também aqui, é muito importante ter um carro bem afinado, estável no eixo posterior, por forma a acelerarmos o mais cedo possível, aumentando a velocidade à saída desta longa parabólica”.

Traçado é um dos mais seletivos da Europa. (Foto: Divulgação)

“Aceleramos até 5ª marcha a caminho da curva 6, onde voltamos a reduzir para 2ª ou 3ª, dependendo da relação de caixa que usamos. Na entrada desta direita há sempre que contar que o carro pode sair de frente. Isso não é um problema, pois existe uma zona de compressão na saída, fazendo o carro voltar, antes de tocarmos no corretor exterior. Devemos ficar do lado de fora, para melhor atacar a muito rápida direita que se segue. Já nesta, não se pode fazer uma linha tão aberta, pois estamos chegando na lenta chicane”.

“Na chicane, reduzimos de 3ª para 2ª, tocamos no corretor interior do lado esquerdo, e voltamos logo o volante para a direita – aqui sem tocar em demasia o corretor interior. É deixar o carro rolar para o exterior da curva, fazendo a linha ideal, que acaba por ser a mais fácil, pois estamos numa mudança baixa e o motor está cheio de força. Uma vez mais, o problema é colocar a potencia no chão. Deixar rolar na curva longa que se segue é a solução”.

“Hora de atacar a penúltima curva do Estoril. Parece mais veloz do que é na realidade. Em 3ª, sempre ganhando velocidade. A linha de trajetória nos leva a tocar no corretor interior e também se pode, de seguida, ir até ao exterior, mas há que pensar na última curva do Estoril, mesmo muito veloz”.

“Essa última curva, conhecida como Parabólica Ayrton Senna, é muito longa, muito exigente para os pneus Dunlop, e ainda mais para os braços e o pescoço do piloto. Aqui, queremos de manter tudo bem controlado, evitando que o Gibson siga para o exterior da curva, pois nesse caso vamos apanhar da sujeira dos pneus e perder aderência, comprometendo a velocidade de saída. A curva é feita em 4ª, passando para 5ª no final. Saímos a quase 220 km/h e quanto mais velocidade no final da curva, melhor, pois de seguida temos a longa reta da meta. É o início de mais uma volta”.

As 4 Horas do Estoril são a última de cinco corridas do European Le Mans Series 2015, num calendário que incluiu também Silverstone (Grã-Bretanha), Imola (Itália), Red Bull Ring (Áustria) e o Circuit Paul Ricard (França). Seis dos oito títulos em jogo serão atribuídos nesta derradeira jornada em Portugal, marcada para os dias 17 e 18 de Outubro.

Olivier Panis em parceria com Fabien Barthez cria equipe LMP2

Panis venceu as 12 horas de Sebring pela Oreca em 2011. (Foto: Getty Imagens)

O francês Olivier Panis, que já competiu na F1 e no Endurance pela equipe Oreca vai voltar as provas de longa duração em parceria com o também francês e jogador de futebol Fabien Barthez.

A ideia dos dois é montar uma equipe para competir no ELMS na classe LMP2 em 2016. A Panis-Barthez Racing irá alinhar um Ligier JS P2, e irão contar com o apoio técnico da Tech 1 Racing, equipe da World Series by Renault, bem como Renaud Derlot como manager.

Se sabe que até o momento apenas Barthez está confirmado como piloto, e que Panis seria apenas um dos diretores ou gerente. A proposta da equipe é ser um time escola para novos talentos e tem um contrato de duração de pelo menos três anos.

“Nós poderíamos escolher dois pilotos experientes para o início do novo desafio e depois? Nosso projeto é de três anos e nós queremos ajudar os jovens a progredir. Nossa carreira já está,” comenta Panis

Quem também apóia a iniciativa é o presidente do WEC e ELMS Gérard Neveu: “Com um piloto experiente Panis, e uma personalidade tão forte quanto Barthez, a busca por novos pilotos é uma grande iniciativa e uma grande notícia para nosso esporte. “

Dome também vai construir LMP3

(Foto: Divulgação Dome)

A fabricante japonesa Dome anunciou nesta Terça (06), que foi escolhida pela ACO, para ser o quinto fabricante a produzir e comercializar protótipos LMP3.

Com uma larga experiência na construção de LMP1 e LMP2, o novo S104 será apresentado nos próximos meses. A Dome não divulgou nenhum informação complementar.

Ela se junta a Ginetta, Onroak Automotive, Riley-Ave e ADESS, que já estão desenvolvendo seus modelos. Além do Asian LMS e ELMS os novos carros serão elegíveis em diversos campeonatos em toda Europa.

Marc VDS Racing Team fecha as portas

Má gestão financeira terminaram com a equipe. (Foto: Divulgação Marc VDS Racing)

Um comunicado em seu site oficial na manhã desta terça (06) pegou muitos fãs de surpresa. A equipe Belga Marc VDS Racing cancelou todos os seus programas automobilísticos em 2016.

Atual campeã das 24 horas de SPA, não vai competir na última etapa do ELMS neste mês no circuito de Estoril em Portugal. O principal motivo apontado por Marc van der Stratem foram os erros financeiros, e a má gestão dentro da própria equipe, o que acabou forçando o cancelamento do programa.

“Eu devo a minha paixão por corridas ao meu falecido pai, que era uma figura bem conhecida no meio do automobilismo”, disse van der Straten. “Foi ele quem me deu os valores que eu vivo, isso inclui um código de honra que não se baseia em contratos ou acordos longos.”

“Eu falo de uma época em que a sua palavra e um aperto de mão eram suficientes para firmar um acordo, sem recurso a toneladas de papel e muitas assinaturas.”

“Temos de reconhecer que as coisas mudaram. Tanto que hoje minha paixão pelas corridas é não é mais o mesmo.”

“Vários Colaboradores traíram minha confiança e o espírito de família da nossa equipe. Tenho 67 anos de idade e eu não tenho o tempo para aceitar o comportamento que desrespeita os princípios morais que são caros.”

Programa GTE também foi cancelado. (Foto: Facebook Marc VDS)

“Estou cansado pela falta de profissionalismo de algumas das pessoas que, erradamente, colocamos em posições-chave dentro da equipe. Estou cansado de quem não tem outro propósito senão comprometer financeiramente o nosso negócio, até mesmo ao ponto de falência.

“É por isso que eu decidi hoje fechar a cortina e abandonar o automobilismo.”

A equipe, vai manter suas atividades na MotoGP e Moto2. Marc VDS tem sido considerada uma das operações europeias em carros de GT de maior sucesso, com vários campeonatos e vitórias, incluindo o título de 2013 da Blancpain Endurance Series Pro Cup.

Ele também realizou uma ligação estreita com a BMW, tendo apoio oficial da marca por vários anos, além de estar desenvolvendo o novo M6 GT3 para o próximo ano.

Van der Straten confirmou ainda uma aparência one-off para defender a sua coroa total no Spa não será possível. Stratem descartou voltar a competir em SPA apenas para defender seu título. “Como posso aceitar ser forçado a competir em um campeonato inteiro só para ter o direito de competir em um evento?”