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Endurance tratado a sério!
Toyota V35A, o novo motor da classe LMP3

Com a chegada da temporada 2025, mudanças ocorrerão na classe LMP3. Os pequenos protótipos ganharam o gosto das equipes e público. Tanto que a ideia da ACO de criar uma pirâmide para pilotos iniciantes e equipes deu certo. 

Presente no ELMS, IMSA, Asian LMS, Le Mans Cup e diversos campeonatos regionais ao redor do mundo, os protótipos LMP3 são a solução perfeita para quem quer entrar no endurance e chegar até o Mundial de Endurance (WEC) e as 24 Horas de Le Mans. 

A série estreou em 2015 no ELMS, em substituição a classe LMPC e o Oreca FLM09. Deste então os “pequenos” são equipados com um motor Nissan V8 de 5 litros (VK56), naturalmente aspirado. 

Porém, em sua terceira geração, as coisas mudaram. Sai o Nissan e entra o Toyota V35A que será montado pela Oreca. Das quatro montadoras homologadas para fornecer chassi para a classe (Ligier, Duqueine, Adess e Ginetta).

Até agora apenas a Duqueine não revelou o seu novo protótipo. Vale lembrar, que a terceira geração de protótipos LMP3 se perpetuará até 2029. 

O motor Toyota V35A

Como a tendência é motores menores e mais potentes, o V35A da Toyota foi o escolhido. O V35A é um motor V6 a gasolina biturbo de 3,5 litros que estreou em 2017 com a quinta geração do Lexus LS 500.

Contudo, este novo membro da família de motores Dynamic Force da Toyota é o primeiro motor V turboalimentado na história do fabricante. Aliás, a Toyota já parou de usar todos os motores V8 (1UR-FE, 3UR-FE) em veículos Toyota e Lexus e mudou para este V6 biturbo de 3,5 litros.

Por exemplo, o V35A-FTS se tornou a única opção para modelos populares como o Toyota Land Cruiser, Toyota Tundra, Lexus LX 600, Lexus GX 550, etc. O novo motor não está apenas cheio de soluções técnicas semelhantes aos já conhecidos motores A25A e M20A, mas também dá vários passos à frente. O motor atinge 37% de eficiência térmica. 

Aliás, o motor é equipado com dois turbocompressores paralelos (um de cada lado) com válvulas wastegate controladas eletronicamente. Cada turbocompressor envia ar comprimido através de seu próprio intercooler ar-água integrado dentro de um tanque de aumento de ar de admissão de polímero montado na parte superior do motor. 

Além disso, Intercoolers e turbocompressores usam um sistema de resfriamento separado com um radiador adicional e bomba elétrica. Abaixo do tanque de aumento de ar, há um coletor de admissão de alumínio de duas peças, leve e fino. O sistema de escapamento é equipado com dois conversores catalíticos e, além disso, dois filtros de partículas de gasolina (GPF) da Toyota.

Por fim, Lembrando que mudanças ocorrerão para que o bloco se transforme em um motor de competição e aguente provas de endurance. 

Saiba mais:

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