Tinha tudo para ser uma começo satisfatório para a Peugeot na abertura do Mundial de Endurance, no Catar. Porém, faltando uma volta para o término da prova, o carro perde rendimento e se arrasta para completar a prova. Para piorar, o 9X8 #93 foi desclassificado.
O Hypercar pilotado por Jean-Eric Vergne, Nico Mueller e Mikkel Jensen estava seguro na segunda posição. Porém, Vergne desacelerou repentinamente nos minutos finais antes de cruzar a linha em sétimo lugar.
Falando aos repórteres reunidos após a corrida, o diretor de motorsports da Stellantis, Jean-Marc Finot, disse que a Peugeot ainda está trabalhando para identificar e compreender completamente o problema, mas suspeitou que um problema de abastecimento provavelmente seria o responsável pelos problemas da equipe.
Vergne trouxe o Peugeot #93 para uma parada de reabastecimento na volta 318 da competição de 335 voltas, que é onde o problema provavelmente se desenvolveu.
“Infelizmente, o que aconteceu na última volta não estava programado”, disse Finot. “Temos que analisar, mas acho que tivemos um problema com o abastecimento do carro quando fizemos o splash e o sprint. Não tínhamos a taxa de combustível esperada. Temos que analisar”.
Aliás, como resultado, Vergne ficou sem combustível, com Finot revelando que completou a última volta com motor híbrido enquanto o #93 rastejava para o sétimo lugar enquanto um trio de Porsche 963 fechava o pódio.
“Portanto, a mobilidade híbrida também é útil para o automobilismo”, disse Finot brincando. “Voltamos aos boxes com emissão zero. Mas acho que cometemos um erro ou um problema. Merecemos o resultado. Temos que ser melhores da próxima vez.”
Frustração e desclassificação para a Peugeot
Para piorar o final de semana dos franceses o #93 foi desclassificado. O motivo? O piloto não retornou aos boxes após ter tido uma velocidade de implantação do ERS inferior ao limite do BOP, e não retornou ao parque fechado. Em resumo, utilizou somente o sistema híbrido fora das especificações do BoP e não se dirigiu ao parque fechado.
Os comissários, após examinarem minuciosamente o assunto, decidiram o seguinte:
“O competidor cometeu uma infração ao regulamento técnico (art. 5.3.2 do regulamento técnico do LMH) ao não retornar ao seu box após utilizar o controle elétrico do MGUK”.
“Devido a esta infração, e à opção do competidor em não cumprir esta regra técnica na esperança de ser classificado, o carro #93 conseguiu cruzar a linha antes de parar definitivamente na reta, sem poder entrar no parque fechado”.
“Contudo, um concorrente não pode obter o benefício de uma violação que tenha cometido em relação aos regulamentos relevantes. Portanto, os comissários determinaram que o fato do carro #93 ter cruzado a linha não pode ser tido em conta nos termos dos regulamentos desportivos aplicáveis. Além disso, o carro #93 não pôde ingressar no parque fechado nas condições previstas nos artigos 15.1.1 e 15.1.3 do regulamento desportivo FIA WEC 2024”.
O QUE DIZ O ARTIGO 5.3.2?
Especificações ERS A potência elétrica CC do MGU-K não deve exceder 200 kW. Com exceção do pit lane, o MGU-K só pode aplicar torque positivo às rodas dianteiras: – nas velocidades definidas no BOP – se a velocidade do carro for inferior a 120 km/h e isso, até que o carro chega aos boxes. ‐ durante voltas à voltas de formação, voltas do Safety Car e voltas Full Course Yellow, com uma potência elétrica CC máxima de 20 kW. Assim, a velocidade será medida tomando o máximo das 2 velocidades das rodas dianteiras do sensor obrigatório FIA/ACO (Art. 8.4). Por fim, a instalação de pneus para chuva deve ser declarada através do sistema de telemetria obrigatório referido no artigo 8.6.