Toyota vence as 6 horas de Fuji

Estratégia garantiu vitória da Toyota em casa. (Foto: AdrenalMedia)

A Toyota venceu as 6 horas de Fuji, sétima etapa do Mundial de Endurance 2016. Uma estratégia ousada levou Kamui Kobayshi com o TS050 #6, superar Loic Duval com o Audi #8, por 1.439 segundos.

Com uma parada apenas para combustível, Kobayshi superou Duval, garantindo a primeira vitória da equipe depois de dois anos. O protótipo japonês foi partilhado com Mike Conway e Stephane Sarrazin.

Resultado final da prova.

Mesmo com pneus novos, o Audi #8 não conseguiu mais do que o segundo lugar. Não deixa de ser uma decepção para o time alemão, que marcou a pole e dominou grande parte da corrida sem ser pressionado pelos rivais Audi e Porsche.

Toshio Sato, presidente da Toyota: “Foi uma corrida emocionante, muito disputada entre os três fabricantes LMP1, por assim dizer, foi um sprint corrida de seis horas. Foi uma luta limpa. Parabenizo a Audi e Porsche para a sua parte deste grande show. Quero agradecer toda equipe, pelo ótimo trabalho.”

Em terceiro, o Porsche #1 de Mark Webber, Timo Bernhard e Brendon Hartley. Tanto o Porsche #1 quanto o #2 que terminou na quinta posição fizeram uma corrida discreta. Na quarta posição o TS050 #5, que superou o Porsche #2 na última parada para troca e pneus. O 919 Hybrid de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb, enfrentaram problemas durante toda a prova.

Dr. Wolfgang Ullrich, chefe da Audi Motorsport: “Uma corrida carregada de suspense que estávamos conduzindo por mais de cinco horas escapou das nossas mãos. Na última parada, a Toyota usou a vantagem estratégica e não trocou os pneus e ganhou uma vantagem de cerca de 25 segundos. Tentamos para compensar a desvantagem na pista novamente. Foi emocionante assistir. Loïc, chegando a pouco mais de 1 segundo no final. Fico triste para a equipe #7, por terminar por um defeito técnico.”

G-Drive vence a primeira na LMP2 no ano. (Foto: AdrenalMedia)

Problemas que também perseguem o Audi #7, que mais uma vez não fez uma boa prova, e abandonou com problemas no sistema híbrido. A prova para Fassler, Lotterer e Tréluyer não teve mais do que 20 minutos de duração.

Fritz Enzinger, Vice-Presidente do programa LMP1 da Porsche: “Desde Le Mans vencemos todas as corridas. Hoje conseguimos um lugar no pódio, mas depois de uma corrida emocionante. No final, apenas alguns segundos decidiu os três primeiros lugares. Parabéns a Toyota para a sua vitória em casa. Parabéns a Audi para um desempenho forte. Fomos capazes de melhorar a nossa posição no campeonato de construtores. Agora vamos para as etapas finais da temporada. Estamos otimistas para as duas últimas corridas da temporada.”

Entre os LMP1 privados, o Revellion #13 de Dominik Kraihamer, Matheo Tuscher e Alexandre Imperatori, venceu a corrida, garantindo o título para as equipes privadas. O ByKolles #4 com problemas, abandonou a prova.

“Foi uma boa corrida, lideramos cinco horas e meia e acabamos perdendo por menos de um segundo e meio. Acho que foi a chegada mais apertada da história do WEC. A Toyota fez um double stint no final e a gente teve de parar para trocar pneu. No final chegamos nesta distância, apesar de ter tirado bastante no final”, afirmou di Grassi, que assumiu a condução do Audi R18 após o segundo pit stop. Di Grassi e Duval cravaram, no sábado, a pole position para as 6 Horas de Fuji.

“Acabamos encurtando em mais nove pontos a diferença para o líder do campeonato. No final das contas foi um bom resultado. O gostinho da vitória não veio por muito pouco. A gente sai com uma sensação não muito boa por ter perdido a corrida no último stint. De qualquer forma, acabamos chegando na frente dos dois Porsche, com uma corrida limpa, sem acidentes, com uma boa estratégia, um carro confiável e rápido”, disse o brasileiro, que tirou nove pontos para os líderes e continua na disputa pelo título a 28,5 pontos de distância para o Porsche #2 de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb a duas etapas do final.

Di Grassi mantém a confiança. “Ainda temos chances matemáticas e na China seguimos na busca. Não posso reclamar, porque em duas semanas fiz dois segundos lugares e com uma pole position, podendo levar a bandeira do Brasil para o pódio de dois dos campeonatos mais difíceis do mundo. Estou orgulhoso, mas ainda temos que continuar buscando e fazendo o trabalho de casa”, concluiu.

Dobradinha da Ford na classe GTE-PRO. (Foto: AdrenalMedia)

As grandes disputas da prova ocorreram na classe LMP2. Com bons pegas, o vencedor foi o Oreca 05 #26 da G-Drive Racing. Foi a primeira vitória da equipe no ano. Will Stevens chegou com uma diferença de 1.398 segundos para o Ligier #43 da RGR Sports. Bruno Senna foi quem fez o último stint. A vitória para o #43, foi adiada por conta de uma ultrapassagem mal feita pelo Rebellion da classe LMP1.

“Faltando menos de três voltas, o Rebellion da LMP1 veio me ultrapassar na Curva 10 e me atrapalhou. Ele poderia ter passado sem problema na reta, mas acabou fazendo com que o Stevens entrasse grudado. Aí não deu como segurar. Em condições normais, mesmo com meu jogo de pneus já no terceiro turno, eu não permitiria a ultrapassagem”, comentou o brasileiro.

As 6 Horas de Fuji foram uma das melhores provas do ano. “Foi pauleira do início ao fim. Pela primeira vez, não tivemos nenhuma bandeira amarela ou full course yellow. Todo mundo acelerou forte desde a largada”, relatou. Bruno lamentou ainda que a vitória da G-Drive tenha custado sete pontos importantes na briga particular com a Signatech Racing. “Descontaríamos dez, mas com o segundo só tiramos três pontinhos”, lembrou. A diferença da equipe de Bruno para os ponteiros é agora de 38 pontos, com mais 52 em disputa.

Aston Martin #98 vence na classe GTE-AM. (Foto: AdrenalMedia)

Pipo Derani terminou na quinta posição com o Ligier #30 da Extreme Speed Motorsports.

Na classe GTE-PRO, a Ford, levou os dois primeiros lugares. O #67 de Andy Priaulx, Harry Tincknell, foi seguido pelo #66 de Olivier Pla e Stefan Mucke. Foi uma vitória tranquila para o time americano. Em terceiro e quarto as duas Ferrari da equipe AF Corse #51 e #7, que lideraram, somente nas paradas de boxes dos Ford. Na quinta e sexta colocação os Aston Martin #95 e #97 respectivamente.

A classe GTE-AM, teve como vencedores Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Mathias Lauda com o Aston #98. Foi uma vitória dominante. Em segundo a Ferrari #83 da AF Corse dos líderes do campeonato, François Perrodo, Emmanuel Collard e Rui Águas. Completando o pódio, o Porsche #78 da KCMG de Christien Ried, Wolf Henzler e Joel Camathias.

 

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