Bruno Senna e Pietro Fittipaldi confirmados nas 6 Horas de Fuji pelo Mundial de Endurance

(Foto: Divulgação WEC)

A organização do Mundial de Endurance divulgou nesta sexta-feira, 07, a lista de inscritos para a etapa de Fuji do WEC. Serão 37 carros competindo na prova de seis horas. Na classe LMP1 os brasileiros Bruno Senna e Pietro Fittipaldi, que sofreram acidentes em Silverstone e SPA respectivamente, voltam ao volante do Rebellion #1 e DragonSpeed #10.

Na classe LMP2, André Negrão está confirmado no Alpine #36, ao lado de Nicolas Lapierre e Pierre Thiriet. Aston Martin, Ford, Ferrari, BMW e Porsche, alinham na classe GTE-PRO. Com um competidor a menos, a classe GTE-AM, terá carros da Ferrari, Porsche e Aston Martin.

A prova será realizada entre os dias 13 e 14 de outubro.  

Lista de inscritos para Fuji

Recuperação de Bruno Senna deve durar pelo menos três semanas

(Foto: Rebellion Racing)

Bruno Senna continua em franco processo de recuperação do acidente sofrido dia 17 de agosto durante os treinos livres das 6 Horas de Silverstone, terceira etapa da supertemporada 2018/2019 do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Logo nas primeiras voltas da primeira sessão, o piloto bateu forte no muro na saída da Curva Copse com o protótipo LMP1 da Rebellion Racing, fraturou o tornozelo direito e não pôde participar do restante da programação. No entanto, segundo sua própria avaliação, a presença na próxima corrida, marcada para Fuji (Japão) no dia 14 de outubro, está praticamente assegurada.

Em Mônaco, onde reside e permanece desde que regressou da Inglaterra, Bruno traçou uma previsão otimista. “Acho que em pouco tempo, em torno de três semanas, tudo estará normal. Já não preciso do auxílio das muletas e tenho andado na piscina para fortalecer a musculatura. Descansei bastante nestes últimos tempos, fiquei com os pés para cima para ajudar a reduzir o inchaço, e agora acredito que já entrei na fase final para ficar totalmente bom.”

A batida impediu Bruno de tomar parte da surpreendente dobradinha da Rebellion em Silverstone, confirmada somente depois da verificação técnica que desclassificou a Toyota por cauda do excessivo desgaste do assoalho de seus dois carros. Com a mudança na classificação final, os Rebellion subiram para as duas primeiras posições – o alemão André Lotterer e o suíço Neel Jani, companheiros de Bruno, herdaram o segundo lugar atrás do trio formado por Gustavo Menezes, Thomas Laurent e Mathias Beche.

Aston Martin descarta fim do programa GT no Mundial de Endurance e pensa na DTM

Programa na nova classe de supercarros do WEC e DTM. Aston Martin pensa grande. (Foto: Aston Martin Racing)

Os planos da Aston Martins para os próximos anos são promissores. A montadora inglesa descartou a hipótese de cancelar seu programa GT no Mundial de Endurance, bem como estuda a possibilidade de aderir ao conceito de “hipercarros” no WEC ou na DTM.

Para o presidente da Aston Martin, David King, a equipe planeja expandir sua área de atuação. “Sempre teremos carros GT”, disse em entrevista ao site motorsports.com. “O que quer que aconteça na classe LMP1, estamos comprometidos com as corridas de GT a longo prazo”, disse ele. “Estamos em corridas de GT desde nosso retorno em 2005 e não haverá mudanças. Há um longo caminho a percorrer quando avaliamos a opção LMP, mas se fizermos isso, nunca iremos sacrificar as corridas GT.”

A equipe participa dos grupos de estudos, que debatem o futuro da principal classe do WEC. Segundo o dirigente a atual versão do Vantage GTE que estreou este ano, terá uma vida útil na competição de pelo menos quatro anos. A versão GT3 do carro entregue para equipes de clientes no início de 2019.

Questionado sobre a entrada na DTM em parceira com a R-Motorsports, parceira da Aston Martin no Blancpain GT Series, David não quis revelar detalhes. “Estamos sempre buscando oportunidades em corridas, mas o núcleo de nossa estratégia é o automobilismo”.

A parceria com a Red Bull que para muitos estaria sendo direcionada para a F1, ainda está ligada ao projeto Valkyrie, carro híbrido desenvolvido por Adrian Newey. “Nossa associação com a Red Bull neste momento é com o projeto Valkyrie, teremos que esperar para ver se existe algum outro relacionamento”, disse ele.

A R-Motorsports já declarou a parceria com a Mercedes-Benz e a HWA para levar a Aston Martin ao DTM em 2020.

Koenigsegg estuda participação no Mundial de Endurance

Um protótipo chegou a ser construído. Projeto não foi adiante por mudanças no regulamento da antiga classe GT1 da FIA. (Foto: Divulgação)

Os regulamentos para a próxima temporada do Mundial de Endurance, que volta a introduzir o conceito de “supercarros”, tem levantado muitas discussões. Sendo o suprassumo da série, os protótipos LMP1 será substituídos por modelos com layout parecido com carros de rua a partir de 2020. O conceito já foi visto em Sarthe no final dos anos noventa com a classe GT1.

Fabricante como Brabham e Glickenhaus já demonstraram interesse em desenvolver projetos. Aston Martin, McLaren,Ford e até Ferrari já participaram de grupos de estudo sobre o assunto.

A bola da vez é a Koenigsegg. Em entrevista ao site topgear.com, Christian von Koenigsegg vem acompanhando de perto os desdobramentos e não esconde o desejo de alinhar seus carros em Le Mans. “Isso é ótimo. Estamos tão animados com isso. O que eu entendi é que os regulamentos finais ainda não estão terminados, mas estamos olhando para eles de perto. Nós gostaríamos de ir e correr lá. Finalmente, há uma chance.”

“Depende dos regulamentos. Ouvi dizer que talvez tenha que ser um híbrido, e o sucessor do Agera não é um híbrido. Mas é claro, poderíamos adicionar algumas coisas híbridas, se for necessário para os regulamentos. Talvez o Regera seja um candidato melhor. Veremos,” disse.

O sonho do construtor Sueco não é de hoje. Em 2007 o modelo CCGT, baseado no CCR, chegou a ser testado, sem maiores anseios. Equipado com um v8 de 5 litros e 600 cv o GT pesava pouco menos de 1000 kg. Um protótipo do CCR baseado nos regulamentos GT1 da FIA também estiveram nos planos de Christian.

Os antigos GT1 não podiam exceder dois metros de largura e o cockpit não podia ter menos de 70% de largura do carro. Um protótipo foi projetado sendo a base para os futuros carros de produção em série da marca. Uma futura adaptação não traria maiores obstáculos para os projetistas.

Entre a concepção do projeto e a construção os regulamentos tiveram alterações. A principal foi a proibição do carbono e a produção em série para homologação, saltou de 20 para 350 veículos por ano.

Japão terá etapas do WEC e F1 no mesmo final de semana

(Foto: AdrenalMedia)

O calendário da Fórmula 1 para 2019 divulgado nesta sexta-feira, 31, colocou o GP do Japão no mesmo final de semana da etapa de Fuji do Mundial de Endurance.

Marcadas para o dia 13 de outubro a F1 terá sua prova disputa no circuito de Suzuka, enquanto o WEC corre em Fuji. O calendário revelou quatro confrontos entre os dois campeonatos, mas apenas no Japão as corridas acontecem no mesmo final de semana.

De acordo com o porta-voz do WEC, a organização da série está buscando uma solução. “Gerard Neveu e a equipe do WEC estarão olhando para essa questão nos próximos dias, à luz do que ele disse em uma coletiva de imprensa em Silverstone sobre não ser possível para o Japão sediar dois grandes campeonatos da FIA no mesmo fim de semana”, disse o WEC. porta-voz disse Sportscar365. “Mais do que isso, não podemos comentar no momento.”

O dirigente já tinha alertado que conflitos no Japão seriam iminentes: “É impossível organizar no Japão dois eventos internacionais no mesmo fim de semana, porque há um acordo de cavalheiros entre a organização dos circuitos as pistas de corrida, o que é muito inteligente, e a segunda razão é porque compartilhamos uma equipe de extração comum”, explicou ele.

Neveu afirma que precisa respeitar os prazos logísticos para que as provas possam ser realizadas. “Não tenho escolha porque preciso de uma lacuna para o transporte da Europa para o Japão. Eu preciso ter uma lacuna do Japão para a China. Estou fazendo o meu melhor, mas não tenho outra opção.”

“Exceto ir para o Japão três semanas antes, mas neste caso, todo o padoock vai reclamar porque eles terão apenas duas semanas entre Silverstone e Fuji e não funciona assim, ou porque o calendário não é disponível em Fuji.”

Além desse entrave, a etapa de Sebring ocorre no mesmo final de semana do GP da Austrália. A abertura da temporada 2019-20 do WEC em Silverstone coincide com o GP da Bélgica, enquanto a etapa de Interlagos será disputada no mesmo final de semana das 6 Horas de Xangai.

Calendário F1 2019

 Austrália – 17/03

 Bahrein – 31/03

 China – 14/04

 Azerbaijão – 28/04

 Espanha – 12/05

 Mônaco  – 26/05

Canadá – 09/06

 França – 23/06

 Áustria – 30/06

 Inglaterra – 14/07

 Alemanha – 28/07

 Hungria – 04/08

 Bélgica – 01/09

 Itália – 08/09

 Cingapura – 22/09

 Rússia – 29/09

 Japão – 13/10

 México – 27/10

 Estados Unidos – 03/11

 Brasil – 17/11

 Abu Dhabi – 01/12

Para diretor da Rebellion, ACO precisa ser mais encisiva para equiparar classe LMP1

Toyota não possui adversários no WEC. (Foto: AdrenalMedia)

A disparidade entre a Toyota e as demais equipes da classe LMP1 do Mundial de Endurance preocupa muita gente, entre eles o diretor técnico da Rebellion Racing Bart Hayden. Vencedor depois da desclassificação da Toyota em Silverstone, Hayden acredita que o fabricante japonês não deva sair do WEC, já que em tese, os dois TS050 não possuam adversários diretos.

Para as próximas etapas o predomínio da Toyota deve se manter, de acordo com o dirigente. “Não é o que os fãs querem e não é o que muitas pessoas querem. Eu não sei como você conserta isso ”, disse ele ao site Sportscar365. “Acho que precisamos esperar que a ACO ou a FIA vejam o que podem fazer.”

“Há um ajuste que eles podem fazer para acabar com essa diferença de reabastecimento no pit lane, mas isso não necessariamente fecha as coisas completamente. Nós vamos ter que ver.”

Um das medidas para conter a diferença é a utilização de restritores nos bocais de abastecimento. De acordo com a telemetria o Toyota #8 “ganhou” 45 segundos durante o reabastecimento.

Os protótipos sem sistema híbrido tiveram um aumento de 108 para 115 kg/hora. A DragonSpeed perdeu 15kg em seu peso mínimo. Hayden acredita que a Toyota também gostaria de uma competição direta com as demais equipes da classe. “É muito difícil equilibrar o carro híbrido. Eles têm o impulso, então eles são clínicos através do tráfego. É difícil realmente fazer isso.”

“Não é um trabalho fácil, sem dúvida.”

O presidente da Rebellion, Alexandre Pesci, foi enfático sobre mudanças para equiparar a competição. “Embora a batalha com as outras equipes privadas fosse interessante e cheia de reviravoltas, a liderança dos híbridos da Toyota era inevitável”, disse Pesci. “Isso prova que a EoT ainda precisa ser ajustado para que o espetáculo seja total.”

“O circuito de Silverstone, particularmente acidentado, não era propício para nossos carros. É um incrível pódio duplo para o Rebellion Racing, embora não seja alcançado da melhor maneira, mas é uma recompensa merecida por todos os esforços da equipe, que compete no endurance nos últimos 11 anos,” finalizou. 

WEC planeja mais uma etapa para a temporada 2020/21

(Foto: Divulgação)

A organização do Mundial de Endurance estuda aumentar o calendário da temporada 2020/21 para nove etapas. A próxima temporada terá oito provas, iniciando em Silverstone e terminando em Le Mans.

Com eventos de setembro de 2019 até junho de 2020, com exceção de janeiro e abril, as chances de expandir o calendário são possíveis, afirma o presidente do WEC, Gerard Neveu.

“Em 2021, se pudermos adicionar uma corrida, não será no início da primeira parte da temporada porque temos uma corrida por mês”, disse ele em entrevista ao site Sportscar365.com. “Isso aconteceria no começo do ano. Entre janeiro e abril. Se você considerar que gostaríamos de evitar confrontos com Daytona e Sebring, temos opções.”

A série foi disputada como campeonato de nove rounds em 2016 e 2017 com a adição da etapa do México. O retorno do circuito Hermanos Rodriguez depende dos custos com logística, algo que discutido com as equipes. Em 2016 a organização do WEC bancou o transporte.

A etapa de Interlagos estava originalmente marcada para acontecer em abril de 2020, ficando para fevereiro do mesmo ano. A organização firmou um contrato de dois anos com os promotores brasileiros, podendo ser estendido para mais um.

Calendário provisório para a temporada 2019/20 do Mundial de Endurance. (Imagem: FIAWEC)

“O calendário, você tem uma estrutura forte”, disse Neveu. “Sabemos que temos que começar em setembro e terminar em Le Mans. Depois disso, estamos livres para nos adaptar a cada ano. “Podemos decidir porque depois de um ano voltaremos a Sebring? Nós não sabemos.”

“Como é que São Paulo vai funcionar em fevereiro? Nós não sabemos Aprendemos com isso e depois disso decidiremos.”

Sebring que volta ao calendário ainda é uma incógnita para o dirigente. Neveu afirma que espera que a prova obtenha sucesso para que retorno nos anos seguintes. “Colocamos Sebring no calendário provisório porque o desejo é ficar em Sebring”, disse Neveu. “É justo dizer, ‘a ser confirmado’ porque precisamos ter algumas condições após o primeiro evento. Neste momento, o plano é ir a Sebring.”

“Temos que correr primeiro em 2019. Se funcionar bem, se o paddock estiver contente, normalmente temos o compromisso de dizer que é por vários anos.”

“Se uma dos lados não estiver satisfeito, temos a possibilidade de dizer que é por um ano e não mais.”

Neveu finalizando afirmando que o evento do WEC deve ser no mesmo final de semana do da IMSA. Vamos a Sebring se for durante a prova de 12 horas ou vamos encontrar outro lugar”, finalizou.

Akio Toyoda se desculpa com pilotos pelos erros da equipe em Silverstone

Akio Toyoda com Kamui Kobayashi. (Foto: Divulgação Toyota)

O presidente mundial da Toyota Akio Toyoda divulgou nesta, terça-feira, 21, pedido de desculpas pelos erros da equipe durante as 6 Horas de Silverstone, quarta etapa do Mundial de Endurance.

Os dois carros da equipe foram desclassificados por irregularidades no assoalho. Confira a nota:

“Todos os nossos pilotos levaram nossos carros a da luta pela vitória, o que foi realmente emocionante para os fãs, então eu realmente sinto-me desapontado ao perder o resultado.

Eu gostaria de pedir desculpas para os seis pilotos por não construirmos um carro com o qual eles pudessem ganhar. Por outro lado, eu também gostaria de agradecer a nossos pilotos pela sua confiança em nossos carros e para empurrá-los ao limite, o que significava que nós poderíamos aprender sobre as melhorias que podem ser feitas.

Vamos fazer nossos carros ainda mais forte para a próxima corrida, para que os pilotos possam conduzir em Fuji Speedway e lutar por mais uma vitória dupla, para fortalecer a busca pelo Campeonato do Mundo.

Para os fãs, muito obrigado por seu apoio contínuo. Espero que você esteja ansioso para ver uma corrida emocionante em outubro.”

Porsche #91 é desclassificado da classe GTE em Silverstone

(Foto: Porsche AG)

O Porsche #91 que conquistou o segundo lugar na classe GTE-PRO neste domingo, 19, durante a etapa de Silverstone do Mundial de Endurance, foi desclassificado por  estar com a altura mínima de 48 mm, abaixo da medida permitda para os carros da classe. 

Assim Gianmaria Bruni e Richard Lietz perdem o segundo lugar. Com a punição Andy Priaulz e Harry Tincknell que competiram com o Ford GT #67, assumem o posto. O terceiro lugar ficou com o Porsche #92 de Michael Christensen e Kevin Estre

Decisão dos comissários

Toyota é desclassificada da etapa de Silverstone do Mundial de Endurance

(Foto: Toyota)

Os dos carros a equipe Toyota foram desclassificados depois da inspeção técnica na tarde deste domingo, 19, em Silverstone. Com o resultado a Rebellion Racing herda a vitória nas 6 Horas de Silverstone.

De acordo com o relatório emitido pela organização do WEC, a “parte frontal” do assoalho Toyota #8 cedeu 9 mm abaixo da carga especificada de 2.500 N em ambos os lados do bloco de frenagem, enquanto o carro nº 7 teve 8 mm a menos no lado esquerdo e 8 mm no lado direito. A alteração das especificações viola o artigo 3.5.6 dos regulamentos para protótipos híbridos, provocando a exclusão.

Decisão dos comissários

Em sua defesa a Toyota relatou que os dois carros poderiam ter sofrido danos nas partes internas do assoalho. Os comissários, no entanto, determinaram que o carro deve ser capaz de resistir aos “rigores normais” de uma corrida de seis horas.

A decisão deu a vitória a Mathias Beche, Thomas Laurent e Gustavo Menezes.