Existe vida saudável fora da Fórmula 1? Para o piloto oficial da Lamborghini, Romain Grosjean, as coisas estão seguindo em frente. Após ser demitido da equipe Andretti na Fórmula Indy, o piloto estará pela primeira vez ao volante do Lamborghini SC63.
O protótipo LMDh que estreará no próximo ano no WEC e na IMSA, será testado por Grosjean na próxima semana na Espanha. A confirmação aconteceu durante o primeiro treino livre do Grande Prêmio do Catar, neste final de semana.
Grosjean, que comenta a prova pelo Canal+ disse. “Esta será a primeira vez que entro no carro. Estou muito animado, o programa está dando certo. Demorou um pouco, mas é normal”, explicou.
Além disso, os testes com o Lamborghini ocorrerão nas imediações de Almeria. Assim, a Lamborghini seguirá para Jérez, circuito onde Alpine e BMW testarão nas próximas semanas.
Lamborghini rumo aos EUA
Lamborghini teve de construir um novo carro após um acidente no circuito de Paul Ricard. (Foto: Lamborghini)
Aliás, após os testes na Europa, o protótipo irá para os Estados Unidos, onde passará pela homologação da IMSA, e poderá testar com as demais equipes no circuito de Daytona em dezembro.
Porém, a Lamborghini deverá, no entanto, estar ausente das 24 Horas de Daytona no final de janeiro devido a atrasos no seu desenvolvimento. Por fim, caso ainda não seja conhecida a escalação dos pilotos entre o WEC e o Campeonato Norte-Americano de Endurance, Romain Grosjean deverá concentrar-se na IMSA além de competir nas 24 Horas de Le Mans.
As novidades para a temporada 2024 do Mundial de Endurance não param. Após o anúncio da Aston Martin que competirá com o Hypercar Valkyrie a partir de 2025 no WEC e na IMSA, chegou a vez da McLaren anunciar que escolheu a equipe United Autosports como sua parceira para competir no Mundial.
Para quem não sabe, a United Autosports é de propriedade do CEO da McLaren Zak Brown. Assim, o fabricante britânico solicitou à organização do WEC um pedido para competir na classe LMGT3.
O pedido é para duas vagas para o McLaren 720S GT3 Evo, que serão administrados pela United Autosports. Aliás, a United compete no WEC desde 2020 na classe LMP2, que dará lugar aos LMGT3 no próximo ano.
Porém, a aceitação da Mclaren no grid do WEC dependerá da aprovação da organização da série. O campeonato está priorizando fabricantes que também tenham carros na classe Hypercar como Porsche, Ferrari e BMW, porém a McLaren não é uma delas.
Se aceita, a aprovação abriria caminho para a McLaren fazer sua primeira aparição nas 24 Horas de Le Mans em 26 anos.
“O automobilismo continua sendo uma parte fundamental da estratégia de desempenho futuro da McLaren, e há muito tempo vemos o WEC como um ajuste natural para demonstrar as capacidades de desempenho de nossos carros”, disse o CEO da McLaren Automotive, Michael Leiters.
“Isso inclui um retorno às 24 Horas de Le Mans, que é uma parte intrínseca do nosso sucesso duradouro no automobilismo e, em particular, da Tríplice Coroa, que é exclusiva da McLaren como fabricante de supercarros e construtor de carros de corrida”, enfatizou.
Mudanças na United Autosports
United Autosports estará na classe LMP2 da IMSA a partir de 2024. (Foto: United Autosports)
Com a exclusão da classe LMP2 do Mundial de Endurance, a United migrará o seu programa LMP2 para o IMSA WeatherTech SportsCar Championship no próximo ano.
Além disso, a equipe começou suas participações no automobilismo, em corridas de GT com a McLaren e a Audi, competindo em vários campeonatos, incluindo a Intercontinental Le Mans Cup e a Blancpain GT Series, antes de expandir para protótipos com modelos LMP3 em 2016.
Em 2021, a equipe retornou às raízes das corridas de GT por uma temporada. Quando venceu a GT4 European Series com um 570S GT4 dirigido por Charlie Fagg e Bailey Voisin.
“Este é um projeto muito importante para a McLaren em seu retorno às 24 Horas de Le Mans. Por isso estamos extremamente orgulhosos de termos sido selecionados como a equipe para representar a McLaren no LMGT3 em Le Mans e no WEC”, disse Dean.
Aliás, as equipes de clientes Optimum Motorsport e a Garage 59 demonstraram interesse em competir no WEC no próximo ano.
Os conflitos de interesse ocorrem quando o trabalho de uma pessoa em uma organização, afeta ele, caso trabalhe em outra empresa. O piloto Stoffel Vandorme, que é reserva da equipe Aston Martin na Fórmula 1, acredita que seu papel de piloto na equipe Peugeot no Mundial de Endurance, não influenciará o relacionamento com o time inglês.
O piloto dividiu com o brasileiro Felipe Drugovich o papel de testar e desenvolver o AMR23 em simuladores, além de guiar o carro durante testes de pneus no circuito de Spa-Francorchamps.
No entanto, na próxima temporada ele cumprirá todo o calendário do WEC juntamente com seus compromissos na Fórmula E, o que reduzirá sua disponibilidade para estar a serviço da Aston nos finais de semana de corridas. Priorizou o certo no lugar do duvidoso. Porém, não quer fechar todas as portas.
Com tantos compromissos, o piloto belga acredita que mesmo com a sua “ausência” nos boxes da Aston Martin, não afetará o relacionamento com a equipe.
“Obviamente, fica bastante movimentado e há poucos dias no ano para se locomover”, disse ele ao site Motorsport.com. “Mas acho que ainda é possível estar envolvido com a Aston. Requer um pouco de gestão com todas as partes, e todos precisam estar muito conscientes de quais são as prioridades, quais são as minhas disponibilidades.
“Desde que todos estejam de acordo com isso, então isso é possível. Acho que, acima de tudo, cabe a mim também ser muito claro sobre isso com todas as partes, em termos de onde investir o meu tempo, mas também como administrar todas as minhas viagens e meus níveis de energia, porque passo muito tempo em aviões”, explicou. “Estou garantindo que isso não afete minhas corridas.”
Stoffel Vandorme e a dificuldade em administrar o tempo durante o ano
Piloto estará competindo pela Peugeot no WEC. (Foto: Divulgação)
Além disso, um dos maiores empecilhos que Vandoorne enfrentará serão as viagens. Em alguns casos, a agenda de viagens funcionará a seu favor, por exemplo, quando o evento de Fórmula E de Tóquio for seguido imediatamente pelo fim de semana do GP do Japão, que muda para uma nova data em abril.
“Há corridas em que isso se encaixará muito bem se você estiver na região certa”, disse ele. “E alguns [estão] onde é completamente outro continente, o que não é legal”, explica. “O que quero evitar é ir de um continente para outro continente e gastar muita energia nisso à toa.”
Fórmula 1 e o seu calendário extenso
Vandorme é piloto de testes da Aston Martin. (Foto: AMR)
Nesse sentido, o piloto reconhece que o calendário da F1 é longo, exigindo que todos os pilotos estejam presentes em cada corrida. A temporada 2024 terá 24 corridas, enquanto o WEC tem sete e a Fórmula E, 17 encontros. Vandoorne reconheceu que terá um 2024 de agenda cheia.
“Com a Aston Martin estamos eu e Felipe”, disse ele. “Então somos dois, e o que você precisa fazer é dividir esse papel. Eu não gostaria de chegar a 24 corridas e não pilotar nada”.
“Como você pode estar pronto, se precisar entrar em ação? Como piloto de corrida, você ainda precisa correr e ainda precisa dirigir. E essa é a melhor preparação para estar pronto”.
“Então o bom é que a Aston Martin entende isso, e eles sabem que você tem que correr para estar em forma e pronto para entrar”, finalizou.
Com a alta demanda do protótipo 963, a Porsche não buscará novos clientes para o seu Hypercar para 2024, dando prioridade aos pedidos já feitos. A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 02, por Volker Holzmeyer, CEO da Porsche North America.
De acordo com reportagem do site Sportscar365, a Porsche entregou quatro carros em 2023, dois carros tendo ido para a Proton Competition e um único carro para a Hertz Team JOTA e JDC-Miller Motorsports.
Além disso, três equipes poderão ter carros adicionais no próximo ano, com a JOTA se preparando para dobrar seus esforços no Campeonato Mundial de Endurance FIA e a Proton expressando o desejo de comprar até mais dois carros.
Aliás, a equipe JDC-Miller, por sua vez, está nos “detalhes finais” da compra de um segundo carro, para ser inicialmente usado como reserva, segundo Holzmeyer.
“Já anunciamos que não vamos insistir em ter mais carros no grid para a próxima temporada”, disse ele. “Tivemos discussões com Proton e JOTA sobre segundos carros, mas no final não temos pressa, queremos acertar”.
“Para entrar nos carros dos clientes ao mesmo tempo que o carro de fábrica, já era muito estresse. Agora acho que é hora de resolver, fazer tudo certo, alinhar e então talvez pensar em adicionar outros carros [em 2025]”.
Atualizações no Porsche 963
Além da construção de novos protótipos, a Porsche realiza uma bateria de testes para aperfeiçoar tanto os carros de fábrica, quanto atualizar os carros dos clientes.
“É claro que os clientes estão interessados e para nós faz sentido que as equipes existentes adicionem outro carro, o que apenas reduz o nível de complexidade”, disse Holzmeyer.
“As equipes têm um engenheiro com quem conversar e um técnico de peças com quem conversar, então é mais fácil tornar as operações mais tranquilas do que atualizar uma equipe diferente”, lembra.
“É por isso que estamos nos concentrando em trazer as equipes existentes. Talvez eles adicionem um carro, mas nenhuma [equipe] nova”.
O dirigente explicou que a Porsche está satisfeita com o desenvolvimento dos carros neste primeiro ano e a sinergia com as equipes de clientes.
“Muitas pessoas nos perguntam por que nos estressamos para fazer isso [no primeiro ano]?” ele disse. “Mas está dando certo. As equipes estão se ajudando com as peças. A Penske está integrada e ajudando com peças. Se tivermos escassez, nós resolvemos. Trata-se de trabalhar juntos.
“É claro que quando se trata de desempenho puro, há uma guerra porque as equipes estão operando e cada um tem que descobrir os últimos detalhes do desempenho, então os detalhes do desempenho não são compartilhados entre as equipes e a fábrica. Mas todo o resto é uma joint venture e é bom”, enfatiza.
Produção do Porsche 911 GT3 R parada
Produção do 911 GT3 R poderá afetar as equipes da IMSA e do WEC. (Foto: Divulgação Porsche)
Se com o protótipo 963 tudo caminha conforme os planos, com o 911 GT3 R não é bem assim. A produção do GT está parada desde o início do ano devido a falta de suprimentos.
“Ainda não”, disse Holzmeyer sobre um possível reinício. “Primeiro, resolveremos nossos problemas de fornecimento e daremos às equipes tudo o que elas estão esperando.
“Não estamos orgulhosos desta temporada. Na Porsche, temos sempre os mais elevados padrõe e expectativas. Não atingimos isso completamente, para ser honesto, este ano.
“Assim que isso for resolvido, continuaremos a produção, mas até agora ela ainda está parada.” Por fim, não se sabe ainda como isso afetará as temporadas 2025 da IMSA e a do Mundial de Endurance, que terá modelos GT3 pela primeira vez.
Os produtores do Le Mans Ultimate, jogo oficial do Mundial de Endurance, divulgaram nesta segunda-feira, 02, imagens do Peugeot 9X8, protótipo que corre na classe Hypercar do WEC.
Além disso, o Peugeot 9X8 é o segundo Hypercar apresentado pela equipe do Le Mans Ultimate, com o carro exibido em sua pintura multicolorida, projetada pelo artista J.Demsky. A pintura do carro no jogo é a mesma utilizada em Le Mans, em junho, para a edição especial do Centenário da prova. E é aí que os fãs podem ter um primeiro vislumbre da versão virtual – na versão virtual do Circuito de La Sarthe.
O 9X8 estreou no WEC em Monza, em 2022. Quase 12 meses depois, a equipe Peugeot lidera e luta pela vitória em Le Mans. Antes de subir ao pódio nas 6 Horas de Monza no início deste ano.
O Peugeot, como todos os carros FIA WEC, foi fielmente reproduzido, pronto para inclusão no próximo jogo para PC. Assim, foi dada atenção extra aos detalhes de todos os carros, com as carenagens de fibra de carbono mostrando os desgastes. efeito de ‘casca de laranja’ antes da pintura ser aplicada por cima – algo novo no cenário de corridas simuladas.
O interior com os tecidos de fibra de carbono e Kevlar, imergindo o piloto no cockpit de um dos carros de corrida mais rápidos do mundo.
Os detalhes do Le Mans Ultimate
De acordo com a produtora, além de modelos de carros e circuitos de alta fidelidade, a física realista das classes dispníveis no rFactor 2 estarão no novo jogo.
Contudo, bem como outros recursos inovadores de jogos e competições de endurance. A jogabilidade online ocorrerá por meio do Race Control. Ou seja, um novo desenvolvimento da Motorsport Games que possibilita uma experiência multiplayer interativa.
Além disso, os recursos incluirão corridas competitivas e casuais, bem como a capacidade de hospedar uma sessão privada. Talvez o mais inovador seja que o jogo foi planejado para incluir um modo de corrida assíncrono colaborativo. No qual uma equipe de jogadores realizará suas passagens na hora e data que lhes convier. Com cada membro ajustando seu tempo no carro em torno de outros compromissos ou fuso horário, por exemplo.
Aliás, o jogo estará disponível através da Steam somente para PC. Por fim, não existe uma data de lançamento. Oara saber mais, acesse a loja do jogo na Steam https://bit.ly/LeMansUltimateOnSteam
A equipe Alpine concluiu uma bateria de testes com o seu Hypercar A424, no circuito de Aragón, na Espanha. O protótipo competirá na temporada 2024 do Mundial de Endurance.
Segundo a Alpine, os pilotos Nico Lapierre e Matthieu Vaxiviere revezaram-se ao volante do A424. Foi o primeiro teste depois das primeiras voltas no circuito de Paul Ricard, em agosto. Além disso, segundo o fabricante, o carro percorreu 1.500 quilômetros (932 milhas) em dois dias.
Assim, metade dessa quilometragem aconteceu no primeiro dia com duas corridas de 36 voltas de Lapierre, que foram usadas para obter uma maior compreensão dos compostos dos pneus que serão usados em 2024.
Testes satisfatórios
Além dos testes com pneus, corridas curtas para ajustar o equilíbrio aerodinâmico, distribuição de peso e implantação do sistema híbrido foram realizadas. Além dos trabalhos em Aragón, a Alpine rodou com o protótipo no circuito de Lurcy-Levis, perto de Magny-Cours, para ajustar os sistemas de freio e diferenciais.
“Os testes correram bem”, disse o chefe da equipe Signatech, Philippe Sinault. “Os resultados positivos dos testes no Circuito Paul Ricard se confirmaram em Motorland e o carro continuou a apresentar um comportamento saudável”, explicou.
“Foi uma etapa primordial do programa porque, depois de concluídas as tarefas de shakedown, começámos a juntar todos os elementos do carro: sistema híbrido, motor e chassis”.
“Matthieu e Nico fizeram uma série de passagens ao longo de mais de 1.500 km, às vezes até passagens duplas, sem problemas de confiabilidade, por isso foi bastante satisfatório e construtivo”.
“Durante esta fase, podemos realmente começar a nossa função operacional, com ênfase particular na compreensão do carro e na obtenção das configurações corretas”.
“O bom funcionamento da equipe foi palpável do lado humano, o que encorajou genuinamente as discussões antes do grande desafio que temos pela frente. Ainda temos muito trabalho pela frente, mas estamos no caminho certo.”
Por fim, o próximo teste do A424 acontecerá no circuito de Jerez, de 17 a 19 de outubro. Com o primeiro teste de resistência em Aragón, agendado para meados de novembro.
De acordo com informações do site Daily Motorsport, a equipe também busca ter dois carros no WEC, de acordo com o dono da equipe, Christian Ried. No entanto, se a equipe será capaz ou não de rodar Mustangs adicionais na Europa depende da capacidade da Ford de construir carros extras para o Proton a tempo.
Leia também:
United Autosports define pilotos para a temporada 2024 da IMSA
“Temos dois carros confirmados para o WEC e ainda estamos em discussões para adicionar mais carros para o ELMS”, disse Ried. “A grande questão é se eles podem ou não nos entregar carros adicionais a tempo para a primeira corrida. Há muito interesse no carro e, em geral, o GT3 está crescendo cada vez mais.
“A ideia é rodar dois LMP2 no ELMS, depois veremos se rodamos Porsche ou Fords. Encomendamos quatro Porsches (911 GT3 R 992s) no ano passado, há muito tempo. Dissemos a eles que não precisávamos obtê-los para o início de 2023. O plano era conseguir um em meados de 2023 para testes e os outros três no final deste ano para um programa do WEC em 2024, o que obviamente nós não precisamos mais”, disse.
Equipe terá protótipos Porsche no WEC e na IMSA. (Foto: Porsche)
“No momento não os temos, e o problema é que não temos certeza se a Porsche fará uma segunda produção de GT3 Rs, então estamos aguardando”. Atualmente, a Proton já possui um único Mustang GT3, que já começou a testar antes de seu esforço no WEC.
“O carro (como plataforma) está 95 por cento lá, nos testes são apenas pequenas coisas com confiabilidade agora. O carro tem uma boa base”, disse ele. “Faremos pelo menos mais seis a oito dias de testes com o carro antes do final do ano”.
“Iniciamos nosso programa de testes com um grande apoio da Multimatic e da Ford, e o plano para nós é fazer os últimos dois a quatro dias de testes apenas com nossos engenheiros na garagem”, enfatizou.
Os demais programas da Proton Competition
Além do programa do WEC e dos Mustangs, a Proton também deverá um programa com protótipos LMP2. Para fazer isso, comprou três ORECAs da Prema, que está abandonando o LMP2 para se concentrar no programa Lamborghini LMDh.
“No momento temos um (ORECA), mas no sábado à noite no Bahrein (em novembro), teremos quatro”, explicou Ried. “A ideia é fazer o teste Rookie com esses carros no domingo, enviá-los para a Ásia Le Mans, dois deles, e enviar um de volta para casa para prepará-lo ao lado do carro existente para o ELMS.”
Com quatro ORECAs, a Proton também competirá na Asian Le Mans Series com dois carros pela primeira vez.
“É a nossa primeira vez como equipe na Ásia Le Mans”, disse ele. “Estive lá no ano passado com Jonas (Ried, filho de Christian) quando ele corria com Rinaldi. É um campeonato muito bom e com um ambiente agradável. É muito descontraído, então estamos procurando por isso. Queremos que dois carros lutem pela vitória e pelo campeonato para podermos entrar em Le Mans.
“Tivemos seis carros em Le Mans este ano, não creio que teremos seis carros no próximo ano. Mas se pudermos ter quatro ou cinco, seria ótimo”, finalizou.
A direção do Mundial de Endurance divulgou nesta terça-feira, 26, a lista de inscritos para a última etapa do WEC no Bahrein. A prova de oito horas terá 8 horas de duração e se encerrará à noite.
Logo, as equipes fizeram pontuais mudanças de pilotos, se comparadas as 6 Horas de Fuji, última etapa do Mundial. Teremos, 12 Hypercars, 11 LMP2 e 13 GTE Am. Assim, na classe Hypercar a equipe Vanwall não divulgou o substituto de João Paulo de Oliveira.
Além disso, na Peugeot, Nico Muller está listado de volta a bordo do 9X8 #94, ao lado de Loic Duval e da saída de Gustavo Menezes . No Japão, Stoffel Vandoorne, piloto reserva da Peugeot, substituiu Müller, que sofreu uma lesão na clavícula que o impediu de correr. Desde então, Vandoorne foi nomeado piloto da temporada completa da Peugeot para 2024, no lugar de Menezes.
No entanto, não está claro se Müller estará no Bahrein. A decisão será tomada nos próximos dias. O diretor técnico da Peugeot Sport, Olivier Jansonnie, sugeriu em Fuji que será uma decisão tardia, mais perto do fim de semana de corrida, dependendo do progresso que Müller fizer em sua recuperação.
“No momento as notícias são boas, mas teremos que julgar no último minuto”, disse ele em Fuj. “No momento ele está se recuperando muito bem. Por enquanto, o plano é que ele esteja no Bahrein, achamos que ele estará”.
Mudanças na classe LMP2
Aliás, na classe LMP2, a escalação #63 da Prema sofrerá mudanças. Mirko Bortolotti retorna à equipe pela primeira vez desde Le Mans. O piloto da equipe Meyer Shank da IMSA, Tom Blomqvist, está de volta à categoria, a bordo do #23 da United Autosports, depois que Ben Hanley ocupou o lugar em Fuji.
E por fim, na classe GTE existem três pilotos a serem confirmados. Dois estão na Ferrari #21 da AF Corse, onde Simon Mann é o único piloto listado. Hiroshi Koizumi e Kei Cozzolino juntaram-se à equipe para a corrida em casa no início deste mês.
A vaga é na D’Station Racing, onde Satoshi Hoshino parece prestes a perder a final. Casper Stevenson, classificado como prata, e Tomonobu Fujii, classificado como ouro, ainda estão listados. As 8 Horas do Bahrein de 2023 estão marcadas para o dia 4 de novembro.
A Honda Racing Corporation afirma estar em “avaliações sérias” para um possível programa no Campeonato Mundial de Endurance com o seu protótipo Acura ARX-06 LMDh. A informação foi confirmada pelo presidente de desenvolvimento de desempenho da Honda, David Salters, nesta quinta-feira, 21.
A Honda divulgou também que a Honda Performance Development (HPD), se chamará Honda Racing Corporation USA (HRC US). A mudança de nomenclatura faz parte de uma nova ligação global entre os braços de automobilismo japoneses e norte-americanos da Honda Motor Company.
Sendo assim, a entrada da Honda no WEC passa a ser considerada, bem como a participação nas 24 Horas de Le Mans. Salters disse que a mudança organizacional poderia agora permitir tal programa, embora a decisão ainda não tenha sido tomada.
A posição anterior da HPD sobre o ARX-06 competir no WEC era que dependia de uma decisão da HRC, da qual o grupo agora faz parte.
“Temos agora a missão de competir num cenário global e todos nos unirmos”, disse Salters aos repórteres. “Obviamente, temos que avaliar o que faz sentido comercial e competitivo”.
“Se vamos correr, precisamos ser capazes de competir. Esta nova mudança de organização certamente permite que isso seja mais possível, com certeza. E então precisamos ter certeza de que isso faz sentido para nossas marcas. Podemos ir e competir? É bastante interessante, eu acho”, explicou.
Programa no WEC além de 2024
Sendo assim, Salters explicou durante a coletiva de imprensa, que uma possível entrada no WEC não ocorrerá em 2024, e que não tem um programa definido agora.
“Acho que sempre fomos muito claros”, disse ele. “Precisamos olhar para o WEC. Na minha humilde opinião, temos um ARX-06 incrível, que tem sido o trabalho da nossa equipe, a Oreca fez um trabalho impressionante e as nossas equipes de corrida fizeram um trabalho impressionante”, salientou.
“Estamos apaixonados pelo nosso ARX-06. Nós amamos isso. Claro que é elegível para ir ao WEC. Mas sempre dissemos que precisamos avaliar o que faz sentido”.
“É preciso fazer sentido para os negócios, para o marketing, para a marca e, o que é mais importante para mim, para a competitividade. Precisamos ser capazes de competir. Não corremos para não competir. Avaliamos constantemente essas coisas”.
“Há um ambiente mais formal para avaliar agora porque todos estamos olhando para o automobilismo global. Mas as condições de contorno ainda são as mesmas. Precisamos avaliar se isso faz sentido”.
“Faremos isso e faremos nossa devida diligência e veremos o que faz sentido para nossa empresa e nosso pessoal”.
Aliás, a Wayne Taylor Racing, que terá dois Acuras no IMSA WeatherTech SportsCar Championship no próximo ano, já havia sinalizado interesse em correr no WEC, de acordo com o coproprietário da equipe, Michael Andretti.
A Honda Racing Corporation
Honda possui um rico histórico no automobiliso. (Foto: Honda)
A HRC foi fundada no Japão em 1982 como o braço de motociclismo da Honda e é reconhecida por mais de 40 anos em campeonatos nas principais categorias como WGP/MotoGP, Superbike, Motocross, World Trial e o rali Paris Dakar.
Sendo assim, em 2022, a HRC adicionou o programa F1 da Honda, às suas responsabilidades, com o Sakura Center dedicado ao automobilismo e o Asaka Center focado no motociclismo.
A HPD foi fundada pela American Honda Motor Co., Inc. em 1993, como um braço de corrida separado para competir na série IndyCar. Por 30 anos, HPD competiu em várias séries de corridas, incluindo IndyCar, IMSA, Baja Off-Road, Touring Cars e Formula Regional America.
Através da HPD, a Honda tem 280 vitórias em 510 corridas na Fórmula Indy, incluindo 180 vitórias em 410 eventos com competições de vários fabricantes. Assim, nas 500 Milhas de Indianápolis, a Honda venceu 15 vezes, nove delas em competições multifabricantes.
Além disso, a Honda venceu 13 campeonatos de pilotos e 10 campeonatos de fabricantes em anos com competições multifabricantes. HPD também levou a marca Acura a três vitórias consecutivas nas 24 Horas de Daytona e a três campeonatos de fabricantes, pilotos e equipes na IMSA desde 2018.
O centro de desenvolvimento de automobilismo da HRC no Japão atualmente oferece suporte à Red Bull Powertrains para unidades de potência de F1 e contribui para vitórias em campeonatos mundiais. A partir de 2026, a HRC fará parceria com a equipe Aston Martin Aramco Cognizant F1 como fornecedora oficial de motores.
Por fim,. com três corridas de F1 agora nos EUA (Austin, Miami, Las Vegas), a nova HRC US estará envolvida no desenvolvimento de unidades de potência da Fórmula 1 e no suporte às corridas a partir de 2026.
A direção do Asian Le Mans Series divulgou nesta sexta-feira, 15, a lista de inscritos para a temporada 2023/2024 da série asiática. Como de costume, as corridas serão disputadas nos circuitos de Dubai e Sepang e Yas Marina.
Inicialmente, 36 carros alinharam para a etapa de abertura do campeonato, o maior grid da história do campeonato, em Sepang. Por conta do número de inscrições, a organização teve de limitar o número de participantes.
Sendo assim, a capacidade é maior no Circuito do Autódromo de Dubai e no Circuito de Yas Marina, como ficou evidente com o grid recorde de 48 carros na temporada passada. As equipes ainda podem participar corrida a corrida nas rodadas dos Emirados Árabes Unidos e espera-se que o grid cresça nessas rodadas.
A lista completa de inscritos, incluindo os pilotos, será divulgada na próxima corrida de abertura da temporada, no início de dezembro.
Campeões que retornam ao Asian Le Mans Series:
Sete campeões anteriores se alinharão no grid da Asian Le Mans Series 2023/2024.
Os campeões de classe LMP2 de 2023, DKR Engineering, estão de volta para defender seu título;
Campeã na classe LMP2 de 2022 e da LMP3 de 2019/2020, a Nielsen Racing está de volta com uma participação na temporada completa da LMP2;
O Algarve Pro Racing também regressará com uma participação na temporada completa. A equipe foi campeã em 2016/2017 e apoiou a G-Drive Racing em seus títulos consecutivos em 2019/2020 e 2021;
A ARC Bratislava (campeões da classe LMP2 Am 2018/2019) retornará com uma única entrada na LMP2;
Campeã da classe LMP3 de 2022, a CD Sport retornará para sua quarta temporada na Asian Le Mans Series;
A primeira equipe não asiática a vencer a Classe GT da Asian Le Mans Series, a Herberth Motorsport, retornará com seu Porsche 911 GT3 R e apoiará a entrada da Pure Racing;
A Optimum, que apoiou os campeões de 2022 da Inception Racing, retorna com dois McLaren 720S GT3.
Inscreveram-se mais equipes da região
Além disso, a temporada 2023/2024 do Asian Le Mans Series verá a série retornar às corridas no Sudeste Asiático pela primeira vez desde 2020. Esta temporada terá sete inscrições da região Ásia-Pacífico, com uma entrada (Al Manar Racing by GetSpeed) do Médio Leste.
Entretanto, a equipe japonesa D’Station Racing, que recentemente também competiu no FIA WEC, estará novamente no grid com seu Aston Martin Vantage AMR GT3. Ainda mais, participante de longa data, a equipe malaia Viper Niza Racing retorna para sua 5ª temporada, também com um Aston Martin.
Depois de um longo período longe da Série, a equipe Craft Bamboo Racing, com sede em Hong Kong, colocará em campo um Mercedes AMG GT3 EVO.
Novas equipes, EBM (Earl Bamber Motorsport) da Nova Zelândia e Triple Eight da Austrália também participarão da Série. A EBM pode ser uma nova equipe no grid, mas o proprietário da equipe, Earl Bamber, certamente não é um estranho nas corridas ACO, vencendo as 24 Horas de Le Mans de 2015 na estreia. A equipe inscreveu dois Porsche 911 GT3 Rs.
Pelo menos oito fabricantes diferentes de GT no grid
Entretanto,a classe GT continua a atrair uma forte gama de fabricantes, com pelo menos oito fabricantes diferentes na primeira corrida da temporada. Assim, com maior capacidade nos paddocks dos Emirados Árabes Unidos, poderá haver ainda mais fabricantes no grid quando as corridas da Asian Le Mans Series retornarem a Dubai e Abu Dhabi.
2 x Audi R8 LMS GT3 EVO 2
3 x Aston Martin Vantage AMR GT3
2 x BMW M4 GT3
4 x Ferrari 296 GT3*estreia na Asian Le Mans Series
1 x Lamborghini Huracán GT3 EVO 2
2 McLaren 720S GT3
5x Mercedes AMG GT3 EVO
4 x Porsche 911 GT3R
Novas equipes:
Aliás, o Asian Le Mans Series continua atraindo novas equipes. Esta temporada verá oito equipes fazendo sua estreia na Série. Proton Competition, Duqueine Team, EBM, Sainteoc Racing, Project 1, Team Motopark, Triple Eight e GR Racing competirão na Série pela primeira vez.
Convites para correr nas 24 Horas de Le Mans
Por fim, indiscutivelmente o convite mais popular no automobilismo, um convite para participar das 24 Horas de Le Mans será oferecido aos vencedores das classes LMP2 e GT. Além disso, o vencedor da classe LMP3 terá prioridade ao entrar no Road To Le Mans de 2024.
“A Asian Le Mans Series está cada vez mais forte. O grid da próxima temporada é a ilustração perfeita, com nada menos que 10 LMP2 no grid de largada. Na classe GT o conjunto de construtores não tem limites: oito no total! Um campo tão saudável prepara o cenário para mais uma temporada espetacular, que começa em Sepang, no dia 2 de dezembro. Estamos ansiosos para retornar ao Sudeste Asiático”, explicou Pierre Fillon, presidente do Automobile Club de l’Ouest.
