Novos protótipos LMP2 podem quebrar recorde de velocidade em Daytona

LMP2 mais rápidos na IMSA. (Foto: Drew Gibson)

Os novos LMP2 que estarão nas pistas em 2017, já estão causando dor de cabeça nos dirigente da IMSA. Com um desempenho maior do que os atuais LMP2 e um abismo se comparado aos DP, a entidade acredita que altas velocidades serão obtidas em Daytona.

“Os novos carros são mais leves, estreitos e potentes. Não precisa ser um engenheiro para descobrir que serão mais rápidos”, disse o diretor de corridas da IMSA Mark Raffauf em entrevista ao site Sportscar365.

Raffauf que está supervisionando o desenvolvimento da nova plataforma DPi, acredita que grandes velocidades serão obtidas em Daytona. Se comparado com os atuais LMP2, os novos protótipos terão 50cv a mais de potência no próximo ano.

Com novos kits aerodinâmicos e novos pneus continental desenvolvidos exclusivamente para a série, é esperado um tempo inferior a 1:36. Na edição deste ano, Pipo Derani marcou 1:39.192 com o Ligier JS P2 da equipe ESM.

“Estes protótipo são muito mais eficientes. Podemos utilizar um kit exclusivo para Daytona para limitar a velocidade.”

Ao contrário de anos anteriores, onde o kit aerodinâmico de baixo downforce homologado pela ACO foi utilizado apenas nos protótipos LMP2, para o próximo anos tanto os novos DPi quanto os atuais LMP2 terão o mesmo apêndice para se equiparar.

Qualquer decisão final será obtidas, após os testes coletivos em Daytona no mês de Novembro. Os primeiros DPi estarão rodando já nas próximas semanas. De acordo com Raffauf, as empresas estão dando prioridade na entrega dos carros que irão correr na IMSA.

 

IMSA pune todos os Lamborghini Huracan que competiram em Daytona

Modelos Huracan correram contra os regulamentos. (Foto: IMSA)

A IMSA surpreendeu nesta Segunda (22) com uma punição severa para todas as equipes que competem com o novo Lamborghini Huracan GT3 na abertura da IMSA em Daytona.

Os cinco carros das equipes Konrad Motorsports, Paul Miller Racing, O’Gara Motorsports e Chance Racing ganharam 5 minutos de penalidades para as 12 horas de Sebring. Também perderam todos os pontos obtidos em Daytona foram cancelados e cada equipe ganhou ma multa de 25 mil dólares

24 horas de Daytona, resultado revisado.

O Lamborghini foi o responsável pelas quatro melhores voltas na classe. Com 1:45.873, Richard Antunicci com o #11 da O’Gara foi mais de um segundo mais rápido do que os demais carros do grupo.

Segundo a IMSA os carros estavam com um desempenho superior e não estavam de acordo com os regulamentos da entidade. As equipes e fabricantes devem fornecer dados válidos solicitados para ajudar a IMSA no processo de BoP.”

“Qualquer competidor ou fabricante que deliberadamente dá informações falsas, ou tentativas de influenciar o processo de BoP, ou apresenta um nível de desempenho além do resultado esperado pode receber uma punição, durante ou depois de uma corrida.”

“Penalidades aplicadas após a corrida são adicionados ao tempo do carro para a corrida.”

Todos os Lamborghinis irão passar por testes em dinamômetro bem como o vencedor da classe, o novo Audo R8 LMS da equipe Magnus Racing.

24 horas de Daytona 1976, quando a água quase estragou a festa

A prova teve 20 horas de duração e não 24. (Foto: BMW)

Se cada vez mais o automobilismo tenta encontrar meios sustentáveis de viver, com sistemas híbridos, pneus com mais durabilidade e componentes mais duráveis, as coisas não foram fáceis em alguns anos principalmente com a crise do petróleo que assolou os EUA nos anos 70.

O ano foi 1976. Se para a população encontrar um posto com gasolina era algo difícil, o mesmo não podia se dizer da IMSA que conseguiu juntar 72 carros para a tradicional 24 horas de Daytona. Mesmo dento combustível para os carros, o mesmo teve de ser diluído com água para “render” e assim ter condições dos carros acabarem a corrida.

Porém isso teve um preço. Carros podem andar com um certa quantidade de combustível misturado com água, mas com uma mistura com grande quantidade de água as coisas não poderiam acabar bem. 

Assim as 24 horas de Daytona tiveram uma redução de 3h54m no tempo total da corrida com medo que nenhum carro chegasse ao fim da prova. Assim a prova terminou em exatas 20 horas e 6 minutos com a vitória do BMW 3.0 CSL #59 pilotado por Peter Gregg, Brian Redman e John Fitzpatrick.

Mesmo com as dificuldades normais de uma prova de longa duração, mais o combustível adulterado o #59 imprimiu um ritmo forte a ponto de vencer com uma vantagem de 14 voltas sob o segundo colocado, o Porsche 911 Carreta RSR #14 de Al Holbert e Claude Ballot Lena.

Os vencedores. Peter Gregg, Brian Redman e John Fitzpatrick.

“Acho que de muitas maneiras eu tenho um sentimento público em relação ao Peter Gregg, o meu co-piloto”, disse Redman com uma risada enquanto recorda a prova de 76. “Porque a primeira coisa nas manchetes jornal da manhã de sábado foram: ‘Gregg ganha pole. Bem, foi o carro que ele estava dirigindo comigo, mas me foi eu que conseguiu a pole … “

Redman foi um dos primeiros a encontrar problemas relacionados ao combustível, e logo foi forçado a realizar reparos no BMW. Embebido em combustível, coberto de óleo e sujeira, os esforços incansáveis ​​do inglês provaram ser inestimáveis.

“Sim, você pode imaginar o problema que havia, eu fui um dos primeiros pilotos a enfrentar o problema de combustível”, disse ele. “Eu fui nos boxes, reabasteci, e ao sair do pit lane o motor parou. Os mecânicos me levaram de volta para o pit, fizeram funcionar e voltei a pista. Saindo dos boxes ele parou de novo. Voltei apé aos boxes, peguei uma caixa de ferramentas e consegui limpar o sistema de injeção de combustível.”

“Nessa mesma volta, o carro parou de novo, desta vez foi a bateria. Fui até o muro e perguntei se alguém tinha baterias, fusíveis e cabos  para me emprestar. Fiz os mesmos procedimentos de antes, limpar o sistema de injeção.”

“Descobrimos que os fios de ligação em ponte estavam cortados. Tentei arrumar mas não consegui. Voltei aos boxes. Neste momento a IMSA cancelou a prova. Eles se basearam em 30 minutos antes dos problemas começarem para validar as posições. Naquela volta eu estava na liderança. Foi uma corrida muito interessante.”

Além dos problemas com o carro, Redman teve que aguentar um outro desafio. Com um dos pilotos doentes ele teve que guiar o BMW por quase toda a prova. “No início da corrida, à noite, Peter disse que ele estava doente e não podia pilotar”, Redman continuou. “Então, eu continuei fazendo sessão após sessão, e, eventualmente, John Fitzpatrick assumiu o volante.”

A ajuda de Fitzpatrick seria inestimável. Apesar da ausência de Gregg, a dupla Redman e Fitzpatrick teve um bom rendimento. Redman, sempre conhecido por sua personalidade forte e todos acharam estranho a escolha, Fitzpatrick para ajudar na condução do carro.

“É claro que, no pódio, Peter absolutamente impecável em seu uniforme branco e eu, cansado, de pé em um lado olhando como seu avô”, disse Redman. “E John Fitzpatrick estava tão bravo com Pedro para ir no pódio em tudo o que ele se recusou a ir ao pódio!”

A gasolina “batizada” foi o grande personagem da prova.

Esta foi a primeira vitória da BMW na prova. Após a seção de fotos Redman foi para o hotel. “Eu voltei para o hotel e entrei no banho, um bom banho quente … então adormeci até 3 horas da manhã!. No dia  seguinte, Jochen Neerpasch, o gerente da equipe, disse-me: ‘Brian, você perdeu o jantar de vitória. De uma maneira descontente. Eu disse,’ Eu sei, eu sinto muito, eu adormeci no banho. “Ele disse, ‘Não importa: Peter Gregg fez um discurso fantástico no qual ele agradeceu a todos os mecânicos alemães pessoalmente pelo nome em alemão.”

Entre outras boas lembranças para Redman, o grupo eclético de motoristas da BMW trouxe experiencia para a prova de 1976. “Era um grupo muito divertido”, acrescentou. “Benny Parsons estava pilotando com David Hobbs em um carro. Tom Walkinshaw e John Fitzpatrick estavam em outro. Muito pelo lineup interessante, se eu me dizê-lo.”

Outro destaque lembrando por Redman, foi que em 1976 foi apenas a segunda participação da BMW, o que resultou em um grande retorno em vendas para a montadora em todo o mundo. “A BMW Motorsport foi criada em 1975 e a primeira corrida foi o Daytona, e ambos os carros quebraram”, disse ele. “Eu estava dirigindo com Ronnie Peterson, enquanto Hans Stuck e Sam Posey e não duramos muito.”

“Voltando no ano seguinte para vencer foi fantástico. É claro toda a razão para fazer isso é para vender mais BMWs aos clientes – nesse período de dois ou três anos após o sucesso as vendas quadruplicaram! “

Mesmo com a enorme quantidade de drama que passou, Redman diz que a velocidade do CSL era incrível. “O carro funcionou muito bem,” acrescentou. “Cerca de 5 horas da manhã, ela perdeu uma válvula e por isso corremos com 5 cilindros, mas se você dirigi-lo com uma faixa de rotação segura na casa dos 9000 RPM, fomos mais rápidos do que o Porsche 911 que ficou em segundo. Não iriamos perder aquela prova por nada.”

*Com informações do site Racer.com

Pipo Derani sobre a vitória em Daytona: “Não tenho palavras para descrever este momento”

brasileiro foi o responsável pela vitória do primeiro LMP2 no quintal dos DP. (Foto: Divulgação FGCom)

Uma vitória soberba em sua primeira experiência em Daytona foi a recompensa para Pipo Derani após sua melhor performance em sua curta carreira no endurance, neste domingo (31), durante as 24 Horas de Daytona, na Flórida (EUA).

Após largar em segundo na categoria Protótipos, Derani assumiu a liderança da 54ª edição da corrida na primeira curva e começou a construir a base para a brilhante vitória com o Tequila Patrón ESM Ligier JS P2 Honda #2, que ele dividiu com os companheiros Scott Sharp, Ed Brown e Johannes van Overbeek.

Foi uma corrida que Derani e a equipe Tequila Patrón ESM lideraram em boa parte, mostrando uma brilhante estratégia da equipe norte-americana. Derani foi parte integrante da vitória, que foi a primeira de um carro da categoria LMP2 na história da corrida. Com uma batalha épica contra os rivais o Tequila Patrón ESM Ligier JS P2 Honda #2 não apresentou falhas e liderou vários períodos da corrida.

Dando continuidade às boas atuações nas corridas de endurance, Derani destacou-se com uma sequência de excelentes stints a bordo do Ligier JS P2 Honda, que esteve na briga pela vitória durante toda a disputa. Vários meios de comunicação destacaram a performance do brasileiro como impecável.

Com duas horas para o final, Derani foi atrás do então líder Rick Taylor e imediatamente foi reduzindo a vantagem em busca da vitória épica. Mostrando a mesma pilotagem perfeita que o levou à liderança no início da corrida, ele ultrapassou Taylor e assumiu a liderança, abrindo boa vantagem logo na sequência. O brasileiro recebeu a bandeirada 26 segundos à frente dos vice-campeões.

Com a vitória, Derani tornou-se o quinto brasileiro a ser campeão das 24 Horas de Daytona, que já tinham sido conquistadas por Raul Boesel, Christian Fittipaldi, Oswaldo Negri e Tony Kanaan. Para fechar o final de semana perfeito, Pipo ainda marcou a melhor volta da prova, com 1min39s192.

“É difícil encontrar as palavras, mas estou muito feliz por vencer em minha primeira corrida na América do Norte e fazer isso aqui na Rolex 24 Horas de Daytona é inacreditável”, declarou o paulista de 22 anos.

“Que corrida e que performance da equipe Tequila Patrón ESM. Os pit stops foram fantásticos e o trabalho da equipe excepcional. Foi um começo brilhante para a temporada 2016 e isso mostra que temos muito pela frente, com outros desafios como Sebring, o FIA WEC e, claro, Le Mans”, continuou.

“Foi uma corrida muito difícil, mas o Tequila Patrón ESM Ligier JS P2 Honda #2 foi excelente durante as 24 Horas. Conseguimos assumir a liderança no começo e depois, durante os meus stints, fiz bons progressos e fomos consistentes. As últimas duas horas foram muito intensas. A sensação quando recebi a bandeirada foi muito especial. Muito obrigada à equipe Tequila Patrón ESM, à Onroak, à OAK Racing e a todos que acreditaram em mim e me apoiaram”, finalizou Derani.

O próximo compromisso do brasileiro será nas 12 Horas de Sebring, também na Flórida, no dia 19 de março.

Action Express desapontada com resultado em Daytona

Tanto Christian Fittipaldi quando João Barbosa, bicampeões da prova foram surpreendidos por problemas mecânicos. (Foto: FGCom)

Uma falha mecânica quando liderava a 54ª edição da Rolex 24 Horas de Daytona, faltando pouco mais de três horas para o final, tirou as chances do Mustang Sampling Chevrolet Corvette Daytona Prototype de brigar pela vitória neste domingo (dia 31). O carro da equipe Action Express Racing, pilotado pelos atuais bicampeões Christian Fittipaldi e João Barbosa, além de Scott Pruett e Filipe Albuquerque ficou cinco voltas nos boxes para que a equipe consertasse o eixo de transmissão traseiro esquerdo e mostrou grande recuperação em seu retorno à pista, cruzando a linha de chegada em quarto lugar no geral, entre os mais de 50 competidores.

Desde a união da Grand-Am com a American Le Mans Series, o Mustang Sampling Chevrolet Corvette Daytona Prototype havia completado 4.141 voltas das 4.142 disputadas e nunca tinha apresentado um problema mecânico.

Para os quatro pilotos, a briga pela vitória na mais famosa corrida de endurance da América do Norte foi intensa. O português João Barbosa largou da 11ª posição e logo já estava entre os Top-5, quando entregou o carro para o brasileiro Christian Fittipaldi.

Com o anoitecer em Daytona, a equipe assumiu a liderança e tudo parecia caminhar para mais uma vitória, uma posição familiar para os bicampeões. Os quatro pilotos juntos têm 16 relógios Rolex, prêmio dado aos vencedores e por pouco eles não deixaram o Daytona International Speedway com 20.

Scott Pruett, que buscava o recorde de seis vitórias no geral das 24 Horas de Daytona, não perdeu tempo durante sua pilotagem, mantendo-se à frente. Apesar de uma saída da pista, após pegar óleo no asfalto, Pruett entregou o carro para João Barbosa entre os Top-5.

Com o dia amanhecendo, a briga pela liderança continuou acirrada. Perto da 21ª hora da disputa, quando Filipe Albuquerque levou a equipe à liderança, os dois anos de 100% de confiabilidade mecânica do carro chegou ao final. A equipe sofreu o problema com a transmissão traseira, que já havia duas horas antes afetado o outro carro do time, o Whelen Engineering Corvette DP.

Sem se deixar abater, a equipe trabalhou forte e em 11 minutos reparou o problema. O Mustang Sampling Corvette DP perdeu apenas cinco voltas e continuou num ritmo forte para terminar a corrida.

Voltando atrás nas três horas e meia finais, a equipe conseguiu terminar em quarto lugar e completou sua 22ª corrida consecutiva sem abondonos.

“Essa equipe nunca desiste”, declarou o português Barbosa. “Eles continuam a lutar não importa a adversidade que tenham. Claro que gostaríamos de ter vencido, mas fizemos o máximo que pudemos e conseguimos pontos importantes para a briga do campeonato”.

Fittipaldi, único brasileiro bicampeão da prova (2004 e 2014), brigou forte contra os vencedores da disputa para marcar cinco pontos na 18ª hora da corrida para a Endurance Cup Norte-americana. “Sempre queremos vencer Daytona”, disse. “Mas você não pode deixar o desejo de vencer em Daytona tirar o foco de ganhar ambos os campeonatos no final da temporada. No final do dia, sabemos que marcamos o máximo de pontos que poderíamos nestas circunstâncias”, continuou o brasileiro.

“Correr dois anos sem uma falha mecânica é uma grande marca, mas maior ainda é o fato de que terminamos a corrida e ficamos entre os Top-5. Não tenho palavras para descrever a determinação desta equipe”, completou Fittipaldi.

Além de marcar 29 pontos no IMSA WeatherTech SportsCar Championship, a equipe marcou 13 pontos na Endurance Cup Norte-americana.

“Fomos capazes de nos recuperamos como equipe e terminar a corrida”, comentou o chefe da equipe Gary Nelson. “No final do dia, tivemos um problema mecânico que nos impediu de correr as 24 Horas 100%. Todos aprendemos com isso e espero que nos torne ainda mais fortes”, finalizou.

A vitória na Rolex 24 Horas de Daytona ficou com a equipe Tequila Patrón ESM dos pilotos Pipo Derani, Scott Sharp, Ed Brown e Johannes van Overbeek.

A segunda etapa do IMSA WeatherTech SportsCar Championship acontecerá no dia 19 de março com as 12 Horas de Sebring, prova vencida em 2015 pelo Mustang Sampling Corvette DP de Fittipaldi.

Pipo Derani larga na primeira fila em sua estreia em Daytona

 

Pipo Derani estreia na prova com o Ligier JS P2 da equipe EMS. (foto: FGCom)

O brasileiro Pipo Derani, da equipe Tequila Patrón ESM, vai disputar sua primeira Rolex 24 Horas de Daytona, este final de semana, largando da primeira fila do grid.

O jovem piloto continuou mostrando sua boa forma ao classificar o Tequila Patrón ESM Ligier JS P2 Honda #2 em segundo lugar na categoria Protótipo, durante a tomada de tempos realizada na quinta-feira (28).

Um novo desafio para Derani, o famoso e exigente Daytona International Speedway, tornou-se ainda mais difícil em virtude da condição de tempo ruim e a melhor volta do brasileiro foi registrada com a pista totalmente molhada. Neste final de semana, Pipo vai dividir o Tequila Patrón ESM Ligier JS P2 Honda #2 com os companheiros Scott Sharp, Ed Brown e Johannes van Overbeek.

“Foi realmente uma sessão muito difícil com o circuito bastante traiçoeiro, de fato”, declarou Derani. “Estava aquaplanando em todas as voltas e era difícil manter o carro em linha reta”, continuou o brasileiro.

“Considerando as condições, tivemos um bom resultado e vamos começar da primeira fila. A equipe Tequina Patrón ESM preparou tudo da melhor forma possível, como sempre, e meus companheiros fizeram um grande trabalho nos treinos livres também. Espero que possamos ter um final de semana de corrida no seco, o que nos ajudará a fazer uma boa estratégia e buscar o melhor resultado possível, que é o nosso objetivo”, completou Derani.

Derani dividirá a primeira fila com o pole Mikhail Aleshin da SMP Racing (BR01), quando a corrida começar neste sábado (dia 30), às 14h40 local (17h40 de Brasília). Nesta sexta-feira (29), os pilotos terão mais um treino livre.

Christian Fittipaldi torce por pista seca em Daytona

Protótipos Corvette DP sofreram com baixas temperaturas e chuva. (Foto: FGCom)

A temporada 2016 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship começou de forma similar ao final do campeonato 2015: debaixo de muita chuva. O mau tempo atrapalhou nesta quinta-feira (dia 28) o trabalho das equipes na definição do grid para a 54ª edição da Rolex 24 Horas de Daytona.

Na equipe Action Express, o melhor resultado ficou com Dane Cameron, que marcou o sexto melhor tempo na categoria Protótipos com o Whelen Chevrolet Corvette Daytona Prototype #31. O companheiro João Barbosa, atual campeão ao lado do brasileiro Christian Fittipaldi, ficou em 11º com o Mustang Sampling Corvette DP #5.

“As condições do treino classificatório foram totalmente atípicas e não existe chance de chuva para a corrida. Pela manhã, nem treinamos, só demos duas voltas para ver se estava tudo funcionando no carro e fomos direto para a classificação. O João saiu e logo caiu o mundo. Mas está tudo sob controle. Temos 24 horas de disputa pela frente”, comentou Fittipaldi, que já venceu a prova mais tradicional do automobilismo norte-americano duas vezes (2004 e 2014).

Ele e Barbosa vão dividir o Mustang Sampling Corvette DP #5 com Scott Pruett e Filipe Albuquerque. No Whelen Chevrolet Corvette Daytona Prototype #31, além de Cameron estarão Eric Curran, Simon Pagenaud e Jonny Adam.

“A chuva forte no classificatório tornou o risco de danificar os carros muito alto”, comentou o chefe da equipe, Gary Nelson. “Olhando para a previsão de tempo seco na corrida, achamos melhor ser conservadores no classificatório no molhado. Ambos os pilotos foram extremamente cautelosos com os carros e mantiveram o foco em terminar a sessão. Viemos para o Daytona International Speedway focados na vitória na Rolex 24 Horas e esse objetivo ainda é possível, porque nossos pilotos tiveram cuidado com seus Corvette DPs”, completou.

A 54ª edição da Rolex 24 Horas terá início no sábado (30) às 14h40 local (17h40 no Brasil, com transmissão das primeiras e últimas horas no Fox Sports 2).

A pole position na categoria P ficou com o russo Mikhail Aleshin, da equipe SMP Racing (Nissan BR01). Nesta sexta-feira (29), os pilotos terão mais um treino livre para os ajustes finais.

SMP Racing marca pole para as 24 horas de Daytona

Modelo Russo começa em grande estilo nos EUA. (Foto: SMP Racing)

A forte chuva que assolou o circuito de Daytona nesta quinta ajudou muita gente e prejudicou muita gente. Se por um lado o domínio (favorecimento) dos protótipos DP foi ofuscado pela chuva, o mesmo não se pode dizer do bom desempenho dos modelos LMP2.

Em todos os treinos os modelos marcaram os melhores tempos o que dá uma certa esperança para que finalmente um protótipo moderno ganhe a principal prova do calendário da IMSA Daytona.

O primeiro passo foi dado. o melhor protótipo da classe P foi o BR01 da equipe SMP Racing pilotado por Mikhail Aleshin que conseguiu sob forte chuva controlar o carro e marcar o tempo de 2:05.793, seguido pelo Ligier da equipe Extreme Speed Motorsports guiado pelo brasileiro Pipo Derani.

Resultado do treino de classificação.

Na terceira posição mais um LMP2, o Ligier da equipe Michael Shank Racing. Mikhail Aleshin terá a companhia de Nic Minassian, Maurizio Mediani e Kirill Ladygin. Com um maior intensidade durante a seção de treinos os tempos dos protótipos foram mais altos do que os da classe GTLM que lideram a tomada de tempo.

Por conta disso e pelas regras da IMSA, mesmo com tempos melhores os carros da classe GTLM irão largar após os protótipos da classe P e LMPC. O melhor DP vem apenas na quarta colocação, sendo o Corvette #10 da equipe Wayne Taylor Racing que tem Rubens Barrichello como piloto. Alex Wurz que estreia em Daytona ficou na quinta posição com o Ford DP #01 da equipe Chip Ganassi.

Frédéric Makowiecki fatura a pole na classe GTLM. (Foto: IMSA)

Já na classe LMPC Johnny Mowlem, pilotando o Oreca #20 da BAR1 Motorsports ficou com a primeira posição marcando 2:05.708, superando Stephen Simpson do #85 da JDC Miller por 1.705 segundos. O segundo carro da BAR1 ficou na terceira posição com Ryan Eversley com o #26.

Com uma pista menos molhada os tempos da classe GTLM foram menores do que os da classe P. Assim a pole ficou com o Porsche #911 pilotado por Nick Tandy, seguido pelo #912 de Frédéric Makowiecki. Tandy marcou 2:01.408, enquanto Makowiecki 2:02.364.

John Edwards levou o novo BMW M6 #100 para a terceira posição, seguido pelas Ferrari da Scuderia Corsa e Rizi Competizione. Se nos treinos o Ford GT ditou o ritmo, nesta seção o melhor deles o #66 fico na 9º posição em sua classe.

Na classe GTD, Norbert Siedler marcou a pole com o Porsche #73 da equipe Park Place Motorsports. Siedler, vai dividir o 911 GT3-R Joerg Bergmeister, Patrick Lindsey e Matt McMurry Seu tempo foi de 2:05.798.

Marc Basseng levou o Lamborghini GT3 Huracán #28 da equipe Konrad Motorsports para a segunda posição com o tempo de 2:06.357. Fechando os três primeiros, Leh Keen com o Porsche #22 da equipe Alex Job Racing marcando 2:06.357.

Ford GT lidera segundo treino em Daytona

Ford GT na frente. (Foto: Ford Performance)

A chuva tem sido benéfica (pelo menos nos treinos) para os modelos GTLM. Na segunda seção de trenos livres disputadas na tarde de quinta (28), os cinco primeiros lugares foram ocupados por modelos GTLM.

Sebastien Bourdais liderou a seção em um treino sob forte chuva marcando 1:56.020. O tempo foi cerca de 1 segundo mais lento do que o tempo obtido pela Ferrari da equipe Rizi Competizione que marcou 1:55.078.

Tempos da segunda seção de treinos.

Em segundo vem a Ferrari da Rizi, com Giancarlo Fisichella no comando marcando 1:56.420. A Ferrari da SMP Racing com James Calado vem em terceiro com o tempo de 1:56.492. Na classe P o melhor foi o LMP2 da equipe SMP #37 que vem na sexta posição com o tempo de 1:56.855.

Na classe LMPC o #20 da equipe BAR1 Motorsports liderou os trabalhos, enquanto na GTD o BMW #97 da Turner Motorsports foi o primeiro.

 

Pipo Derani pronto para Daytona

Será a primeira vez do brasileiro em Daytona. (Foto: FGCom)

Pipo Derani fará sua estreia em Daytona neste final de semana (30 e 31) com a equipe Tequila Patrón ESM na famosa Rolex 24 Horas de Daytona, nos Estados Unidos.

O piloto de 22 anos já se destacou na temporada 2015 do FIA WEC (Mundial de Endurance) como um dos principais estreantes, conquistando seis pódios e uma pole position em sua estreia em Silverstone (Ing).

Este final de semana no Daytona International Speedway, Pipo dividirá a pilotagem do Ligier JS P2 Honda #2 com os companheiros Scott Sharp, Ed Brown e Johannes van Overbeek.

O primeiro contato de Pipo com a pista desafiadora do Daytona International Speedway, que mistura o famoso oval com uma parte mista, não poderia ter sido melhor. Durante os testes “Roar Before the Rolex 24”, no início de janeiro, o piloto paulista registrou o melhor tempo dos três dias de treinos, com 1min39s249.

Foi um ótimo início para um novo desafio com a renomada equipe Tequila Patrón ESM, com quem ele também irá disputar as 12 Horas de Sebring em março e a temporada completa do FIA WEC 2016.

Apesar dos bons resultados, Pipo sabe que a disputa da tradicional corrida de abertura da temporada de endurance em Daytona não será fácil e colocará em teste todas as habilidades dele e da equipe.

“Os resultados dos testes foram positivos no início do mês, mas sabemos que será um desafio diferente este final de semana. Mas queremos crescer com este momento e estamos trabalhando para isso”, declarou Derani. “Foi ótimo para mim conhecer toda a equipe Tequila Patrón ESM durante a pré-temporada e eu realmente sinto que já estou com a equipe por mais tempo. Então, por este ponto, foi satisfatório. Acho que todos se entrosaram rapidamente e isso é muito importante em uma equipe de endurance”, destacou o brasileiro.

Derani também está muito animado para correr em um dos circuitos mais famosos do automobilismo mundial neste final de semana e também em Sebring em março.

“Para mim, esta é a programação perfeita para o ano. Assim como as pistas de Spa, Le Mans e Fuji no FIA WEC, eu também irei correr em Daytona e Sebring, que têm muita tradição no endurance. Esta também é uma experiência valiosa pra mim, que estou buscando crescer após minha estreia no endurance no ano passado e, finalmente, trabalhar para atingir meu objetivo de correr na LMP1”, completou.

A tradicional 24 Horas de Daytona é a primeira etapa do campeonato IMSA Weather Tech SportsCar. Darani vai disputar as duas primeiras etapas – as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring – antes de sua estreia na temporada 2016 do FIA WEC, que terá sua primeira etapa em Silvesrtone, no dia 17 de abril.

Pipo e a equipe Tequila Patrón ESM iniciam as atividades em Daytona nesta quinta-feira (28) com o primeiro treino livre às 9h25 local (12h25 de Brasília). O segundo treino livre começará às 13h20 local (16h20 de Brasília), com a classificação às 17h15 local (20h15 de Brasília).

Um treino adicional está marcado para as 18h30 local na quinta à noite. O treino final acontecerá na sexta-feira (29) às 10h25 local (13h25 em Brasília).

A largada da 54ª edição das 24 Horas de Daytona acontecerá no sábado, às 14h40 local (17h40 de Brasília). O canal Fox Sports 2 transmitirá as primeiras e as últimas horas da disputa ao vivo.