O piloto Nyck de Vries descreveu sua mudança para a Toyota Gazoo Racing no Campeonato Mundial de Endurance da FIA como uma progressão “orgânica e óbvia” após sua curta passagem pela Fórmula 1. Em resumo, fez certo.
Tendo atuado como piloto reserva da Toyota no WEC de 2020 a 22, de Vries foi nomeado como parte da lista de seis pilotos da fabricante japonesa para a nova temporada, juntando-se a Mike Conway e Kamui Kobayashi na escalação do #7.
Além disso, a mudança ocorreu após uma breve passagem do holandês na F1 pela equipe AlphaTauri, que chegou ao fim após 10 corridas, quando foi substituído abruptamente por Daniel Ricciardo.
Em entrevista ao site ao Sportscar365, de Vries revelou que manteve contato próximo a Toyota enquanto corria na F1, descrevendo a reunião como um “pequeno passo”.
“Foi bom estar de volta ao time”, disse ele. “É como voltar para casa, para um lugar que conheço. Desde o meu primeiro teste em 2019 e desde que entrei [como piloto reserva] em 2020, sempre tivemos um relacionamento muito bom”.
“Estávamos em uma situação muito boa e saímos em uma boa situação quando vim para a F1, e mesmo nesse período ainda mantive contato com a equipe. Foi muito simples voltarmos juntos. Foi uma progressão orgânica e óbvia”.
“Além disso, é uma era emocionante no WEC, com um grid tão bom na classe superior. Fazer parte disso com a Toyota, que está no topo desta categoria na última década, é um privilégio”.
Carreira de Nyck de Vries e a juventude
Aos 29 anos, de Vries é o piloto mais jovem do carro #7, oito anos mais novo que Kobayashi e 11 anos mais novo que Conway.
Aliás, tendo assistido Kobayashi e Conway no início de suas carreiras, de Vries diz que tem gostado de ouvir suas histórias. Ao mesmo tempo que espera poder contribuir com algo novo para a escalação ao assumir o lugar de José Maria Lopez.
“Ambos são grandes pilotos que conquistaram muito nas corridas de resistência e em Le Mans”, disse de Vries sobre os seus dois co-pilotos. Eu pessoalmente gosto da história do nosso esporte, talvez não de 50 anos atrás, mas antes da minha época”.
“Lembro-me de assistir Kamui na Fórmula 1 e de ler sobre Mike quando ele estava na IndyCar. É legal falar sobre essas coisas”.
“Minha irmã era uma grande fã de Kamui, ela tinha uma camiseta dele! É legal que ambos já existam há muito tempo e tenham experiência. Há muito para compartilhar e aprender”, explicou.
Ele acredita que somará à equipe: “Ter sangue novo a entrar em qualquer organização irá sempre destacar algumas áreas [para melhoria]. Acho que isso é normal”.
A incógnita da Toyota em 2024 do WEC
Estando na principal equipe do WEC, de Vries é contido em fazer alguma análise sobre a temporada 2024. “Na F1, todos sabem que não vencerão a menos que estejam em determinados carros, mas aqui há mais oportunidades iguais”, disse o holandês.
“Não é como se soubéssemos o resultado da corrida. Você nunca pode considerar nada garantido”.
“As estatísticas da Toyota são ótimas, mas temos que ver onde estamos. Só podemos nos comparar com a concorrência e, embora saibamos o que fizemos, não sabemos se eles deram passos maiores do que nós”, finalizou.