Lola B12/69EV, O LMP 100% elétrico

A palavra da moda no automobilismo é eletrificação. O WEC com seus sistemas híbridos assim como a F1, passando pela Fórmula E que uso exclusivamente baterias e não faz nenhum barulho que lembra um carro de corrida. Ah, não podemos esquecer do hidrogênio que estará em Le Mans no próximo ano. 

Novos tempos. Porém, teve um homem que pensou nisso antes da bolha “verde” tomar conta de tudo, Paul Drayson. Com o título de lorde concebido pelo Governo Britânica, a Drayson Racing competiu por diversos anos no American Le Mans Series, Asian LMS e 24 Horas de Le Mans

A equipe e sua empresa de desenvolvimento de tecnologia Drayson Technologies desenvolveu hardware para a categoria de corridas elétricas, a Fórmula E, e foi o principal parceiro de tecnologia a Trulli Formula E Team, equipe que assumiu a entrada originalmente destinada para a Drayson Racing.

Equipe competiu por vários anos no ALMS. (Foto: Divulgação)

Porém, bem antes da Fórmula E, a empresa adaptou um protótipo Lola movido a baterias, o Lola  B12/69EV. Assim, ele tinha o mesmo chassi do modelo B08, mas, nada de motor a combustão. Isso aconteceu em 2012, quando carros 100% elétricos estavam ainda nas pranchetas. 

O Lola B12/69EV

Os detalhes técnicos do carro. (Foto: Divulgação)

A equipe Drayson Racing que competiu até 2010 na ALMS sempre levantou a bandeira das energias alternativas. Na época, ele já havia  anunciado um projeto inédito na construção de um protótipo elétrico.

Além disso, segundo informações da equipe, o protótipo possui mais de 850 cv de potência. A tecnologia empregada será por carga indutiva, composta por baterias e amortecimento regenerativo. Ele possui quatro motores de fluxo axial YASA 750, cada um fornecendo até 160kW e fornecendo mais de 4.000 nm de torque.


Aliás, toda a aerodinâmica será voltada para evitar o menor arrasto aerodinâmica o que irá consumir menos energia das baterias. Sendo assim, várias empresas apoiam o desenvolvimento do Lola B12/69EV:

  • BAE Systems – Estrutura das baterias 
  • Multimatic – Recuperação de energia dinâmica dos amortecedores
  • Halo IPT – Sistema de Wireless
  • Cosworth – Sistema de controle eletrônico.

Fornecedores:

  • Oxford YASA Motors – Motores
  • Mavizen A123 – Baterias
  • Rinehart Motion Systems – Inversores
  • Universidade de Warwick – Materiais avançados.

“A Lola tem sido conhecida em toda a sua história como uma empresa tecnicamente aventureira que ajudou a moldar a indústria automobilística. O anúncio de hoje evidencia nosso compromisso em garantir que com nossos parceiros e fornecedores, podemos ser os líderes em tecnologias futuras que serão parte integrante das indústrias automotivas do pioneirismo no automobilismo”, Robin Brundle diretor da Lola, durante o desenvolvimento do LMP. 

Durante o lançamento, Dryson já previa que a eletrificação era um caminho sem volta. “Corridas com modelos elétricos representam uma oportunidade de negócio consideravelmente nova para automobilismo e sublinha o potencial de crescimento comercial das corridas verdes. Com o lançamento do campeonato de endurance e corridas com carros elétricos prevista para 2013 estamos entusiasmados por estar na vanguarda da inovação em um momento tão emocionante para o esporte e a indústria . De fato, o Lola B12/69EV que estamos revelando hoje mostra avanços como o carregamento indutivo, a energia da bateria composta, aerodinâmica móvel e elétrica de amortecimento regenerativo, tornando-o um dos projetos mais inovadores de tecnologia verde em automobilismo no mundo. Cpontudo, com mais de 850 cavalos de potência, pretende ser o mais rápido carro de corrida elétrico-gasolina em um circuito”,  Comemora.

Os testes

O carro foi para a pista em junho de 2013, em uma sessão na base aérea de Elvington, em Yorkshire. Já nas primeiras voltas o carro bateu um novo recorde de velocidade terrestre para veículos com menos de 1000 kg, com uma velocidade superior a 204 mph (328 Km/h). O recorde anterior de 280 km/h durou quase quarenta anos.

Do mesmo modo, mesmo com condições de desenvolvimento, o Lola nunca competiu, muito menos o ACO criou um campeonato de protótipos 100% elétricos. Vale lembrar que 2013 foi o segundo ano do WEC, e a organização estava confortável com Audi e Toyota na classe LMP1. 

Hoje, a entidade aposta no hidrogênio como tecnologia sustentável para o WEC nos próximos anos. Além disso, já utiliza biocombustível nas classes de Hypercars e GT3. Por fim, a Dryson Racing não sabia, mas o seu pioneirismo abriu a porta para a “onda” verde que conhecemos e convivemos hoje. Gostamos dela ou não.