As conversas entre as entidades organizadoras do endurance global ganham força após o recente prolongamento do regulamento técnico de 2027 para 2029, anunciado em Le Mans no ano passado. A medida atraiu novos fabricantes como Genesis, Ford e McLaren, que demonstraram interesse em ingressar na categoria principal dos protótipos. Segundo apuração do site Sportscar365, pelo menos outros três fabricantes também estariam avaliando programas futuros com base nessa estabilidade regulatória.

“Acredito que estamos constantemente em comunicação com a ACO e a FIA sobre o que conseguimos em termos de convergência”, afirmou Doonan. “Estamos buscando formas de garantir que esse momento continue para todos os envolvidos, inclusive aqueles que já anunciaram seus planos e os que ainda estão por vir.”

Convergência FIA-ACO-IMSA pode garantir estabilidade e crescimento

Nesse sentido, desde a introdução dos regulamentos LMH e LMDh, que unificaram as regras da principal classe entre o Campeonato Mundial de Endurance (WEC) e o IMSA WeatherTech SportsCar Championship, o conceito de convergência internacional tem sido elogiado por sua eficácia em atrair montadoras e promover estabilidade de longo prazo.

“Queremos tomar decisões que ofereçam o máximo de espaço e oportunidade para todos. Esperamos ter mais novidades sobre isso nas próximas semanas”, acrescentou Doonan. “Contudo, a liderança da IMSA, da ACO e do WEC compartilham essa visão para o futuro do nosso esporte.”

Parcerias internacionais e crescimento global do endurance

Além disso, Doonan destacou ainda a importância das alianças internacionais, não apenas com ACO e FIA, mas também com organizações como a SRO Motorsports Group, liderada por Stéphane Ratel. Essa colaboração impulsionou o sucesso de plataformas como GT4 e GT3, esta última presente em categorias como o GTD Pro, que permite programas oficiais de fábrica com pilotos profissionais.

“O GTD Pro mostra como os fabricantes podem atuar com diferentes níveis de envolvimento. Sem colaboração, o esporte tende a perder força. Nosso objetivo é manter e desenvolver esse momento”, disse Doonan.

Aston Martin estreia carro LMH nos EUA e abre caminho para outros

Aliás, outro marco recente foi a estreia da Aston Martin no IMSA com um protótipo construído segundo os regulamentos LMH — os mesmos utilizados por Toyota, Ferrari e Peugeot no WEC. A Alpine, que compete com um LMDh, também está nos planos de expansão da IMSA, especialmente após demonstrar interesse no mercado norte-americano.

“O tapete vermelho já está estendido”, afirmou Doonan. “Eles foram convidados para o teste de novembro. Queremos ver mais montadoras seguindo o exemplo da Aston Martin e competindo nos Estados Unidos.”

Por fim, Doonan concluiu destacando a importância do mercado norte-americano para os fabricantes globais. “A Rolex 24 em Daytona, as 12 Horas de Sebring e o Petit Le Mans são eventos tão especiais quanto qualquer outro no mundo. Esperamos que mais montadoras reconheçam isso e se juntem a nós.”