Quando um ex-F1 esquece que foi um ex-F1

Sim, no endurance não se vence sozinho. (FIAWEC)

Títulos sensacionalistas e muitas vezes sem sentido com a matéria em si, são cada vez mais usados para conseguir curitas e visualizações em uma internet aonde blogs e sites “especializados” surgem da noite para o dia.

Assim grandes portais, muitas vezes engessados apenas com pautas aonde o futebol é o principal destaque precisam muitas vezes suar a camisa para destacar uma notícia tão ou melhor do que o corte de cabelo do Neymar por exemplo.

Por outro lado, blogs e sites independentes acabam abocanhando esta fatia de leitores que não tem notícias em grandes portais. Matérias sobre Endurance, NASCAR ou qualquer categoria menos relevante (para os editores) são ricamente exploradas. Muitas vezes que faz isso mais por uma necessidade, já que não existe praticamente informações em português

Em busca de curtidas e uma certa notoriedade a muito tempo, com um enfase maior aqui no Brasil  o termo “ex-F1” vem povoando as manchetes destes tidos sites especializados e é claro dos grandes portais.

Não importa se o piloto competiu na década de 20 na F1, o título da matéria sempre será “ex-F1 foi tetra campeão no Mundial de carrinho a pilha”. Esta falta de interesse em buscar informações sobre a nova categoria em que o cara compete acaba deixando o texto e a qualidade do profissional questionável.

O exemplo mais recente foi com o australiano Mark Webber, que deixou a F1, muito pelos descontentamentos com Vettel e a predileção da RBR pelo jovem talento. Sim ele resolveu mudar, não se aposentou como era dado como certo por jornalistas. Recomeçou sua carreira no endurance e foi campeão pela Porsche. Não é em uma categoria regional, muito menos por uma equipe principiante.

Foi campeã pela Porsche. Mas ao contrário da F1 que ela seus pilotos a um patamar muitas vezes utópico, Webber teve a ajuda de Timo Bernhard e Brendon Harley, bons pilotos. Ao contrário da F1, o endurance cultua o carro, talvez seja este o problema de alguns jornalistas ou blogueiros em aceitar que apenas um piloto mereça o título de campeão.

“Estou muito feliz por ter a força com uma marca tão incrível que em 18 meses conquistou o título de pilotos e construtores em cima de equipes bem mais organizadas e com tempo de estrada”, disse Webber.

“A Audi está a muito tempo nesta competição. Eles tiveram que lidar com a Peugeot a pouco tempo, depois com a Toyota e agora com a gente. Para mim, é um momento especial ganhar um título mundial com a Porsche. Essa é a coisa mais importante para mim neste momento.”

Webber não é hipócrita. Por conta da sua carreira na F1, como um piloto técnico foi contratado pela Porsche, mas em todas as entrevistas que dá não fala do “tempo em que viveu na F1”.

Ele pensa para frente, e é assim que a vida deve ser. Pena que quem deveria passar a informação correta fez tudo errado. Não foi nenhum, nem dois, sites que deram em suas machetes que Webber venceu sozinho o WEC, desprezando ou desconhecendo que fez isso com mais dois pilotos.

E se o Porsche vencedor fosse o #18? E se na equipe desse Porsche tivesse um mecânico que trabalhou em uma equipe de F1? A machete seria. “Ex-mecânico que trabalhou em um carro de F1 nos anos 90 é determinante para título da Porsche no WEC.”

Webber competiu por 11 anos na F1, por equipes pequenas e de ponta, venceu corridas mas nunca ganhou nada. Talvez este seja o problema dos entendidos da F1, aceitar que um ex-piloto teve sucesso em outra categoria que vem desbancando o sacrossanto criando por Bernie Ecclestone.

“Para ser campeão do mundo em carros esportivos, a este nível, OK, não há 26 carros no mesmo ritmo, mas há cinco ou seis carros em ritmo superior”, disse ele. “Os pilotos neste campeonato são muito, muito fortes. Eles são especialistas neste campeonato e eles são muito rápidos.”

“Tem sido uma grande curva de aprendizado para obter o máximo de mim neste campeonato, mas acho que este ano eu contribuí também. A coisa toda foi tão bom como eu poderia ter esperado, e é por isso que eu me sinto completamente parte do Campeonato do Mundo.”

O piloto foi humilde em reconhecer que 2014 foi um ano tenso, principalmente por não ter experiência em protótipos. “Para mim, o carro está um pouco melhor este ano”, disse ele. “No ano passado eu não estava completamente feliz com o carro e teve que se acostumar com a nova categoria e como ele era. Este ano, nós obviamente colocamos mais downforce, que é algo que eu estou acostumado.”

Webber também desempenhou um papel-chave no desenvolvimento das duas versões do 919, levando em conta sua experiencia de F1, e também dos protótipos que dirigiu nos anos 90. “Eu acho que minha experiência nessa área tem sido agradável no desenvolvimento do carro”, disse ele. “Eu trabalhei duro com a equipe e sempre encontrei novas áreas para desenvolver.”

“Depois de Le Mans, eu vi a equipe tão feliz, tão animada. Os regulamentos não irão mudar muito no próximo ano, um pouco de combustível será alterado aqui e ali. Então tivemos que continuar aprendendo o máximo que pudemos. Melhoramos o carro desde Le Mans e será com ele que vamos em Silverstone no próximo ano.”

Com a Audi e Toyota com carros completamente novos a missão da Porsche e de seus pilotos não será fácil, e quem sabe a síndrome do “ex-F1”, saia um pouco das manchetes.

Novo Porsche 911 RSR com possível motor dianteiro para 2017

Programa oficial para 2016 é incerto. (Foto: WEC)

O novo Porsche GTE só vai ganhar as pistas em 2017. A informação foi confirmada pelo chefe do programa motorsports da marca, Dr. Frank-Steffen Walliser. O carro já etá em desenvolvimento e será bem diferente do atual modelo. As primeiras voltas devem acontecer em meados de 2016.

“Ele deve estar pronto para 2017, e estamos trabalhando intensamente.” Disse ele. A hipótese de um motor turbo baseado no Porsche Carrera não foi confirmado, já que seria instalado na parte dianteira do 911.

Entende-se que a Porsche propôs o conceito de motor dianteiro para a FIA, o que exigiria renúncias técnicas como um novo layout, o que seria bem diferente da versão de estrada.

“Você sempre tem que discutir o seu conceito com a FIA e obter o feedback deles para ver se ele se encaixa”, disse Walliser. “Novas ideias  são inovadoras e para isso precisamos de um retorno da FIA para a homologação.”

Por conta de tantas mudanças e como não se pode lançar carros no meio do ano, ficou decidido que o carro fica para 2017. “Quando eu assumi, nós justificamos os conceitos técnicos de novo”, disse ele. “Eu fiz algumas alterações, que atrasaram o programa em cerca de meio ano.”

“Como você não pode fazer lançar um novo carro no meio da temporada, ficou para 2017. Temos um alto compromisso com o 911. É o nosso carro chave, e representa a Porsche.”

Enquanto o programas de corridas tem que ser confirmado, o 911 RSR estaria presente tanto no WEC, quanto no IMSA. Walliser entretanto, não confirmou a continuidade do programa da classe GTE-PRO para o próximo ano. Uma alternativa seria a entrada de equipe Proton Competition na classe GTE-PRO com um forte apoio de fábrica.

“Obviamente o WEC é uma plataforma perfeita”, disse Walliser. “É uma série do mais alto nível. Nós temos que considerar nossa situação global. E quando eu digo situação geral, não está relacionada com o Grupo Volkswagen, é a nossa situação geral no automobilismo, incluindo o desenvolvimento de nosso novo RSR em 2017, o novo Clubsport GT4, o novo GT3 R e no desenvolvimento dos carros de rua.”

O programa da Porsche 2016 serão anunciados no seu jantar de celebração evento de fim de ano, em 12 de dezembro

Richard Lietz, o campeão da Porsche na classe GTE-PRO

Richard Lietz, campeão pela Porsche também entre os GT. (Foto: Porsche AG)

Richard Lietz não vai esquecer o dia 21 de novembro de 2015. Este foi o dia  ganhou a Copa do Mundo de Endurance da FIA, na última etapa, as 6 Horas do Bahrein, o maior sucesso de sua carreira até agora.. Assim que o melhor piloto de carros GT do WEC saiu do carro, os mecânicos da equipe Manthey Porsche rasparam o número 1 em seus cabelos negros.

“Mesmo que eu tenha que dar várias explicações quando chegar em casa, os meninos estavam apenas se divertindo um pouco, que era a coisa mais importante nesse momento”, disse Richard Lietz, que vai comemorar seu aniversário de 32 anos em 17 de dezembro . “Este título é a recompensa merecida para todos nós por nunca desistir desta temporada, mesmo quando fomos prejudicados. Mesmo quando estávamos por baixo em Le Mans, nós sempre acreditamos em nós mesmos. A maneira que fizemos nossa recuperação na segunda metade da temporada foi tremenda. Você só pode fazer isso com uma equipe perfeita.”

Equipe Manthey Porsche pode não voltar para a classe GTE-PRO do WEC em 2016. (Foto: Porsche AG)

Richard Lietz teve que esperar quatro corridas até conquistar sua primeira vitória na temporada, nas 6 horas de Nurburgring, “casa” da sua equipe, a Manthey Porsche. Graças a sua vitória no circuito de Eifel, em agosto, o austríaco assumiu a liderança na copa do mundo de Endurance da FIA. Competição dentro do WEC que por muitas vezes é mais intensa que as disputas da classe LMP1.

“Richard é uma aposta certa e absoluta quando se trata de ser consistentemente rápido, mesmo nas condições mais difíceis, e consegue trazer para casa os melhores resultados”, diz Marco Ujhasi, geral diretor de Projetos GT da Porsche. Embora seu estilo de condução não seja nada espetacular, ao longo de sua carreira, Richard Lietz celebrou grande sucesso em uma vasta gama de séries de corrida, graças à sua velocidade e extrema consistência. Ele cobriu praticamente todas as disciplinas, e desenvolveu sua habilidade de condução nas pistas de rali mais do que em circuitos. Aos 16 era jovem demais para competir em carros GT. Decidiu entrar na Fórmula BMW. No entanto, era lógico que ele fosse competir em carros de corrida. Seu avô Alfred Kietz competia com um Porsche 550 Spyder, e seu pai competiu em campeonatos de GT na Áustria. Seu irmão, foi o primeiro a felicitá-lo no Facebook após a corrida Bahrain, é também um ávido piloto.

Mas não foram apenas os genes da família que levou Richard Lietz a se tornar um piloto de corridas. O fato é que ele cresceu longe de qualquer grande tentação automobilística. Nasceu em Ybbsitz, uma comunidade com pouco mais de 3.500 habitantes na Baixa Áustria. A cidade pequena, sem opções de divertimento contribuíram para o piloto buscar novos rumos. “As oportunidades de lazer para os jovens são poucas e distantes entre si”, diz ele. “Mas nós temos belas estradas, naturais que são divertidas de dirigir. É por isso que um monte de pilotos vêm de nossa região “.

Vitória no geral e histórica da Porsche em 2015 em Petit Le Mans ao lado de Patrick Pilet e Nick Tandy. (Foto: Porsche AG)

Quando Richard Lietz tornou-se um piloto Porsche em 2007, depois de belas corridas na Porsche Cup e Supercup, viu seu sonho se tornar realidade. Ele estava grato pela confiança que a Porsche depositou nele e fez jus a contratação: Primeiro, ele venceu na classe GT2 em Le Mans no ano de 2010 além do International GT Open. Em um tempo muito curto, ele foi considerado como um dos melhores pilotos de GT do mundo. Com esses sucessos, as expectativas aumentaram. Mas Richard Lietz, que gosta de recarregar suas baterias escalando e correndo, estava sempre longe de perder o contato com a realidade. Pelo contrário: Ele não é alguém que se leva muito a sério, ele é uma pessoa positiva que sempre olha para si mesmo em primeiro lugar. Seu companheiro de equipe Michael Christensen, com quem ganhou três corridas do WEC nesta temporada, diz: “Richard é o melhor amigo e companheiro de equipe que você nunca poderia desejar.”

Como um ar calmo, Richard Lietz podem parecer estranho, quando as coisas não são executadas do jeito certo. Ele definitivamente não é alguém que foge de confronto, e ele assume a responsabilidade – não predominantemente para sua própria vantagem, mas principalmente no interesse da equipe. Isso faz dele o perfeito jogador da equipe. “Só quando o ambiente é certo”, diz ele, “todos podem dar o seu melhor para o sucesso.” A equipe Porsche Manthey é um exemplo perfeito: “Com esses caras você pode realmente chegar onde você quer, cada um deles sabe o que tem que ser feito. Estou orgulhoso de fazer parte desta equipe. “

Ao lado de Michael Christensen, seu companheiro no Porsche #91. (Foto: Porsche AG)

O austríaco é um homem para todas as ocasiões – e para todas as séries de corrida: em 2009 ele ganhou o Le Mans Series (classe GT2) e defendeu este título no ano seguinte. Em 2012, ele conquistou a primeira de duas vitórias GT nas 24 horas de Daytona, com mais duas em Le Mans nos anos de 2013 e 2014 (GTE). Quando a Porsche teve seu sucesso histórico, com a sua primeira vitória geral em Petit Le Mans em outubro, ele fez parte do trio vencedor.

Dr. Frank-Steffen Walliser, chefe do programa GT da marca aprecia Richard Lietz por suas qualidades e pensamento analítico, e que ele sempre vê o panorama geral, e não apenas porque ele está 1,83 metros de altura: “Ele vê além do pit lane. Não fica só satisfeito com seu forte desempenho na pista, mas também a grande confiança de que ele bota em seus companheiros de equipe e como ele traz isso para a família Porsche: Quando nossos pilotos querem ter algo otimizado, geralmente é Richard que vem a mim e aconselhamos como podemos implementá-lo. “

Richard Lietz é um modelo para muitos jovens pilotos da Porsche. O mesmo se aplica a Michael Christensen. Quando Dane, sete anos mais jovem fala sobre seu companheiro de equipe, ele inevitavelmente tece elogios sobre ele. “Eu posso aprender muito com Richard”, diz ele. “Graças a sua vasta experiência, ele sabe o que é preciso para ser bem sucedido. Ele entende como chegar a equipe para reunir e trabalhar em uma direção. É fascinante ver como ele faz isso. Os dois também têm uma grande compreensão longe da pista. Quando o dinamarquês mudou-se para Viena, há dois anos, Richard Lietz deu-lhe dicas úteis sobre como encontrar um lugar para morar. “De vez em quando nos encontramos para um café”, diz Christensen. “É divertido sair com Richard. Temos um ótimo tempo juntos. “

Concentração antes da prova. (Foto: Divulgação Richard Lietz)

Para Richard Lietz, vencer a Copa do Mundo de Endurance da FIA marca o maior sucesso de sua carreira até agora. A probabilidade de que ele vai mudar a sua personalidade é praticamente zero. “Você só pode ganhar esse título quando você tem uma equipe forte atrás de você, e que querem o sucesso, tanto quanto você,” ele afirma. Por mais que ele está emocionado com sua própria conquista, ele também tem o prazer que a Porsche Manthey conseguiu ganhar o título da equipe no Bahrein. O único toque de melancolia foi o fato de que Michael Christensen não podia partilhar o título.  Afinal, eles garantiu os três vitórias nesta temporada juntos. Mas porque Dane ajudou a Porsche Noth América durante as etapas do NAEC do TUSC nos EUA. Richard terminou com mais pontos do que seu companheiro de equipe. “Embora as estatísticas dizem o contrário – o meu sentimento diz que eu ganhei o título junto com Michael.”

No auge de sua carreira, que começou em um kart em 1998 e, finalmente, levou a Porsche, passou pela Fórmula BMW,Rally Challenge e Formula 3 austríaca, Richard Lietz ganhou vários dos mais importantes corridas de carros do mundo, e agora ele adicionou mais um campeonato internacional ao seu currículo. Ele vive e ama o que faz. Quando ele ouve outros colegas de corrida filosofar sobre a falta de motivação, ele só pode sacudir a cabeça. “Eu não tenho que encontrar motivação adicional antes de uma corrida”, diz ele. “Só por sentar em um Porsche, sei que estou representando uma marca tal rica em história, que está é uma motivação suficiente para mim.”

Montoya fala sobre o Porsche 919. “O carro é incrível”

(Foto: Porsche AG)

O Colombiano Juan Pablo Montoya participou na manhã deste domingo (22), dos testes com o Porsche 919 Hybrid no circuito do Bahrain, um dia apos a conquista do título de pilotos para o trio Timo Bernhard e Brendon Harley e Mark Webber.

Montoya dirigiu o #17 que terminou a prova na quinta colocação e fez o tempo de 1:43.174. A primeira impressão é que o carro é incrível”, disse Montoya. “É um brinquedo perfeito, é a melhor maneira de descrevê-lo. Eu dirigi todos os tipos de carros e este é um dos mias incríveis.”

Tempos dos testes.

“Tem uma potencia incrível, muito estável e é realmente muito fácil de realizar ultrapassagens. É tão previsível que convida você ir mais longe.”

“Antes de pilotar, testei ele no simulador e aprendi tudo sobre o sistema híbrido. Li um manual de 30 páginas de como conduzir o carro.”

“Eu preciso descobrir o equilíbrio entre conduzi-lo rápido e buscar a economia. A pista do Bahrain é muito boa para pilotar: retas longas, freadas bruscas. Eu não estive aqui desde F1 em 2006 quando terminei em quinto com a McLaren. O carro é realmente bom, ele responde a mudanças muito bem.”

 

Porsche vence as 6 horas do Bahrain e conquista título de pilotos

A vitória na corrida ficou com o #18, mas o título de pilotos ficou para o #17. (Foto: Porsche AG)

A Porsche confirmou o favoritismo e venceu as 6 horas do Bahrain, última etapa do Mundial de Endurance em 2015. Se o título de construtores veio com uma prova de antecedência em Xangai, o de pilotos foi bem mais penoso para ser conquistado. Na prova que ocorreu na tarde deste sábado (21) a Porsche teve um rival bem diferente das demais corridas, a Audi. A equipe irmã deu trabalho para o time de Weissach. A pole conquistada pelo Porsche #17 do trio Timo Bernhard e Brendon Harley e Mark Webber, postulante ao título dava como certo um passeio. Ainda mais com o Porsche #18 dos pilotos Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb com a segunda colocação servindo de escudeiros.

O drama do trio do carro #17 durou praticamente toda a prova. Com duas paradas para reparo nos boxes por conta do sistema híbrido, o carro chegou a apagar na reta dos boxes. Com tantas intempéries os campeões do mundo acabaram na quinta posição e não puderam ver a guerra campal que se formou entre o Porsche #18 e o Audi #7 de Marcel Fassler, André Lotterer e Benoit Treluyer.

Campeões do WEC em 2015. (Foto: FIAWEC)

A vitória da prova foi conquistada pelo Porsche #18 com o Audi #7 na segunda posição. Um dos pontos altos da prova foi o duelo entre Lieb (Porsche) e Benoit Treluyer (Audi). Prevaleceu o melhor conjunto, já que o Porsche conseguia abrir uma vantagem considerável nas retas, dando ao Audi uma chance na parte mista do circuito.O outro carro da Audi o #8 pilotado por Loic Duval acabou tendo um problema nos freios na quarta hora da prova o que se vez necessário a substituição de todo a suspensão dianteira, tirando o carro das primeiras posições e dando ao Porsche #17 pontos preciosos para a conquista do título. Com os problemas o #8 ficou com a sexta posição.Mark Webber que foi o responsável por levar o #17 ao fim da corrida foi literalmente se arrastando na pista com medo que o Audi #8 lhe superasse antes da bandeirada. O australiano tem um santo forte. Tanto Webber quanto Hartley e Bernhard conquistaram os seus primeiros títulos no WEC.

Resultado final da prova. 

Matthias Müller, presidente do conselho de administração da Volkswagen AG: “Estou muito feliz com grande sucesso desportivo da equipe Porsche aqui no Bahrein, e eu gostaria de felicitar Timo Bernhard, Brendon Hartley e Mark Weber para o título de pilotos. Os Regulamentos do Campeonato Mundial de Endurance permite que as marcas do grupo – Audi e Porsche – testarem e desenvolver tecnologias futuras para carros de estrada. O Motorsport foi e continua sendo uma ferramenta importante dentro do Grupo Volkswagen. Gostaria também de felicitar Richard Lietz e equipe Manthey pelos títulos entre os GT.” 

Ligier #26 da G-Drive Racing, vence a prova e conquista o título da classe LMP2. (Foto: G-Drive Racing)

O Toyota #2 de Mike Conway, Kazuki Nakajima e Alex Wurz, terminou a corrida na terceira posição. A prova também marca a aposentadoria de Alex Wurz. Este foi o segundo pódio da equipe em 2014, após um ano complicado e sem ter um carro competitivo. Na quarta posição o Toyota #1. Entre os LMP1 privados o Rebellion #13 de Alexandre Imperatori Dominik Kraihamer e Matheo Tuscher, que terminaram na 11º posição no geral. Em segundo o ByKolles #4 de Pierre Kaffer e Simon Trummer. Esta foi a segunda vitória na subclasse para o #13. A primeira foi Le Mans.

Na classe LMP2 a G-Drive conquistou o título de pilotos para os pilotos Sam Bird, Roman Rusinov e Julien Canal. A equipe superou o rival direto o Oreca 05 #47 da equipe KCMG de Matt Howson, Richard Brandley e Nick Tandy. A diferença entre os dois primeiros foi de mais de 25 segundos. Esta foi a quarta vitória do #26 na temporada. O segundo Ligier, o #28 da G-Drive pilotado por Pipo Derani, Ricardo Gonzalez e Gustavo Yacaman completaram o pódio em terceiro, à frente do Alpine da equipe Signatech. O trio vencedor da G-Drive precisava apenas de um quarto lugar para conquistar o título. Este foi o primeiro triunfo da G-Drive, já que em 2014 a equipe perdeu o título para a KCMG em Interlagos.

Porsche vence na classe GTE-PRO e conquista título de construtores. (Foto: WEC)

Na classe GTE-PRO a Porsche também conquistou o título de pilotos para Richard Lietz. Fred Makowiecki levou o #92 para a vitória com uma diferença de 39,316 segundos sob a Ferrari #51 da equipe AF Corse dos pilotos Toni Vilander e Gianmaria Bruni, em uma corrida dominada pelo Porsche desde as primeiras horas.

O Porsche #92 assumiu a liderança no início da primeira hora, com Patrick Pilet superando Vilander que marcou a pole. Na quarta hora de prova uma parada não programada para a Ferrari #71 viu sua posição cair de terceiro para o sexto lugar por conta de uma roda solta. Com o resultado a Porsche conquistou o título de construtores.

Aston Martin vence na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

O #91 de Richard Lietz e Michael Christensen, fizeram uma corrida conservadora terminando na quinta posição. Mesmo com o título não se sabe se a equipe Manthey irá alinhar no WEC em 2016, em virtude dos problemas que o grupo VW está passando. O Aston Martin #97 de Darren Turner e Jonny Adam completou o pódio na terceira posição, seguido pelo Aston #95. O Aston #99 no qual Fernando Rees pilota sofreu uma punição de 3 minutos no início da prova em virtude de utilização irregular dos pneus durante o treino classificatório.

SMP Racing conquista título na classe GTE-AM. (Foto: FIAWEC)

Na classe GTE-AM o Aston Martin #98 de Pedro Lamy, Paul Dalla Lana e Mathias Lauda vence. Na segunda posição o Porsche #88 da Abu Dhabi Proton Racing de Marco Mapelli, Khaled Al Qubaisi e Klaus Bachler. O #77 Dempsey Proton de Patrick Long, Marco Seefried e Christian Ried completou o pódio em terceiro. O campeão da classe é A Ferrai #72 da SMP Racing dos pilotos, Andrea Bertolini, Victor Shaytar e Aleksey Basov que chegaram na quinta posição.

Extreme Speed e OAK Racing firmam parceria técnica

Parceria com a G-Drive Racing é posta a prova para 2016. (Foto: FIAWEC)

A OAK Racing e a Extreme Speed Motorsports firmaram parceria técnica para a edição 2016 do Mundial de Endurance. A união fará os os pilotos oficias da OAK/Onroak, se juntaram aos pilotos da ESM. A base da equipe também vai mudar para a da Onroak em Le Mans.

Para o proprietário Scott Sharp a parceria visa a redução de custos e mais chances de vitória. “Onroak tem sido um parceiro incrível já para nós, eles  foram super receptivos desde o primeiro dia em que compramos os carros.”

“Nós estamos com um dos engenheiros da OAK em nossa equipe nas últimas corridas, o que ajudou muito. Eu acho que uma extensão natural é estamos indo fortes para o próximo ano.”

“Nós já queria mudar a partir da etapa de Silverstone para Le Mans, estar perto deles por ter um melhor acesso a  peças. Vamos se mudar para Le Mans.”

“A colaboração funciona bem para nós, funciona bem para eles. Nós vamos ser capazes de adquirir mais experiência com o carro.”

Mecânicos e pilotos foram avisados durante o final de semana da etapa de Xangai. Grande parte dos mecânicos e alguns pilotos irão voltar para os EUA.

Sem revelar nomes, Sharp falou que deve manter seus pilotos, e alguns mecânicos para trabalhar ao lado do pessoal da OAK Racing. “Nós ainda estamos trabalhando através das indicações, mas eles têm uma máquina muito bem lubrificada”, disse ele. “Mas, ao mesmo tempo, queremos manter o núcleo de nossa equipe junto também.

Philippe Dumas, diretor da equipe de OAK Racing, é esperado para se tornar o novo chefe de equipe. Com a parceria se bota em cheque a parceria com a G-Drive. O dono da equipe Roman Rusinov já declarou que estaria disposto a buscar novos parceiros para o próximo ano.

Porsche marca a pole para as 6 Horas do Bahrain

(Foto: Porsche AG)

Deu o obvio! A Porsche conquistou as duas primeiras posições durante o treino classificatório para as 6 horas do Bahrain que irão acontecer neste sábado (21). Timo Bernhard e Brendon Harley com o tempo de 1:39.736 ficaram com a pole com o Porsche #17.

Em segundo o Porsche #18 com 1:40.100. Esta foi a terceira pole consecutiva do #17. Com o feito esta é a 11º pole desde que a marca voltou ao Endurance em 2014. Com o ponto extra obtido pela pole a vantagem para Andre Lotterer, Benoit Treluyer e Marcel Fassler pilotos do Audi #7 que ficaram na terceira posição. Na quarta posição o Audi #8, seguido pelos dois Toyota (#1 e #2) na quinta e sexta posição respectivamente.

Tempos do treino classificatório. 

Andreas Seidl, chefe da equipe Porsche: “Este registro de qualificação mostra que temos a melhor equipe operacional, o carro mais rápido e os melhores pilotos. Os pneus também fizeram bem seu papel. Demos poucas voltas e conseguimos o ótimo resultado. Na verdade, isso é um começo perfeito para a corrida e vamos agora concentrar-se totalmente na nossa preparação. Esperamos uma luta longa e dura com a Audi.”

Pela classe LMP2 o Alpine A450b da equipe Signatech marcou a primeira pole da equipe no WEC. Paul-Loup Chatin e Tom Dillmann fizeram a média de 1:49. 993, superando o #47 da equipe KCMG de Nick Tandy e Matt Howson por 0.067 segundos. O Ligier #26 da equipe G-Drive vai largar na terceira posição.

Na classe GTE-PRO a AF Corse marcou a pole e superou pelo menos por enquanto o favoritismo da Aston Martin. Gianmaria Bruni e Toni Vilander conquistaram a terceira pole da temporada com uma média de 1:58.347 com a Ferrari #51. Superaram a outra Ferrari da equipe #71 de Davide Rigon e James Calado por 0.033 segundos. Com a pole sobe para cinco pontos de vantagem para a Porsche na luta pelo título de fabricantes na classe GT.

O Aston Martin #95 de Nicki Thiim e Marco Sorensen ficaram na terceira posição, seguidos pelo Aston #99 de Richie Stanaway e Alex MacDowall. O Porsche #92 de Manthey Fred Makowiecki e Patrick Pilet completou o top-cinco. O Porsche #91 que é líder do campeonato larga na sétima posição. Na classe AM o Aston Martin #98 marcou a pole.

Porsche volta a liderar no Bahrain

Tudo volta a normalidade no WEC. (Foto: Porsche AG)

A Porsche voltou a dominar os treinos marcando o melhor tempo no FP3, no circuito do Bahrain. Brendon Hartley foi o mais rápido com o Porsche #17 marcando 1:40.917, superando o segundo carro da equipe o #18 com uma diferença de 1,2 segundos. Os carros da Audi vem na sequencia em terceiro e quarto (#7 e #8) e da Toyota (#1 e #2).

Entre os LMP1 privados o #4 da equipe ByKolles superou os dois R-One da Rebellion Racing. Pierre Kaffer marcou 1:48.696. Os dois carros da Rebellion tiveram problemas. O #12  acabou saindo da pistas pelas mãos de Nicolas Prost e o #13 teve problemas com os freios.

Resultados do terceiro treino livre. 

Na classe LMP2 a o Alpine #36 continua mostrando bom desempenho com Paul Loup Chatin marcando 1:52.019. Ficou a frente do Oreca #47 da KCMG e do Ligier #26 da G-Drive Racing. O #44 da AF Racing, o BR01 enfrentou problemas com os freios durante toda a seção, enquanto o Morgan da equipe SARD Morand foi brindado com um farol quebrado e o Gibson da equipe Strakka Racing teve a carenagem dianteira solta.

A Aston Martin surpreendeu ficando com as três primeiras posições na classe GTE-PRO. Richie Stanaway com o Aston #99 marcou 1:59.932 superando os irmãos #97 e #97. Os dois carros da AF Corse seguem na sequencia, a frente dos dois carros da Porsche.

Já na classe GTE-AM a Aston Martin também mostrou força marcando o melhor tempo com o #96 pelas mãos de Stuar Hall com o tempo de 2:01.081. Em segundo a Ferrari #72 da SMP Racing e o #83 da AF Corse.

 

Audi lidera segundo treino livre no Bahrain

Audi por ter um ritmo melhor durante a noite. (Foto: Joest Racing)

A Audi surpreendeu e marcou o melhor tempo na segunda seção de treinos livres para as 6 horas do Bahrain, última etapa do Mundial de Endurance. Marcel Fassler marcou 1:42.133. Em segundo também surpreendendo o segundo Audi com o tempo de 1:43.291.

Sendo este um treino noturno ajudou a Audi a liderar, o que pode dar uma emoção maior a corrida. Em terceiro o Porsche #17 com 1:43.360. Na classe LMP2, Pipo Derani fez o melhor tempo com o Ligier JS P2 #28 da equipe G-Drive Racing com 1:50.029.

Resultado do segundo treino livre.

Entre os GTs a AF Corse manteve o domínio na classe PRO com Toni Vilander ditando o ritmo marcando 1:59.402. Na classe GTE-AM a SMP Racing com Andrea Bertolini ao volante marcou 2:00.866.

Porsche marca melhor tempo em primeiro treino no Bahrain

Rumo ai título de pilotos. (Foto: Porsche AG)

A Porsche marcou o melhor tempo no primeiro treino para as 6 horas do Bahrain que acontecem neste sábado (21) as 10:00 (horário de brasília). Timo Bernhard com o Porsche #17 marcou 1:42.800, superando o Audi #7 pilotado por Benoit Treluyer que fez 1:42.817.

O Audi #8 ficou com a terceira posição, seguido pelo Porsche #18. Os dois carros da equipe Toyota #1 e #2 terminaram em quinto e sexto respectivamente. Na classe LMP2 o Alpine A450b da equipe Signatech Alpine marcou o melhor tempo com Nelson Panciatici marcando 1:52.054. Foi seguido pelo Ligier #26 da G-Drive Racing e pelo Gibson #42 da Strakka Racing.

Resultado do primeiro treino livre.

Como foi a prova em 2014.

Entre os GTs, a AF Corse marcou os dois primeiros tempos na classe GTE-PRO (#51 e #71), enquanto o Aston Martin #98 conquistou a primeira posição na classe GTE-AM.

Luta pelo título.

Depois de garantir o título de construtores em Xangai, o próximo alvo da Porsche é o de pilotos. Timo Bernhard, Brendon Hartley e Mark Webber estão com 155 pontos, 12 a mais do que os pilotos da Audi Marcel Fässler, André Lotterer e Benoît Treluyer. Com uma pontuação de 113,5 pontos e sem chance de levar o título, o segundo carro da Porsche de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb estão em terceiro.

O traçado com 5.412 km vai abrigar a terceira prova noturna da temporada, após Le Mans e Austin. Por conta do calor a prova só pode ser realizada sob a luz da lua. Em 2014, a corrida no Bahrein foi a penúltima rodada do campeonato e foi a primeira vez que os dois carros terminaram no pódio.  Dumas / Jani / Lieb tinha marcaram a pole position e terminaram em segundo. Enquanto Bernhard / Hartley / Webber em terceiro em ambas qualificação e na corrida. Desde que estreou em 20140 919. ganhou seis corridas. Cinco das vitórias foram alcançadas em 2015, incluindo as Le Mans 24 Horas.

Fritz Enzinger, vice-presidente do programa LMP1: “No final da temporada, no Bahrein uma era vai chegar ao fim. Temos sido bem recompensados ​​por abordagem técnica do 919 Hybrid. Se parte da equipe fica em pista, os demais estão em Weissach. O título de construtores, é da mais alta importância para a Porsche. Agora vamos buscar o de pilotos. Mesmo que Audi conseguir os dois primeiros lugares, um terceiro já é suficiente para garantir o título para Timo, Brendon e Mark. Olhando para os nossos sucessos anteriores, este talvez não soa muito difícil de conseguir. Mas você nunca deve subestimar tudo o que é imprevisível em uma corrida de seis horas. Você está sempre dirigindo no fio da navalha. O período noturno, quando o sol cega os pilotos e depois a escuridão. São grandes desafios para a prova.”