ALMS Petit Le Mans–Na última prova do último campeonato vitória da Rebellion Racing.

Pode parecer clichê mas a American Le Mans Series acaba de fazer parte do passado do Endurance. A vitória da equipe Rebellion marca o fim de um campeonato que teve 15 edições mas que não acabou no seu auge. Talvez se tivesse acabado nos melhores dias não teria tido que se unir a Grand-Am para a criação de um campeonato único. Se será melhor, pior não sabemos.

A prova deste ano em Road Atlanta não teve o brilho de outros anos quando Audi, Peugeot e Porsche alinharam seus carros porém a competitividade nunca abandonou o sinuoso traçado e vimos uma bela disputa envolvendo o #12 da equipe Rebellion contra o #6 da Muscle Milk. A vitória do HPD era evidente por conta do conhecimento de Lucas Luhr,e Klaus Graf no traçado e principalmente em se livrar do intenso tráfego que é uma das características da prova. Mesmo fazendo a pole e liderando em todos os treinos durante a corrida o Lola B12/60 do time Suíço chegou a ficar 2 voltas atrás do #6, muito por conta de pequenos toques durante a prova. Mas assim como na edição de 2012 o rápido HPD enfrentou problemas e teve que abandonar. Se foi imbatível durante todo o ano em provas curtas na segunda mais longa seu principal trunfo a estabilidade acabou lhe deixando a pé.

Level 5 vence na LMP2

Em segundo lugar na classe P1 o #16 da equipe Dyson dos pilotos Chris Dyson, Tony Burgess e Chris McMurry   que nunca foi um fator durante a prova mas que sempre foi um adversário difícil quando o Lola da equipe Rebellion chegava para ultrapassar, Tanto que chegou a 20 voltas de desvantagem em relação ao líder. Além do HPD o Delta Wing Coupe também não completou a prova.

Na classe LMP2 uma belo duelo entre os 4 carros HPD ARX-03b das equipes Level 5 e Extreme Speed que culminou com a vitória do #551 da Level com os pilotos Scoot Tucker, Ryan Briscoe e Marino Franchitti que superarem o #01 da EMS com Scoot Sharp, Anthony Lazzaro e o ótimo David Brabham que chegou a liderar nas voltas finais mas acabou perdendo a posição durante os pits stops. Foi muito bom ver Brabham novamente em carros de endurance, visto que compete atualmente na F-Indy. Em terceiro o #552 de Guy Cosmo, Peter Dumbrek e Jonny Kane. As equipes que competem atualmente na LMP2 já anunciaram que vão manter seus carros na classe ano que vem, A Level 5 foi além e comprou também um Oreca FLM09 para disputar a classe PC.

Falando nos LMPC a vitória da classe acabou nas mãos da equipe BAR1 Motorsports do trio Kyle Marcelli, Chris Cumming e Stefan Johasson, que por muito pouco não ficou com a equipe 8Star Racing aonde competiu o brasileiro Osvaldo Negri e Sean Raythall que acabou se perdendo no tráfego além de estar com problemas na carenagem traseira. Em terceiro na classe o #05 da equipe Core Motorsports dos pilotos Jonathan Bennett, Tom Kimber-Smith e Mark Wilkins. Bruno Junqueira acabou em 7º na classe.

Tubarão da Falken superou favoritos e venceu na GT.

A Classe GT sem dúvidas foi  mais disputada. Quem esperava uma vitória da Ferrari da Rizi Competizione ou dos Corvette, BMW ou Viper assistiu uma pilotagem agressiva do Porsche #17 da equipe Falken Tire dos pilotos Wolf Henzlewr, Bryan Sellers e Nick Tandy que soube “sobreviver” ao que parecia ser uma luta de carros de choque como nos parques de diversão. Tanto a Ferrari da Rizi quanto os Viper e o próprio Porsche vencedor estavam irreconhecíveis pela quantidade de batidas durante a prova que em sua primeira parte foi disputada sobre forte chuva. Em segundo o BMW #56 dos pilotos Dirk Muller, John Edwards e Bill Auberlen que quase roubaram a vitória nas últimas voltas por conta de um erro do Porsche #17. Em terceiro a Ferrari #62 de Olivier Beretta, Matteo Malucelli e Robin Liddell que marcaram a pole e durante toda a prova optaram por uma pilotagem agressiva, o que acabou prejudicando mais do que ajudando visto os vários passeios na grama além de de um toque com um dos Corvette o que danificou o para choque traseiro. Com o sexto lugar o Corvette #3 do trio Jan Magnussen, Antonio Garcia e Jordan Taylor se sagrou campeão da classe.

Os Porsche da classe GTC a vitória ficou com o #45 da equipe Flying Lizard de Nelson Canache, Spencer Pumpelly e Madison Snow. Em segundo o #27 da Dempsey Racing com Patrick Dempsey, Andy Lally e Joe Foster e fechando o pódio o #11 da equipe JDX Racing de Mike Hedlund, Jan Heylen e Jon Fogarty.

Ano que vem tudo será novo no automobilismo americano. Espero que o United Sport Car Racing traga mais emoção e uma maior diversidade em termo de grid. O calendário que engloba as 24 horas de Daytona, 12 horas de Sebring e Petit Le Mans tem uma qualidade superior ao do WEC, porém necessita de equipes de fábrica principalmente nas classes de protótipos. Se hoje os GTs é quem dominam a preferencia do público pela sua diversidade podemos sonhar sim com uma classe de protótipos mais diversificada. Pelos prognósticos o campeonato do ano que vem vai ter mais cara de ALMS do que de Rolex. É o que espero.

Resultado Final.

HPD fazendo progressos com seu motor para a classe LMP1

Tradicional fabricante a HPD revelou hoje que se surpreendeu com os progressos do seu motor para o mundial de endurance ano que vem. Em entrevista ao site Sportcar365 Steve Eriksen que os testes em seu motor V6 2.2 litros turbo foram animadores em dinamômetro foram satisfatórios.

“Esta é uma nova abordagem de como executar um motor, fizemos um pouco de trabalho em simuladores antes de montar realmente o propulsor”, explicou Eriksen. “Nós estávamos realmente surpresos ao descobrir resultados semelhantes a uma corrida real, muito além do que era previsto por simulação.”

O motor que ao contrário do V8 3,4 litros que equipa o HPD ARX-03b o novo bloco é derivado do carro da Fórmula Indy que foi introduzido em 2012.

Muito do que aprendemos na IndyCar nos deu o conhecimento básico para fazer as simulações”, disse ele. “Há uma sinergia entre o programa de IndyCar e este programa P1 o que é realmente útil. Aprendemos algumas coisas do funcionamento do motor P1 que nos ajudam no lado da IndyCar, e vice-versa. “

Testes em pista só irão começar quando alguma equipe se interessar pelo motor o que segundo Eriksen existem várias interessadas e em processo de negociação, além dos times interessados em competir com o pacote completo chassi/ motor.

“É um mercado muito pequeno”, disse Eriksen. ” Nossa esperança é que, dada a excelência que já demostramos na pista que pelo menos uma ou duas pessoas seria um passo até a placa seja uma boa propaganda para nossos produtos. “

Existe ainda a possibilidade (caso tenham interessados) de uma equipe começar o WEC do ano que vem com o modelo ARX-03b com o novo motor já que o chassi é compatível. Isso com base nas regras da ACO. Além do motor a HPD espera que alguma equipe se interesse por seu sistema de recuperação de energia ERS que já passou por testes e que poderia estar em operações no meio do ano que vem.

Várias opções de recuperação de energia podem ser obtidas com o novo pacote sendo o mínimo 2 megajoules o o máximo 8 megajoules. Resta alguma equipe se interessar em ser a “cobaia” do sistema.

Para o nosso aprendizado, nós gostaríamos de ter, pelo menos, alguém lá fora que quer executar o sistema de recuperação de energia”, disse Eriksen. “Estamos aprendendo muito com ele, mas não há nada como a concorrência para realmente conseguir isso. Eu acho que tem que ter a pessoa certa para as ambições de uma equipe. O que vemos é que algumas equipes olhando para sistema híbrido e achando complicado e que a grande quantidade de testes são necessários para o sistema ser otimizado. Outras equipes sentem que a partir de um ponto de vista técnico, se você não tem um sistema de recuperação de energia, você não vai ter uma chance.”

Ainda segundo Eriksen nenhum dos HPD vendidos está confirmado no mundial do ano que vem, o mais provável é que estarão presentes pelo menos alguns no USCC nos EUA.

ALMS Road América–Vitória da HPD ofuscada pelo belo desempenho do Delta Wing. Bruno Junqueira vence na LMPC.

Os EUA ainda preservam uma característica que não se vê mais na Europa. A diversidade de circuitos. O campeonato da ALMS assim como o da Grand-Am são ricos em diversidade. Sejam pistas travadas como Lime Rock, ou seletivas com Sebring, ou rápidas como Road América que poderia estar presente em qualquer campeonato independentemente do tipo de carro, moto ou caminhão.

Bruno Junqueira vence na LMPC

A edição desde ano da ALMS foi bem disputada como nos outros anos. Se na classe P1 a vitória do HPD da dupla Lucas Luhr e Klaus Graf eram cartas marcadas a disputa na classe teve uma bela surpresa o Delta Wing. O carro #0 pilotado com maestria por Katherine Legge e Andy Meyrivck chegou a liderar por diversas vezes a prova e deu um trabalhinho para a dupla da Muscle Milk na hora das ultrapassagens. Por ser mais leve sumia nos trechos de reta, mas não foi páreo para a força do motor Honda do carro #6. Acabou em terceiro na classe e em 5º no geral. Já o #16 da equipe Dryson da dupla Tony Burgess e Chris McMurry deve um começo sofrível ainda com a pista molhada foi presa fácil para o Delta Wing e até para os LMP2. A equipe já anunciou que está totalmente focada na temporada 2014 e que apenas cumpre tabela. Ano passado a briga entre o #16 e #6 foi até os últimos metros culminando com a vitória do belo Lola.

Na “sorte” #551 vence na P2

Já na classe LMP2 que terminou na mesma volta do vencedor a disputa acirrada entre os carros das equipes Level 5 e Extreme Speed. O vencedor foi o #551 de Scott Tucker e Simon Pagenaud que teve uma bela dose de sorte nas últimas voltas já que o #01 de Scoot Sharp e Guy Cosmo deve que fazer uma parada apenas para reabastecimento e acabou sendo superado na saída dos boxes. Para ajudar o carro #551 uma batida envolvendo o Porsche #11 da equipe JDX Racing faltando menos de 10 minutos as últimas voltas foram dadas sob bandeira amarela. Fechando o pódio da classe o #552 também da Level 5 do trio Tucker, Gonzales e Franchitti.

A classe LMPC conseguiu uma bela proeza. O vencedor #9 da equipe RSR Racing do brasileiro Bruno Junqueira e Duncan Ende e o segundo colocado o #8 da BR1 Motorsports de Kyle Marcelli e Chris Cumming terminaram na frente dos LMP2 e Junqueira acabou conquistando o terceiro lugar geral. Prova de que pilotos profissionais mesmo com modelos mais lentos são mais imunes a barbeiragens do que os famosos “gentleman drivers”. A maior prova é o festival de rodadas que se viu na classe LMP2 e GTC.

Primeira vitória do Viper na ALMS

Entre os GT a disputada foi acirrada e a vitória (primeira da equipe desde que retornou ao endurance) foi do #91 da equipe SRT Motorsports de Marc Groossens e Dominick Farbacher. O #91 já tinha feito a pole ontem e na largada com a pista molhada acabou sendo tocado o que danificou o para choque traseiro. Mesmo assim superou o #93 também da SRT e os dois carros sumiram na frente do pelotão. Mérito e muito do motor V10. Mesmo perdendo tempo nos boxes para fazer reparos o #91 não teve grandes dificuldades em buscar a liderança e teria terminado muito à frente do segundo e terceiro colocados o #3 e #4 da Corvette Racing. O outro Viper acabou em 6º na classe. Os modelos Porsche acabaram em 4º com o #48 da equipe Paul Miller Racing e 5º com o #06 da Core Motorsport. A equipe BMW fez uma corrida discreta e terminou em 7º com o #55 e 8º com o #56.

Flying Lizard Vence na GTC

As disputas na classe GTC também foram intensas antes da bandeira amarela que “matou” o final da corrida. A vitória acabou com o Porsche #45 da Flying Lizard Motorsports de Nelson Canache Jr e Spencer Pumpelly. Em segundo o #22 da Alex Job Racing de Cooper MacNeil e Jeroen Bleekemolen. Fechando o pódio o #30 da equipe NGT Motorsport de Henrique Cisneros e Sean Edwards. Abaixo a classificação final.No final de semana também tivemos uma etapa da Grand-Am em Road América e foi a única oportunidade de vermos os carros das duas séries juntos o que em termos de desempenho pode se avaliar quem anda mais. O comitê que define as regras da USCR para a ano que vem já determinou (depois de muitas reclamações por parte das equipes com carros LMP2) que os DP terão que ter sua potência aumentada para se equipararem aos P2. A tabela abaixo é um comparativo dos dois treinos classificatórios aonde podemos ver que até os LMPC superam os carros da classe DP.

Resultado final. 

Strakka Racing desiste do mundial de endurance

A equipe Strakka Racing que venceu entre as equipes privadas em Le Mans neste ano anunciou que encerrou sua participação no mundial deste ano para juntar recursos visando a temporada de 2014.

Como o HPD ARX-03b não será mais aceito na temporada vindoura a equipe busca uma solução para continuar na LMP1. Dan Walmsley diretor da equipe explica. “Estamos estudando uma série de oportunidades interessantes que vão colocar o Strakka no topo da pirâmide de carros esportivos no futuro Foi uma decisão, muito difícil não participar das provas restantes do Campeonato do Mundo de Endurance. Esperamos poder anunciar nossas novos e excitantes projetos muito em breve. ”

Com a desistência da equipe teremos apenas 4 carros na classe LMP1, dois Audi, um Toyota e um Lola da equipe Rebellion.

Muscle Milk vence mais uma em Lime Rock

Existem circuitos que até uma corrida de carrinhos de controle remoto são empolgantes. Lime Rock é um desses traçados que você pode esperar tudo, menos uma corrida chata. Estava esperançoso em relação a corrida desta tarde. Levando em conta as edições passadas podemos dar nota 7. Pelas características do circuito era esperando bem mais batidas e entreveros porém todos se comportaram e as 2 bandeiras amarelas foram o resultado de uma prova tranquila ou quase.

A prova teve um início estranho com a largada cancelada, e isso deu certo ânimo para quem esperava um voou solo do HPD da equipe Muscle Milk, da dupla Klaus Graf e Lucas Luhr. Porém, ainda antes da primeira curva veio a ótima surpresa. O Lola Mazda da Dyson Racing surpreendeu e roubou o primeiro lugar. Dali em diante foram boas voltas, com uma alternância da liderança até que, com problemas (de novo), o #16 de Chris Dyson e Guy Smith acabou se atrasando por causa da fixação do cinto de segurança.

Vitória controversa para o #551

Voltando à pista o desempenho do Lola não foi mais o mesmo, e com vantagem de uma volta o HDP, não teve mais problemas na liderança. A única esperança era um problema envolvendo os adversários, porém, em uma pilotagem tranquila Lucas Luhr e Klaus Graf foram pontuais, ganharam mais uma. O outro competidor da classe, o Delta Wing de Andy Meyrick e Katherine Legge, mais uma vez não completou a prova e enquanto esteve na pista não foi uma ameaça para sua classe, nem para a P2, tanto que os tempos de volta eram bem próximos dos melhores carros da classe GT. Fica a pergunta: até quando vamos ver este belo projeto se arrastando a pista? A versão cupê, que deveria ter estreado em Laguna Seca, ainda não deu as caras, segundo a equipe o desenvolvimento do modelo aberto ainda está acontecendo.

Bruno Junqueira faz bonito e vence na LMPC

Na classe LMP2, uma vitória controversa para o #551 da dupla Scott Tucker e Ryan Briscoe em cima do #01 de Cotto Sharp e Guy Cosmo. Faltando poucos minutos para o fim da prova, depois de uma bandeira amarela envolvendo os Porsche da classe GTC, o #01 liderava com o #551 literalmente “colado” e um toque provocado por Briscoe acabou com as esperanças de Guy Cosmo de lutar pela vitória. Até o momento nenhuma punição por parte da direção da ALMS se deu sobre a equipe Level 5 Motorsports, o que seria provável visto o tipo de toque algo nitidamente evitável.

Entre os LMPC uma bela vitória da dupla do #9 Bruno Junqueira e Duncan Ende da RSR Racing que abriu uma bela vantagem sobre o segundo colocado o #5 da Core Autosport da dupla Jonathan Bennett e Colin Braun que, devido a última bandeira amarela, descontaram a grande vantagem conseguida por Duncan e administrada de forma formidável por Bruno Junqueira. A classe LMPC em termos de competitividade deve muito a qualidade do Oreca FLM09 e a estabilidade de regras. Lembrando que nenhum desses carros é 0 km e muitos tem mais de três anos de uso e estarão presentes no USR ano que vem.

BMW amplia vantagem na GT

A classe GT teve boas doses de combatividade, como é característico. A vitória do BMW #56 de Dirk Muller e John Edwards coroa o bom momento que a equipe passa e o profissionalismo por parte da BMW, que estreou o carro este ano e a dupla já é líder do campeonato. Em segundo e Corvette #3 de Jan Magnussen e Antonio Garcia. Fechando pódio, um ótimo terceiro lugar para o Porsche #6 da Core Autosport de Patrick Long e Tom Kimber-Smith, que em sua segunda prova já chegaram ao pódio, mérito do ótimo trabalho de Patrick Long, que é piloto oficial do construtor alemão.

Entre os Porsche da classe GTC, vitória da equipe Flying Lizard com o #45 de Nelson Canache Jr e Spencer Pumpelly, chegando a frente do #11 da equipe JDX Racing de Milke Hedlund e Jan Heylen. Fechando o pódio #66 da equipe TRG de Bem Keating e Damien Faulkner.

#45 da Flying Lizard vence na GTC

Tirando as nuances da corrida, me surpreendeu com a transmissão integral da prova pelo canal Fox Sports que tem os direitos de transmissão de todo o campeonato, além de resumos da ELMS e tantas outras séries internacionais. Quem está acostumado a acompanhar as etapas pelo site da ALMS, deve ter estranhado a falta de empolgação dos narradores, ao contrário da gritaria e dos inúmeros “Side by side” durante toda a prova. Claro que o nível de conhecimento é outro, mas em matéria de empolgação nada supera a dupla Sérgio Lago e Roberto Figueroa que não está mais no canal. O ponto positivo, além da transmissão se comparada a transmissão pela web, é sem dúvida a qualidade de imagem, principalmente para quem tem o canal em HD, já que o site da ALMS não é um primor de qualidade muitas vezes, e pelo número de acessos saindo do ar diversas vezes.

A próxima etapa será no ótimo circuito de Mosport, no Canadá, entre os dias 19 e 21 de Julho. Um traçado bem mais rápido que Lime Rock, o que deve render mais uma ótima corrida. Abaixo a classificação final da prova. Abaixo está o resultado da prova e a batida entre os dois HPD da LMP2 que definiu a vitória para a equipe Level 5.

Resultado final.

24 horas de Le Mans 2013–Sonhos e conquistas.

Audi #2 venceu em prova tumultuada e por que não monótona

Vou fugir de frases feitas para descrever as 24 horas de Le Mans deste ano. Expressões como “Audi vence mais uma” “Prova histórica na França”, “Tom Kristensen maior pilotos de todos os tempos”. Apenas para frisar como várias matérias sobre a corrida serão descritas ao redor do mundo, especialmente aqui no Brasil. Mas neste ano aconteceu muito mais do que uma esperada vitória da Audi.

O ser humano é ansioso por natureza. Trabalha muito para conquistar o que deseja seja algo material ou a conquista do grande amor. Claro que todos esperamos o dia em que faremos aniversário, ou que vamos passar no vestibular ou aquele sábado à noite que será o primeiro encontro com aquela moça que está lutando para conquistar há tempos. E neste momento tudo pode ser ótimo ou uma grande decepção. Sempre digo que tudo na vida tem 50% de chances de dar errado e 50% de dar certo. Talvez a graça não seja o acerto ou o erro, e sim o que aprendemos com situação.

Terceiro lugar de Lucas di Grassi coroa bom desempenho do brasileiro.

Acredito que este era o desejo de Allan Simonsen, que morreu nos primeiros minutos da corrida. Esperou o ano inteiro para competir na prova que amava. Talvez não ganhasse, mas o fato de estar ali já seria uma vitória. Conseguiu o que muitos pilotos, torcedores e apaixonados por automobilismo querem, ir além de competir, de ganhar dinheiro com o que ama, de ter a oportunidade de vencer, conseguiu correr em Le Mans. Porém, o destino fez com que em sua nona participação perdesse a vida. Um homem jovem, prestes a completar 35 anos. O esperado quando este tipo de tragédia acontece é a equipe se retirar por completo da competição, como foi o caso da Mercedes nos anos 50 ou em 99 quando o CLK voou. Talvez o medo de um novo acidente, ou por respeito a família do piloto. Mas é aí que a coisa toma outra forma. A própria família pediu para que o time inteiro continuasse a prova como homenagem a Simonsen. Mesmo que o psicológico de todos e não só os da Aston Martin estivesse abalado, o time continuou, mesmo não ganhando a prova mostram que o sonho ou a vontade muitas vezes passa por caminhos tortuosos, mas que não deve ser abandonado. Talvez não seria esta a festa do centenário que a Aston Martin esperava, de perder uma vida, mas com certeza quem ficou e lutou para a conquista do sonho de todos ali tenha sido a maior vitória.

OAK Racing vence na LMP2 com #35 e com o #24 em segundo

O acidente do carro #99 a princípio teria sido mais um, pois a batida não chegou a ser violenta como no caso do Audi R18 em 2011 de Allan McNish. A forma como o Aston se desintegrou é que chamou a atenção. Tudo bem que o carro deve aguentar o impacto e a célula de sobrevivência ficar intacta mas o jeito que o carro ficou merece uma investigação mais apurada. Mesmo caso do #97 em que competia Bruno Senna e por conta de uma escapada simples ficou avaria a ponto de não voltar a pista.

Em detrimento a tantos acidentes a direção de prova foi bem mais rigorosa no que resultou em um recorde de entrada do carro de segurança. Ao todo foram quase 5 horas em bandeira amarela para consertos de muros de proteção e limpeza da pista.

Voltando para a classe P1 e a vitória do Audi #2 que marcou mais um recorde para Tom Kristensen, McNish e Duval. Desde os testes, passando pelo treino classificatório, era esperada esta vitória e talvez o maior rival seria o #1 de André Lotterer, Marcel Fassler e Benoit Treluyer. Lotterer surpreendeu já na largada pulando na frente e deixando os dirigentes da Audi com um sorriso meio amarelo. Em condições normais seria quase impossível vencer o #2 e fizeram bem em arriscar. Poderiam ter ganho a prova visto que o ritmo em vários momentos era superior ao #2, porém, problemas no alternador fizeram o carro ficar um bom tempo nos boxes para reparo levando por água abaixo as chances de uma vitória. Em contra partida, o #3 também foi pego pelas intempéries climáticas com um pneu furado, perdendo tempo. A atuação de Lucas di Grassi, em conjunto com Marc Gene e Oliver Jarvis, merece aplausos. Em todas as seções que pilotou soube comandar o carro não deixou o desempenho cair, conseguindo o terceiro lugar.

Porsche supera Aston Martin 50% da estratégia e 50% nas bandeiras amarelas e vence na GTE-PRO

A Toyota tentou, mas não conseguiu ser páreo para a velocidade dos Audi, mesmo estes parando mais e consumindo mais. Talvez ali estivesse o trunfo do time Japonês que esboçou alguma competitividade no começo da prova, quando a pista estava molhada, mas foi só. Se aproveitou dos problemas dos Audi e, é claro, o conjunto foi robusto, resistindo as 24 horas. Mesmo o acidente do #7 a menos de 1 hora do fim impediu o carro de cruzar a linha de chegada em quarto lugar. Para a equipe é uma vitória que seus dois carros tenham completado a prova mas precisam trabalhar e muito para diminuir a vantagem da Audi. Se em condições adversas eles tem chances em uma pista seca a coisa é bem diferente.

O melhor time privado da P1, surpreendendo muitos, foi o HDP da equipe Strakka Racing que acabou em sexto, a seis voltas dos líderes. O trio Nick Leventis, Danny Watts e Jonny Kane soube driblar os erros e chegou ao final intacto. Ao contrário dos seus adversários da Rebellion Racing, que acabaram ficando pelo caminho, seja por batidas ou por problemas mecânicos. O #12 terminou em quadragésimo e o #13 em quadragésimo primeiro.

Já entre os modelos P2, uma dobradinha da equipe OAK Racing com o #35 Bertrand Baguette, Ricardo Gonzales e Martin Plowman e #24 de Olivier Pla, David Heinemeier e Alex Brundle, que mesmo dando uma escapada nas horas finais da prova sob forte chuva, completou a prova. Equipes fortes como TDS Racing, Delta-ADR acabaram abandonando a prova. Os dois carros da equipe Lotus, que chegaram a ser apreendidos pela justiça em detrimento a uma ordem de busca por falta de pagamento, também ficaram pelo caminho. Em terceiro chegou o Oreca 03 #26 da equipe G Drive Racing do trio Roman Rusinov, John Martin e Mike Conway.

Porsche vence também na AM com a IMSA

A estreante Alpine fez uma corrida discreta terminando em décima quinta no geral. O acidente mais grave porém sem problemas para o piloto foi do Lola #30 da HVM Status GP que ficou totalmente destruído depois de uma batida nas curvas que antecedem a chicane Ford. Dificilmente este carro vai voltar a alguma competição, visto o estado em que ficou. A grande vencedora da classe sem dúvida foi a Nissan, dos 13 LMP2 que completaram a prova, 10 usavam propulsores do fabricante Japonês que revelou seu novo modelo para a garagem 56 do ano que vem, mesmo alegando que é um projeto totalmente novo o Zeod RC é um Delta Wing com capota. A “esperança” é o sistema híbrido revolucionário, ainda pouco divulgado.

A morte de Simonsen marcou o centenário da Aston Martin.

Na GTE-PRO o domínio da Aston Martin em todos os treinos resultou em uma liderança tranquila mesmo com a saída do #99 que liderava. Coube o #97 do trio Peter Dumbreck, Stefan Mucke e Darren Turner lutar pela vitória no centenário da marca. Porém, faltando 1 hora para o fim da corrida, a demora na escola de pneus nos boxes e sem tempo hábil para lutar pela vitória acabou ficando em terceiro, atrás dos dois Porsche que surpreenderam e mostraram um renascimento da marca na classe, que há tempos vinha apanhando da Ferrari que não fez nada durante todo o final de semana. O vencedor #92 Marc Lieb, Richard Lietz e Romains Dumas e do #91 de Jorg Bergmeister, Patrick Pilet e Timo Bernhard. A Porsche sempre falou que este ano seria um ano teste para a grande estreia de seu modelo LMP1, pode-se considerar que o novo carro terá um enorme sucesso. O Corvette #73 acabou chegando em quarto e a Ferrari #71 da AF Corse foi a melhor colocada, em quinto lugar.

A equipe Viper, estreante este ano, acabou em oitavo com o #53 e nono com o #93. Sem maiores problemas mecânicos, os carros aguentaram bem o tranco, e se a promessa do fabricante de continuar ano que vem se concretizar, teremos mais um belo adversário na competitiva classe PRO. Entre os amadores da classe AM vitória do #76 da IMSA Performance Matmut de Raymond Narac, Christophe Bourret e Jean-Karl Vernay chegando uma volta à frente do segundo colocado, a Ferrari #55 da AF Corse Piergiuseppe Perazzini, Lorenzo Case e Darryl O´Young. Fechando o pódio, outra Ferrari da AF Corse a #61 de Jack Gerber, Matt Griffin e Marco Cioci. A classe também marcou a estreia de Patrick Dampsei no Porsche #77 e o ator-piloto fez bonito, mesmo dando algumas escapadas durante a noite, terminou em quarto na classe e poderia muito bem abandonar os filmes, que não faria feio nas pistas. Superou a equipe Larbre, que acabou em quinto com o #50.

Erro de companheiro de equipe acaba com sonho de Senna de vitória.

A emoção da prova foi realmente nos períodos de pista molhada, mas no geral foi uma prova bem disputada em todas as classes até na P1 aonde os problemas limitaram e muito uma briga mais acirrada entre os carros da Audi. A quantidade de bandeiras amarelas também surpreendeu, talvez por um zelo maior depois da morte de Simonsen.

Outro ponto que falo ano após ano é a transmissão da corrida para o Brasil. Desde que o Sportv comprou os direitos de transmissão do WEC ano passado, muito por causa de Lucas di Grassi na Audi, todos os fãs de automobilismo esperavam uma melhor cobertura. A impressão que se tem disso é que o ápice do campeonato é a prova de Interlagos, o que não é verdade. A maior prova é Le Mans, até aí tudo bem, já que para a maioria dos brasileiros qualquer evento esportivo só é bom se tem brasileiro na frente, independente da qualidade da coisa. Desde então espero um valor merecido a transmissão. Fiquei surpreso quando anunciaram com pompa e circunstância que iriam transmitir 4 horas da prova. Quatro horas e uma prova de 24 é meio que forçar a barra, mas é melhor do que nada. O Canal Fox Sports também passou alguns trechos da corrida e as 2 horas finais e o que salvou neste caso foi o conhecimento de Sérgio Lago e principalmente sua sinceridade em dizer que não sabia certas coisas, até por que seu ponto forte é a NASCAR. Não cheguei a acompanhar 10 minutos da cobertura do SPORTV, pois se é para ler de 5 em 5 minutos a classificação eu mesmo leio o que passa na tela. Grande parte da transmissão acabei acompanhando pelo Eurosport Português, e o que vi foi uma ótima cobertura.

Narradores com conhecimento, mesmo com a morte de Simonsen trataram a coisa sem grandes alardes, usaram muito as redes sociais, respondendo perguntas de telespectadores, promovendo perguntas para testar o conhecimento de quem estava no Facebook. Apresentaram entrevista com pilotos, chefes de equipes, souberam aproveitar o tempo e manter o telespectador ligado em uma evento que, por mais gostoso que seja, cansa pelo tempo de duração. Parabéns a equipe da Eurosport, e é uma pena não termos este tipo de profissional aqui no Brasil, que não empurra a coisa com a barriga, que estimule e acabe agregando novos fãs ao esporte.

A próxima etapa do WEC será aqui no Brasil em primeiro de Setembro.

Classificação final das 24 horas de 2013

Audi domina treinos oficiais para Le Mans.

O dia de testes foi produtivo em Sarthe hoje. E como era de se esperar a Audi marcou o melhor tempo na duas seções de treinos. Marcando o tempo de 3:22.583 o Audi #2 do trio Kristensen, Duval e McNish (tempo este conquistado na segunda seção com pista mais seca) mostra que o os “velhinhos” estão mais determinados do que nunca a vencer a corrida este ano. Em segundo o Audi #3 de Gene, Di Grassi e Jarvis com 3:25.358. Os campeões do ano passado do Audi #1 ficaram em terceiro.

A festa só não foi maior para a Audi por que o #4 pilotado por M. Bonanomi estava testando pneus e mesmo assim acabou em quinto. O melhor Toyota ficou em quarto sendo o #8 do trio Davidson, Buemi e Sarrazin com 3:27.581. A diferença entre o Audi #2 e o Toyota #8 é de quase 5 segundos. Mesmo que o dia de hoje foi para “conhecer” a pista e testar alternativas a diferença surpreende.

Já na classe LMP2 o melhor tempo ficou com o #24 da equipe OAK Racing com 3:38.801, seguido pelos dois carros da equipe Signatech Alpine o #36 marcando 3:39.642 e o #37 com 3:40.907

Na classe GTE-PRO domínio da Aston Martin. O melhor tempo ficou com o #97 dos pilotos Dumbrek, Mucke, Tuner e Adam com 3:58.806, Em segundo o #99 de R. Bell, F. Makwiecki, Bruno Senna e J. Adam. com3:59.148. O terceiro colocado acabou sendo o Porsche #92 com o tempo de 3:59.410. Os carros da equipe Corvette também fizeram um bom treino ficando com o quinto e sétimo tempo. A melhor equipe “independente” foi a AF Corse com sua Ferrari F458 que acabou em oitavo lugar. Foi bom ver as equipes oficiais “dominando” o treino porém não significa necessariamente que vão fazer uma corrida perfeita e vão dominar de ponta a ponta.

Finalizando o grid com a classe GTE-AM a Aston Martin também fez o melhor tempo com o carro #96 de Campbell-Walter, Goethe e Hall com 4:00.867. Foi seguido pelo outro Aston #95. O terceiro colocado o Porsche #77 da equipe Dempsey, Del Piero-Proton marcou o tempo de 4:04.006, uma diferença significativa. Os tempos completos você pode conferir nos arquivos .PDF nos links abaixo.

Prática 1

Prática 2

Rebellion Racing não vai competir em algumas etapas da ALMS

Por conta do desenvolvimento do seu novo LMP1 para 2014 o Rebelion R-One a equipe Suíça não vai competir em todas etapas faltantes da ALMS em 2013. O diretor da equipe Bart Hayden explica.

“Nós estamos vamos tentar maximizar o nosso foco para o WEC, Nós não vamos a Lime Rock, por isso estamos pensando muito em voltar apenas em Road América. Reconhecemos que temos muito a fazer para estar pronto em 20145. Se você olhar para as datas não temos muito temos tempo para desenvolver um projeto de qualidade. Então, vamos ter  pouco de tempo, em julho, para tomar tomar folego e obter um bom impulso para o novo projeto”

A equipe confirmou a intenção de competir nas etapas de Road América, Circuito das américas em parceria com o WEC e lutar por mais uma vitória em Petit Le Mans. Assim como acontece na ALMS a equipe deve competir nas últimas etapas do WEC com apenas 1 carro, Le Mans será a última corrida aonde os dois estarão correndo juntos.

“É um investimento significativo para colocar novos carros no grid no próximo ano, Para correr ao mesmo tempo em que você está fazendo estes investimento é um grande compromisso. Estamos apenas certificando-se de que direcionamos nossos recursos em um caminho que vai nos dar um futuro”.

Sobre a participação da equipe no USR em 2014 Hayden não descarta uma futura participação. “2014 é difícil dizer, porque eles estão passando por uma reformulação nos regulamentos e mesmo agora, não está claro,para mim, o que eles vão fazer em termos de equilíbrio entre os P2 e os Protótipos Daytona. É uma pena que os carros P1 não serão aceitos. Eu acho que temos que ser realistas e concentrar nossos esforços no Campeonato Mundial de Endurance da FIA ​​para 2014. Talvez durante o ano, a regulamentação vai ser melhor definida e talvez 2015 se tornaria um projeto que podemos rever”.

É inegável que a Rebellion deu um gás na temporada final da ALMS, visto que é a única equipe a fazer frente ao HPD da Muscle Milk. Os pilotos do carro #12 Neel Jani e Nick Heidfeld estão a apenas 4 pontos dos lideres Klaus Graf e Lucas Luhr. Para Lime Rock são esperados três LMP1, o HDP, o Lola da equipe Dyson e o DeltaWing.

Fonte. Site canal Speed.

Fotos do dia–Testes da Strakka Racing em Snetterton.

A equipe Strakka Racing que compete na LMP1 realizou no dia de hoje testes para Le Mans. Depois de anunciado uma mudança na quantidade de gasolina nos tanques das equipes privadas (80 litros) o time testou sob chuva no circuito de Snetterton. na Inglaterra. Os pilotos para Le Mans serão Nick Leventis, Danny Watts e Jonny Kane.

Fonte: Facebook da equipe.