1000km de Fuji 1999–Vitória Nissan R391.

O ano era 1999, o endurance voltava ao normal depois dos grid pífos de Le Mans dos outros anos. Para promover e estimular o endurance na Ásia a ACO em parceria com a JAF “Japan Automobile Federation” realizou os 1000km de Fuji que aconteceu no dia 7 de novembro de 1999. A idéia surgiu depois do sucesso que teve “Petit Le Mans” nos Estados Unidos em 1998.
A corrida que teve 23 carros inscritos teve modelos de peso como o McLaren F1, Dome BMW, Toyota TS020 e Nissan R391 que acabou ganhando a corrida com Érik Comas, Satoshi Motoyama (que competiu neste ano em Sarthe com o Delta Wing) e Masam Kageyama.

Por parte da ACO foram inscritos carros da classe LMP, LMGPT, GTS e GT. Por parte dos japoneses as classes GT500 e GT300. Em um primeiro momento se cogitou apenas carros homologados pela ACO porém como poucos se inscreveram e para o público ser mais participativo os carros da Super GT também foram chamados.  Quem ganhasse em cada classe teria um convite para as 24 horas de Le Mans de 2000.   



Logo da JLMS que teve apenas 2 anos de vida.

A corrida não foi um sucesso pois teve pouco interesse de equipes europeias e locais. Don Panoz e a IMSA tentaram fazer a APLMS (Ásia – Pacífico Le Mans Series) com eventos em toda a costa do pacífico. Esta ideia teve dois eventos um no ano 2000 na Austrália e outro na Malásia em 2001. Por conta dos custos logísticos este sonho de Panoz não acabou se concretizando e assim nascia a ALMS.

Com o passar dos anos a série voltou de forma tímida com a Asian LMS em 2006 foi criada a Japan Le Mans Challenge com poucos inscritos e que foi cancelada em 2007. Para 2013 um novo começo com mais provas e a esperança do endurance voltar com tudo em terras asiáticas. Abaixo um raro vídeo mostra como foi a prova além do resultado completo.

Posição.
Classe.
Equipe
Pilotos
Equipamento
Voltas.
1
LMP
Nissan Motorsports
Érik Comas
Nissan R391
228
Satoshi Motoyama
Masami Kageyama
Nissan VRH50A 5.0 L V8
2
LMGTP
Toyota Motorsport
Ukyo Katayama
Toyota TS020
227
Toyota Team Europe
Toshio Suzuki
Keiichi Tsuchiya
Toyota R36V 3.6 L Turbo V8
3
LMP
Team Goh
Hiroki Katou
Dome-BMW V12 LM
222
Dome Co. Ltd.
Juichi Wakisaka
BMW S70 6.0 L V12
4
GT500
Matsumoto-Kiyoshi
Pierre-Henri Raphanel
Toyota Supra
211
Shinichi Yamaji
Takeshi Tsuchiya
Toyota 3S-GTE 2.1 L Turbo I4
5
GT500
Team Le Mans
Hideki Noda
Toyota Supra
209
Wayne Gardner
Toyota 3S-GTE 2.1 L Turbo I4
6
GT500
One Toyota Team Cerumo
Takayuki Kinoshita
Toyota Supra
208
Masahiko Kondo
Hironori Takeuchi
Toyota 3S-GTE 2.1 L Turbo I4
7
GTS
Team Goh
Seiji Ara
Chrysler Viper GTS-R
203
Chamberlain Engineering
Hideki Okada
Chrysler 8.0 L V10
8
GT500
Endless Sports
Takao Wada
Nissan Skyline GT-R
200
Mitsuhiro Kinoshita
Yasushi Kikuchi
Nissan RB26DETT 2.8 L Turbo I6
9
GTS
Freisinger Motorsport
Ernst Palmberger
Porsche 911 GT2
198
Yukihiro Hane
Porsche 3.6 L Turbo Flat-6
10
GT
Team Taisan Advan
Hideshi Matsuda
Porsche 911 GT3-R
197
Dominik Schwager
Porsche 3.6 L Flat-6
11
GTS
Proton Competition
Gerold Ried
Porsche 911 GT2
185
Christian Ried
Manfred Jurasz
Porsche 3.6 L Turbo Flat-6
12
GTS
Freisinger Motorsport
Wolfgang Kaufmann
Porsche 911 GT2
180
Bob Wollek
Porsche 3.6 L Turbo Flat-6
13
GT300
910 Racing
Masamitsu Ishihara
Porsche 911 3.8 RSR
178
Keiichi Takahashi
Tomohiko Sunako
Porsche 3.8 L Flat-6
14
GT
Roock Sport System Japan
Manabu Orido
Porsche 911 3.8 RSR
176
Takashi Suzuki
Tomiko Yoshikawa
Porsche 3.8 L Flat-6
15
GT
Freisinger Motorsport
Katsunori Iketani
Porsche 911 GT2
167
Hiroyuki Nodi
Porsche 3.6 L Turbo Flat-6
16
GT300
Team Gaikokuya
Yoshimi Ishibashi
Porsche 911 GT2
157
NC
Patrick van Schoote
Jun Harada
Porsche 3.6 L Turbo Flat-6
17
GT
Team Taisan Advan
Eiichi Tajima
Porsche 911 3.8 RSR
155
NC
Hiroaki Suga
Morio Nitta
Porsche 3.8 L Flat-6
18
GT500
Tomei Sport
Kazuyuki Nishizawa
Porsche 911 3.8 RSR
115
NC
Takuya Kurosawa
Peter Dumbreck
Porsche 3.8 L Flat-6
19
LMP
Autoexe Motorsports
Yojiro Terada
Autoexe LMP99
158
DNF
Keichi Satou
Franck Fréon
Ford (Roush) 6.0 L V8
20
LMGTP
Hitotsuyama Racing
Akira Iida
McLaren F1 GTR
147
DNF
Yasushi Hitotsuyama
Mikio Hitotsuyama
BMW S70 6.0 L V12
21
GTS
Ability Motorsports
Hidehiko Asou
Porsche 911 GT2
74
DNF
Yasutaka Hinoi
Atsushi Yogou
Porsche 3.6 L Turbo Flat-6
22
GTS
Chamberlain Engineering
Vincent Vosse
Chrysler Viper GTS-R
40
DNF
Xavier Pompidou
Chrysler 8.0 L V10
23
GTS
Roock Racing System Japan
Hisashi Wada
Porsche 911 GT2
40
DNF
Stéphane Ortelli
Porsche 3.6 L Turbo Flat-6

Carros do grupo C ainda “voam”

Quando falo que o Grupo C foi o melhor do melhor do automobilismo ninguém acredita pois bem, vasculhando os arquivos do site da categoria achei um dado interessante. Durante os treinos classificatórios para a corrida da classe a maior velocidade de TODO FINAL de semana incluindo as 24 horas foi do Sauber-Mercedes C9 com espantosos 340.4 km/h. Fico imaginando se o campeonato tivesse continuado sem o dedo podre da FIA. A Audi com seu R18 chegou a 335 km.h. Pensa!!!! Abaixo o link com as velocidades dos velhinhos.

A tração 4×4 de volta a Le Mans

Para muitos o termo “tração 4×4” se refere a utilitários esportivos e a equipamentos do meio rural. Na Europa este tipo de engenho é bastante difundido em carros “normais”. No mundo das corridas a história não é tão diferente.

Este ano termos em Sarthe o R18 e-tron com sua tração integral, mas outro fabricante Alemão a Porsche já competiu com carros com tração integral. O ano era 1986 e começou bem para a marca depois da vitória no rali Paris Dakar. Motivada inscreveu o modelo 961 que tinha vários sensores que monitoravam a o giro das rodas em tempo real além de controlar as ações do piloto. Com estas informações a potencia era direcionada para cada roda independentemente. Nas retas as 4 rodas entravam em ação para melhorar o desempenho. O carro que pesava pouco mais de 1.169 kg apresentou um alto consumo de combustível precisando de 51 litros para percorrer uma distancia de 100km. Os pilotos René Metge e Claude Ballot-Léna conseguiram um sétimo lugar no geral.

O fabricante repetiu a dose no ano seguinte com um 961 com melhorias aerodinâmicas, porém o carro se tornou mais instável. O carro deu pouco mais de 199 voltas e acabou abandonando por problemas no cambio. Se encerrava ali a primeira participação de um 4×4 em Sarthe. E em 2012 como será com o novo R18?


961 em 1987

Ferrari GTO completa 50 anos de vida.

A Ferrari mais bonita (pelo menos na minha opinião) é uma cinqüentona. A 250 GTO nasceu em 1962  mas precisamente no dia 24 de fevereiro.

Derivada da um 250 GT “normal” o “O” vem de Omologato. Suas principais diferenças são a frente mais “fina” já que o motor foi redesenhado para melhorar a aerodinâmica e entradas de ar adicionais além de um spoiler traseiro.

Nas três temporadas em que ficou na ativa fez sucesso. Em 62 ganhou na classe GT em Le Mans e terminou em segundo lugar. No ano seguinte o feito foi repetido além de ganhar em “pistas” como Sebring, Nurburgring e Targa Florio, além de conquistar três títulos no mundial de marcas para a Ferrari.

Por conta do sucesso e da quantidade diminuta de unidades construídas (33) hoje é um dos carros mais caros do mundo chegando a beirar os 30 milhões de Euros.

Alfa Romeo SE048 o Alfa “secreto”.

 

Com o surgimento do novo campeonato de endurance este ano sempre vai ficar a dúvida nos torcedores da categoria se ele não terá o mesmo fim que deve o campeonato de Sport Protótipos no começo dos anos 90.

A história deste Alfa começa com o fim da equipe de F1 em 1985. Desde então o fabricante que passava por uma crise financeira estava empenhado em desenvolver motores para e equipe Ligier. A ideia era desenvolver o motor e em seguida tentar a sorte como equipe própria na F1.

Os poucos recursos foram todos empenhados no desenvolvimento do motor 4 cilindros 415/85T para equipe francesa e com isso voltar aos tempos áureos na F1. Mas as coisas começaram a não dar certo pois a FIAT já era dona da Ferrari e não queria uma briga interna o que representaria muito dinheiro jogado fora sem contar a crise que sempre rondou o maior fabricante de carros a Itália.

Somado isso foi as regras de motores turbo que foram suspensas para o campeonato de 1986 depois da Morte de Elio de Angelis o que levou a suspensão do contrato com a equipe Ligier. Assim a equipe ficou com material suficiente para tentar outras competições. Em 1987 a FIA decretou que os futuros protótipos do grupo C teriam que usar a mesma tecnologia empregada nos propulsores da F1. Assim a FIAT deu sinal verde para a construção do projeto e o desenvolvimento do V10 que a fábrica tinha disponível.

Assim nasceu o V1035 concebido por Pino d´Agostino que optou por um meio termo entre os pequenos V8 e os enormes V12. Assim nasceu o primeiro V10 da F1 moderna mas que nunca chegou a ser montado em um carro de F1. Sua construção empregou materiais como Alumínio e Silício e teve a parceria da Shell. Os pistões também usam o alumínio em sua construção e revestidos por Nikasil. Tinha 4 válvulas por cilindro e comando e válvulas variado. Seu angulo era de 72º. Pelas regras foram feitos 15 unidades com um deslocamento final de 3500 cilindradas.


Alfa 164 Procar outro que nunca  viu a cor de uma pista.

Os primeiros testes ocorreram ainda em 1986 no dia primeiro de Julho e tinha uma potencia inicial de 583 cv, sendo os últimos com aproximadamente 620 a 13.300 RPM com um torque de 39kgm e se mostrou durável pela potencia que apresentava.

Foi construído em 1988 o Alfa 164 Procar que competiria no campeonato de carros de produção (atual WTCC) e utilizava o V10. Foi feito em parceria com a Brabham e  apresentado no grande premio de Monza no mesmo Ano. O projeto nunca vingou e dele surgiu o Alfa 164 que chegou a ser importado para o Brasil no começo dos anos 90.


 Maquete feita para testes em túnel de vento

Como a FIAT acabou cancelado o programa da Alfa para a F1 bem como  o Procar a Alfa decidiu construir em segredo um protótipo para o Grupo C. Sob a supervisão de engenheiros tanto da Alfa quanto da divisão esportiva Abarth nasceu o Abarth SE048 que ficou popularmente conhecido como Alfa SE048. Seu desenho empregou o que tinha de mais moderno em termos de tecnologia aerodinâmica na época e gerava uma grande pressão aerodinâmica com a inclusão de chapas em baixo o carro bem como um eficiente extrator na parte traseira. Toda a carroceria foi feita em fibra de carbono saindo das tradicionais chapas de alumínio com rebites.  
Foi criado um modelo de poliéster para testes em túnel de vento . Os testes do pista foram em um Lancia LC2 comprado da antiga equipe Mussato que sofreu modificações para receber o novo motor. Seu chassi foi feito em monocoque de fibra de carbono o que é utilizado até hoje e seu sistema de freios era fornecido pela Brembo. Se cogitou a adoção de um V12 Ferrari no final dos anos 80 e que já não era utilizado pois o V10 original se mostrou frágil em testes de rodagem. Outro fator era o temor de que o motor Alfa fizesse mais “sucesso” do que os propulsores Ferrari.

Assim o projeto foi sendo desenvolvido até que em 1992 mesmo depois de avanços em um novo motor com gerenciamento eletrônico a FIAT cortou os investimentos do projeto e focou seus esforços na reestruturação da Ferrari na F1. Mesmo assim o carro foi apresentado a imprensa com um laboratório de futuros projetos do construtor. 

Com os altos custos do campeonato de Sport Protótipos já que adotaram os mesmos motores da F1 tudo se acabou em 1992 com a extinção do campeonato de protótipos que só no final dos anos 90, mas isso é outra história

24 horas de Daytona 2012 – Carros clássicos.

Daqui a poucas horas as 24 horas de Daytona abrem o calendário mundial do endurance (as provas em Abu Dhabi e Bahrein não tem muito significado). Abaixo os carros que já fizeram história na prova, entre modelos GT e LMP além é claro modelos do grupo C.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Relembrando – Mazda 787b em Le Mans 2011

 

As 24 horas de Le Mans de 2011 não foram marcadas apenas pela vitória da Audi e o espetacular acidente de McNish. Para muitos o ponto alto foi a comemoração dos 10 anos da vitória do Mazda 787b em 1991. O carro passou por um completo processo de restauração e deu uma volta na grande pista para comemorar o fato. O som é algo extremamente excitante a ponto de você ficar trocando as marchas enquanto assiste (eu pelo menos :P) Vale a pena por o som no máximo…

Classe C em 2012 contará com Jaguar e Peugeot.

 

O campeonato da classe C em 2012 terá novos e importantes integrantes. Tanto Peugeot 905 quanto Jaguar XJR-14 estarão na disputa com modelos como Mercedes C11 e Porsche 956.
O Jaguar com chassi número 501 foi pilotado em 1991 por Martin Brundle e Derek Warwick. Neste mesmo ano o carro foi pole em Suzuka e terminou em terceiro em Silverstone.

No caso do Peugeot o chassi de número EV16 foi pole em Le Mans em 1992 pelas mãos de Philippe Alliot em parceria com os pilotos Mauro Baldi e Jean Pierre Jabouille acabou em terceiro em Sarthe no mesmo ano.

Os dois carros estarão competindo na classe 3 “Convite especial” e não irão marcar pontos caso estejam entre os primeiros. O campeonato é divido em outras 2 classes, Classe 1 Mulsanne Cup que participam de carros do antigo grupo C1 e IMSA GTP entre os anos de 1982 e 1990 e classe C2 Eau-Rouge Cup com carros da antiga classe C2.

Lembrando que ano que vem o campeonato terá uma das provas preliminares em Le Mans. 

Abaixo o calendário completo.

05 a 06 de Maio – Donington Park
25 a 27 de Maio – SPA
14 a 16 de Junho – Le Mans
20 a 22 de Julho – Silverstone
05 a 07 de Outubro – Paul Ricard.
20 a 21 de Outubro – Imola.

Dix Mille Tours Paul Ricard–Mercedes C11 vence na classe C

Aconteceu no último final de semana no circuito de Paul Ricard na França o “Dix Mille Tours” evento de carros clássicos. Estiveram presentes os carros da classe C e Gts históricos.

Entre os carros da classe C a vitória ficou com o Mercedes C11 da dupla Gareth Evans e Bob Berridge. Em segundo o Porsche 962 de Peter Harburg e Wayne Park. Abaixo fotos do evento e o resultado final. Amanha mais informações da corrida dos carros GT.