Vitória sofrida para os irmãos Taylor em Detroit

Corridas de automóvel podem ser monótonas ou emocionantes, e quando vem na última volta deixam a coisa mais legal ainda. Foi assim que os irmãos Ricky e Jordan Taylor venceram de forma surreal a etapa de Detroit do TUSC.

Na Largada o pole #90 com Michael Valiente começando os trabalhos conseguiu manter a primeira posição seguido por Christian Fittipaldi que superou o HPD da Extreme Speed Motorsports. Um dos líderes do campeonato o Ford Riley #01 da Chip Ganassi não completou a prova por problemas na caixa de Marcha.

Sendo este um circuito de rua, apertado e com muitos pilotos amadores na disputa as batidas e bandeiras amarelas foram inevitáveis. O choque entre o Viper e o Audi da classe GTD, que acabaram molhando a pista com a água acumulada nos pneus acabou ocasionando a entrada do Safety Car já que tanto o Porsche #30 quanto a Ferrari #64 escorregaram no piso molhado.

Com a corrida em ritmo lento os carros da classe P pararam para realizar suas paradas nos boxes. O #10 agora sob comando de Ricky pegou a liderança, seguido pelo #5 com João Barbosa ao volante.

Depois de uma nova interrupção e com um carro em melhores condições João Barbosa conseguiu administrar melhor o tráfego e alcançou Ricky, o ultrapassando na última volta. A sorte e o bom desempenho do português acabaram metros depois, já que durante a manobra, um toque entre os dois carros acabou danificando a carenagem, que ficava raspando no pneu traseiro esquerdo. Mesmo com o ritmo mais lento o #5 acabou na sexta posição.

A vitória ainda não estava garantida, já que com o toque o #90 pilotado por Michael Valiente, tentou pôr todo custo superar o líder, o que acabou não acontecendo. Osvaldo Negri com todos os contratempos terminou em 4º lugar.

Na classe GTD a vitória ficou com a Ferrari #8 da equipe Scuderia Corsa de Alessandro Balzan e Jeff Westphal. Na segunda posição o Porsche #23 do Team Seatle/Alex Job Racing de Mario Farnbacher e Ian James. Fechando o pódio o Audi #48 da Paul Miller Racing dos pilotos Byre Miller e Christpher Haase.

A próxima etapa será no ótimo traçado de Watkins Glen, em uma prova de 6 horas, a terceira de longa duração do ano entre os dias 28 e 29 de Junho.

A classificação final da prova.

Westbrook com Corvette, marca o melhor tempo no treino classificatório para Detroit.

Com o tempo de 1:25.011 o Corvette #90 da equipe Spirit of Daytona, pilotado por Richard Westbrook superou por apenas 0,18 segundos o HPD #02 da equipe Extreme Speed Motorsports e fatura a pole para a etapa de Detroit do TUSC. Ryan Dalziel bem que tentou, mas nos últimos minutos, Westbrook foi mais rápido.

Esta foi à primeira pole do Corvette #90 e pela diferença de tempo entre os primeiros colocados a luta pela vitória está totalmente aberta. Em terceiro o Corvette #5 da equipe Action Express do brasileiro Christian Fittipaldi e João Barbosa com 1:25.139. Em quarto o Morgan #42 da OAK Racing com 1:25.555. Oswaldo Negri conseguiu o sexto tempo com o Ford #60 da Michael Shank Racing marcando 1:25.776.

Já na classe GTD a pole ficou com o Audi #45 da equipe Flying Lizard pelas mãos de Spencer Pumpelly, que marcou 1:32.914. Pumpelly que também marcou a pole para a etapa de Laguna Seca, mostrando que fez bem a troca da Porsche pela Audi na atual temporada. Infelizmente o Audi, que liderava a prova em Laguna Seca acabou abandonando a 15 minutos do fim sem combustível.

Em segundo o Viper #33 da Riley Motorsports marcou 1:33.192 com Jeroen Bleekemoloen ao volante. Fechando os três primeiro o Porsche #73 da Park Place com Kevin Estre marcando 1:33.246.

Audi pronta para Le Mans

Sempre favorita em Sarthe, a Audi sabe que para a edição 2014 as coisas não serão tão fáceis. Se em 2013 a equipe não teve adversários, já que a Toyota nunca chegou a ameaçar de fato a equipe Alemã, para este ano as coisas serão bem diferentes.  O time Nipônico, faturou as duas primeiras rodadas do WEC, a Porsche mesmo não acompanhando os líderes, pode roubar pontos importantes, além da equipe precisar encontrar o melhor acerto para o R18.

Para o diretor esportivo da equipe Dr. Wolfgang Ullrich, o dia de testes será fundamental para os últimos acertos para a prova, já que nenhum circuito do mundo consegue simular o traçado e a velocidade de Le Mans.  “ Os testes são particularmente importantes para usar este tempo precioso sistematicamente , de forma eficiente e bem preparada “, Disse. “Em 1 de Junho , vamos ter oito horas de testes disponíveis e um programa muito extenso. Devido às novas regulamentações ainda mais fatores do que antes tem que ser considerado este ano. Além do trabalho de set-up previamente conhecido , os testes serão sobre o cumprimento das metas de consumo especificados nesta pista pela primeira vez . ”

Para este ano além da forte concorrência a Audi também tem algumas restrições. Cada R18e-tron poderá consumir apenas 138,7megajoules de energia durante toda a corrida, o que equivale a 3.954 litros de diesel. O controle tanto da Audi, quanto dos demais modelos híbridos será acompanhado em tempo real pelos comissários da ACO.

“Durante os nossos testes de pista , bem como nas rodadas do Mundial de Endurance( WEC) em Silverstone e Spa , vimos que as novas regras estão associados com muitos processos de aprendizagem “, diz Chris Reinke , Chefe de LMP em Audi Sport. “Agora estamos nos familiarizando com a aplicação das novas regras , bem como o nosso carro novo na especificação para Le Mans. “ Conclui.

Configurações aerodinâmicas especificas para Le Mans, o que são?

 A próxima etapa do Mundial de Endurance serão as míticas 24 horas de Le Mans. Tanto os protótipos, quanto os GTE são desenhados para obter o melhor desempenho no tradicional traçado. Na ultima etapa do WEC em SPA, A Audi levou o carro #3 com as especificações de Sarthe. Mas afinal  que muda com o “kit Le Mans?”

No caso da indústria automobilística ou no automobilismo, a aerodinâmica é o estudo do movimento do ar sobre um carro em movimento, e como isso vai afetar o fluxo de ar de movimento do carro através do fluxo. Em resumo, a aerodinâmica é desenvolvida para fazer o carro “vencer” a resistência de Ar, economizando os componentes mecânicos e combustível. No automobilismo ele serve essencialmente para fazer o carro obter maiores velocidades ou chegar a ela no menor tempo possível. Assim se viu a necessidade de criar projetos especializados, e uma boa equipe de aerodinâmica pode valer seu peso em ouro para uma equipe de corrida.

Os mesmos princípios  se aplicam às aeronaves, a forma do chassis de um carro é semelhante a uma asa invertida, que cria downforce em vez de fazer ele voar. Isso mantém o carro no chão em altas velocidades e aumenta a tração nas curvas, pois o ar sob o carro está se movendo mais rápido do que o ar acima dela. Ar mais lento cria maior pressão, forçando o carro para baixo contra a pista. O Downforce deve ser equilibrado com o arrasto, o que retarda o carro. O layout dos carros é feito em programas como os CFD (Computational Fluid Dynamics) e, em seguida, túneis de vento. O objetivo é encontrar o melhor desenho e solução para obter mais downforce, e o menor arrasto para obter as maiores velocidades possíveis.

“Para atingir as metas de eficiência definidas pelos regulamentos, é necessário encontrar a relação perfeita entre o arrasto aerodinâmico e downforce”, confirma o Dr. Martin Mühlmeier , Chefe de Tecnologia da Audi Sport. “Usando várias simulações, tentamos esclarecer, mesmo antes da primeiro teste se o carro gera downforce suficiente para alcançar as velocidades nas curvas desejadas. Ao mesmo tempo, é necessária impedir o arrasto aerodinâmico excessivo porque ele tem que ser rápido nas retas. Outro desafio decorrente dos regulamentos 2014 é projetar a aerodinâmica de uma forma otimizada em conformidade com as metas de consumo especificados. “

Além da Audi, Porsche e Toyota e as demais equipes devem se apresentar no dia de teste em Le Mans com carros ligeiramente modificados afim de ganhar segundos preciosos durante a prova.

Nas fotos podemos ver que o Audi #3 está com o “kit Le Mans”, enquanto o #1 com as configurações das demais provas do mundial.

Fonte: Audi AG.

Em prova disputada Extreme Speed vence em Laguna Seca

A quarta etapa do Tudor United SportCar Championship que aconteceu neste final de semana (04) na tradicional pista de Laguna Seca, foi uma das mais disputadas até esta altura do campeonato. A vitória do HPD #2 da equipe Extreme Speed, “acalma” os ânimos de equipes e torcida que esperavam a tempos um LMP2 vencer.

Desde o anuncio ainda em 2013 da unificação da ALMS com a Grand-Am se falou do abismo existente entre DP e LMP2, e como estes iriam se equalizar em uma prova. Nas três primeiras etapas do novo campeonato (Daytona, Sebring e Long Beach), em nenhum momento um LMP2 de fato teve condições de vencer na pista os DP. Nos bastidores é de conhecimento de todos que a NASCAR ao comprar a IMSA, não iria querer que modelos Europeus, mais rápidos e desenvolvidos ganhassem dos pesados e antiquados Daytona Protypes. Vários meios para deixar os LMP2 mais lentos, tornaram na verdade os carros uma sub classe dentro da classe principal.

Corvette vence na GTLM

A ACO, que organiza as 24 de Le Mans e o WEC e que ajudou a normatizar as regras do TUSC em um primeiro momento, esperou para ver ser as coisas iriam caminhar com reais chances de vitória, mas isso não aconteceu. Para esta quarta etapa os DP tiveram um redução de potência, o que e tese seria necessário para um LMP2 vencer e acalmar os ânimos das equipes que já estariam fazendo um lobby para criar um certame paralelo.

A pole conquistada pelo HPD #2 da Extreme Speed dos pilotos Ed Brown e Johannes van Overbeek, com apenas 0,227 para o Corvette #90 da equipe Spirit of Daytona, não foi considerado uma vitória como diriam muitos, mas um curva contornada de formam mais rápida do que o DP.

Quando a prova começou, se viu belo duelo entre o #90 e o Morgan Nissan #42 pilotado por Gustavo Yacaman, que foi agressivo ao extremo, dando muito trabalho para WestBrook, que soube segurar a posição. A afobação de Yacaman lhe custou um ano no carro que foi além de uma carenagem quebrada e que só pode ser concertado nas dependências dos boxes. Com os HPD sem combatividade no princípio da prova, os DPs estavam fadados a ganhar mais uma.

Na classe LMPC que competiu em prova separada a vitória ficou com o #8 da StarWorks

As investidas do piloto da OAK Racing acabaram acertando no Corvette #5 de João Barbosa e Christian Fittipaldi, que começou a prova e entregou o carro para Barbosa na primeira posição. Depois da rodada de troca de pilotos a liderança acabou com o Corvette #10 da Wayne Taylor Racing, até que na volta 76 o HPD #2 superou o Corvette, vencendo a prova.

Em terceiro veio o Ford #01 da equipe Chip Ganassi de Scott Pruett e Memo Rojas. O segundo melhor LMP2 foi o Lola Mazda #12 que apenas “cumpriu” tabela, já que não conseguiu fazer frente a nenhum outro competidor.

Na classe GTLM, a vitória ficou com o Corvette #3 de Antonio Garcia e Jan Magnussen, depois do líder a Ferrari #62 de Giancarlo Fischella ter se envolvido em um toque com o #5 de João Barbosa. A disputa pelo segundo lugar foi mais intensa e pode resultar em punição. Faltando poucas voltas para o fim o Porsche #911 pilotado por Nick Tandy, que estava em segundo lugar, levou um toque do BMW #55 de Bill Auberlen, a 1 curva do término da prova. O toque que foi nitidamente proposital deve dar a equipe BMW algum tipo de punição.

Logo após a prova a IMSA soltou um comunicado tirando o segundo lugar do Porsche #911, e acrescentando 60 segundos em seu tempo. Assim o terceiro lugar acabou com a Ferrari #62 da Rizi Competizione. O #911 acabou na nona posição.

Por 0,168s a vitória na classe GTD, ficou com o BMW da Turner Motorsports.

Na corrida preliminar que foi entre as classes PC e GTD, a disputa foi tão intensa quanto na prova principal. A vitória ficou com o Oreca #8 da equipe StarWorks Motorsports dos pilotos Renger van der Zande e Micro Schultis. O LMP que ostentou as cortes da Martini Racing fez uma estratégia ousada e superou o segundo colocado, o #25 da 8Star Motorsports de Luis Diaz e Seanb Rayhall, que liderou boa parte da prova. O brasileiro Bruno Junqueira em dupla com Dunca Ende no #09 da RSR Racing, liderou boas 23 voltas, mas ambos os carros foram surpreendidos pelo #8.

Entre os GT3 da classe GTD, a vitória ficou com o BMW #94 da Turner Motorsports de Dane Cameron e Markus Palttala. Em segundo o Audi #48 da Paul Miller Racing. A diferença entre ambos foi de míseros 0,168 segundos. Em terceiro o Porsche #44 da Magnus Racing de John Potter e Andy Lally.

A próxima etapa será entre os dias 30 e 31 de Maio em Detroit. Para a etapa apenas carros das classes P e GTD estarão participando.

Leia mais: Treino classificatório PC e GTD.

Leia mais: Classificação final PC e GTD.

Leia mais: Treino classificatório: P e GTLM.

Leia mais: Classificação final P e GTLM.

Toyota repete bom desempenho de Silverstone e vence em SPA

A segunda etapa do Mundial de Endurance realizada neste Sábado (03) no circuito de Spa-Francorchamps na Bélgica, ratificou o bom momento da Toyota, que já havia vencido a primeira etapa do WEC em Silverstone, e pôs por terra quem pensava que o bom desempenho do time Japonês foi um mero golpe de sorte.

O prova de SPA, que tradicionalmente antecede Le Mans, é usada por todas as equipes como preparação para a grande prova que este ano será realizada entre os dias 14 e 15 de Junho, visto o traçado rápido com grandes variações de traçado. E foi neste cenário de testes e muitas dúvidas por parte das equipes que era esperado um retorno “triunfal” da Audi, depois da decepcionante primeira prova em Silverstone que por erro dos pilotos os dois carros foram destruídos e os mais incrédulos até duvidaram da participação da marca na prova Belga.

Com uma recuperação fantástica, que incluiu uma seção de testes um dia após o término da prova Inglesa no circuito de Monza, todos esperavam uma reação, que não aconteceu. Ainda no sábado durante o treino classificatório o melhor Audi largou apenas na 3º posição, a pouco mais de 1.301 segundos do Porsche #14 detentor da pole. O time que conta com o brasileiro Lucas di Grassi, como tradicionalmente faz, alinhou um terceiro carro para os pilotos Felipe Albuquerque e Marco Bonanomi com um setup, que a equipe vai usar em Sarthe.

G-Drive repete vitória de Silverstone.

Por outro lado a Porsche que fez uma corrida discreta em Silverstone, e chegou em segundo, mais pelos erros dos adversários do que por ter um carro competitivo, fez “história” ao conquistar a sua primeira pole, apenas na segunda corrida do 919 Hybrid. Fez uma boa largada com o #14 dos pilotos Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb e abriu uma boa diferença para o segundo colocado, o Toyota #8 de Anthony Davidson, Nicolas Lapierre e Stefan Buemi.

Novamente o modelo Alemão conquistou a maior velocidade máxima absoluta com 311,2 km/h mas isto não foi suficiente para livrar o carro de problemas elétricos e fazer uma parada não programada nos boxes. Com o caminho livre o Toyota #8 não encontrou adversários e chegou em primeiro com pouco mais de 1:13.926 de distância para o segundo colocado, o Audi #1 de Tom Kristensen, Lucas di Grassi e Loic Duval.

A diferença de velocidade era evidente, e deve ser tratada com prioridade na Audi, nas partes rápidas do circuito a diferença entre os carros era de quase 20 km/h. Os modelos R18, só mostravam alguma combatividade na parte mista, mais lenta. A escolha da Audi pela “potencia” do seu sistema híbrido, pode ser um dos fatores que estão ocasionando esta lentidão. Enquanto Porsche e Toyota optaram por 6MJ, o time das argolas ficou com apenas 2MJ. Outro fator que deve ser considerado é a durabilidade dos sistemas. Todos os carros já mostraram uma certa confiabilidade em provas de 6 horas, mas em 24? Em um passado, nem tão distante a Peugeot dominava as provas curtas, e sempre pecava em Sarthe, por não aguentar. A Audi com a experiência e capacidade de reação com certeza vai encontrar meios de reverter a situação a tempo, ou torcer para que seus adversários fiquem pelo caminho.

AF Corse vence disputa com Porsche e fatura vitória na GTE-PRO.

O outro representante Alemão, a Porsche que começou com força, também enfrentou problemas de confiabilidade. Se o #14 que liderava a prova, e perdeu a dianteira por conta de adversidades no seu sistema elétrico, o #20 também não fez uma prova tranquila, já que realizou paradas por problemas na suspenção. Assim o #14 acabou na 4º posição a uma volta do líder, enquanto o #20 apenas na 23º posição. Em terceiro o segundo Toyota de Alex Wurz, Stéphane Sarrazin e Kaziki Nakajima, confirmando o favoritismo da equipe para Le Mans. Para Nicolas Lapierre, o esforço de um final de semana foi traduzido pela vitória. “Foi um grande resultado para toda a equipe. Desde o início do fim de semana fizemos tudo certo, na qualificação extraímos tudo o que podíamos e durante a corrida ficamos calmos. Foi uma corrida muito dura com a Porsche. Nós assumimos a liderança no pit stop por isso quero agradecer aos mecânicos. Sébastien e Anthony pilotaram muito bem para que pudéssemos estender a diferença. No final, tivemos que administrar a diferença, para chegar ao final. Nosso pacote de Le Mans está funcionando bem e o sistema híbrido foi maravilhoso. Estamos muito felizes com esse resultado; é a melhor maneira de se preparar para o Le Mans. ” Disse.

A única equipe privada presente em SPA, A Rebellion Racing, que estreou seu novo carro o R-One não teve tempo suficiente para “amaciar” o novo modelo. A diferença de velocidade entre os outros LMP1 era abissal, tanto que passou grande parte da corrida brigando diretamente com os carros da classe LMP2. Tal desempenho é compreensível, visto que o carro fez poucos dias de rodagem em Paul Ricard, para ser entregue a tempo para participar da prova belga. Assim o #12 terminou em 7º e o #13 não completou, sendo este o único abandono.

Ferrari #61 vence na GTE-AM com Aston Martin em 2º e 3º.

Já na classe LMP2, os bons ventos de Silverstone, foram amigáveis com o Morgan Nissan #26 da equipe G-Drive Racing do trio Roman Rusinov, Julien Canal e Olivier Pla, que venceram em SPA, depois de uma boa briga com o Oreca 03 #37 da equipe KCMG e o Zytek #38 da Jota Sport. A diferença para o segundo colocado o #38 foi de pouco mais de 1 minuto. Mesmo com poucos carros na classe, os três primeiros estavam com chassis de marcas diferentes. Os demais carros da classe os dois Oreca da equipe Russa SMP Racing terminaram na 4º e 5º posição.

Entre os GTs da classe GTE-PRO o ajuste de equivalência (BoP), não surtiu o efeito desejado pela organização da prova. Se na primeira prova o Porsche 911 “sobrou”, nesta o vencedor foi a Ferrari #51 da equipe AF Corse de Gianmaria Bruni e Toni Vilander. Em segundo o Porsche #91 de Patrick Pilet e Jorg Bergmeister, que conquistaram o segundo lugar bravamente depois de uma ótima disputa com a Ferrari #71 de James Calado e Davide Rigon.

Os carros da Aston Martin que não foram competitivos em Silverstone, e que por este motivo tiveram seu desempenho ajustado para fazer frente a dupla Porsche e Ferrari, começou bem a prova com o primeiro e segundo lugar, e parecia que tudo iria se encaminhar para uma dobradinha do time britânico, mas não passaram do 4º e 5º lugar com os carros #97 aonde correu Bruno Senna e #99 com Fernando Rees.

Já na classe GTE-AM, a AF Corse também obteve a vitória com o #61 dos pilotos Mirko Ventur, Luiz Perez-Companc e Marco Cioci. O segundo e terceiro lugar, foram ocupados pelos carros da Aston Martin o #95 e #98 respectivamente.

A próxima etapa é Le Mans, e é evidente que todas as equipes vão estar com carros “novos” para a grande clássica. Mesmo com o desempenho fraco da Audi neste início de campeonato, apostar que a equipe já era, é algo totalmente imaturo. A prova é longa e os alemães conhecem cada centímetro da pista. É esperar para ver.

Leia também: Resultados do treino classificatório.

Leia também: Resultado final da prova.

Leia também: Velocidades máximas obtidas.

Audi intensifica testes em Monza com R18 e “mostra” novo R8 LMS

Depois dos problemas enfrentados na abertura do Mundial de Endurance em Silverstone, A Audi já está trabalhando para a próxima etapa em SPA, última prova antes das 24 horas de Le Mans.

O fabricante Alemão está em Monza, testando soluções para o R18, entre elas um defletor mais curto, bem como aprimorando seu sistema de recuperação de energia.

Além do LMP1, o suposto novo R8 LMS, também estava na pista com uma forte camuflagem. A expectativa é que o carro estreia em 2015

Toyota surpreende, supera com facilidade Porsche e Audi e vence abertura do Mundial de Endurance em Silverstone

A chuva surpreendeu os participantes na abertura do Mundial de Endurance em Silverstone na Inglaterra. Contrariando a lógica dos testes de pré-temporada e os treinos, a vitória ficou com a Toyota que mostrou um desempenho superior desde a primeira volta.

Desde o início do desenvolvimento dos carros da classe LMP1, o programa da Toyota foi um dos mais obscuros. Pouca informação para a imprensa, testes secretos em circuitos distantes, além de ser a última equipe das oficias a apresentar o carro, o que acontecem nos testes oficiais da categoria em Paul Ricard em Março.

Nestes testes o desempenho do carro foi mediano, não chegando a surpreender, e ficando longe de Porsche e Audi que obtiveram os melhores tempos. Se esperava que a Toyota tivesse o mesmo prognóstico da temporada 2013, quando venceu corridas apenas quando a Audi, apresentava problemas, foi o que não aconteceu.

Mesmo com a obtenção da pole se esperava um “pulo” da Porsche e Audi, logo nas primeiras voltas. O Ritmo imposto pelo Toyota #8 do trio Sebastien Buemi, Anthony Davidson e Nicolas Lapierre, foi tanto que mesmo com as investidas do Audi #1 pelas mãos de Lucas di Grassi, não foram suficientes, ainda no início.

Os quase 1000hp do TS040 Hybrid, foram essenciais, para escapar dos adversários nas retas. A perda da liderança veio ainda no início da prova para o Audi #2 pilotado por Andre Lotterer, mas que foi rapidamente recuperado com a primeira rodada de pit-stop por conta da chuva. A Toyota foi astuta e mudou a escalação dos seus pilotos, escalando Wurz para os períodos em pista molhada e Buemi, nos períodos em que a pista secava.

Em segundo o Toyota #8 do trio comandado por Alexander Wurz, Stephane Sarrazin e Nakajima que chegou a uma volta do líder. A desvantagem para o vencedor, que terminou uma volta a frente, foram os turnos diferentes nas paradas de boxes. Mesmo não conseguindo alcançar o líder, não foi páreo para o terceiro colocado.

G-Drive vence na LMP2

Anthony Davidson comemora a vitória: “Foi um fim de semana fantástico e é brilhante vencer em casa. A equipe fez um trabalho fantástico durante toda a semana. Parecia que seria uma luta épica contra Audi e Porsche se se a pista tivesse ficado seca, mas nós sabíamos que a chuva estava chegando e tínhamos definido o nosso carro para condições de chuva. Nós fizemos a escolha certa de pneus, a estratégia foi simplesmente perfeito; é assim que você ganha corridas. É particularmente especial para também ganhar o Tourist Trophy e o Richard Lloyd Trophy. É uma conquista fantástica e eu não poderia ter desejado um melhor fim de semana. “ Disse.

Para a equipe Audi, a abertura do campeonato se revelou uma das piores corridas da sua história no Endurance. Os dois carros abandonaram por erros primários de seus pilotos, (a última vez foi em Petit Le Mans 2011). Lucas di Grassi, que começou a prova no carro #1, tentou já na largada imprimir um ritmo forte em cima do Toyota #8, mas com o piso molhado e com uma certa inexperiência em ritmo de corrida, acabou passando por cima de uma das zebras, danificando seriamente o carro.

Conseguiu voltar para os boxes, mas os reparos feitos não foram suficientes e sua estreia como substituto de Allan McNish, não passou de 24 voltas. Assim nem Loic Duval nem Tom Kristensen, chegaram a pilotar. Já o #2 foi um pouco mais longe, mas abandonou pelo mesmo motivo. Com 94 voltas completadas Benoit Treluyer acabou perdendo o controle e destruindo a frente do LMP1. Tentou voltar mas com a barra de direção quebrada, teve que abandonar.

Para Wolfgang Ullrich, chefe da equipe o momento é de repensar as estratégias para SPA: “Perder os dois carros em uma corrida devido a acidentes é extremamente amargo. É a primeira vez desde Road Atlanta em 2011 que não completamos a prova com nenhum carro, sem ter marcado um único ponto. Mas o desempenho no início da corrida foi bom. Quando começou a chover confiamos em nosso radar meteorológico e esperamos muito tempo até trocar os pneus. Esse foi o nosso erro e, um risco desnecessário. Ele realmente nos atingiu com força total: Ambos os carros abandonaram. O carro #1 foi tão danificado que tivemos que tirá-lo da corrida. O #2 foi capaz de continuar, mas perdeu muito tempo. Embora depois tenhamos realizado a troca pelos pneus certos, e Benoît Treluyer estava com intermediários que funcionaram bem, até ele deslizar para fora da pista, também. Como ambos os carros foram fortemente danificadas, estamos em uma verdadeira maratona para deixar tudo pronto para SPA”. Lamenta.

A Porsche que desde os primeiros testes, se mostrou um adversário a ser batido, obtendo as maiores velocidades máximas e voltas mais rápidas, foi apática em Silverstone. Em nenhum momento teve um carro para lutar contra Audi e Toyota, e acabou se beneficiando mais pelos abandonos do que por méritos próprios para chegar na terceira posição com o #20 do trio formado por Timo Berhard, Brendon Hartley e Mark Webber, que mesmo assim nunca chegou a incomodar a dupla da Toyota.

Já o Porsche #14, teve que abandonar na segunda hora de prova por problemas hidráulicos, contrariando a máxima de que “Porsche não quebra.” Em quarto o velho Lola B12/60 da equipe Rebellion Racing de Nick Heidfeld, Nicolas Prost e Mathias Beche. Mesmo com uma diferença pequena nos treinos para as equipes de fábrica, não foram capazes de lutar por posições. A quarta posição é uma vitória. O segundo carro da equipe acabou abandonando por problemas mecânicos.

Entre os protótipos da classe LMP2, que teve apenas 4 carros competindo a vitória ficou com o Morgan-Nissan #26 da equipe G-Drive Racing, dos pilotos Olivier Pla, Roman Rusinov e Julien Canal, que travou uma dura batalha com o Oreca #47 da equipe KCMG, que liderou boa parte da corrida, mesmo estando mais lento. A vitória veio depois de um pit-stop e uma punição para o carro da KCMG, por exceder a velocidade nos boxes. Em terceiro veio o Oreca #27 da equipe SMP Racing, única com dois LMP na classe. O segundo carro da equipe abandonou pro problemas mecânicos.

Porsche faz dobradinha na classe GTE-PRO

A luta entre Porsche e Ferrari, foi intensa durante toda a prova, e assim como nas duas primeiras provas do TUSC nos EUA, a velocidade final foi o fato determinante para a vitória do time Alemão.

O Porsche #92 pilotado por Fred Makowiecki, Richard Lietz e Marco Holzer venceu na classe. Esta foi a primeira vitória do 911 desde que ganhou em Le Mans em 2013. A triunfo veio depois da entrada do carro de segurança, nos 40 minutos finais devido à chuva. Até então o carro #91 de Patrick Pillet, Jorg Bergmeister e Nick Tandy comandou a classe em grande parte da prova.

A vitória do #92, marca a primeira da carreira de Fred Makoviecki, como piloto oficial Porsche, que comemora: “Isso foi exatamente o que eu imaginei em minha primeira corrida como piloto Porsche. Que grande corrida, mas foi realmente desafiador. Começamos em uma pista seca, em seguida, começou a chover o que fez a nossa escolha de pneus ser difícil. As trocas entre pneus de chuva e pista seca foram rápidas, graças aos nossos mecânicos. Esse foi um ótimo trabalho.” Disse.

Aston Martin vence na GTE-AM

Em terceiro o Aston Martin #97 da dupla Darren Turner e Stefan Mucke. A equipe, campeã da classe em 2013, não foi combativa em nenhum momento da prova e não conseguiu fazer frente aos carros da Porsche e Ferrari.

A AF Corse conquistou o 4º lugar com o #51 Gianmaria Bruni e Toni Vilander, O resultado poderia ter sido melhor, mas o carro perdeu tempo nos boxes, além de sofrer um stop-and-go, por ultrapassar sob bandeira amarela.

Na classe GTE-AM a vitória para a Aston Martin, veio em forma de dobradinha. O vencedor #95 de Kristian Poulsen, David Hansson e Nicki Thiim. A vitória veio depois de uma ultrapassagem sobre o Aston #98 de Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Christoffer Nygaard, faltando pouco mais de 1 hora para o término da prova.

Em terceiro a Ferrari #81 da AF Corse, de Stephen Wyatt, Michele Rugolo e Sam Bird. A próxima etapa será entre os dias 3 e 4 de maio no circuito de SPA na Bélgica.

Classificação final da prova.

Velocidade máxima na prova.

Porsche e Audi se revezam nos treinos livres para a abertura do Mundial de Endurance em Silverstone

A briga entre Porsche e Audi, que se acirrou nos treinos oficiais da categoria em Paul Ricard, se intensificou durante esta Sexta-Feira (18), em Silverstone na Inglaterra, na aberturado Mundial de Endurance.

No primeiro treino livre o Porsche #14, pilotado por Marc Lieb, fez 1:44.042. Em segundo vem o Audi #1 aonde compete o brasileiro Lucas di Grassi com o tempo 1:44.470. Em terceiro o Toyota #8 com 1:44.661 pelas mãos e Anthony Davidson.

Marc Lieb, está confiante com o desempenho do carro. “Tivemos uma primeira sessão livre muito boa e principalmente problemas. Fomos capazes de completar todo o nosso programa em termos de trabalho set-up e validação dos pneus. Tudo correu bem, por isso estou muito feliz. Além disso, a longo prazo, a segunda sessão foi boa, para gerenciar o tráfego a partir de uma nova perspectiva. No carro GT eu estava acostumado a ser aquele que era ultrapassado, mas agora é o contrário. “

Única equipe privada na classe LMP1, A Rebellion Racing com seus Lola B12/60 não ficaram muito longe dos LMP de fábrica. O #12 pelas mãos de Nicolas Prost, conseguiu 1:45.593, 1.551s. Para a próxima etapa em SPA é esperado o lançamento do Rebellion R-One, LMP1 produzido pela equipe, em parceria com a Oreca.

Com a pista em melhores condições, no segundo treino a Audi dominou com seus dois carros os melhores tempos. O #1 pelas mãos de Lucas de Grassi marcou 1:43.134, seguido pelo #2 de André Lotterer com 1:43.534. Em terceiro o Toyota #7 de Kazuji Nakajima com 1:44.097.

Na classe LMP2, os dois treinos foram liderados pelo Morgan-Nissan #26 da equipe G-Drive Racing. No primeiro a equipe marcou #1:51.004 com Roman Rusinov ao volante. No segundo 1:50.401, também pelas mãos de Rosinov.

A Porsche dominou as duas seções na categoria GTE-PRO. Na primeira o #91 do trio Pilet/Bergmeister/Tandy marca 1:58.981. Na segunda bateria o #92 de Holzer/Makowiecki/Lietz fez 2:00.057.

Para Hartmut Kristen, chefe do programa motorports da Porsche, o dia de hoje foi de experimentos. “Hoje nós nos concentramos na variedades de pneus que estão disponíveis, além do trabalho de set-up de costume. Não houve problemas significativos. Parece tudo certo para a classificação e a corrida.

Tempos da primeira seção de treinos.

Tempos da segunda seção de treinos.

Maiores velocidades absolutas.


Protótipos Zytek dominam treinos do ELMS

A supremacia da Morgan nos treinos do WEC, não se refletiu na série Europeia. Nas duas seções de treinos, os melhores tempos foram obtidos por protótipos Zytek. Os trabalhos começaram com o #38 da equipe Jota Motorsports impulsionado por Harry Tincknell, Filipe Albuquerque e Simon Doland, com o tempo de 1:51.041.

Em segundo o #43 Newblood by Morand Racing, que compete com um Morgan-Judd, pilotado por Christian Klien, Gary Hirsch e Romain Brandela, marcou 1:51.066. Em terceiro e quarto, os dois carros da Greaves Motorspors. O #28 marcando 1:51.746, seguido pelo #41 com 1:51.816.

As classes GT foram dominadas pelas Ferrari da equipe SMP Racing. Na classe GTE o #72 de Andrea Bertolini, Viktor Shaitar e Sergey Zlobin foi mais de meio segundo mais rápido que a Ferrari da equipe AF Corse Ferrari n º 55 de Michele Rugolo, Matt Griffin e Duncan Cameron. A equipe JMW Motorsport terminou a sessão em terceiro lugar. Na classe o #71 Kirrill Ladygin, Aleksey Basov e Luca Persani foi o mais rápido.

Na segunda seção, a equipe foi outra, mas o carro não. Desta vez o melhor tempo ficou com o #41 da equipe Greaves Motorsports com 1:49.499, seguido pelo Morgan da equipe Newbloodd com 1:49.925.

Na classe GTE a Ferrari #55 da equipe AF Corse, conseguiu o tempo de 1:58.842 e na GTC o #96 do Team Ukraine 2:01.177.

Tempos da primeira seção.

Tempos da segunda seção.

Em primeiro treino livre Porsche marca melhor tempo para as 6 horas de Silverstone

Os trabalhos começaram em Silverstone para a primeira etapa do Mundial de Endurance. E a Porsche parece ter feito o trabalho de casa, e marcou o melhor tempo na primeira seção.

Pelas mãos de Marc Lieb o Porsche #14 fez 1:44.042, superando o Audi #1 que ficou a apenas 0,428 da liderança. Em terceiro o Toyota #8 com 1:44.661.

A boa notícia é que os Lola B12/60 não ficaram muito longe dos LMP de fábrica. O #12 pelas mãos de Nicolas Prost, conseguiu 1:45.593, 1.551s atrás do Porsche mais rápido.

Já na classe LMP2, o Morgan Nissan #26 da G-Drive Racing com Roman Rusinov, marcou o tempo de 1:51.004. Em segundo e terceiro lugar os Oreca 03 das equipes SMP Racing e KCMG com 1:51.743, e 1:52.330 respectivamente.

Entre os GTs, da classe PRO, dobradinha da Porsche com o #91 marcando 1:58.981 e o #92 2:00.455. Em terceiro a Ferrari #51 da AF Corse, marcando 2:00.519.

Na GT-AM o #81 Ferrari da AF Corse ficou com o primeiro tempo, marcando 2:01.201. Entre os brasileiros, Fernando Rees com o Aston Martin #99 fica com o sétimo tempo na classe PRO e Lucas di Grassi com o segundo tempo, obtido pelo companheiro de equipe Duval no Audi #1.

Tempos da primeira seção de treinos.

NdaR: A nota triste para quem não mora na Europa ou em países que o WEC é transmitido, é acompanhar através do site oficial da categoria o Live. Para este ano a direção da série, teve a brilhante ideia de cobrar o acesso a transmissão da corrida, indo na contra mão da maioria das categorias, que disponibiliza suas corridas ao vivo pela internet.

O SporTV, tem os direitos de transmissão do campeonato, mas obviamente não vai passar a prova, sequer a primeira e última hora como era o costume ano passado. Perdem nós torcedores, perde o próprio WEC, que já está recebendo uma enxurrada de criticas, tanto em sua página no Facebook, quanto Twiitter e principalmente perde a modalidade, que a anos luta para ter seu espaço na mídia, e que neste ano com a adição da Porsche a expectativa é de muito mais expectadores.

Quando falo que aonde a FIA bota o dedo a coisa apodrece.