Bruno Senna confiante para defender liderança nas 24 Horas de Le Mans
Depois da vitória na estreia nas 6 Horas de Silverstone e do quarto lugar nas 6 Horas de Spa, Bruno Senna defende neste fim de semana a liderança da categoria LMP2 no Campeonato Mundial de Endurance. E o desafio do brasileiro e de seus parceiros na equipe RGR Sport by Morand, o português Filipe Albuquerque e o mexicano Ricardo Gonzalez, não poderia encontrar palco mais nobre. A corrida que vale a ponta da classificação de pilotos será a tradicionalíssima 24 Horas de Le Mans.
Cerca de 180 pilotos das quatro categorias – LMP1, GT Pro e GT Am completam o grid de 60 carros – já se encontram na pequena cidade do interior francês desde a segunda-feira, dia dedicado a atividades burocráticas – como a assinatura da inscrição – e promocionais – sessão de autógrafos com os fãs. Hoje, Bruno participou da foto oficial ao lado dos demais competidores, do briefing com a direção de prova e da simulação da troca de pilotos diante dos boxes da RGR. Com 24 protótipos, incluindo um experimental Morgan-Nissan que não pontua pelo campeonato, a LMP2 é a divisão mais numerosa.
A RGR comanda a classificação das equipes. Entre os pilotos, no entanto, o trio liderado por Bruno conta com a companhia do norte-americano Gustavo Menezes, do francês Nicolas Lapierre e do monegasco Stephane Richelmi, todos com 37 pontos e apenas um à frente do paulista Pipo Derani, do canadense Christopher Cumming e do britânico Ryan Dalziel, comprovando que a LMP2 é a série mais equilibrada do WEC. Além da própria magnitude das 24 Horas de Le Mans, a pontuação dobrada – o vencedor levará 50 pontos contra 25 das demais etapas – constitui um apelo adicional. “Mesmo que você esteja com problemas, é fundamental cruzar a linha de chegada porque esses pontos podem fazer toda a diferença no fim do campeonato”, lembra Bruno, que hoje passou também pela oficina da equipe – localizada nas vizinhanças do autódromo – para conhecer o modelo de 2017 já em fabricação.
As atividades de pista serão abertas amanhã com os treinos livres com duração de quatro horas, a partir das 11 h (Brasília), e a primeira das três sessões classificatórias de duas horas – as demais estão marcadas para quinta e na sexta os carros ficam parados nos boxes apenas para os últimos ajustes. O grid é formado pela melhor volta de cada equipe, qualquer que seja o piloto ou a sessão em que foi estabelecida.
Bruno prevê muito trabalho antes de colocar o carro em condições de brigar pela vitória. “Não fomos bem nos treinos livres do mês passado por conta de um problema mecânico que limitou demais nossa quilometragem. Felizmente, ele foi identificado e resolvido lá mesmo. Sabemos que não temos o carro mais rápido da categoria, mas Le Mans não é uma questão de velocidade pura. Há várias outras variáveis que decidem”, observa, apontando especificamente os Oreca e os Gibson como mais rápidos que o Ligier JS P2-Nissan da RGR Sport. Outros adversários também preocupam. “Algumas equipes vêm apenas para esta prova. Podem não ter a experiência que adquirimos nas corridas anteriores na Inglaterra e na Bélgica, mas são carros velozes como vimos no prólogo de maio.”
A Fox Sports 2 exibirá as 24 Horas de Le Mans com exclusividade para o Brasil. No sábado, a transmissão será aberta às 9h30 (Brasília) – meia hora antes da largada – e se estenderá até às 16 h. Domingo, as duas últimas horas entrarão no ar a partir das 8 horas.