A Aston Martin competirá em 2024 na classe GT3 do Mundial de Endurance. O fabricante inglês porém, teme pela quantidade de vagas por marca, já que o ACO priorizará os fabricantes que estão na classe Hypercar.
A marca britânica está no WEC desde 2012, porém compete somente com equipe de clientes. Além disso, o CEO do WEC, Frederic Lequien, disse a repórteres em Portimão no mês passado que o campeonato está considerando priorizar as inscrições do LMGT3 para os fabricantes que estão na classe principal.
Sendo assim, cada fabricante terá dois carros na classe GT3, desde que alinhe protótipos. Lequien também afirmou que o WEC “deve levar em consideração” casos como o da Aston Martin, mas que o espaço no grid será escasso, já que o Hypercar continua a se expandir.
A Aston Martin tinha planos de desenvolver um protótipo LMH não híbrido baseado no Valkyrie, mas o programa encerrou-se em 2020. Além disso, o fabricante teve equipe própria até a temporada 2019;20 na classe GTE-Pro. Após, seus carros estavam na classe GTE-Am.
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“Acho que é uma abordagem compreensível que o ACO está adotando”, disse Huw Tasker, chefe de corridas parceiras da Aston Martin Racing, ao site Sportscar365. “Na verdade, acho que limitar as entradas a dois carros por fabricante para permitir mais fabricantes no grid é bom para o campeonato.
“Estamos no WEC desde o início e gostamos muito de correr aqui, estar aqui no Pro e com carros de clientes. Esperamos, como indicou o ACO, que a lealdade ao campeonato também seja um fator importante, mesmo que as inscrições do Hypercar sejam a primeira prioridade. Acho difícil para eles darem respostas concretas no momento”, dizem.
E continua. “Eles precisam saber o número de hipercarros que possuem, e há um limite para o número de carros que podem colocar no grid. Mas acho que eles estão abertos a essa linha de pensamento.”
Aston Martin e a expansão da classe Hypercar
Segundo informações do site Sportscar365, a estimativa atual é de que a classe hypercar tenha cerca de 20 inscrições para 2024. Além disso, a suposta exclusão da classe LMP2 do WEC deixa oito ou nove vagas disponíveis para equipes GT3. Assim, o WEC terá 36 carros.
Os boatos sugerem a entrada de carros da Aston Martin, Audi, Ford, Mercedes-AMG e McLaren. Eles dependem de quantos dos seis fabricantes da classe Hypercar se comprometerão com a nova classe.
Tasker sugeriu que a Aston teria mais demanda do que as duas vagas no grid que poderia receber, mas seria muito cedo para dizer se uma única equipe seria preferida a duas equipes diferentes. Atualmente, existem três Aston Martins no grid da GTE-Am: dois para o atual campeão da classe, a TF Sport e um para o The Heart of Racing sob a bandeira daNorthWest AMR.
“É um desafio teórico no momento, até conseguirmos as inscrições”, disse Tasker. “Queremos construir o programa mais forte que temos dos parceiros que temos”, explicou.
“Nenhuma decisão foi tomada sobre como isso funcionaria e quem receberia as inscrições. “O campeonato também está ficando mais longo, o que invariavelmente aumenta o custo dele.
“Você precisa encontrar equipes e clientes que queiram competir nesse nível. Com certeza poderíamos preencher mais de dois slots de grid.”