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O Tribunal Internacional de Apelações da FIA rejeitou nesta terça-feira, 10, o recurso da Ferrari, que contestava o resultado das 6 Horas de Spa-Francorchamps. Etapa do WEC realizada em maio. Com isso, a Hertz Team JOTA manteve a vitória na Bélgica.

O chefe global de Endurance da Ferrari, Antonello Coletta, havia anunciado em junho que a equipe italiana apelaria da rejeição do protesto feito após a prova. A disputa surgiu após a decisão da FIA de prolongar a corrida em função de uma bandeira vermelha de quase duas horas, ocasionada por um acidente entre Earl Bamber e Sean Gelael. A Ferrari alegou que a extensão da prova, para um total de sete horas e 54 minutos, contrariava o regulamento e prejudicou seu desempenho, beneficiando a equipe JOTA e o Porsche Penske Motorsport, que pararam antes da bandeira vermelha e assumiram as primeiras posições após a retomada da corrida.

A audiência aconteceu no dia 3 de setembro, em Genebra, envolvendo representantes da Ferrari, FIA, JOTA e Porsche Penske Motorsport. A Ferrari baseou seu recurso na alegação de que a decisão dos comissários de estender a corrida violava o regulamento do Campeonato Mundial de Endurance da FIA. Que estipula a duração máxima da prova em seis horas, conforme o Apêndice 1. Além disso, a equipe afirmou que seu protesto original foi anulado de forma incorreta. Pois, segundo o Artigo 7.2.6 do regulamento esportivo do WEC e os artigos 13.2.1 e 13.7 do Código Esportivo Internacional (ISC), ela tinha o direito de contestar a extensão da corrida.

Os detalhes da vitória da JOTA na etapa do WEC em SPA

Por outro lado, a FIA defendeu que a interpretação correta do Artigo 13.2.1 do ISC impede que decisões dos comissários sejam contestadas, apenas apeladas. Além disso, sustentou que o tempo total da corrida, sem considerar o período de bandeira vermelha, ocorreu dentro das seis horas previstas. A FIA também refutou a alegação da Ferrari de que os Porsches tiveram beneficios de forma injusta. Além disso,  a equipe italiana não deu provas suficientes de que manteria a liderança caso a corrida.

A Hertz Team JOTA e a Porsche Penske Motorsport também se posicionaram contra o recurso da Ferrari. Afirmando que as decisões dos comissários foram corretas e que o protesto da equipe italiana teve uma rejeição legítima.

Na decisão final, o tribunal confirmou a validade da decisão dos comissários e rejeitou o recurso da Ferrari. O tribunal afirma que a decisão de prolongar a corrida não podia ser contestada. Uma vez que não estava incluída entre os casos que permitem protesto, conforme o Artigo 13.2.1 do ISC. Contudo, o tribunal reconhece que a Ferrari poderia contestar a classificação provisória, algo que ocorreu ignorado pelos comissários. Ainda assim, como a equipe não apresentou um recurso contra a decisão nº 71, que estendeu a corrida. Dentro do prazo estabelecido, a decisão tornou-se final e inalterável.

Com isso, a vitória do Porsche #12, de Callum Ilott e Will Stevens, está mantida.