BR Engineering e Dallara começam desenvolvimento de LMP1 para o Mundial de Endurance

(Foto: AdrenalMedia)

A equipe Russa SMP Racing, e a Dallarra vão começar o desenvolvimento de um LMP1 para a temporada 2018 do Mundial de Endurance. Boris Rotenberg, dono da esquadra Russa e da BR Engineering, e Andrea Pontremoli, CEO da Dallara estão a frente do projeto.

Após a saída da Rebellion Racing, apenas a ByKolles se manteve na classe LMP1 privada. Para 2017, pelo menos por enquanto nenhuma nova equipe se candidato a ocupar a vaga da Rebellion.

“Nós levantamos um desafio para nós mesmos”, disse Rotenberg. “Era possível comprar um chassi de um dos quatro fabricantes  LMP2 por uma temporada. Acabamos escolhendo nosso próprio caminho.

“Não necessariamente, e nem sempre o mais fácil, mas desta forma é com certeza o mais interessante e promissor. O objetivo do projeto foi e continua sendo o desenvolvimento do automobilismo russo, incluindo o setor de tecnologia.”

Por conta da nova parceria, o apoio técnico que estava recebendo da AF Corse será desfeito. Em seu lugar entra a ART Grand Prix. Sobre a parceria na classe GTE, nada foi comentado.

RGR Morand, briga pelo vice-campeonato no Mundial de Endurance

(Foto: MF2)

Com o título definido há duas semanas na China, as 6 Horas do Bahrein – 9ª e última etapa do Mundial de Endurance – têm como principal apelo na categoria LMP2 a briga pelo vice-campeonato. Bruno Senna e seus parceiros, o mexicano Ricardo Gonzalez e o português Filipe Albuquerque, mantiveram a segunda colocação em Xangai, mas não podem mais alcançar os novos campeões Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e Stéphane Richelmi. Somam agora 148 pontos, 11 a mais do que Roman Rusinov, o único ainda com chances de complicar os planos dos pilotos da RGR Sport.

Se os números parecem favorecer a equipe do brasileiro, o retrospecto recente indica que será duro manter o time do russo – completado pelos britânicos Alex Brundle e Will Stevens – atrás na classificação final. Eles vêm de duas vitórias seguidas – ganharam também no Japão – e têm o melhor protótipo da divisão. “Eles deveriam estar disparados no campeonato, mas levaram azar em algumas provas”, lembra Senna, que precisa de um terceiro lugar no circuito de Sakhir em caso de outra vitória de Rusinov, desde que o Oreca 05-Nissan da G Drive não leve o ponto extra da pole. Neste caso, o empate nos pontos seria desfeito pelo maior número de primeiros lugares de Rusinov – 3 a 2 – contra Senna, Gonzalez e Albuquerque.

Mesmo com a vantagem, Senna garante que a meta na despedida da temporada será lutar pela vitória e não somente uma marcação sobre Rusinov e companheiros. “Sempre entramos para ganhar. Não será fácil, porque nosso carro não estará nenhuma maravilha aqui, mas vamos tentar o melhor resultado possível. Se não der para vencer, aí sim vamos procurar chegar o mais próximo deles que der”, comenta.

Os treinos livres serão abertos nesta quinta-feira. Serão duas sessões de 90 minutos, uma com início às 10 h e outra às 14h30 pelo horário de Brasília. O terceiro ensaio e as tomadas classificatórias foram marcados para a sexta-feira. Sábado, a largada será autorizada às 11 horas. Como o Bahrein está atualmente cinco horas a frente, a corrida começará com luz natural e será encerrada à noite. Senna aproveitará o último encontro do ano para continuar as negociações com vistas ao próximo ano. Ele tem conversas avançadas com a RGR Sport para a renovação, mas é alvo do interesse de outras equipes. De certo, no momento, é que seguirá seu envolvimento com a McLaren Automotive e na GT.

Escolha de novos protótipos LMP2, aquece mercado de equipes para o WEC

(Fotos: Oreca e Onroak Automotive)

Assim como o mercado de pilotos, o comércio de chassis também ferve no final do ano. Para 2017 as coisas estão mais movimentadas ainda. Com as novas regras que limita para 4 fornecedores de protótipos (Onroak, Oreca, Dallara e Riley), a busca por novos clientes por parte dos fabricantes, e projetos sólidos pelos lados das equipes, promete ser intensa.

Abaixo um panorama feito pelo site dailymotorsports para a classe LMP2 para 2017.

ART Grand Prix – A equipe oriunda que, está 100% confirmada para o próximo ano no Mundial de Endurance. A escolha deve ser pelos chassi Dallara, não se sabe se um ou dois LMP.

DAMS – Tradicional em competições de monopostos, a DAMS também já confirmou que deve alinhar na classe. O chassi não foi revelado.

Greaves Motorsport Está em negociações com potenciais clientes, tanta na ELMS quanto no WEC. Pode optar por um chassi Dallara ou Ligier.

Jota Sport / G-Drive Corrida A associação com a Jota Sport rendeu frutos na ELMS. O russo Roman Rusinov, que tem graduação prata ainda não decidiu qual o chassi que vai utilizar. Como já competiu tanto com Oreca, quanto com Ligier. Tudo está em aberto. A escolha pode recair sobre o novo Oreca 07.

KCMG – Depois de ficar um ano fora da classe, com exceção de Le Mans, a equipe estuda um retorno de forma integral para o WEC. A escolha do chassi Dallara é o mais provável.

Manor – A equipe que fez apresentações medianas este ano no WEC, nem sempre com dois carros, deve voltar para o próximo ano com dois chassis Oreca.

Mondini / Morand – Competiu este ano na ELMS com um Morgan LMP2. A equipe estuda alinhar um Ligier ou Dalarra no WEC. Entre os pilotos Giorgio Mondini pode fazer parte da equipe, após o fim da equipe Eurointernational.

MP Motorsport – Equipe oriunda da GP2, a MP que tem sua base na Holanda, também está olhando para o endurance com carinho. A escolha deve recair sob o chassi Dallara. Poucos detalhes são conhecidos.

Rebellion Racing – Equipe suíça, já confirmou que vai alinhar o novo Oreca 07 na classe LMP2. Planos para Le Mans também estão no papel. Uma ida para os EUA, para disputar as provas longas da IMSA também estão nos planos.

RGR Racing – Correndo com um Ligier JS P2 nesta temporada no WEC, a equipe que teve Bruno Senna ao volante, deve voltar com mais um carro para o próximo ano. A dificuldade para a equipe é a escolha de pilotos de graduação prata. Julien Canal pode ser uma escolha.

Signatech Alpine – A equipe não confirmou nada até o momento. Segundo o site DailySportscar, um possível chassi Dallara pode estar nos planos. A busca por clientes pode determinar os rumos da equipe para o próximo ano.

SMP Racing – Pode firmar uma parceria com a ART Grand Prix. Com o seu chassi BR01 ilegível para a classe LMP2, e sem planos de ir para a LMP1, a equipe ainda precisa decidir o que fazer. Recursos financeiros nunca foram problema.

TDS Racing – Campeões da ELMS, a TDS pode alinhar um Oreca 07 de forma completa no WEC.

Ainda no campo das especulações, um nova equipe pode alinhar com dois Oreca 07 na próxima temporada. Sean Galeal que alugou o Ligier da equipe ESM nas etapas finais do WEC, também pode competir por conta própria para o próximo ano.

Qual o destino dos pilotos da Audi após 2016?

Andre Lotterer, Marcel Fassler e Benoit Treluier. Muitas conversas, nada concreto. (Foto: Fox Sports)

O mercado de pilotos do Mundial de Endurance, não é tão badalado quanto o da Fórmula 1, mas tem seu valor. A saída da Audi da competição, colocou cincos ótimos pilotos a disposição de equipes, seja do WEC ou de outras categorias. Qual o destino de André Lotterer, Loic DuvalLucas di Grassi, Oliver Jarvis, Benoit Treluyer e Marcel Fassler?

Segundo informações do site motorsports.com, André Lotterer, teria assinado um contrato com a Porsche para o próximo ano. O piloto também chegou a conversar com a Toyota, mas as negociações não prosperaram.

Mesmo não competindo pelo time nipônico no WEC, o piloto está confirmado na Super Formula no Japão ao lado de Kazuki Nakajima. Lotterer estaria brigando pela vaga de Mark Webber com Nick Tandy, piloto da Porsche que compete na classe GTLM na IMSA.

Pelos lados da Porsche, também existem muitas indefinições. Marc Lieb e Romain Dumas podem não manter seus lugares no 919 Hybrid no próximo ano. Outro piloto da Porsche, Earl Bamber, que também compete no programa GT da marca nos EUA, poderia “subir” para os LMP1.

Para os outros pilotos da Audi a coisa é mais complicada. A Toyota já confirmou que fechou seu plantel de pilotos para o próximo ano, deixando claro que fez isso antes da Audi anunciar sua saída. Os boatos dão conta que Pechito Lopez vai substituir Stephane Sarrazin.

Com os planos de ter três TS050 em Le Mans no próximo ano, existem chances. A Porsche descartou um terceiro carro, alegando os custos.

“Há uma série de possibilidades” disse Loic Duval. “Para um construtor na LMP1, há muitos aspetos positivos em ter um piloto experiente. Eu tenho que olhar para as oportunidades, mas no momento há muita incerteza.”

Lucas di Grassi, fica na Fórmula E pela Audi. (Foto: MF2)

O brasileiro Lucas di Grassi, já foi confirmado como piloto da Audi na Fórmula E. Ele não descarta um retorno a Le Mans. “A Fórmula E está chegando como um substituto do WEC, e eu vou assumir este desafio em tempo integral, tentando representar a Audi da mesma maneira que eu fiz no WEC.”

“Eu tenho apenas 32, e sinto que ainda pode voltar. Se outra empresa do grupo VW ou outra companhia, decide fazer LMP1, Eu ficaria feliz em voltar a fazer Le Mans.”

“Seria uma grande prazer, fazer em paralelo com o meu programa na Fórmula E próximo ano.”

Oliver Jarvis e Benoit Treluyer, também estão esperando oportunidades seja em um LMP1 ou qualquer lugar que necessite de um piloto de ponta. Fassler competiu este ano pela Corvette Racing, durante as 24 horas de Daytona, Sebring e Petit Le Mans.

“Primeiro vamos ter uma reunião com a Audi, em seguida, decidir quais são as possibilidades para mim dentro do grupo”, disse Fassler, em Xangai. “Eu estou muito aberto a tudo no momento.”

“Com certeza o contato com a Corvette está lá, eu estava lá em 2009 em Le Mans antes de ir para a Audi, e participei de algumas corridas este. Mas nada está decidido ainda.”

Última etapa do WEC no Bahrein e teste com a Toyota, são os novos desafios de Pipo Derani

(Foto: Divulgação)

O brasileiro Pipo Derani, de 23 anos, está pronto para fechar com chave de ouro sua temporada de maior sucesso na carreira. Depois de se tornar o primeiro piloto a vencer as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring no geral em sua estreia, o brasileiro mostrou excelentes performances durante seu segundo ano no FIA WEC (Campeonato Mundial de Endurance).

Neste sábado (19), Derani disputa a nona e última etapa da temporada 2016 e fará no dia seguinte às 6 Horas do Bahrein sua estreia na pilotagem de um carro da LMP1, depois de ter sido escolhido pelo FIA WEC e seus organizadores como um dos estreantes mais talentosos. No domingo (20), o brasileiro vai testar o Toyota TS 050 HYBRID, que venceu recentemente as 6 Horas de Fuji, no Japão.

Na última quinta-feira (10), o piloto viajou para a Colônia, na Alemanha, onde esteve na sede da Toyota Motorsport GmbH para encontrar a equipe, fazer o seu banco e se familiarizar com o renomado simulador da Toyota.

“Foi um prazer encontrar a equipe e conhecer toda a tremenda estrutura em Colônia”, comentou. “Foi uma experiência muito importante e espero absorver tudo o que aprendi com a equipe para me familiarizar com este carro fantástico. Vejo este teste como uma grande chance de aprendizado, mas que espero converter em futuras oportunidades na LMP1 também”, continuou Derani.

Antes do teste com a equipe Toyota Gazoo Racing, o brasileiro estará concentrado em completar a temporada 2016 do FIA WEC a bordo do #31 Tequila Patron ESM Ligier-Nissan JS P2 LMP2. O piloto foi fundamental na conquista de quatro pódios até aqui ao lado dos companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming.

“A temporada tem tido altos e baixos, mas o mais importante é que nunca perdemos a fé”, destacou. “A equipe é muito forte e tem um grande espírito de luta. Vamos nos esforçar ao máximo para conquistar outro pódio e terminar a temporada da melhor maneira possível”, finalizou Derani.

Os treinos livres para as 6 Horas do Bahrein terão início na quinta-feira (dia 17). Na sexta (18), será definido o grid de largada. A corrida terá sua largada às 16 horas local de sábado (11 horas de Brasília).

Classificação do campeonato de pilotos, após oito etapas (Top-6 LMP2):

1 Menezes/Lapierre/Richelmi 183
2 Senna/Albuquerque/Gonzalez 148
3 Rusinov 137
4 Cumming/Derani/Dalziel 104
5 Stevens 92
6 Rast 86

“Não vamos mudar as regras para agradar fabricantes”, diz Lindsay Owen-Jones da FIA

Custos estariam afugentando futuras equipes? (Foto: Divulgação)

O debate sobre a saída da Audi e as perspectivas pouco otimistas para o futuro da classe LMP1 a curto prazo ainda estão no centro das discussões para a temporada 2017 do Mundial de Endurance. O presidente da comissão de Endurance da FIA, Sr. Lindsay Owen-Jones, admitiu que não existe um prazo para uma nova equipe fazer parte da classe.

Com pelo menos 5 protótipos confirmados na classe, 2017 terá o menor grid LMP1 desde o surgimento da competição em 2012. Tanto BMW, quanto Peugeot já demonstraram interesse em competir no WEC. A BMW voltou com um programa GTE para o próximo ano, e demonstrou intenção de desenvolver um projeto com células de combustível de. Já a Peugeot espera que as regras mudem e se tornem mais “baratas” para avaliar um retorno.

“Alguns fabricantes dizem: ‘O dia em que você se adotar para tal e tal tecnologia, nós estaremos lá.’ você pode acelerar isso? Não necessariamente porque eu acho que uma nova tecnologia leva um certo tempo para se tornar viável “, disse Owen-Jones em entrevista ao sportscar365.com.

“Eu gostaria de ter um novo fabricante … seria ótimo, mas se ele fazer com que todos fabricantes presentes totalmente gastem mais conseguir uma competição justa, eu não acho que seria uma boa ideia.”

“Eu acho que há pessoas que vão aderir quando o campeonato, se mover para uma direção. Mas isso vai acontecer na hora certa.”

As principais novidades para o próximo ano é a adoção da subclasse de 10MJ, e a opção de até três sistemas híbridos por carro. As regras terão validade de três anos. Assim os sistemas de hidrogênio, como pleiteia a BMW, só deve estar disponível entre 2021 e 2022.

“No curto prazo, estamos tentando manter as regras abertas o máximo possível, sem tornar tudo tão complicado.” disse Owen-Jones. “No longo prazo, é claro, vamos avançar com novas tecnologias.”

BMW quer condições de desenvolver seu sistema de hidrogênio. (Foto: Divulgação)

O dirigente tenta jogar panos quentes sobre a reclamação das equipes, sobre os atuais custos de manter um protótipo LMP1 na categoria. “Acho que devemos ter cuidado para não fazer essa conclusão só porque um fabricante deixou o campeonato por razões que, penso eu, não têm absolutamente nada a ver com o orçamento anual”, disse ele.

“Eu acho que é um bom momento para rever o que nós pensamos é razoável porque a fim de atrair novas equipes. que é provavelmente uma definição ligeiramente diferente.”

O incentivo para fabricantes competirem sem sistemas híbridos foi levantada, porém sem qualquer definição concreta. “Quem tem memória, vai lembrar com que antigamente os fabricantes podiam fazer isso, Porsche, por exemplo, correu muitos anos na classe de dois litros e dominou nos anos 60,” disse.

“Sim, você pode perguntar:” Qual seria o equivalente hoje? Sem a ambição de vitória no geral qual fabricante iria se interessar? Qual seria o envolvimento, e os custos?”

“Talvez haja uma oportunidade desse tipo. Eu acho que é um ponto de interrogação neste momento, mas é uma boa pergunta. “

O CEO do WEC, Gerard Neveu, por sua vez, confirmou que eles estão mantendo conversas com a Peugeot, mas para uma solução híbrida.

“Nós ainda temos discussões com outros fabricantes que estão interessados ​​em entrar no WEC”, disse Neveu. “Estamos trabalhando.”

“O Presidente da Comissão Endurance da FIA, e o Presidente da ACO estão trabalhando em conjunto a fim de proporcionar a melhor condição, uma vez que este planejamento, se iniciou antes do anúncio da Audi … Como em qualquer caso, era o plano, para garantir o melhor futuro para este campeonato.”

“Se o caminho é fazer algum atraso nos regulamentos técnicos ou alguns ajustes … eles estão todos trabalhando juntos.”

“Mas o espírito da Comissão Endurance e o WEC é sempre um compromisso e discussão entre todos os os fabricantes. Isso significa que, neste momento,  pessoas estão discutindo o melhor para a categoria.”

Velocidade dos novos LMP2 preocupa FIA

(Foto: Oreca)

Mal ganharam vida e os novos LMP2 podem ter uma redução de potência. Durante os testes privados realizados pela Oreca e Onroak, foi constatado que os protótipos obtiveram velocidades maiores do que o esperado pelos fabricantes e ACO.

O novo motor Gibson V8 entrega aproximadamente 600 cv de potência, cerca de 80 a mais do que os atuais motores da classe LMP2. A preocupação dos fabricantes e organização, é que com tanta potência, os pilotos pro-am podem acabar sofrendo graves acidentes.

As estimativas apontam, que uma volta em Le Mans deve girar em torno de 3:30. A edição deste ano, as volta durante a corrida oscilaram entre 3:37 à 3:40. Oliver Pla, que testou o Ligier JS P217, se surpreendeu com o desempenho do novo modelo.

“Eles fizeram o motor muito bom”, disse Pla ao site Sportscar365. “Toda a força está disponível desde as primeiras rotações.  É fácil de conduzir, mas é claro que é um carro rápido.”

“Acho que para alguns gentleman drives, a condução pode se tornar difícil. Com certeza ele se tornou um carro muito rápido, mas também um carro muito agradável de conduzir. “

Presidente ACO Pierre Fillon disse que eles estão monitorando a situação, mas ainda não tomaram qualquer decisão de ajustar os níveis de desempenho. “A segurança é a nossa prioridade. Se precisamos adaptar,  vamos tomar uma decisão “, disse ele.

Gerard Neveu, presidente do WEC, tratou de minimizar esta primeira impressão. “Este é um primeiro sentimento, uma primeira impressão depois de um pequeno número de testes com três ou quatro carros diferentes”, disse Neveu. “É cedo para tomar decisões.”

“Há testes durante o inverno, há o Prologue, há muitas opções para ver exatamente o que está acontecendo.”

“Temos de esperar para ter uma certa experiência com estes carros novos, para começar a fazer algumas conclusões e adaptar o regulamento, se necessário.”

Rebellion Racing apresenta Oreca 07 para 2017

A Rebellion Racing confirmou nesta quinta (10), a escolha pelo Oreca 07 para a temporada a 2017. A nota não revela em qual campeonato a equipe suíça vai estar participando.

Após anunciar que não iria participar da classe LMP1 em 2017, fica a expectativa se o time volta ao WEC, ELMS ou IMSA. Ou todos de uma vez. A parceria com a Oreca vem desde 2014.

“Os LMP2 de 2017 serão muito competitivos,o que torna a escolha do parceiro certo chassis muito importante”, disse o gerente da equipe Bart Hayden.

“Com o R-One,  apreciamos a habilidade dos designers Oreca e temos testemunhado o sucesso do seu chassis 05 na LMP2, por isso era quase uma escolha lógica para que possamos continuar a nossa associação juntos.”

“Estamos muito animados com este novo desafio e estamos ansiosos para por nossas mãos nos novos carros.”

O presiente da Oreca, Hugues de Chaunac acrescentou: “Após o sucesso e o grande desafio com o R-One, era lógico e natural continuar a excelente relação de trabalho construído ao longo dos últimos anos.”

“A chegada da equipe na LMP2 é uma notícia muito boa para a categoria.” Finalizou. Detalhes sobre o programa da equipe para 2017 deve ser anunciados nas próximas semanas.

“Fizemos uma corrida impecável.” Analisa Pipo Derani após 6 horas de Xangai

(Foto: FGCom)

O brasileiro Pipo Derani conquistou neste domingo (dia 6) mais um Top-5 nas 6 Horas de Xangai, na China, oitava e penúltima etapa da temporada 2016 do FIA WEC (Campeonato Mundial de Endurance). O piloto de 23 anos, da equipe ESM, se manteve marcando pontos em todas as provas da categoria, desde a corrida do ano passado, justamente na China, quando não completou.

Dividindo o #31 Tequila Patrón ESM Ligier-Nissan com os companheiros Ryan Dalziel e Chris Cumming, Pipo completou um triplo stint no final da corrida, após Dalziel largar e Cumming completar sua saída a bordo do LMP2 na metade das seis horas de disputa.

Como na última etapa em Fuji, no mês passado, Derani completou mais um stint enorme com a média das suas 60 voltas entre as mais rápidas da corrida. Outra grande performance do brasileiro, que irá realizar seu primeiro teste com um carro da LMP1 no final do mês, com a equipe Toyota Gazoo Racing.

“Fizemos uma corrida impecável, sem nenhum erro da equipe e o carro estava muito bem quando eu fiz as últimas duas horas e meia de prova”, comentou Derani. “Perdemos para as outras equipes no meio da corrida, mas sabemos que há uma grande discrepância entre os verdadeiros pilotos prata, como o Chris (Cumming) e outros que enfrentamos, mas é assim que é”, explicou.

“Chegar em quinto era o máximo que poderíamos fazer e, apesar de termos conquistado muitos pódios este ano, foi uma das nossas melhores corridas”, continuou o brasileiro. “A equipe Tequila Patrón ESM foi brilhante o final de semana todo, trabalhando realmente forte e nos dando novamente um grande carro”, completou.

Derani se prepara agora para o final da temporada no dia 19 no Bahrein. No dia seguinte, o brasileiro estará na pista testando com a Toyota Gazoo. Antes disso, o piloto viajará para Colônia para fazer seu banco e uma sessão no simulador na sede da Toyota Motorsport Group.

O resultado das 6 Horas de Xangai (Top-6 LMP2):
1 Rusinov/Stevens/Brundle G-Drive Racing ORECA 05-Nissan
2 Giovinazzi/Gelael/Blomqvist Extreme Speed Motorsports Ligier JS P2-Nissan
3 Senna/Albuquerque/Gonzalez RGR Sport Ligier JS P2-Nissan
4 Lapierre/Menezes/Richelmi Signatech Alpine A460-Nissan
5 Derani/Dalziel/Cumming Extreme Speed Motorsports Ligier JS P2-Nissan

6 Minassian/Mediani/Aleshin SMP Racing BR Engineering-Nissan

Classificação do campeonato de pilotos, após oito etapas (Top-6 LMP2):

1 Menezes/Lapierre/Richelmi 183
2 Senna/Albuquerque/Gonzalez 148
3 Rusinov 137
4 Cumming/Derani/Dalziel 104
5 Stevens 92
6 Rast 86

Classificação das equipes LMP2 (Top-6):

1 Signatech Alpine 183
2 RGR Sport by Morand 151
3 G-Drive Racing 139
4 Extreme Speed Motorsports 104
5 Extreme Speed Motorsport 68
6 Strakka Racing 66

Strakka Racing desiste do WEC e firma parceria com McLaren para o Blancpain GT 2017

Equipe compete desde 2008 com protótipos e chegou a competir na classe LMP1. (Foto: Divulgação)

Competindo atualmente na classe LMP2 do Mundial de Endurance, a britânica Strakka Racing anunciou em sua página na manhã desta terça (08), que terá um programa na Blancpain GT Series no próximo ano com um McLaren 650s GT3. O não estará no WEC em 2017.

Competindo desde 2008 com protótipos, o time direciona seus recursos para GTs, após firmar parceria com a McLaren. Muitos pilotos farão parte do programa de jovens talentos.

“Criando esta parceria com uma tal marca estimada como McLaren é, para mim, o capítulo mais excitante e motivo de orgulho na história de dez anos da Strakka”, disse o fundador da equipe, Nick Leventis.

“Nós estamos trabalhando agora com um dos fabricantes GT3 mais bem sucedidas e de prestígio com o compromisso de construir um futuro de longo prazo.”

O diretor do programa GT da McLaren Andrew Kirkaldy acrescentou: “Strakka demonstrou a sua ambição desde o início com sua fome de vencer em um dos campeonatos mais difíceis e disputados do mundo. Esperamos este mesmo empenho na Blancpain.”

Pilotos serão definidos após testes até o final do ano. “O nosso objetivo é testar vários pilotos, incluindo jovens talentos, uma oportunidade para mostrar o que podem fazer“, disse o chefe da equipe, Dan Walmsley. “Nós gostaríamos de oferecer vagas para pilotos de monopostos, dando a oportunidade de experimentar um carro de GT3 e entender o potencial que oferece para uma carreira.”

“Você viu o quão eficaz foi Lewis Williamson, por foi fazer a mudança para carros GT e ele está revelando no novo desafio.”

“Também queremos pilotos experientes na equipe, não só para o desempenho, mas também como um ponto de referência para os jovens. Jonny Kane está dirigindo melhor do que nunca e ainda um dos caras mais rápidos da LMP2.”

Equipe chegou a desenvolver um protótipo para a classe LMP1. Na imagem o Dome S103 que competiu na LMP2 em 2015. (foto: Divulgação)

Um retorno para o Mundial de Endurance não foi descartado. A equipe foi uma das poucas que começou o desenvolvimento de um protótipo para a classe LMP1 privada. O projeto parou no meio do caminho por conta da demora da liberação das regras por parte da ACO.

“Os regras vieram tarde demais para conseguir um carro P1L para 2017 e para permanecer no campeonato do próximo ano teria significado a aquisição de um carro P2”, disse Walmsley. “É um campeonato fantástico. Esperamos voltar a correr nele novamente.”

A parceria com a McLaren, poderia ser o embrião de um projeto GTE para o futuro.