“Minha última corrida com este monstro de 1.000 hp”. Lucas di Grassi e a despedida do Audi R18

(Foto: Audi Sport)

Lucas di Grassi finaliza neste final de semana, no Barein, sua terceira temporada completa no Campeonato Mundial de Resistência da FIA (WEC – World Endurance Championship). Piloto da Audi desde o final de 2012, o paulistano de 32 anos encara a prova de seis horas deste domingo (20) já sentindo saudades.

“Minha última corrida com este ‘monstro’ de 1.000 hp… Vou sentir muita falta de pilotar esse carro”, afirmou Lucas, referindo-se ao Audi R18, uma das fantásticas peças de engenharia que compõem a classe LMP1 – a mais rápida – do Mundial. Em 2016, o brasileiro conquistou uma vitória e duas pole positions ao lado do francês Loïc Duval e do britânico Oliver Jarvis.

Di Grassi segue com a Audi, que após 17 anos nas corridas de longa duração, anunciou recentemente sua retirada da categoria em um portfólio que inclui 13 vitórias nas 24 Horas de Le Mans. A marca alemã encerra um capítulo de sua história e, junto do piloto brasileiro, mira seu foco e investimento para a Fórmula E, onde Lucas é o atual vice-campeão e piloto que mais vezes subiu ao pódio na série dos carros elétricos.

Apesar de já sentir saudades do R18, o paulistano mantém o foco. “É uma despedida, mas enquanto estivermos sob bandeira verde vamos acelerar o máximo e buscar a vitória, como sempre fizemos até aqui. Temos um objetivo e uma missão a cumprir, que é encerrar a história da Audi no FIA WEC sob aplausos e com o lugar mais alto do pódio”, “ressaltou.

A largada para as 6 Horas do Barein acontece neste domingo (20) às 11 horas (de Brasília).

“Não temos nada a perder”, fala Lucas di Grassi sobre as 6 horas de Xangai

Trio formado por Di Grassi, Duval e Jarvis tem 28,5 pontos atrás dos líderes (Audi Sport)

A Audi desembarca esta semana em Xangai, na China, para a disputa da oitava e penúltima etapa do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC), que acontece no domingo, 6 de novembro. Tendo demonstrado aumento de performance na segunda metade da temporada, o trio formado pelo brasileiro Lucas di Grassi, pelo britânico Oliver Jarvis e o Francês Loïc Duval segue na caça aos líderes da competição em busca do título.

Os pilotos do Audi R18 #8 já somam duas poles e uma vitória em 2016, e na etapa anterior, disputada em Fuji, no Japão, lideraram a maior parte da corrida e no final terminaram em segundo por apenas 1,4 segundo – a menor margem na história do FIA WEC, que tem corridas de 6 horas de duração além das 24 Horas de Le Mans.

Lucas di Grassi posiciona-se 28,5 pontos atrás dos líderes, o trio do Porsche #2. Após o anúncio de que a Audi se despedirá do FIA WEC ao final da temporada para concentrar seus esforços na Fórmula E – onde o brasileiro já defende a marca das quarto argolas -, a busca pelo título faz ainda mais sentido.

“Não temos nada a perder. Nossa performance só vem melhorando e a Audi tem trabalhado muito desde Fuji tanto no carro como nas alternativas estratégicas prevendo cada cenário possível. Então o nosso trabalho vai ser na pista. Temos de tirar 15 pontos do Porsche #2 a cada corrida. É difícil? Sim. É possível? Claro. Por isso não vamos desistir”, afirmou o paulistano de 32 anos, que concorre ao Capacete de Ouro 2016 na categoria Internacional Top.

Para Lucas, o foco é o principal. “Temos um carro rápido, então temos de nos concentrar em vencer as corridas que faltam e tentar fechar esta belíssima história da Audi no endurance com um título. Seria perfeito”, considerou o competidor, dono de uma vitória e duas poles na temporada.

Para a Audi, a China (incluindo Hong Kong) representa o maior mercado da marca no planeta. Em 2015, 571 mil veículos foram entregues no país. Nos primeiros nove meses deste ano, a Audi elevou o índice em 6,2% comparado ao mesmo período do ano passado.

A largada para as 6 Horas de Xangai acontece à 1 da madrugada deste domingo (6) no horário de Brasília. Após a disputa da etapa, Lucas segue para Portugal onde discursará sobre o futuro do automobilismo em uma das palestras da WebSummit, evento de tecnologia que acontece de 7 a 10 deste mês em Lisboa.

Lucas Di Grassi busca primeira vitória da Audi em Fuji

(Foto: Audi Sport)

O Campeonato Mundial de Endurance, chega ao Japão para a sétima e antepenúltima etapa da temporada 2016 com as 6 Horas de Fuji. A prova tem largada às 23 horas deste sábado (15) no horário de Brasília. Lucas di Grassi, piloto brasileiro da Audi Sport, é o atual vice-líder da competição e busca as lições aprendidas em Hong Kong, há uma semana, para tentar reverter a situação.

O paulistano de 32 anos competiu na primeira etapa da temporada 2016-2017 da Fórmula E largando da última fila, tendo de fazer um pit stop não programado para a troca do bico de seu carro e, ainda assim, trabalhou em uma estratégia agressiva, fazendo sua troca antes de todos os outros e tirou tudo de seu carro – inclusive a energia – para terminar a prova na segunda posição em um dia em que tudo encaminhava para que nenhum ponto fosse conquistado.

No FIA WEC, Di Grassi divide a condução do Audi R18 #8 com o francês Loïc Duval e com o britânico Oliver Jarvis. O trio, que já tem uma pole e uma vitória na atual temporada, ocupa a vice-liderança do campeonato com 92,5 pontos, atrás do trio formado por Marc Lieb, Romain Dumas e Neel Jani, do Porsche 919 #2, que soma 130 graças às vitórias conquistadas em Silverstone, no início do ano, e nas 24 Horas de Le Mans, que conferem pontuação dobrada.

“Estamos ainda buscando o Porsche #2 na liderança do campeonato. Estamos atrás, e vamos precisar contar com um pouco de sorte. Não vamos desistir nunca, como aconteceu em Hong Kong na semana passada na Fórmula E. Vamos tentar até a última corrida. Se houver chances matemáticas, nós vamos lutar pelo campeonato”, afirmou Lucas di Grassi.

O brasileiro busca também quebrar uma incômoda escrita para a marca das quatro argolas no Japão. Apesar de ter vencido 13 vezes as 24 Horas de Le Mans, a Audi jamais venceu uma prova do Mundial na Terra do Sol Nascente. “Fuji é uma pista em que a Audi nunca venceu, então seria muito importante conquistar esta primeira vitória para a equipe aqui, bem como para avançar no campeonato. Vamos dar o máximo, como fazemos todas as vezes“, concluiu.

Altitude será o maior desafio, aponta Lucas di Grassi para as 6 Horas do México

(Foto: Audi Sport)

O Mundial de Endurance da FIA chega à quinta etapa da temporada, de um total de nove, encarando um desafio a mais para pilotos, equipes, e principalmente as máquinas: a altitude da Cidade do México, que recebe a categoria pela primeira vez em sua história. A prova, de seis horas de duração, acontece neste sábado (3) com largada às 15h30 (de Brasília) e transmissão ao vivo do canal Fox Sports 2.

O desafio consiste basicamente na altitude da capital mexicana, situada a 2.250 metros em relação ao nível do mar. Com ar rarefeito, os carros de motor aspirado têm perda de potência; os turbo-alimentados, como o Audi R18 do brasileiro Lucas di Grassi, não sofrem com este efeito, mas sofrem com a refrigeração e também na questão aerodinâmica.

“Nossos técnicos e engenheiros têm trabalhado bastante nesta questão porque o ar é entre 25 e 30% mais ‘fino’”, aponta Lucas, segundo colocado na tabela de classificação da temporada. O brasileiro, que corre ao lado do francês Loïc Duval e do britânico Oliver Jarvis, já tem uma vitória e dois pódios em 2016. “A aerodinâmica e o resfriamento do motor são as áreas mais afetadas pela altitude. Além disso, a corrida vai ser fisicamente mais difícil para os pilotos também, pelo mesmo motivo”, disse.

A máquina da Audi é movida por um motor V6 4.0 biturbo movido a diesel com injeção direta TDI, que coloca tração nas rodas traseiras, ajudado por um sistema elétrico que gera potência para os pneus dianteiros. Os dois componentes, somados, geram cerca de mil cavalos de potência, fazendo os carros alcançarem velocidades superiores aos 340 km/h.

“Na parte aerodinâmica, como o ar é mais fino, ele oferece menor resistência. Por isso, nas retas alcançaremos velocidades superiores aos 300 km/h”, aponta Di Grassi. “Por outro lado, temos de usar uma configuração que gere bastante downforce para a estabilidade em curvas”, explicou.

“Além disso”, continua o piloto de 32 anos, “o motor turbo não irá sofrer com falta de potência como os motores aspirados por dois motivos: o primeiro é que temos o sistema híbrido que também gera potência; o segundo é que o compressor trabalha em um regime de giros mais alto, o que requer melhor refrigeração, por isso os técnicos instalaram adaptações para resolver esta questão”, detalhou.

Esta será a primeira vez de Lucas correndo no traçado de 4,3 quilômetros do Autódromo Hermanos Rodríguez; em março deste ano, o piloto competiu na capital mexicana em etapa da Fórmula E, mas em circuito com configuração distinta.

“Temos um bom conjunto aqui. Esta prova vai ser extremamente desgastante para pilotos e carros, o que faz do FIA WEC um verdadeiro campeonato de resistência. Estamos prontos, e estamos confiantes em um bom resultado para diminuirmos a diferença que nos separa dos líderes”, concluiu Di Grassi, que soma 73 pontos, 36 a menos que o trio da Porsche.

As 6 Horas do México terão transmissão ao vivo na íntegra a partir das 15h30 pelo canal Fox Sports 2.

Lucas di Grassi: “Temos um carro bom para lutar por vitórias”

Audi #8 mais perto do Porsche #2. (Foto: Audi Sport)

Faltou um pouco de sorte para que o trio formado por Lucas di Grassi, Loïc Duval e Oliver Jarvis conquistasse a segunda vitória da temporada 2016 do Campeonato Mundial de Endurance. As 6 Horas de Nurburgring foram disputadas no último domingo em solo alemão e a prova teve quase 60 mil espectadores que puderam assistir disputas espetaculares entre Audi e Porsche.

Com novidades aerodinâmicas no Audi R18, Lucas e Duval classificaram o carro em segundo lugar no grid, depois de o brasileiro ter registrado a melhor volta do final de semana. Na corrida, a disputa entre as duas marcas alemãs era intensa, e na segunda hora de prova o R18 #8 assumiu a liderança com Oliver Jarvis ao volante.

A Audi buscava a vitória com a estratégia de fazer um segundo stint mais longo, com Di Grassi no comando, enquanto os carros rivais parariam para fazer a troca de pilotos. A tática, no entanto, foi atrapalhada por um período de bandeira amarela (chamado de Full Course Yellow, quando os carros devem percorrer o traçado a 80 km/h, sem necessitar da intervenção do safety car) exatamente após uma parada para abastecimento de Lucas.

“A configuração nova de high downforce funcionou muito bem. A gente perdeu um pouco de tempo na parada e logo depois entrou um Full Course Yellow no meio da corrida e na segunda metade da prova desempenho também caiu um pouco”, lembrou Lucas, que vem de uma vitória em Spa-Francorchamps e um terceiro lugar nas 24 Horas de Le Mans, nas duas etapas anteriores.

Quem esperou um pouco pôde parar durante este período, e foi o caso de Mark Webber com o Porsche 919, colocando Lucas em terceiro, atrás do Porsche 919 #2 de Romain Dumas, Marc Lieb e Neel Jani, justamente os líderes do campeonato. Algumas paradas mais tarde, foi a vez de Lucas passar o R18 às mãos do parceiro Loïc Duval, que prosseguiu com a disputa e tomou o segundo lugar. O carro #2 ainda caiu para o quarto lugar, enquanto o trio formado pelo brasileiro finalizou na segunda posição, diminuindo em seis pontos a diferença em relação aos ponteiros da tabela (106 a 73).

Lucas mostrou-se satisfeito com o desempenho do carro, apesar da imprevisibilidade em uma estratégia que se mostrava acertada ter sido arruinada por um período de bandeira amarela na pista – causada por um acidente. “Acho que podemos ficar felizes com o segundo lugar. Não cometemos erros e pilotamos constantemente no limite. Quando se está na primeira fila você obviamente quer vencer. Mas hoje faltou um pouco de sorte. E é por isso que o segundo e terceiro lugares da equipe formaram um bom resultado”, disse.

“Acho que temos um carro bom para lutar por vitórias. Diminuímos a margem do líder do campeonato, e então vamos confiantes para o México. Se conseguirmos diminuir entre seis e sete pontos por corrida essa diferença nós teremos boas chances de chegar no final brigando pelo título. É isso que temos de fazer: ir para cima, reduzir a distância para o Porsche líder e acelerar”, concluiu.

A quinta etapa do Campeonato Mundial de Endurance acontece no dia 3 de setembro, com as 6 Horas da Cidade do México.

Resultado das 6 Horas de Nurburgring (Top-6):
1-) Bernhard/Hartley/Webber (Porsche) – 194 voltas
2-) Di Grassi/Duval/Jarvis (Audi R18) – a 53s787
3-) Fässler/Lotterer (Audi R18) – a 54s483
4-) Dumas/Jani/Lieb (Porsche) – a 1min37s324
5-) Buemi/Davidson/Nakajima (Toyota) – a 1 volta
6-) Conway/Kobayashi/Sarrazin (Toyota) – a 4 voltas

Classificação do FIA WEC após quatro etapas (Top-5):
1-) Dumas/Jani/Lieb – 106 pontos
2-) Di Grassi/Duval/Jarvis – 73
3-) Conway/Kobayashi/Sarrazin – 62
4-) Lotterer/Fässler – 51
5-) Imperatori/Kraihmer/Tuscher – 36

Lucas di Grassi busca alcançar líderes em Nurburgring

(Foto: Audi Sport)

Lucas di Grassi desembarca na Alemanha para a disputa da quarta etapa do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC), neste domingo (24), as 6 Horas de Nurburgring. Depois de conquistar a vitória nas 6 Horas de Spa Francorchamps e o terceiro lugar nas 24 Horas de Le Mans, o paulistano do Audi Sport Team Joest espera manter a boa sequência de resultados na categoria dos protótipos mais espetaculares do automobilismo mundial.

Além de ser a única etapa do ano na Alemanha, onde a Audi corre em casa, o tradicional circuito de 5.148 metros (uma fração do temido Nordschleife, de 27 quilômetros), Lucas di Grassi é o primeiro brasileiro a disputar uma corrida em Nurburgring pela equipe do lendário Reinold Jöest desde Ayrton Senna, em 1984.

“É uma coincidência bacana, porque a única corrida que o Ayrton participou no Endurance foi justamente com a equipe pela qual corro hoje, a Joest”, lembrou Lucas, que nem era nascido quando Senna correu a os 1000 Km de Nurburgring. De fato, convidado pela equipe, Senna disputou, em 15 de julho de 1984 – Di Grassi nascera 27 dias depois, em 11 de agosto -, a prova de mil quilômetros ao lado do sueco Stefan Johansson e Henri Pescarolo, outra lenda de Le Mans, ao volante de um Porsche 956 preparado pela equipe.

O trio classificou o carro na nona colocação e terminou em oitavo depois de ter passado 15 minutos nos boxes consertando um problema na embreagem. Reinold Jöest elogiou o trabalho do jovem brasileiro à época. “Ele foi rápido logo nos primeiros treinos. Depois da corrida ele ficou umas quatro horas conversando conosco, dando sugestões para deixar o carro mais rápido. Trabalhou de maneira muito profissional para nós”, afirmou, em depoimento para o livro “Senna – All His Races”, de Tony Dodgins.

Agora, 32 anos mais tarde, Lucas di Grassi, ao lado de Loïc Duval e Oliver Jarvis trabalham juntos do Audi Sport Team Joest para diminuir a diferença que os separam dos líderes da tabela do WEC – Marc Lieb/Romain Dumas/Neel Jani, da Porsche.

“O foco agora é diminuir a distância para o Porsche #2, que é bem grande. No entanto, ainda tem bastante chão. Faltam seis etapas”, disse Lucas. “Se conseguirmos vencer mais etapas será algo sensacional para a gente”, destacou.

A Audi traz atualizações aerodinâmicas no R18, priorizando o downforce do carro nas curvas de baixa e média velocidade do traçado alemão. E isso anima o brasileiro. “Estamos vindo de uma vitória em Spa e um pódio em Le Mans, e estamos confiantes com os upgrades aerodinâmicos do carro”, espera.

Em bom momento no WEC, Lucas di Grassi quer vitória em Le Mans

(Foto: Assessoria Lucas di Grassi)

Lucas di Grassi tem tido uma temporada de bastante êxito tanto na Fórmula E, onde lidera o campeonato com três vitórias e sete pódios, como no FIA WEC, o Campeonato Mundial de Endurance. O paulistano de 31 anos, no entanto, encara este final de semana a corrida mais importante para sua equipe, a Audi Sport, em toda a temporada: as 24 Horas de Le Mans, a mais tradicional prova de resistência do planeta.

Com 13 vitórias em 17 participações, a marca alemã busca em 2016 o triunfo que escapou para a rival Porsche no ano anterior. E o trio formado por Lucas di Grassi, Oliver Jarvis e Loïc Duval já provou que pode bater os adversários alemães. Na etapa anterior do WEC (World Endurance Championship), Di Grassi venceu as 6 Horas de Spa-Francorchamps, na Bélgica. Foi sua primeira vitória na categoria.

No último dia 5, durante o dia de testes já no circuito de Le Mans, na França, foi de Lucas o tempo mais rápido da sessão. Único brasileiro na classe mais rápida da categoria, a LMP1 Hybrid, para protótipos híbridos, Di Grassi busca, mais uma vez, escrever seu nome na história.

Em 2014 ele igualou os feitos de José Carlos Pace (1973) e Raul Boesel (1991) ao terminar as 24 Horas de Le Mans em segundo lugar, sendo o melhor resultado de um piloto do país no geral da prova.

“É o objetivo da Audi. É também o meu maior objetivo. Ser o primeiro brasileiro a vencer o geral das 24 Horas de Le Mans seria um feito fantástico. Estamos trabalhando intensamente, o nosso trio está em seu segundo ano completo, portanto, estamos mais entrosados. Os resultados começaram a aparecer com a vitória em Spa”, declarou.

Ele destaca, no entanto, que a corrida disputada no distrito de La Sarthe é completamente diferente do restante da temporada. “É um clichê, mas é a verdade: em 24 horas pode acontecer de tudo. É como se tivéssemos quatro corridas da temporada de uma só vez. Andamos à noite, de madrugada, faça chuva ou faça sol. O circuito é fantástico: rápido, exigente, longo. Pilotar um LMP1 nesta pista é um prazer e ao mesmo tempo um desafio”, afirmou o piloto patrocinado pela Eurobike.

“Para vencer em Le Mans é necessária uma combinação de fatores. Só ter um carro rápido não adianta. Ele precisa ser resistente; a estratégia de prova precisa ser bem desenhada; os três pilotos do carro precisam estar em sintonia. A parte física e mental do piloto tem que estar 100% para aguentar todas as situações que esta corrida exige”, enumera.

“E são estes fatores que fazem das 24 Horas uma corrida tão tradicional, especial e desafiadora. Porque além de reunir todos estes requisitos, eles dizem aqui na França que é Le Mans que te escolhe para vencer, e não o contrário”, filosofa o brasileiro da Audi Sport Team Joest.

Lucas di Grassi quer primeira vitória do ano em SPA

(Foto: Audi Sport)

Lucas di Grassi vive excelente fase na Fórmula E. É o líder do campeonato e tornou-se o primeiro piloto da história da categoria dos carros elétricos a vencer duas corridas consecutivas. Após a vitória conquistada nas ruas de Paris há duas semanas, o brasileiro agora vira o foco para a segunda etapa do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC), que acontece neste sábado no circuito belga de Spa-Francorchamps.

E se na Fórmula E tudo tem ido muito bem, no FIA WEC Lucas tem trabalhado forte junto da equipe na solução dos problemas que acometeram o brasileiro e seus parceiros Loïc Duval e Oliver Jarvis em seis das últimas nove corridas do Mundial de Endurance: a quantidade de abandonos.

Nas oito etapas de 2015, o trio formado pelo brasileiro, o francês e o britânico não completou cinco por adversidades de ordem técnica. Em Silverstone, no mês passado, o trio também abandonou a disputa pela vitória na etapa de abertura da temporada por um problema no novo sistema híbrido do R18.

“No WEC a sorte do trio do carro número 8 não tem sido muito positiva”, lembrou Lucas. “Tivemos alguns abandonos e depois de Silverstone a equipe tem trabalhado ininterruptamente para descobrir e solucionar a causa que nos fez deixar a corrida. Estamos tentando virar esse jogo“, afirmou.

De fato, uma situação que incomoda Lucas. “Temos um carro excelente. Rápido, constante, estável, e também já provamos com o outro trio da equipe que o R18 é também confiável. Temos enfrentado uma situação parecida com a que o (Lewis) Hamilton tem vivido nesta temporada da F1”, comparou o brasileiro, lembrando que o atual tricampeão de Fórmula 1, apesar de contar com o melhor carro da temporada, tem enfrentado diversos problemas e após quatro corridas encontra-se 43 pontos atrás do companheiro de equipe Nico Rosberg na classificação do Mundial.

A corrida de Spa neste fim de semana coloca uma novidade do regulamento de 2016 do WEC. Até o ano passado, as principais equipes da LMP1 inscreviam três carros cada, visando a preparação para as 24 Horas de Le Mans – e na tradicional prova francesa Audi e Porsche também correram com três carros. Agora o regulamento proíbe e as duas marcas alemãs vão com seus dois trios titulares.

“O terceiro carro era bom para reunir mais informações para a equipe e aumentar as chances de vitória e de uma pontuação alta. Mas não é nada fora do comum. Não acho que vá atrapalhar. Acho que toda ação que visa diminuir custos é bem-vinda”, avaliou.

A previsão do tempo em Spa é boa. “Em Silverstone o tempo estava muito louco. Até nevou na sexta-feira de treinos!”, impressionou-se. “Se tudo correr conforme o planejado, estamos confiantes em terminar bem a corrida com os dois carros e marcar excelentes pontos para a Audi Sport no Mundial”, concluiu.