Chevrolet deixa de produzir o motor LS7

(Foto: Divulgação)

A Chevrolet anunciou nesta semana que não estará mais comercializando o motor LS7. Ao contrário do Brasil, Nos EUA, você pode comprar diversas opções de motores direto do fabricante. Ele vem completo, basta tirar da caixa e instalar no seu carro. 

A notícia pegou muitos fãs e entusiastas de surpresa. Primeiro, a Chevrolet Performance descontinuou o motor LT5 V8 com de 6,2 litros em setembro do ano passado. Agora, está dando ao poderoso LS7 o mesmo destino. Infelizmente, isso não é uma surpresa, mas ainda é decepcionante. O que é mais chocante é que a versão de cárter úmido, o LS427/570, também está sendo descontinuada. Alguns pensaram que a alternativa menos cara ao LS7 seria oferecida aos consumidores por pelo menos mais alguns anos, mas essa expectativa foi pelo ralo. 

O motor LS7 foi apresentado pela primeira vez no Corvette Z06 e refinado com o Camaro Z/28 de 5ª geração. O motor vendido “separado” tornou-se popular entre os construtores, pois fornece muita potência instantânea em toda a faixa de rotação. Claro, existem motores menores com indução forçada que igualam ou excedem os 505 cavalos de potência e 470 lb.-ft. de torque feito pelo LS7, mas os números de potência não são tudo.

O LS427/570 prometia ainda mais potência com 570 hp e 540 lb.-ft. de torque, graças a um ajuste mais agressivo. Também era mais fácil instalar. A GM não revelou o motivo do encerramento da produção do propulsor.

A Chevy não anunciou nenhum motor substituto. É possível que não haja substituição, pois as ofertas de motores V8 diminuíram nos últimos anos. Oferecendo uma grande variedade de opções, o futuro deste tipo de venda parece incerto. Será que as próximas gerações do motor LS serão elétricos? 

O Corvette 100% elétrico está chegando

(Motor V8 de um dos maiores símbolos do automobilismo americano com os dias contados? (Foto: Divulgação)

Carros elétricos são cada vez mais comuns. Antes visto como um item de luxo, é cada vez maior a oferta deste tipo de modelo, frente ao modelos com combustão interna. Seja nos carros de rua, ou de competição, os carros que utilizam bateria chegaram silenciosamente, para a revolta dos puristas. 

A Porsche já possui seu modelo, o Taycan. A Tesla, com seu modelo S, é um sucesso de vendas, assim como diversos modelos das mais diversas montadoras. No início desta semana, a General Motors anunciou uma série de modelos 100% elétricos, que estarão nas ruas este ano. O comunicado foi feito durante o Consumer Electronics Show. Modelos como Chevy Silverado EV , Chevy Equinox EV , Chevy Blazer  e o conceito Cadillac InnerSpace AV.

O objetivo é lançar até 2025, 30 modelos movidos a energia. A pergunta que fica, e o Corvette? Ao contrário do Silverado, modelo mais vendido da Chevrolet, o Corvette é um carro de nicho, e um dos símbolos automobilísticos americanos. É impossível desassociar o motor V8 ao Corvette. Para referência, a Chevrolet vendeu 115.376 unidades do Silverado no quarto trimestre de 2021 e 8.293 unidades do Corvette durante o mesmo período.

Como é o dinheiro que manda, o caminho do V8, parece ser mesmo o museu. Corvette ofereceu uma potência impressionante (os primeiros modelos C1 são uma exceção) e um escapamento barulhento, duas características que são muito difíceis de “tirar”, levando em conta a barulheira de um V8. Mesmo sistemas elétricos apresentando mais torque e potência, faltará algo. 

Então, quando devemos esperar um veículo Corvette elétrico? Considerando que o ciclo de vida do veículo da GM normalmente dura cerca de seis anos, a nona geração C9 do Corvette deve ser lançada em 2026. Essa pode ser a geração em que o carro tenha a opção de um sistema 100% elétrico. 

O Corvette C8 E-Ray já é uma realidade com seu motor de V8 6.2 litros, em conjunto com um sistema híbrido. O E-Ray chegará como um substituto indireto do Grand Sport, que não fará parte da programação do C8, posicionando assim o E-Ray entre o C8 Stingray e o novo C8 Z06.

De acordo com o site gmauthority, está programado para 2024 a chegada do Corvette C8  Zora. Equipado com um motor bi-turbo V8 de 5.5 litros do C8 ZR1, e um sistema híbrido de aproximadamente 1.000 cv e pode ser considerado um super esportivo poderá acalmar ou não, os fãs temerosos a um Corvette 100% elétrico.  

GM deixa de fabricar o motor LT5 do Corvette

(Foto: Divulgação)

A General Motors anunciou neste final de semana que deixará de fabricar o motor LT5, propulsor mais potente da marca. O fato curioso é que o motor, um V8 de 6,2 litros com compressor e que produz 755 cv, teve apenas um ano de produção. 

A notícia foi confirmada pelo porta-voz da Chevrolet Performance, Trevor Thompkins para o portal Motor Trend. Thompkins não comentou por que o LT5 foi descontinuado ou quantos motores foram vendidos. Utilizado no Corvette C7 ZR1, a Chevrolet Performance anunciou sua disponibilidade durante a edição 2018 do SEMA, maior evento de carros customizados do mundo.  

Graças ao LT5, o ZR1 foi o Corvette de produção mais potente de todos os tempos. A Chevrolet lançou o modelo C8, com motor central. Acredita-se que a Chevrolet esteja planejando uma versão do ZR1 mais potente. A montadora já confirmou que um novo Z06 será lançado em outubro. O carro terá elementos do C8.R e poderá contar com um motor biturbo.

 

GM volta a considerar LMP2 para 2017

GM tem opções com a sua divisão Corvette e Cadillac. (Foto: Divulgação Getty Imagens)

O diretor do departamento de competições da GM, Mark Kent confirmou que a opção de se mudar para a classe LMP2 está sendo avaliada. “Eu acho que quando olhamos para o novo capítulo nas corridas de protótipo, é realmente um momento emocionante, começando em 2017”, disse Kent. “Acreditamos que a IMSA tem feito um trabalho muito bom. Agora sabemos quais motores serão aceitos, vamos verificar os tipos de carroceria.Portanto, temos informação suficiente agora para avaliar se continuamos internamente na série e se faz sentido criar uma perspectiva de negócios. Se vamos continuar, temos definição suficiente para determinar qual o produto faz mais sentido.”

Segundo o site Racer.com existe a possibilidade da GM usar a marca Cadillac para estampar possíveis carrocerias e motores já que as equipes podem “renomear” os propulsores. Outra possibilidade e a equipe usar o motor V6 bi turbo que esta no Cadillac e que poderia ser usado no TUSC.

“Eu acho que há oportunidades para usar esse motor em outros lugares, com algumas pequenas modificações”, acrescentou. “Falando com IMSA, existe vários pensamentos sobre protótipos usando motores baseados em propulsores GT3.”

“Percebemos que hoje corremos com o pequeno bloco V8 da Chevrolet além do V6 biturbo no Cadillac. Ambos os motores, poderiam ser usados em protótipos. Existe várias oportunidades daqui para frente. Mais uma vez, nós apenas precisamos explorar todas elas e tomar uma decisão que melhor se alinha com os nossos objetivos de marketing.”

Dos quatro fabricantes escolhidos pela ACO para ser fornecedora de chassis para 2017 a Dallara foi uma das escolhidas e a empresa já possui uma parceria com a GM na Indy Car, o que poderia otimizar todo o processo.

A Action Express Racing, Wayne Taylor Racing, e VisitFlorida.com são as equipes que utilizam chassis fornecidos pela Coyote, enquanto a WTR usa chassi Dallara, além de alguns pilotos competiram pela GM em outras séries. Além disso existe a possibilidade a GM desenvolver um carro completo e por a venda para equipes de clientes. Sobre a opção de um programa cliente ou de fábrica Kent se mantem dividido.

“Essa é uma pergunta difícil de responder, porque eu acho que ambas as abordagens têm seus prós e contras”, disse ele. “Por muitos anos, parecia ter, uma equipe de dois era o mais comum. Mas se você olhar para a história mais recente na classe P, com três ou quatro Corvette DP em duas ou três equipes.”

“Também é difícil argumentar se você pudesse continuar com as fortes equipes que estão atualmente em execução com os Corvette DP?” Kent continuou. “Não é uma coisa fácil de responder e, obviamente, nós não temos como responder a essa pergunta, até que responder à questão de saber se devemos ou não continuar mesmo na classe protótipo.” Finalizou.

Estaria a GM pensando na classe LMP2?

Com as mudanças regulamentares previstas para 2017 na classe LMP2, os fabricantes e equipes americanas que constroem e competem com modelos DP, tecnicamente inferiores aos LMP2, mas que recebem uma “ajuda” da IMSA, organizadora do TUSC, estão em um dilema.

Competir e comprar um novo LMP2 ou buscar outras soluções como correr em outras classes ou até outros campeonatos. O Diretor de corridas da GM Mark Kent é um dos que está se preparando para a mudança, já que seu Corvette DP é o protótipo mais usado desde que o TUSC estreou em 2014.

Nas 24 horas de Daytona entre os carros da classe P, quatro equipes competiram com modelos GM, entre elas a campeã do ano passado a Action Express. Para o dirigente o GM analisa uma mudança de postura e deve decidir se constrói ou não um LMP2.

“Tem havido muito diálogo, um monte de reuniões sobre como poderíamos unir os dois carros e chegar a uma plataforma comum“, disse Kent ao site RACER. “Os fabricantes, e a Chevrolet podem dar uma boa olhada e descobrir onde se poderia correr?”

Além de novos carros o futuro regulamento também rege uma nova geração de motores mais leves e econômicos contra os atuais e arcaicos V8, além da não obrigatoriedade do motor ser baseada em carros de produção em série, este último ainda em estudo.

“Há realmente dois caminhos que têm potencial”, disse Kent. “Um, é houve uma conversa sobre partes iguais para todos os carros independente do fabricante. Até que as regras vêm sejam definidas, nós não sabemos o que nós podemos fazer. Mas se as regras forem atraentes para Chevrolet e outros fabricantes, poderia ser um caminho para nós.”

“Outro caminho poderia realmente ser um caminho da tecnologia do motor, caso não chegarmos a um consenso sobre o desenho da carroceria, então talvez colocando um motor em um carro como um Ligier poderia nos oferecer a oportunidade de continuar na classe protótipo, porque a nossa participação nas classes de protótipos tem sido grande. “

Tanto a Ford, quanto GM e Riley propuseram durante a reunião em Daytona no começo do mês de Janeiro um desenho único nos mesmos moldes dos atuais DP, o que foi negado por fabricantes europeus como Ligier e Oreca que querem desenvolver soluções próprias em termos de aerodinâmica e formas do carro.

Caso a GM opte por ser uma fornecedora de motores o trabalho em torno do V8 5.5 litros utilizado nesta temporada terá que ser totalmente refeito já que não cabe em um LMP2. A solução “caseira” seria o novo 3.6 litros V6 bi turbo que está no Cadillac ATS-V que compete na Pirelli World Challenge. Nada impede contanto que seja desenvolvido um novo motor.

Outras dúvidas pairam sobre o futuro da GM na classe P, caso escolha desenvolver um programa completo com chassi e motor, quem ficará a cargo da construção? Atualmente os Corvette DP são construídos tanto pela Riley quanto Coyote, recebendo apenas a bolha do C7.R. Vale lembrar que na filosofia da ACO a classe LMP2 é exclusiva de equipes de clientes, logo um programa de fábrica da GM não seria permitido.

Mesmo tendo um carro defasado em termos tecnológicos Kent ainda considera a plataforma DP atual. “Se você olhar para Corvette Daytona, existe um ponto de referência do que pode ser feito em um LMP futuro, incluindo os novos recursos C7 que utilizamos este ano”, observou Kent. “Nós gostamos da plataforma. Achamos que ela nos oferece uma grande oportunidade. Mas, mais uma vez, precisamos olhar para ela a partir de um ponto de vista empresarial e descobrir o que faz sentido para nós. “

Projeto defasado os Daytona Prototypes, são falhos no quesito segurança como no acidente com o #99 em 2014 durante as 24 horas de Daytona

Além da escolha ou não outro ponto que também passar pela cabeça dos executivos da montadora é a transferência de tecnologia que atualmente impere na classe LMP1, em termos de motorização e recuperação de energia. A GM tem produtos tanto na Fórmula Indy, NASCAR e na classe GT com o C7.R a escolha por um programa LMP2 poderia transportar tecnologia tanto para as outras categorias como para seus carros de rua.

“Nós olhamos sempre para maximizar a transferência de tecnologia, e não é sempre a parte de uma parte, nem sempre levamos o bloco do motor do carro de corrida e colocá-lo diretamente em um carro de rua”, explicou Kent. “Corridas servem para o desenvolvendo de ferramentas, aerodinâmicas ou mecânicas que podem serem aplicadas a carros de produção e tornar as ferramentas de produção melhores. Nós fizemos isso com o C7.R onde, quando estávamos desenvolvendo o ZR supercharger, não tínhamos ferramentas de produção para entender como o carro se comportaria a 200 km/h. Ele sairia voando ou iria ficar colado no chão?”

“Estamos empenhados com nossos parceiros de corrida, usamos nossas ferramentas aerodinâmicas nas corridas, aprendemos, testamos elas e depois desenvolvemos ferramentas para os carros de produção em série mais fortes por exemplo. Outro exemplo é quando olhamos para a IndyCar, as pessoas dizem que não fazemos corridas lá. Mas aprendemos muito com a injeção direta, turbos redimensionados e o deslocamento de ar, e depois otimizamos isso para nossos carros. Quando você olha para nossos carros de corrida, ele precisa ser bonito? Tem que ter estilo? Sim. Será que o motor tem que ser baseado em um modelo de produção? Não. Mas ele deve ter tecnologias que são relevantes para a produção? Absolutamente “.

O regulamento final deve ser apresentado pela IMSA e ACO até o final deste ano, e até lá a dúvida sobre o rumo da GM na classe P figura apenas no campo da especulação.

“Nós recentemente se reunimos com a IMSA que forneceu uma atualização sobre o seu progresso sobre o desenvolvimento dos regulamentos de 2017 P2”, disse. “Depois que o motor, chassi e carroceria forem regulamentos pela IMSA fica mais fácil avaliar se a nossa participação na classe de protótipos será viável ou não.”

Leia também: Novas regras podem reduzir construtores na classe LMP2.