Christian Fittipaldi será o Grand Marshal das 24 Horas de Daytona

Brasileiro é tricampeão das 24 Horas de Daytona. (Foto: Divulgação)

Christian Fittipaldi será o Grand Marshal da edição 2020 das 24 Horas de Daytona. A notícia foi divulgada nesta sexta-feira, 03. A função do brasileiro, tricampeão da prova, será o responsável pelo comando “Pilotos, liguem seus motores”.

Fiquei bastante surpreso e extremamente honrado por ter sido convidado para assumir as funções de Grand Marshal no Rolex 24 deste ano”, disse Fittipaldi. “Definitivamente, estou ansioso por isso. Acho muito legal ter essa oportunidade tão rapidamente depois que parei de correr”.

Com passagens pela F1, categorias de monopostos e NASCAR, Christian obteve diversas vitórias e títulos depois que se estabelecer no endurance. Ele se aposentou da competição após as 24 Horas de Daytona de 2019. Foram 12 vitórias na IMSA, dois títulos no IMSA WeatherTech SportsCar Championship e quatro títulos na IMSA Michelin Endurance Cup.

Em Daytona, Fittipaldi conquistou três vitórias gerais (2004, 2014 e 2018), além de duas finalistas. 

“Com seus sucessos na pista e sua personalidade magnética fora da pista, Christian atraiu legiões de fãs durante sua carreira”, disse Chip Wile, presidente da Daytona International Speedway.

“Ele desfrutou de muitos de seus maiores triunfos aqui no Daytona International Speedway e estamos honrados em tê-lo presidindo como o Grand  Marchal na abertura da prova”.

Os “marechais” de Daytona nos últimos anos foram: Scott Pruett, Chip Ganassi, Dario Franchitti, Tom Kristensen e Jochen Mass.

“Não posso resumir uma carreira de 38 anos em 24 horas”, diz Fittipaldi sobre Daytona

Fittipaldi e Barbosa: parceria vencedora (José Mário Dias)

A 57ª edição das 24 Horas de Daytona, disputada neste final de semana, marcou o encerramento de uma etapa muito importante na vida de Christian Fittipaldi, a de piloto. A bordo do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R e ao lado dos companheiros Filipe Albuquerque e João Barbosa, o brasileiro terminou em nono no geral e sétimo na categoria DPi, numa grande prova de recuperação, após terem problemas no classificatório e largarem de último.

A corrida foi marcada por muita chuva, o que provocou seu cancelamento prematuro. Fittipaldi, Barbosa e Albuquerque vinham bem no início da prova, chegando a ocupar as primeiras posições, até passarem a ter alguns problemas elétricos, que custaram muitas voltas nos boxes para o conserto.

O trio, que brigava pela segunda vitória consecutiva em Daytona, tinha tudo para lutar por um novo pódio. Com 30 minutos de prova, Albuquerque chegou a andar em segundo lugar. Quando Fittipaldi foi para a pista, depois de quase três horas de prova, o carro passou a ter problemas elétricos, que estavam impedindo o acionamento das luzes de freio.

A equipe trabalhou forte para realizar os reparos, mas o carro caiu para a 45ª posição. A partir daí os pilotos aceleraram forte para buscar a recuperação, que poderia ter sido ainda melhor, caso as condições climáticas nas oito horas e meia finais não tivessem piorado tanto, resultando em duas bandeiras vermelhas e várias amarelas.

Fittipaldi, que venceu as 24 Horas de Daytona em 2004, 2014 e 2018, destacou que esperava encerrar sua carreira com um resultado melhor, mas deixou a pista satisfeito por todas as conquistas ao longo de 38 anos. O piloto, único brasileiro até hoje a ter corrido na F-1, Indy e NASCAR, recebeu inúmeras homenagens no final de semana em Daytona.

“Largamos em 11º, chegamos a andar entre os top 6. Mas, infelizmente, enfrentamos alguns problemas elétricos ainda no início da prova e perdemos muitas voltas nos boxes para o conserto. Uma pena, porque o carro estava muito consistente e tínhamos boas chances não fossem os problemas. Mas conseguimos terminar a corrida. Não era o resultado que queríamos, mas não posso resumir 38 anos de carreira em 24 horas”, frisou.

“Encerro minha carreira com a melhor sensação possível. Extremamente feliz e realizado com tudo que consegui. Sou muito grato a minha família, equipes pelas quais passei, patrocinadores que me apoiaram e a todos que sempre torceram por mim. Hora de iniciar um novo capítulo na minha vida, com a certeza de que fiz o meu melhor ao longo de todos estes anos nas pistas”, disse o brasileiro de 48 anos.

“Seria maravilhoso que o Christian encerrasse sua carreira com um resultado melhor, mas tem dias que as coisas não saem como gostaríamos”, declarou Albuquerque. “Tivemos um problema com as luzes de freio e isso é tão difícil de acontecer, principalmente numa corrida desta dimensão. Foi uma pena pelo Christian”, lamentou o português.

Barbosa, que foi bicampeão do IMSA ao lado de Fittipaldi e também esteve com o brasileiro nas vitórias em Daytona em 2014 e 2018, também gostaria que o resultado fosse melhor, mas destacou o trabalho do brasileiro.

“O Christian foi um soldado: ficou na pista em condições difíceis e fez o que pode”, afirmou. “Infelizmente, ele está deixando as pistas com este resultado e nestas condições. Poderia ter sido mais divertido. Mas foi um privilégio pilotar ao lado dele ao longo destes anos e desejo o melhor para ele”, continuou Barbosa, que também comentou sobre a prova.

“Depois do problema que tivemos, sabíamos que seria difícil recuperar mais, mas nos mantivemos na pista, porque era importante pelos pontos. Foi uma situação que nunca acontece com a equipe, este tipo de problema, mas corrida é assim. No ano passado, estávamos felizes com a vitória e agora estamos desapontados”, completou Barbosa.

A próxima etapa do IMSA acontecerá entre os dias 13 e 16 de março, com a disputa das 12 Horas de Sebring, também na Flórida.

Christian Fittipaldi tenta o tetra em Daytona ao lado de João Barbosa, Filipe Albuquerque e Mike Conway

A primeira vitória em 2004 com Terry Borcheller, Forest Barber e Andy Pilgrim. (Divulgação)

Christian Fittipaldi encerra no final deste mês sua grande trajetória no automobilismo na disputa da 57ª edição das 24 Horas de Daytona. O piloto, que completa 48 anos nesta sexta-feira (dia 18), tentará pela quarta vez vencer essa tradicional corrida a bordo do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R da equipe Action Express Racing.

O brasileiro estará ao lado dos portugueses João Barbosa e Filipe Albuquerque, com os quais venceu as 24 Horas de Daytona de 2018, e também do britânico Mike Conway.

Com três títulos na prova, Fittipaldi e Barbosa vão tentar alcançar os pilotos Bob Wollek, Rolf Stommelen, Peter Gregg e Pedro Rodriguez como tetracampeões em Daytona. Hurley Haywood e Scott Pruett são os únicos pentacampeões.

Fittipaldi, que anunciou sua decisão de “pendurar o capacete” no final do ano passado, não poderia escolher o palco melhor para a sua despedida e tentar aumentar sua coleção de Rolex.

“Escolhi essa prova para a minha última corrida, porque Daytona é Daytona. Amo a corrida, amo o lugar”, declarou o paulista, único piloto brasileiro a ter disputado as três principais categorias do mundo (Fórmula 1, Indy e NASCAR).

“Meus resultados falam por si mesmos. Não só as três vitorias, mas eu terminei no pódio seis vezes lá. Daytona, definitivamente, significa muito para a minha carreira e, agora, estou muito animado para voltar lá para a minha última corrida”, destacou.

Fittipaldi estreou em Daytona em 2003, correndo pela equipe Bell Motorsports Doran Chevrolet na primeira corrida dos Protótipos. Os seis DPs sofreram com a falta de testes e preparativos, e os GTs levaram a melhor para vencer no geral.

2004 – A primeira vitória
Em 2004, Fittipaldi voltou em um grid mais robusto de 17 Protótipos, conquistando sua primeira vitória em Daytona com o #54 Kodak Pontiac Doran JE-4 ao lado dos pilotos Terry Borcheller, Forest Barber e Andy Pilgrim.

Foi também a primeira vitória de um DP no geral do evento. A corrida aconteceu em uma das piores condições em 42 anos de história do evento, com a chuva caindo em 18 das 24 horas. O Kodak DP esteve entre os líderes durante todo a disputa, brigando com o Crawford Citgo Chevrolet Crawford do trio Tony Stewart, Dale Earnhardt Jr. e Andy Wallace.

“Nessa primeira vitória em Daytona, minha maior lembrança é a chuva. Foi tão complicado, porque ela não parava”, lembrou Fittipaldi. “Olhando para trás agora, foi a primeira corrida que vimos os DPs mais competitivos. Percorremos um longo caminho desde então, mas isso não tornou as coisas mais fáceis na época! Foi um alívio terminar a prova, porque nosso carro estava superaquecendo e só pensávamos em terminar”, contou.

O triunfo em Daytona em 2004 abriu as portas para a carreira de Fittipaldi na categoria. O piloto passou por várias equipes, incluindo a Bell Motorsports, Krohn Racing / TRG e Eddie Cheever Racing.

Fittipaldi conquistou a chance de se juntar à Action Express Racing nas 24 Horas de Daytona de 2011. Em 2013, passou a disputar a temporada completa pelo time, dividindo o #5 Corvette DP com João Barbosa. Eles venceram duas corridas na temporada, terminando o campeonato da Grand-Am em sétimo lugar.

2014 – A vitória perfeita

Segunda conquista veio com João Barbosa e Sebastien Bourdais. (Foto: Divulgação)

Em 2014, a Grand-Am uniu-se à American Le Mans Series e surgiu o IMSA Tudor United SportsCar Championship, que estreou em Daytona.

Fittipaldi e Barbosa se juntaram ao tetracampeão da Indy Sebastian Bourdais e venceram não só os outros Protótipos Daytona, mas também os carros LMP2 e os protótipos DeltaWing da ALMS.

A equipe assumiu a liderança pela primeira vez no final da primeira hora e esteve na briga o tempo todo, com Barbosa fechando a corrida e vencendo com 1s461 de vantagem.

“Minha segunda vitória em Daytona foi definitivamente incrível”, frisou Fittipaldi. “Se eu pudesse descrever uma corrida perfeita, seria essa. Foi uma combinação de tudo. A forma como a equipe trabalhou, os pit stops perfeitos, o entendimento entre o João, eu e todos fez aquilo possível. O Gary (Nelson), os engenheiros, eu podia olhar nos olhos de todos e saber exatamente o que queriam dizer e o que precisávamos para chegar lá. É por isso que você se esforça, foi um esforço de toda a equipe”.

2018 – A vitória que começou no ano anterior

Tri veio com Albuquerque e Barbosa. (Foto: Divulgação)

A vitória nas 24 Horas de Daytona do ano passado começou a ser planejada nos minutos finais do evento de 2017. Filipe Albuquerque liderava com o #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R e estava numa briga acirrada com Ricky Taylor. Os dois carros disputaram posição na curva 1 e se tocaram faltando cinco minutos. Albuquerque saiu da pista, voltou, mas Taylor assumiu a liderança e venceu.

“O que é uma ultrapassagem limpa? Não sei, mas isso certamente venderá ingressos para a corrida do ano que vem”, declarou Fittipaldi na época.

A chegada do bicampeão da Fórmula 1, Fernando Alonso, e a entrada de dois Acura Team Penske deixaram o Mustang Sampling de Fittipaldi, Barbosa e Albuquerque fora das primeiras posições nos treinos pré Daytona no ano passado.

Mas, quando a corrida começou, eles logo estavam na ponta e se mantiveram lá. O Cadillac de número 5 brigou pelo pódio a prova toda e Barbosa assumiu a liderança faltando oito horas e 44 minutos para o final. A equipe liderou as 293 voltas finais para chegar à vitória.

O Mustang Sampling completou 808 voltas e 2.876,48 milhas, ambos recordes em Daytona. A equipe lutou contra um superaquecimento, mas nunca deixou a ponta. No final, os vencedores lideraram incríveis 579 voltas.

A Action Express ainda terminou a prova com uma dobradinha com o #31 Whelen Engineering Cadillac de Eric Curran, Felipe Nasr, Mike Conway e Stuart Middleton em segundo, 1min10s744 atrás dos campeões.

“A vitória no ano passado foi um grande alívio para nós, porque chegamos tão perto no ano anterior e não deu certo”, disse Fittipaldi. “Toda a equipe carregou este peso a temporada toda. Ficamos engasgados. Então vencer no ano seguinte foi uma sensação incrível. Foi, definitivamente, uma das melhores sensações que já tive na minha carreira. Toda vez que você vence esta corrida, é melhor do que antes. E espero uma quarta vitória para fechar com chave de ouro”, finalizou o brasileiro, que é bicampeão do IMSA e tetracampeão do Campeonato Norte-americano de Endurance.

Os treinos para as 24 Horas de Daytona acontecem no dia 24 de janeiro. A largada da prova, no sábado (26), será às 14h35 (local, 17h35 de Brasília).

Brasileiros da equipe Action Express satisfeitos com testes em Daytona

(Foto: Divulgação)

Com um grid estrelado, reunindo grandes nomes do automobilismo mundial, os preparativos para a 57ª edição das 24 Horas de Daytona tiveram início com o já tradicional ROAR entre os dias 4 e 6 de janeiro. A equipe Action Express Racing, que tem os brasileiros Christian Fittipaldi, Pipo Derani e Felipe Nasr, trabalhou forte nas sete sessões livres e no classificatório, que definiu as posições nos boxes para a corrida, que acontecerá nos dias 26 e 27 no Daytona International Speedway na Flórida (EUA).

A prova será especial para Fittipaldi. O piloto que vai tentar sua quarta vitória em Daytona também fará nesta corrida sua despedida das pistas. Ele estará no #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R ao lado dos portugueses João Barbosa e Filipe Albuquerque e do britânico Mike Conway. No classificatório do último domingo, Albuquerque registrou o quarto melhor tempo (1:34.282) para a equipe, que durante todos os treinos esteve sempre entre as mais rápidas da classe DPi.

No outro carro da Action Express Racing, o #31 Whelen Engineering Cadillac DPi-V.R, que é o atual campeão do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, os brasileiros Felipe Nasr, Pipo Derani e o norte-americano Eric Curran também deixaram a pista satisfeitos e animados. Nasr foi o responsável pela melhor volta do Cadillac #31 no classificatório, marcando o quinto tempo (1:34.368) e deixando os dois carros da equipe lado a lado nos boxes.

O ROAR também deu aos times a chance de testar os novos pneus Michelin, que passam a ser utilizados a partir de 2019. As atividades em Daytona só retornam agora no final do mês, com o treino que irá definir o grid no dia 24. A prova terá sua largada às 14h35 do dia 26 (17h35 de Brasília).

“Foram três dias muito bons e experimentamos tudo o que gostaríamos em nosso Cadillac. Os carros da Mazda se mostraram um pouco mais velozes, mas estamos confiantes de que a gente ainda tem um pouco mais guardado. E estamos confiantes, acima de tudo, em nosso ritmo de corrida. Acho difícil brigar pela pole, mas para a corrida acredito muito no ritmo, o que durante 24 horas, faz uma diferença brutal. Estou muito animado”, comentou Fittipaldi, que ao lado de Barbosa e Albuquerque, foi o vencedor em Daytona no ano passado.

Apesar de satisfeito, Albuquerque afirmou que esperava numa posição ainda melhor para o #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R no classificatório. “Foi uma volta muito boa e fiquei surpreso em saber que registramos o quarto tempo. Ainda temos algum trabalho para a corrida, mas estou feliz por conseguir um bom espaço nos boxes para a equipe e agora temos muitos dados para rever até a prova”, lembrou o português.

Atual campeão do IMSA, Nasr também destacou a boa performance do seu carro. “Nosso Cadillac estava muito bom. Não sei se vamos encontrar toda a velocidade que os demais carros, mas sei que a equipe Action Express vai analisar tudo e tirar o que for possível do carro, como eles sempre fazem”, disse o brasileiro, que no ano passado foi vice-campeão em Daytona.

Estreando no time, Pipo Derani – que já venceu Daytona em sua primeira tentativa em 2016 – também está motivado. “Foi muito bom o meu primeiro contato com a equipe. Precisava destes três dias para nos conhecermos e entendermos melhor como cada um de nós trabalha. Tudo correu muito bem. A equipe tem sido extremamente aberta e me recebeu da melhor maneira possível. Estou muito feliz com isso. A adaptação com o carro também foi muito boa. Estou gostando bastante de pilotar o Cadillac e eu não posso esperar pela corrida e começar este novo trabalho, essa nova fase na minha carreira que eu acredito será muito boa. Espero contribuir ao máximo neste trabalho que começa agora e tentar manter o título dentro da equipe”, completou o jovem piloto.

Uma das maiores provas de endurance do mundo, as 24 Horas de Daytona abrem a temporada do IMSA, que terá ao longo do ano o total de 10 provas.

Confira os 10 primeiros no classificatório do último domingo (categoria DPi):

1 77 O. Jarvis / T. Nunez / T. Bernhard/ R. Rast Mazda Team Joest Mazda DPi 1:33.398 
2 55 J. Bomarito / H. Tincknell / O. Pla Mazda Team Joest Mazda DPi 1:33.423 
3 7 H. Castroneves / R. Taylor / A. Rossi Acura Team Penske Acura DPi 1:34.261 
4 5 J. Barbosa / F. Albuquerque / C. Fittipaldi / M. Conway Mustang Sampling Racing Cadillac DPi 1:34.282 
5 31 F. Nasr / P. Derani / E. Curran Whelen Engineering Racing Cadillac DPi 1:34.368
6 10 R. Van Der Zande / J. Taylor / F. Alonso / K. Kobayashi Konica Minolta Cadillac DPi-V.R. Cadillac DPi 1:34.431 3 
7 6 J. Montoya / D. Cameron / S. Pagenaud Acura Team Penske Acura DPi 1:34.431 
8 50 W. Owen / R. Binder / A. Canapino / K. Kaiser Juncos Racing Cadillac DPi 1:34.796 
9 85 M. Goikhberg / T. Vautier / DeFrancesco / R. Barrichello JDC-Miller MotorSports Cadillac DPi 1:34.935 
10 84 S. Trummer / S. Simpson / C. Miller JDC-Miller MotorSports Cadillac DPi 1:35.066

“Achávamos que daria no limite”, comenta Christian Fittipaldi sobre erro em Petit Le Mans

Brasil perde, Brasil ganha. Christian parabeniza Nasr pelo título. (Foto: José Mário Dias)

Um desfecho inesperado marcou a 10ª e última etapa da temporada 2018 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship neste sábado, 13, em Road Atlanta. Filipe Albuquerque estava a bordo do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R, da Action Express Racing, e tinha a vitória nas mãos. No entanto, faltando duas curvas para a linha de chegada, o carro ficou sem combustível, perdeu posições, mas ainda cruzou na quarta colocação. 

Apesar da tristeza pela perda da vitória, o time pode comemorar a conquista do título com o outro carro da Action Express Racing, o #31 Whelen Engineering Racing Cadillac DPi-V.R, que conta com o brasileiro Felipe Nasr. O piloto e o norte-americano Eric Curran também conquistaram o título do Campeonato Norte-americano de Endurance, que envolve as quatro provas longas (24 Horas de Daytona, 12 Horas de Sebring, 6 Horas de Watkins Glen e 10 Horas de Petit Le Mans).

Em Road Atlanta, Fittipaldi dividiu a pilotagem com Albuquerque e o francês Tristian Vaultier, que substituiu o titular João Barbosa, que não pode correr em virtude de um machucado na costela, após o acidente na etapa de Laguna Seca no mês passado. Largando da sexta posição, o #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R mostrou forte performance, superando algumas adversidades para andar entre os líderes em boa parte da prova, dominando as horas finais. Albuquerque assumiu a liderança no último pit stop, faltando menos de 30 minutos para o encerramento da corrida e só perdeu a ponta nas curvas finais.

“Ficamos sem combustível, faltando duas curvas. Não foi nem questão de arriscar. Sabíamos que estava justo, mas achávamos que daria no limite. O carro estava na frente, mas infelizmente não deu e ficamos fora do pódio. Agora é virar a página e ir pra próxima, a minha última”, comentou Fittipaldi, que já anunciou sua retirada das pistas após as 24 Horas de Daytona em janeiro de 2019.

“Gostaria de parabenizar o Felipe (Nasr) e o Eric (Curran), que foram campeões do IMSA e do Campeonato Norte-americano de Endurance. Tivemos um ano muito bom no geral da equipe, ganhamos Daytona no começo do ano. Poderia ter sido melhor o final, com mais uma vitória, mas corridas são assim”, completou o brasileiro, que este ano disputou apenas as provas longas e atuou como diretor esportivo da Action Express Racing.

Nasr e Curran, que dividiram a pilotagem com Gabby Chaves em Road Atlanta, terminaram a etapa na oitava colocação, o suficiente para a conquista do título. Mas o final também foi emocionante para o #31 Whelen Engineering Cadillac DPi-V.R.

“Gostaria de agradecer ao Eric, Gabby e ao Mike (Conway). Apesar do Mike não estar aqui neste final de semana, ele foi parte importante da equipe. E agradecer a todos da Action Express, aos patrocinadores e a todos que estão por trás de todo este nosso esforço. Estou muito feliz. Este foi meu primeiro ano na categoria e terminar com o título, não poderia imaginar um final melhor”, declarou Nasr.

Um dos times com mais títulos na história da categoria, a Action Express Racing soma agora quatro títulos no geral (2014, 15, 16 e 18) e cinco no Norte-americano de Endurance (2014, 15, 16, 17 e 18).

Em final surpreendente, Wayne Taylor Racing vence Petit Le Mans

Cadillac #10 venceu após falta de combustível do #5. (Foto: Brian Cleary/bcpix.com)

Tudo aconteceu na última volta. A equipe Wayne Taylor Racing dos pilotos Range van der Zande, Jordan Taylor e Ryan Hunter-Reay venceram a última etapa da IMSA neste sábado, 13, em Road Atlanta. A vitória certa para o Cadillac #5 da Action Express foi por terra, faltando duas curvas para o fim da prova. Filipe Albuquerque que dividiu o carro com Christian Fittipaldi e Tristan Vautier, viu tudo ir por terra.

A prova que começou com o domínio da Nissan e Mazda, viu os ponteiros perdendo os primeiros lugares. Pipo Derani que largou na pole, teve um pneu furado nas primeiras voltas. Mesmo infortúnio teve a equipe Mazda que perdeu um dos pneus enquanto liderava.

Classificação final NAEC
Classificação final
Resultado final Petit Le Mans

Juan Pablo Montoya que despontava entre os líderes, perdeu o controle do Acura #6. O piloto que dividiu o protótipo da equipe Penske com Dane Cameron e Simon Pagenaud, não conseguiu voltar para a corrida.

Oliver Jarvis, Lucas di Grassi e Tristan Nunez ficam na segunda posição com o Mazda #77, enquanto Jonathan Bommarito, Marino Franchitti e Simon Pigot. Com o resultado da prova Felipe Nasr e Eric Curran se tornam os campeões da IMSA em 2018. A dupla chegou em oitavo na classe, brigando contra o consumo de combustível nas voltas finais.

O Nissam #22 de Pipo Derani, Johannes van Overbeek e Timo Bernhard, ficou com o sexto lugar, marcando o fim da parceria entre a equipe Extreme Speed Motorsports, Nissan e Tequila Patron.

Nasr é campeão em seu primeiro ano na IMSA

Brasileiro será companheiro de Pipo Derani em 2019. (Foto: Divulgação)

Felipe não se arrependeu de ter saído da Fórmula 1. Competindo pela Action Express que conquistou o título em 2017, o brasileiro teve boas apresentações durante todo ano. Ao lado do experiente Eric Curran, souberam economizar combustível. O nono lugar virou oitavo quando o Oreca #85 da equipe JDC-Miller teve que entrar nos pits para abastecimento, na última volta.

Vitória da Porsche e título da Corvette na classe GTLM

Corvette conquista mais um título na classe GTLM. Porsche vence. (Foto: Divulgação IMSA/Porsche)

Nick Tandy e Patrick Pilet e Fred Makowiecki venceram na classe GTLM com Porsche #911, enquanto Jan Magnussen e Antônio Garcia com o Corvette #3 conquistaram o título na classe. A dupla teve a ajuda de Marcel Fassler, ex-piloto da Audi no Mundial de Endurance. O trio que chegou a perder o controle do carro, terminando em 8º na classe. Este foi o segundo título consecutivo da dupla.

Seus principais rivais, Ryan Briscoe, Richard Westbrook e Scott Dixon que pilotaram o Ford #67, terminaram na quinta posição. O Trio do Porsche vencedor também enfrentou problemas com o consumo de combustível. A vantagem para Tommy Milner no Corvette #4 de 11.443 segundos, foi suficiente para conquistar a vitória. Patrick Pilet e Fred Makowiecki venceram este ano as 12 horas de Sebring e as 24 horas de Nurburgring.

O BMW #24 terminou na terceira posição, seguido pelo irmão #25. O Ford #67 ficou com a quinta posição. Todos os carros da classe GTLM, terminaram a prova.

Título para a Paul Miller Racing na classe GTD.

Daniel Serra leva a Ferrari ao primeiro lugar na classe GTD. Lamborghini vence o campeonato. (Foto: Divulgação)

O brasileiro Daniel Serra ao lado de Cooper MacNeil e Gunnar Jeannette venceu com a Ferrari #48 da Scuderia Corsa. Serra superou Álvaro Parente faltando 40 minutos para o término da prova. O título da classe ficou com o Lamborghini #48 da Paul Miller Racing dos pilotos Bryan Sellers e Madison Snow.

Christian Fittipaldi e Felipe Nasr brigam pelo título da IMSA em Petit Le Mans

Christian Fittipaldi pode vencer Norte-americano de Endurance pela 5a vez (José Mário Dias)

O brasileiro Christian Fittipaldi volta ao cockpit do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R, da Action Express Racing, neste sábado (dia 13) na disputa da décima e última etapa da temporada 2018 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship. As 10 Horas de Petit Le Mans, em Road Atlanta (EUA), também marcam a quarta etapa do Campeonato Norte-americano de Endurance, que envolve as quatro provas longas (além desta: 24 Horas de Daytona, 12 Horas de Sebring e 6 Horas de Watkins Glen).

Fittipaldi vai dividir a pilotagem com o português Filipe Albuquerque e o francês Tristian Vautier, que substituirá o titular João Barbosa. O piloto sofreu um machucado na costela, após o acidente na etapa de Laguna Seca, no mês passado, e foi aconselhado pelos médicos a não disputar a prova deste sábado. Barbosa abandonou a corrida logo após a largada, ao levar uma forte batida. Rápido e habilidoso, Vautier chega ao time depois de boas performances, que inclui a pole este ano nas 12 Horas de Sebring.

Os treinos livres no circuito de 2,54 milhas (aproximadamente 4,1 km) terão início nesta quinta-feira (11), com o classificatório na sexta (12), entre 17h45 e 18 horas de Brasília. No sábado, a prova terá sua largada às 12h05, com chegada às 22h05 (de Brasília). O Fox Sports transmitirá boa parte da disputa, a partir das 16h30.

Em 2015, Fittipaldi e Barbosa venceram a etapa de Petit Le Mans e asseguraram o bicampeonato do IMSA. Este ano, os dois e Albuquerque abriram a temporada com vitória nas 24 Horas de Daytona e é desta forma que Fittipaldi também espera encerrar 2018: no alto do pódio.

O brasileiro, que este ano assumiu a função de diretor esportivo da Action Express Racing, participou apenas das provas longas, substituindo Barbosa em uma das etapas de Sprint, após o português sofrer um acidente de bicicleta. Fittipaldi realizou testes recentemente na pista de Road Atlanta e também vai com tudo para brigar por seu quinto título no Campeonato Norte-americano de Endurance.

Felipe Nasr: luta pelo título no ano de estreia (José Mário Dias)

“Eu estive em todas as corridas, participei de todas as reuniões, então sei onde estamos, como o nosso carro está e tudo mais”, comentou Fittipaldi, que em 2019 vai tentar sua quarta vitória nas 24 Horas de Daytona, onde já anunciou que encerrará sua carreira.

“Mas, tendo completado várias voltas durante o teste, não há nada que substitua estar dentro do carro e foi muito produtivo para mim. Como perdemos a chance de pontuar em Laguna Seca, isso mudou bastante nossas expectativas para Road Atlanta”, continuou o brasileiro.

Com pontos na quarta e na oitava horas, em adição aos pontos do resultado final, a equipe espera capitalizar em cada segmento da Petit Le Mans para lutar pelo quinto título seguido no Campeonato Norte-americano de Endurance.

“Queremos o título, não há duvidas. Não estamos na posição ideal para isso, mas ainda temos chances. Não sabemos como a corrida irá se desenrolar, então temos de estar atentos para tentar estar o mais à frente possível”, completou o brasileiro.

Fittipaldi e Albuquerque somaram 25 pontos nas três provas anteriores do campeonato de endurance. Eles estão em segundo lugar, a seis pontos dos líderes, os companheiros de equipe Felipe Nasr e Eric Curran, que pilotam o #31 Whelen Engineering Racing Cadillac DPi-V.R.

A dupla também lidera a temporada geral do IMSA e Nasr pode ser campeão em sua primeira temporada completa na categoria. Eles somam 254 pontos no geral, quatro a menos que os vice-líderes. A dupla venceu a etapa de Detroit, chegou em segundo nas 24 Horas de Daytona, entre mais cinco pódios na temporada. Na Petit Le Mans, também irão dividir o cockpit com Gabby Chaves.

“Última corrida do ano? Como a temporada passou rápido!”, disse Nasr. “Estou bem preparado para Petit Le Mans. Tivemos a oportunidade de testar no circuito algumas semanas atrás e deixarmos tudo pronto para a corrida final. É uma pista divertida, com curvas rápidas, mas também difícil para lidar com o tráfego. Tem todos os ingredientes para uma disputa de 10 horas emocionante”, continuou.

“Sei que temos a melhor equipe por trás de nós quando disputamos provas de endurance. Petit demanda muito e também é um desafio na parte física para os pilotos. Como equipe, nosso objetivo continua sendo o mesmo: vencer!”, finalizou Nasr.

Christian Fittipaldi anuncia despedida das pistas após 24 Horas de Daytona de 2019

Christian Fittipaldi durante a coletiva deste sábado em Road America (José Mário Dias)

Trinta e sete anos de carreira nas pistas, vitórias, conquistas e passagens pelas principais categorias do automobilismo mundial. O brasileiro Christian Fittipaldi, atualmente piloto da equipe Action Express Racing no IMSA WeatherTech SportsCar Championship, anunciou neste sábado (dia 4) que a disputa das 24 Horas de Daytona de 2019, em janeiro, marcará sua despedida das pistas. Tricampeão da lendária corrida de endurance, ele espera lutar por sua quarta vitória no geral na sua última disputa no automobilismo de alta competição.

“Tudo na vida tem um começo, um meio e um fim. E eu ainda estou no começo deste estágio final da minha carreira e competindo neste nível”, declarou Fittipaldi. “Tudo o que posso dizer é que tem sido uma jornada maravilhosa. Obrigado mãe (Susy) e pai (Wilson Fittipaldi) e toda a minha família. Sem eles, eu não teria as oportunidades que consegui em toda a minha carreira. Minha esposa e minha filha que sempre me deram muita motivação, especialmente nos últimos estágios da minha carreira”, continuou.

Nestes anos, Christian acelerou nas pistas do mundo todo e até hoje é o único brasileiro a ter corrido em três das principais categorias do automobilismo mundial: F-1, F-Indy e NASCAR.

Nascido em São Paulo, em 18 de janeiro de 1971, Christian é membro de uma das famílias mais importantes do automobilismo nacional. Estreou no kart aos 10 anos e foram seis temporadas na modalidade, onde disputou provas no Brasil e na Europa, com muitas vitórias.

Aos 17 anos, iniciou a carreira no automobilismo e, em 1988, foi vice-campeão da Fórmula Ford. No ano seguinte, foi campeão da Fórmula 3 Brasileira e, em 1990, conquistou o título Sul-americano. O piloto também correu na Fórmula 3 Inglesa, na mesma temporada, quando terminou em quarto lugar. Com o resultado, Christian tornou-se na época o piloto mais jovem a conseguir a Superlicença para correr de Fórmula 1.

Em 1991, estreou na Fórmula 3000 Internacional e conquistou o título, que lhe abriu as portas para a principal categoria do automobilismo mundial. Entre 1992 e 94, foram 40 GPs na Fórmula 1 pelas equipes Minardi e Arrows, com 12 pontos no Mundial de Pilotos. Neste período, outra conquista marcante para o piloto foi a vitória nas 24 Horas de Spa, em 1993, a bordo de um Porsche de fábrica.

Em 1995, com apenas 24 anos, Christian voltou a surpreender e transferiu-se para a Fórmula Indy nos Estados Unidos. Correndo pela Walker, foi vice-campeão da tradicional 500 Milhas de Indianápolis em sua primeira participação. De 1996 a 2002, o piloto defendeu a equipe Newman-Haas, em uma parceria de sucesso, que lhe trouxe vitórias e pódios. Venceu Road America em 1999 e ainda faturou o prêmio de 1 milhão de dólares ao conquistar em 2000 a Fontana 500.

Em 2002, o piloto disputou sua primeira corrida na principal divisão da NASCAR, depois de correr na Busch Series. Na sequência, ainda correu na A1 GP, American Le Mans e na Stock Car no Brasil. Até chegar em definitivo ao IMSA.

Apesar da experiência e conquistas em grandes categorias, um elemento manteve-se constante ao longo dos anos: sua participação nas 24 Horas de Daytona.

Com 13 largadas na corrida, sendo oito com a Action Express Racing, Fittipaldi foi um regular frequentador do pódio no evento, vencendo em 2004, 2014 e novamente em 2018 ao lado de João Barbosa e Filipe Albuquerque.

Sua campanha na equipe Action Express Racing também gerou várias conquistas, incluindo os campeonatos de 2014 e 2015 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, bem como a Copa Norte-americana de Endurance em 2014, 2015, 2016 e 2017.

“Não tenho como expressar toda a minha gratidão a todos os patrocinadores que se associaram a mim ao longo da minha carreira, a todas as equipes que corri, especialmente à Action Express Racing”, destacou Fittipaldi.

“Não tenho palavras para descrever esta equipe. É um time excelente e acredito que capitalizamos em todas as oportunidades que tivemos, ao máximo. E também os meus companheiros João (Barbosa) e Filipe (Albuquerque), que são mais do que companheiros de equipe pra mim. Vocês fizeram minha vida ser menos difícil. Vocês mandam muito bem e eu espero que continuem vencendo!”.

Presente na equipe desde 2011, Fittipaldi tem sido parte do crescimento e performance da Action Express Racing.

“Brenda e Ken (Thompson, Mustang Sampling), muito obrigado pelo apoio. Tem sido muito bom dividir esse sucesso com vocês. Obrigado por tudo o que fazem pela equipe. Também gostaria de agradecer ao J.C. (France) por tudo o que fez por mim e esta equipe. Ele tem sido a chave de toda essa organização e não tenho palavras para agradecer”.

Fittipaldi iniciou sua transição para o cargo de Diretor Esportivo da Action Express Racing nesta temporada, disputando as provas de endurance e acompanhando as demais corridas como parte do time de engenharia e performance, além de seu contato com os patrocinadores. O brasileiro também ajudou o IMSA a continuar crescendo internacionalmente, despertando maior interesse de pilotos, equipes, patrocinadores e público.

“Ao IMSA, obrigado por todas as grandes oportunidades. Jim France novamente construiu algo realmente incrível e tem sido a chave para fazer isso tudo acontecer, desde sua versão original até a fase de crescimento atual. Temos uma categoria com equipes fortes, montadoras e ótimas pistas no calendário. Obrigado à Cadillac e a ECR, por todos os cavalos de potência e força”, completou.

Ainda nesta temporada, Fittipaldi voltará às pistas para a disputa em Petit Le Mans, onde busca com os companheiros mais um título do Campeonato Norte-americano de Endurance.

 

 

Action Express realiza prova modesta em Watkins Glen

Próxima etapa será domingo que vem no Canadá (José Mário Dias)

Como previsto, a disputa das 6 Horas de Watkins Glen, neste domingo (dia 1º), exigiu ao máximo de pilotos e equipes. Com a temperatura ambiente próxima dos 40 graus Celsius, a prova foi válida pela sexta etapa do IMSA WeatherTech Sportscar Championship e a terceira do Campeonato Norte-americano de Endurance (que inclui as quatro provas longas do calendário).

Na equipe Action Express Racing, os trios formados por Christian Fittipaldi, Filipe Albuquerque e Gabby Chaves, a bordo do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R, e Felipe Nasr, Eric Curran e Mike Conway, no #31 Whelen Engineering Racing Cadillac DPi-V.R, fizeram o máximo possível diante da perda de velocidade de seus carros na reta e cruzaram a linha de chegada em sexto e sétimo, respectivamente.

Com o resultado, Albuquerque assumiu a liderança isolada da temporada, com 169 pontos, um apenas de vantagem para Nasr e Curran. Lembrando que o português João Barbosa, companheiro regular de Albuquerque na temporada, não pode competir em virtude de um machucado no pulso. Na prova deste domingo, a vitória ficou com o trio Misha Goikhberg, Stephen Simposon e Chris Miller, a bordo do #99 Oreca LMP2.

Foi a primeira vez, nos últimos cinco anos, que a equipe Action Express não subiu ao pódio nesta pista. Fittipaldi, que já venceu três vezes as 6 Horas de Watkins Glen (2013, 16 e 17), acredita que diante das dificuldades o resultado pode ser considerado positivo.

“Considerando o carro que tínhamos em mãos e a nossa posição de largada (14º), foi um dia positivo. Claro que não estamos totalmente satisfeitos pelo resultado final, mas os Cadillac não estavam rápidos na reta, então, diante deste desafio que enfrentamos foi bom”, comentou Fittipaldi, que voltou ao time após a vitória em janeiro nas 24 Horas de Daytona e a participação nas 12 Horas de Sebring em março.

“Em termos de campeonato, os resultados foram bons pra equipe também, que segue com os dois carros em primeiro e segundo. Agora vamos para Motorsport e esperamos ter um carro competitivo por lá”, completou o brasileiro, que este ano passou a exercer a função de diretor esportivo da Action Express Racing e está disputando apenas as provas longas.

A sétima etapa da temporada acontecerá no próximo domingo (dia 8) no Canadian Tire Motorsport Park, no Canadá.

Christian Fittipaldi compete nas 6 Horas de Glen ao lado de João Barbosa e Gabby Chaves

Brasileiro compete apenas nas provas longas da IMSA. (Foto: José Mario Dias)

As 6 Horas de Watkins Glen, que serão realizadas neste domingo (1º de julho), trazem ótimas recordações para o brasileiro Christian Fittipaldi, que volta ao cockpit do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R da equipe Action Express Racing. Nos últimos anos, o brasileiro venceu três vezes a corrida (2013, 16 e 17) e também foi ao pódio em 2014 e 15 (terceiro lugar).

A disputa deste fim de semana marca a sexta etapa da temporada do IMSA WeatherTech Sportscar Championship em 2018 e a terceira válida pelo Campeonato Norte-americano de Endurance (que inclui as quatro provas longas do calendário). Fittipaldi estará ao lado dos companheiros Filipe Albuquerque e Gabby Chaves, que substituirá o titular João Barbosa. O piloto, que sempre esteve com Fittipaldi nas conquistas anteriores em Glen, se recupera de um machucado no pulso, após um incidente sofrido enquanto andava de bicicleta no início deste mês.

Vencedor da primeira etapa de 2018, a tradicional 24 Horas de Daytona, o #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R também foi o primeiro colocado na etapa de Long Beach deste ano. Após cinco etapas, a equipe Action Express Racing divide a liderança da temporada com seus dois carros. Albuquerque e Barbosa estão com 144 pontos, bem como a dupla do #31 Whelen Engineering Racing, formada pelo brasileiro Felipe Nasr e o norte-americano Eric Curran. No Norte-americano de Endurance, Curran, Nasr e Mike Conway lideram com seis pontos de vantagem para Fittipaldi, Barbosa e Albuquerque.

“Estou contente por voltar a Watkins Glen, que é uma pista que eu considero uma das melhores dos Estados Unidos”, comentou Fittipaldi, que este ano está participando apenas das provas de longa duração, já que passou a exercer também a função de diretor esportivo da equipe.

“Vamos trabalhar forte para tentar a quarta vitória. Sempre andei muito bem nesta pista e terminei no pódio em todas as corridas que fiz lá desde 2013. Estamos muito animados, testamos bastante no simulador e a expectativa é muito positiva para colocar tudo o que temos de melhor em prática. E, se não der para vencer, estar mais uma vez na briga pelo pódio”, completou o brasileiro, que passou pelas principais categorias do automobilismo mundial.

Os treinos no traçado de 3,4 milhas (aproximadamente 5,47 km) terão início nesta sexta-feira (29). Serão dois treinos livres no primeiro dia de atividades, mais um treino livre no sábado (30), com o classificatório às 13h25 (de Brasília). No domingo, a prova terá sua largada às 10h45 (de Brasília).