Petit Le Mans 2005, quando um pequeno quase roubou a cena

Audi dominando as corridas a muito tempo. (Foto: Michael Crews)

O ano era 2005. O Endurance ainda tentava se reerguer após anos sem ter uma representatividade. Tanto na Europa quanto nos EUA os campeonatos não tinham a importância que tem hoje.

A American Le Mans Series já tinha 7 anos de idade e não tinha a quantidade de fabricantes de forma oficial que temos hoje na IMSA e no WEC. Era o segundo ano da nomenclatura que conhecemos hoje (LMP1, LMP2, GT1 e GT2).

Resultado final da prova.

Se na era atual do Endurance a Audi dominou com seus protótipos em 2005 as coisas não eram diferentes. O Audi R8 LMP1 da equipe privada ADT Champion Racing dominava o certame. O time era formado por Marco Werner e JJ Lehto com o #1 e o #2 dos pilotos Frank Biela e Emanuele Pirro.

O MG-Lola da Dyson Racing. Seja em 2005 ou 2015 a luta entre equipes privadas e oficiais é sempre desigual. (Foto. Arquivo MP)

Quem lembra da ALMS sabe que ela faz uma falta danada sabe que o campeonato iniciava em Sebring e terminada em Laguna Seca. Petit Le Mans acabou passando a ser a última etapa nos últimos anos da ALMS, o que era algo mais lógico, pois terminada o campeonato com uma prova de 10 horas de duração.

A edição de 2005 de Petit Le Mans foi marcada não somente pela vitória do Audi #2 em cima do Lola EX257/AER dos pilotos Chris Dayson e Guy Smith, mas sim da luta dos pilotos da Dyson Racing em cima da toda poderosa Audi.  Luta essa que durou toda a temporada.

Mas não foi somente a LMP1 que deu seu show. Modelos como o Masetati MC12 (Rizi Competizione) , Saleen S7R (ACEMCO Motorsports), Corvette C5-R (Corvette Racing) e Aston Martin DBR9 (Aston Martin Racing) abrilhantavam a extinta classe GT1.

Modelos como o Maserati MC 12 roubavam a cena na finada classe GT1. (Foto: Arquivo MP)

A Audi venceu sete das dez corridas do calendário de 2005. Mesmo com um o poderio do carro alemão, a vitória em Petit foi suada. A supremacia sobre o Lola da equipe Dyson foi de pouco de 12 voltas. Mas isso não quer dizer que não teve ação. A vantagem era toda do Audi, pelas características do circuito e pela aerodinâmica aguçada do R8. A vantagem do Lola era o menor peso e uma melhor aceleração o que lhe favoreceu em determinadas  partes da pista.

Construído sobre as regras da ACO, inicialmente o Audi figurava na classe LMP900 (900 quilos de peso mínimo), Por conta disso o LMP tinha o privilégio de ter uma potencia extra por causa do peso. Já o Lola foi construído em cima da classe LMP675, e que passou para a classe LMP1, era mais leve e que em tese não iria brigar de igual para igual como o Audi.

Saleen S7-R lutou pela vitória na classe GT1. (Foto: Arquivo MP)

“A temporada de 2005 foi um grande ano para nossa equipe. A Audi foi campeã, e nosso MG-Lola foi um grande sucesso”, disse Chris Dyson. “Esse ano foi uma guerra, em especial em Road Atlanta, aonde poderíamos ter vencido. Nosso segundo carro o #16 de Butch Leitzinger, Andy Wallace e JAmes Weaver cometeu um erro e acabou quebrando após 90 voltas.”

“Foi uma daquelas corridas que tivemos que olhar o consumo o tempo todo”, continuou Dyson. “Audi tinha JJ Lehto e Marco Werner em um carro, e [Pirro e Biela] no outro, e Andy e eu em um MG-Lola e James e Butch Leitzinger no outro, e eu acho que todos iriam dizer que Road América foi uma corrida onde todos nós tivemos que pilotar por horas e horas.”

Corvette C6.R venceu na classe GT1. (Foto: Arquivo MP)

Em 2005, as opções de design da classe LMP1, seja nas especificações LMP900 e LMP675 já estavam obsoletas. Novos protótipos mais leves e com novos desenhos já estavam roubando a cena e era uma questão de tempo para dominaram a classe de protótipos.

“O LMP675 foi concebido com uma fórmula de equivalência no início de 2000 para dar a equipes menores, pequenos fabricantes, a chance de tentar vencer protótipos de fábrica maiores e mais pesados ​​(LMP900), e a Lola aceitou o desafio na hora e com uma parceria com a MG-Rover, leu o livro de regras e viu que eles poderiam construir um carro que poderia ir para Le Mans, vencer a Audi”, disse Dyson. “Nós fizemos um desenvolvimento do carro com ajustes aerodinâmicos, acrescentamos downforce que teve uma grande eficiência em uma pista como Road America.”

“Então, focamos em um setup aonde privilegiamos as acelerações e freios, desistindo de obter velocidades altas para não forçar os motores AER. Uma vez que o R8 era mais pesado e tinha uma grande vantagem em velocidade final. Em Elkhart Lake, foi a mesma coisa, brigamos pela vitória . Em 2006 com o novo Audi R10 e seu motor Diesel não adiantou nada nossos esforços.”

Na classe GT2 a vitória ficou com o Porsche #31. (Foto: RacingSportscar.com)

Depois de duas horas e 45 minutos de corrida o Lola #20 perdeu a liderança para o Audi #2 por uma pequena margem. O Audi #1 estava em terceiro a apenas 0,538 segundos. Recentemente Dyson comprou de um colecionador o #20 e o mantem na sede da sua equipe.

Na classe GT1 a vitória ficou com a equipe Corvette com o C6.R #4 de Olivier Gavin, Oliver Beretta e Jan Magnussen. Este foi o primeiro ano do carro que substituiu o C5-R. O enorme motor V8 fazia frente a maioria dos protótipos da classe LMP2 na época. “Esse carro foi muito divertido de se pilotar”, disse Gavin. “Foi o primeiro ano do C6.R GT1, e era muito mais desenvolvido do que o C5-R. Ele tinha cerca de 600 cavalos de potência, e superou alguns protótipos durante o ano. Em Road America , tínhamos uma boa configuração e tivemos uma corrida muito boa.”

Lola B05 da Intersport Racing, vence na LMP2. (Foto: Michael Crews)

Em 2005 a equipe conseguiu várias vitórias com Gavin e Beretta que perduraram por 2006. “Conquistamos muitas vitórias, o que nos fez vencer o campeonato com uma ampla vantagem.” A quarta colocação em Road America foi melhor resultado alcançado pela equipe Corvette. Em 2004 eles terminaram em quarto lugar no geral mas vencendo na classe GTS. Graças ao motor de 7 litros superou vários protótipos

“O P2 nesse período ainda estava em evolução”, disse Gavin. “Onde os LMP1 já tinham chassis de fibra de carbono e aerodinâmica desenvolvida, os P2 ainda eram básicos. Não eram os protótipos que são hoje em dia.”

Gavin pilotou seis gerações de carros pela pela Corvette Racing. “Toda a tecnologia e os avanços que temos hoje no C7.R é incrível, e cada carro tem sido diferente como as regras e classes que mudaram ao longo do tempo”, disse ele. “Como eu disse, o C6.R, em Road America foi um carro especial para dirigir. Grandes lembranças.”

Na classe GT2 um fato curioso. Nenhuma Ferrari participou da categoria. A categoria era um reduto de modelos Porsche com Panoz e Viper correndo por fora. A vitória ficou com o Porsche #31 da equipe  Petersen Motorsports dos ótimos pilotos Jorg Bergmeister e Patrick Long e Craig Stanton.

A emoção da última volta em Road America

Nos últimos anos as etapas da ALMS e TUSC nos brindaram com ótimas disputas no circuito de Road América um dos mais emocionantes dos EUA. Assim, no último Domingo, 08, uma disputada faltando duas curvas para terminar a prova causou uma certa polêmica no final da prova.  A disputa foi entre a Ferrari #62 da equipe Rizi Competizione pilotada por Pierre Kaffer então na segunda posição, e o Porsche #912 pelas mãos de Jorg Bergmeister.

O piloto do Porsche vinha forçando nas voltas finais e conseguiu um espaço para entrar na curva 13 junto com a Ferrari. Porém, Kaffer com os pneus desgastados não conseguiu segurar o carro e consequentemente saindo da pista. A Porsche consegue a segunda dobradinha no ano e o incidente só aumenta as estatísticas positivas do circuito.

ALMS 2012 –  Lucas Luhr x Guy Smith

A temporada 2012 da ALMS foi uma batalha campal entre as equipes Muscle Milk e Dyson Racing. Com um conjunto melhor acertado a equipe do leite, com seu HPD, venceu a maioria das corrias, porém não esperava um desempenho competitivo do Lola Coupe da Dyson Racing. As últimas voltas foram épicas e por conta do motor turbo do Lola #16 subir aquele morro foi mais fácil.

 ALMS 2010 – Klaus Graf X Jonny Cocker

Outra disputa épica evolvendo a equipe Mulscle Milk, que competia com um Porsche RS Spyder na edição 2010 da ALMS. Sempre na última volta Klaus Graf que liderava com o Porsche, não conseguiu segurar as investidas de Jonny Cocker que pilotava o Lola da equipe Dryson Racing. Cocker que estava na quarta posição superou ainda o HPD da equipe Highcroft Racing e o Lola da equipe Dyson. Por fim, os faróis altos deram o toque especial.

American Le Mans Series Virginia – Em prova complicada nova vitória da equipe Muscle Milk

O circuito da Virgínia é um dos mais bonitos e rápidos dos EUA. Com suas longas retas e sequencias de “S” em alta velocidade são um convite a provas bem disputadas. Some isso a uma pista aonde a principal dificuldade é a largura, aonde mal cabem dois carros lado a lado. Pronto está feito o espetáculo.

Resultado final da prova.

Ao contrário de outras pistas americanas as áreas de escape com grama possibilitam uma grande margem de erro e em uma categoria aonde a maioria dos pilotos são senhores endinheirados as chances de acontecer algo são grandes. As surpresas já começaram na sexta com a pole do #16 da equipe Dyson Racing dos pilotos Guy Smith e Johnny Mowlem. Não que uma pole position em uma prova de longa duração fosse um fator para vencer prova mas deu esperança de vermos uma real disputa na classe LMP1 entre o Lola #16 e o HPD #6 da equipe Muscle Milk. Logo no início a disputa favoreceu o #6 mas em determinados momentos o Lola forçou e liderava com uma ligeira vantagem até que um fogo “fátuo” que surgiu depois que o Porsche #30 da equipe NGT escapou em uma das curvas o ocasionou uma nova bandeira amarela. Com as paradas nos boxes e com uma pilotagem agressiva por parte de Lucas Luhr a equipe Muscle Milk venceu mais uma. A equipe soma 8 vitórias em 9 etapas.

#551 vence e fatura título da classe.

O terceiro carro da classe LMP1 o Delta Wing Coupe enquanto esteve na pista se comportou como uma verdadeira chicane ambulante, principalmente para os carros da classe LMP2 que ficaram por um bom tempo lutando para ultrapassar o #0 de Andy Meyrick e Katherine Legge. A organização da ALMS deveria deixar o fator técnico falar mais alto e classificar o carro como um P2 pois em nenhum momento seja nesta prova ou nas últimas conseguiu acompanhar seus pares na classe P1.

Primeira vitória da equipe Rizi Competizione depois do seu “retorno” a categoria.

LMP2 que além de lutar contra o #0 viu uma boa disputa entre os 4 HPD das equipes Level 5 e ESM, que se estranharam durante boa parte da prova. A liderança estava com o #01 da ESM até que problemas nos boxes atrasaram sua volta a pista. Com isso o #551 da dupla Ryan Briscoe e Scott Tucker venceu a prova, seguido pelo #01 de Scoot Sharp e Anthony Lazzaro. Em terceiro o segundo carro da Level 5 de Marino Franchitti, Guy Cosmo e Stefan Johanssson. Com a vitória a equipe se sagra campeã da classe com Tucker e Briscoe que comemora. “Foi muito bom.Eu me senti muito confiante e tivemos um bom carro. A estratégia foi perfeita hoje. Todos executamos à perfeição hoje. O carro estava forte. Scott fez um ótimo trabalho durante a sua seção. Ele liderou a maioria de seus voltas”.

Na LMPC Vitória da BAR1 Motorsports.

Já na LMPC a vitória ficou com o #8 da equipe BAR1 Motorsport de Kyle Marcelli e Chris Cumming. Em segundo o #05 da CORE Motorsports de Tom Kimber-Smith e Jonathan Bennett. Os carros desta classe também foram protagonistas de um belo toque envolvendo o #51 PR1 Mathiasen Motorsports líder do campeonato e o #18 da Performance Tech que levou uma punição de 1 minuto por conta do acidente. Se fosse em uma pista com pouca área de escape as coisas não teriam acabado bem.

Porsche da NGT vence na GTC.

Um belo duelo como é de costume na GT coroou uma bela vitória da Ferrari #62 da equipe Risi Competizione de Oliver Beretta e Matteo Malucelli sobre o Porsche #06 da equipe Core Motorsports de Patrick Long e Colin Braun. Ver os dois carros lado a lado na grande reta nos faz voltar no tempo e ver as belas disputas entre a Rizi que tinha Jaime Mello al volante e o Porsche da equipe Flying Lizard que época competia na GT. Nenhuma corrida é completa se não tiver um duelo entre Porsche e Ferrari. A vitória teve um sabor a mais depois dos problemas que a equipe enfrentou em Lime Rock e Baltimore aonde teve o carro destruído nas 2 oportunidades. “Nós melhoramos o carro e tinhamos trabalhado muito após as péssimas corridas desde o início da temporada”, disse Malucelli. “Fomos rápidos em COTA, mas tivemos alguns problemas. Desta vez, a equipe, o carro e os pneus foram perfeitos. Ganhamos, estou realmente feliz. “

Em terceiro o Corvette #3 de Jan Magnussen e Antonio Garcia que quase acaba em segundo, e que teve um belo duelo com o #4 de Oliver Gavin e Tommy Milner que acabou em 6º com problemas de desgaste de pneus, superado pelos dois carros da equipe BMW.

Na GTC o vencedor foi o #66 da equipe TRG dos pilotos Ben Keating e Damien Faulkner que teve uma boa disputa até o final com o #22 da Alex Job Racing de Cooper MacNeil e Jeroen Bleekemolen. Em terceiro o #30 da NGT de Henrique Cisneros, Sean Edwards. Cisneros que se desesperou ao ver o segundo carro da equipe #31 de Eduardo Cisneros e Jakub Giemaziak voar sobre a barreira de pneus depois do toque com o Porsche #48 da Paul Miller de Bryce Miller Marco Holzer, este mesmo carro já tinha aprontado das suas voltas antes saindo da pista. Na relargada depois de uma bandeira amarela acabou colidindo com o #31. Tanto o câmera quanto os comissários que estavam no posto de controle nasceram de novo já que estavam aonde o carro parou. Vale destacar o profissionalismo do câmera que depois de quase ter morrido voltou ao seu posto e filmou a chegada dos paramédicos bem como a frustração do piloto do #31. Este era o único Porsche da classe GTC que tinha os belos leds no para choque dianteiro. Acredito que se fosse em uma prova da F1 várias lombadas e chicanes iriam ser postas ali para diminuir a velocidade. Os carros provaram ser seguros.

A próxima prova será no dia 19 de Outubro em Petit Le Mans, é esperada a volta da equipe Rebellion vencedora da prova em 2012e e que está preparando seu novo carro para o ano que vem. Teremos um novo duelo entre eles e a Muscle Milk? Abaixo a classificação final.

12 horas de Sebring – Quando o mais do mesmo é bom, com uma grande dose de amadorismo.

Finalmente aconteceu. O ano automobilismo do endurance deu seu pontapé inicial neste final de semana em Sebring. Para muitos a vitória da Audi era fato consumado bastando apenas saber qual dos três carros seria o grande vitorioso. Dentro da equipe existia uma grande briga os jovens dos carros #1 e #3 e os veteranos do carro #2. Torci pelo carro da trinca McNich, Capelo e Kristensen para mim o melhor conjunto do endurance dos últimos tempos. Alan é o “matador” do trio. Rápido, desafiador. Capello é cerebral consegue manter o carro na mesma posição que os outros dois deixaram e claro Kristensen, extremamente veloz.

A vitória foi merecida pelo jeito que ela veio, na base da estratégia com paradas antecipadas e é claro não tendo adversários diretos já que nenhum carro fez frente aos R18. Este campeonato tem tudo para ser uma disputa entre estes três trios nos mesmos moldes da Chevrolet no WTCC. Resta saber se o R18 híbrido estará competitivo e no mesmo nível do R18 “normal” em SPA.

LMP2 da Starworks surpreendeu a todos com o 3º lugar no geral e primeiro na sua classe.

 
Outra coisa que me chamou a atenção neste corrida foram as bandeiras amarelas. Quem acompanha o automobilismo americano sabe que qualquer coisa é motivo para tal artifício mas nesta edição o erros foram grosseiros. Culpa de quem? Da pista esburacada? Da quantidade recorde de carros? Não a única culpa foi da inexperiência dos pilotos “amadores”. Mais da metade dos acidentes por erro humano foram feitos por pilotos da classe GTC e LMPC que na grande maioria comprar o carro pronto juntam 4 ou 5 mecânicos e vão para a pista. Nem na GTBrasil aonde o nível dos pilotos também é crítico não se vê tanta barbeiragem. A ACO e ALMS deveria fazer uma melhor seleção antes de competições deste nível. Fiquei pensando qual seria a reação de Jean Todt quando via os acidentes infantis. Na Europa também existem pilotos “amadores” mas o nível é bem melhor. É só aguardar a etapa de SPA e as provas da ELMS.
 

Na última curva deu BMW na GTE-PRO

Tirando a morosidade das bandeiras amarelas a prova foi tranquila. Sem grandes disputas na LMP1 o que se viu foi um teste para a Audi e uma corrida aparte para os demais. O terceiro lugar no geral foi do #44 HPD ARX-03b do trio Potolicchio / Danziel / Sarrazin da estreante Starworks Motorsports que no começo do ano foi vice campeã das 24 horas de Daytona anunciou sua entrada no mundial de endurance. Não foi uma vitória fácil já que o #055 da Level 5 com o mesmo equipamento HPD do trio Tucker / C.Bouchut / Barbosa brigaram praticamente durante toda a prova. Em terceiro com uma volta de diferença o #24 da OAK Racing com Nicolet / Lahaye / Ola que não conseguiu fazer frente ao fabricante Japonês.
 

#88 honrou o fabricante Alemão na GTE-AM

Em “terceiro” na classe P1 o #16 da equipe Pescarolo com o trio Collard / Boullion / Jousse apenas completou a prova e se valeu da desgraça alheia. Não que isso fosse um problema pois equipes “maiores” como Dyson Racing (que chegou em 4º) e Strakka Racing (em 5º) deveram pequenos deslizes pelo caminho. Em quase todas as seções de treinos o HPD da Muscle Milk se mostrou superior e tinha como certo o primeiro lugar entre os protótipos a gasolina mas o bocal da bomba de combustível resolveu não abrir dificultando a entrada de líquido precioso. Abandonou mas a disputa pela liderança da ALMS com o carro da Dyson promete ser boa. Vale também destacar o bom desempenho do #22 da JRM Racing que também correu com HPD e disputava liderança dos P1 a gasolina com a Muscle Milk e poderia ter ganho se não fosse um pneu furado.

Na classe LMPC uma das causadoras de tantas bandeiras amarelas o vencedor foi o #06 da equipe CORE AutoSport com o trio Popow / Viso / Friselle. Em segundo o #52 da PR1/Mathiasen Motorsports do trio Leitzinger / Dobson / Junco.

Entre os GTs que foram o destaque da prova a “nova ordem” não leva mais o nome de Ferrari e Porsche. A prova começou com uma vantagem formidável da Ferrari #59 pilotada pelo brasileiro Jaime Melo que ia bem até se envolver em um acidente com um dos carros da LMPC. Até tentou voltar mas acabou abandonando. O azar rondou o fabricante Alemão que antes da largada perdeu seu principal lutador o #45 da equipe Flying Lizard que se chocou com outro carro. 

#06 da Core Autosports ganhou entre os LMPC

Restou Corvettes e BMW que monopolizaram as primeiras posições Na GTE-PRO durante grande parte da prova. No final como manda o figurino a vitória ficou com o #46 do trio Hand / Summerton / Mueller que definiu na última curva da última volta sob o Corvette #03 Magnussen / Garcia e Taylor.  Em terceiro e se valendo das bandeiras amarelas chegou a Ferrari #71 de Bertollini / Cioci / Beretta.

Já na GTE-AM a vitória caiu no colo do Porsche #88 da Team Ferbermayr-Proton depois que o Corvette da Larbre Competition enfrento problemas no finalzinho da prova. Em segundo e terceiro os dois carros da Larbre. Na classe GTC O #023 e #022 ambos da Alex Job Racing fizeram a dobradinha. Em terceiro o #66 do trio LeSaffre / Faulkner / Bleekemolen.

#23 da Alex Job fatura entre os GTC.

Enfim uma grande prova. a próxima etapa do WEC será no dia 5 de Maio com as 6 horas de SPA, que marca a estréia do Audi R18 híbrido, Toyota TS030 e o Dome da equipe Pescarolo. Os novos carros da equipe Rebellion também estão programados para fazer sua estréia. Será outra pela prova.
 
 

12 horas de Sebring: Resultados e pensamentos de uma corrida aonde os antigos superaram os novos protagonistas.

Tinha um texto pronto em minha mente durante as duas últimas horas da corrida de Sebring. Podia ter começado com frases de efeito como “Peugeot imbatível” “melhor corrida dos últimos anos” ou então “vitória coroa o competente 908”. Isso com certeza lerei em poucos sites que cobriram o evento. Se fosse atribuir algo de efeito para o título deste texto iria por algo do tipo “Duelo de gerações” ou “é dos velhinhos que elas gostam mais”.
Foi mais ou menos assim que senti as 12 horas de Sebring desde ano. Os carros de 2010 mesmo com restrições foram competitivos e continuarão na disputa por vitórias tanto na LMS quanto ILMC. A vitória do Peugeot 908 da Oreca confirma isso e joga um ponto de interrogação nos novos e badalados Peugeot 908 oficial e Ferrari F458 Itália.
 

Peugeot manteve o domínio em Sebring mais o carro vencedor deveria ter sido outro…

Muitos podem dizer que o 908 oficial só não ganhou pelos percalços que teve durante a corrida como o toque do #7 com o Audi #2 ou os problemas tanto com a carenagem quanto a escapada do #8. Realmente nas primeiras horas os dois carros franceses foram inquestionáveis tendo a corrida nas mãos, mesmo por que 12 não são 24 e em trajetos “curtos” eles são superiores aos rivais alemães. Porém o trio Lapierre/Duval e Panis soube guiar com maestria e mesmo com as restrições de potência impostas para os carros de 2010 aproveitou muito bem uma particularidade das provas americanas: a bandeira amarela. Presente em grande quantidade nas primeiras horas chegou a ser irritante a demora por causa de acidentes simples ou corriqueiras escapadas onde o piloto deixava o carro morrer.
Mas voltando a P1. A Audi sabia que não teria as chances com um R15 tão limitado e também não esperava contar com o fator “Capello” que por coincidência ou não cometeu o mesmo erro de se enroscar com um Peugeot na última prova da ALMS ano passado em Road Atlanta. Tanto Kristensen quanto McNish devem estar se perguntando se não era mais fácil ter apenas dois pilotos por carro.
A dupla do #2 bem como o trio vencedor de Le Mans do ano passado Bernhard/Dumas e Rockenfeller no carro #1 fez o que podia com o R15, por muitas vezes se aproveitando do tráfego outras pelo desgaste de pneus dos franceses, mas de fato nunca chegaram a ameaçar a liderança principalmente depois de dois pneus furados do #1 e do toque do #2. O objetivo para esta corrida sempre foi claro, roubar o máximo de pontos possíveis dos rivais para estrar o R18 com a menor diferença possível. Este sim, com forças para lutar de igual para igual com o 908.
Os outros carros da classe P1 ficaram aquém da expectativa com exceção do Acura da Hightcroft que surpreendeu tanto na pista, quanto nos bastidores. Na pista, seus pilotos Brabham/Franchitti e Pagenaud mostraram sangue frio para levar ao limite um carro pouco testado que foi entregue a equipe poucos dias antes da corrida. Já nos bastidores a perda do patrocínio por parte da Tequila Patron fez a equipe pensar seriamente em fechar as portas. Nestas horas me pergunto se a Patron não se arrependeu de pôr todo o dinheiro da equipe de Scott Sharp que não fez nada durante a corrida a não ser a primeira a destruir a nova F458.
A equivalência imposta pela ACO aos motores a gasolina e Diesel realmente aconteceu? É cedo para dizer que sim, mas o Acura conseguiu escapar das investidas do Peugeot #8 na reta final da corrida, talvez se o tráfego não fosse tão forte a coisa teria sido diferente, mas o Diesel ainda vai ser um ponto determinante e os carros que estiverem equipados serão sempre favoritos. Esperou-se mais do Aston Martin da equipe Muscle Milk, pois tinha o apoio extraoficial por parte da fábrica, não conseguiu ameaçar ninguém e parou com problemas mecânicos completando apenas 6 horas de prova. Outra decepção foi por parte da OAK Racing que não completou a prova com seus dois carros. O “melhor” colocado foi o #15 pilotado por Lahayne/Moreau e Ragues que parou com pouco mais de 8 horas e meia de prova e o #24 com poucas 4 horas e 39 minutos por danos no motor. Também era esperado mais do #12 o Lola Toyota da Rebellion Racing. Fez uma corrida burocrática terminando em 7º a 12 voltas do líder um desempenho um pouco pior do que o obtido pela Dyson Racing, com seu também Lola Mazda, que ficou a oito voltas.
 

Vergonhoso resultado para todos os carros da classe P2

A classe LMP2 vive um paradoxo. Enquanto na Europa foi a salvação de várias equipes que não tinham dinheiro suficiente para entrar na P1 nos EUA se tornou uma grande decepção. Dos quatro carros inscritos todos foram mais lentos dos que os carros da categoria FLM, GT2 e até GTC. Desses, apenas um era modelo 2010 o # 43 da equipe OAK. O “vencedor” foi o Lola B11 de longe o mais belo protótipo na prova da equipe Level 5 Motorsports que completou a prova a 32 voltas do líder. Aliás, todos os carros da P2 tiverem problemas de confiabilidade mostrando que precisam evoluir para evitar a vergonheira de terminar atrás dos carros da GT2.

Carros da FLM surpreenderam muitos pela velocidade e durabilidade

 
Na categoria FLM o vencedor foi o #36 da equipe Genoa Racing USA do trio Peterson/Cameron e Gausch que terminou a 20 voltas do líder. Em segundo o Oreca #005 da Core Autosport do trio Bennett/Montecalvo e Dalziel.
 
Entre os GT’s a máxima de que os velhos superaram os novos se manteve. A pole da F430 da AF Corse que acabou em 5º comprovou que o modelo não é tão obsoleto como a Ferrari e as equipes cantavam em voz alta ano passado. O trio principalmente quando Pierre Kaffer e Maria Bruni estavam no volante foram competitivos o tempo todo. Já Fisichella teve um desempenho aquém do esperado. Se esperou mais dos Porsche da equipe Flying Lizard principalmente do #45 que “decolou” em cima de um dos Corvettes ainda no começo da prova e induziu a F458 de Scott Sharp a conhecer o muro. Mesmo com melhorias em relação ao ano passado a Porsche precisa se impor e pode fazer mais do que um 6º e 7º.
 

Dobradinha da BMW mostra maturidade da equipe

 
Sobre o acidente do Porsche a equipe alegou que o “culpado” foram as ondulações da pista de Sebring. Não é segredo que o péssimo estado da pista também é uma de suas marcas registradas, assim como em grande parte das pistas norte americanas. Isso, de certa forma, ajuda a testar o carro principalmente suspenção e pneus, todas as equipes sabem disso. Estranhamente a Rizzi favorita a vitória entre os GTs e que também estreou modelo novo teve um desempenho que a muito não se via. Todos os seus pilotos ficaram aquém do esperado. Jaime Melo, Mika Salo e Vilander estavam mais quebrados que o carro. O brasileiro chegou a liderar por um bom tempo, mas o desempenho foi caindo a ponto do carro não conseguir pegar por problemas elétricos. Estranhamente a Risi foi a primeira equipe a testar o carro ainda na Itália antes de qualquer outro time. Isso já seria uma vantagem, mas o que se viu foi um carro cambaleante e decepcionante. Com muito custo, terminou em 11º em sua classe a frente de outra F458 da equipe da Tequila Patron o que não deve ser encarado como mérito já que nenhuma completou a prova. A Rizzi tem meios e pessoal para reverter este quadro. O que falta foi rodar com o carro, mas ver tanto Jaime Melo como Toni Vilander reclamarem de problemas físicos não deixa de ser curioso.
 
Sem problemas a BMW fez dobradinha com o #56 em primeiro e o #55 em segundo dando um pódio ao brasileiro Augusto Farfus, que só não venceu porque teve um toque com um dos Corvette faltando menos de 2 horas para o final. Pena mas mostra que o título do ano passado não foi mero acaso e a escolha da BMW de investir se dinheiro em uma categoria competitiva ao invés da jogatina da F1 deu resultado. Os planos para 2012, além do endurance, são por um carro na DTM e o que tudo indica será um forte competidor.
Desempenho que se viu da equipe Corvette que chegou em 3º e 4º depois de um 2010 decepcionante. A vitória ano passado em cima do erro da Rizi em Petit Le Mans não livrou grande parte da equipe de uma demissão e abriu as portas para uma nova mentalidade na equipe. Os outros brasileiros na prova Bruno Junqueira e Cristiano da Matta que estavam com o Jaguar XKR mal competiram, pois o carro apresentou problemas logo nas primeiras voltas. Uma pena, a dupla é boa e pode surpreender quando o carro for mais confiável. Outros que mal deram o ar da graça foram o #050 o comentadíssimo Panoz Abruzzi que deu apenas 19 voltas e o Lamborghini Gallardo da West Racing que deu pífias 10 voltas. Pior foi o Aston Martin Vantagem que mal fez a temperatura do motor esquentar completando apenas cinco voltas.
 

Ferrari “antiga” da Krohn racing faz boa estreia correndo sem a sobra da Rizzi

Na classe GT AM o vencedor foi a Ferrari F340 da Krohn Racing terminando em 19º no geral. A equipe que até o ano passado tinha uma parceria com a Rizzi Competizione fez bonito chegando 50 voltas a frente do segundo colocado na classe. Na GTC o vencedor foi o Porsche #054 de Pappas/Faulkner e Bleekemole da equipe Black Swan Racing
 

Mesmo sem ver nada por alguns momentos Porsche #54 chegou ao final em primeiro

E assim o mundo do endurance dá seu ponta pé incial para um ano que promete. As próximas corridas serão ALMS etapa de Long Beach no dia 15 de Abril, a LMS abre seus trabalhos em Paul Ricard entre os dias 1 e 3 de Abril e a ILMC tem sua segunda rodada em SPA no dia 7 de Maio. Se pudermos tirar um ensinamento sobre Sebring é que muitas vezes o que pode se julgar ultrapassado pode surpreender. Pense nisso!
 
 
O bom e o ruim da corrida (clique nas imagens para ampliar)

Audi – Poderia ter chego ao pódio se não fosse os problemas que teve com os dois carros. Não tinha um carro vencedor em condições normais, mas podia surpreender na estratégia. Que venha o R18

Highcroft – O vencedor moral? talvez. A equipe que quase fechou as portas apostou no conhecimento e soube contornar a crise. Também provou que a igualdade de combustíveis é possível.

 

Ferrari F458 – A melhor 458 ficou em 9º na sua classe a 20 voltas do líder BMW. Se esperou mais de um carro tão badalado. Falta testar e muito.

 

Ferrari F430 – Foi superior em vários momentos. Teria conquistado o pódio se Fisichella não fosse…Fisichella. Ainda tem muito gás para queimar provando que nem sempre novidade é melhor.

 

Panoz Abruzzi – O espírito de Le Mans fez suas primeiras “voltas” oficiais sem fazer absolutamente nada. Nome não ganha corrida muito menos nome famoso. Carro precisa de um investimento maciço para pelo menos acabar uma corrida.

 

Peugeot 908 – O novo modelo provou ser rápido teria ganho a corrida se não fosse a afobação de seus pilotos e pequenos erros nos boxes. Resta saber se aguenta Le Mans.

 

Rebellion Racing – O resultado ficou entre 8 e 80. Tem suporte por parte da Toyota. Precisa apenas rodar mais para desenvolver o carro.

 

Jaguar – O modelo que serviu de pace car da corrida andou mais do que os dois modelos que deveriam ter corrido. Uma pena pois tanto Bruno Junqueira quando Cristiano da Matta tem potencial… Vamos ver no decorrer do campeonato.

 

OAK Racing – Surpreendeu no começo do ano anunciando 4 carros nos campeonatos da ACO. Pena que quantidade e qualidade nem sempre andam juntas. Equipe boa que precisa se focar. Ou é P1 ou é P2

Lola Coupe – Não fez nada durante toda a prova mas conseguiu o que nenhum outro carro fez. Ser bonito.

 

Speed – Mesmo não sendo uma emissora “oficial” vai transmitir toda a ILMC e 24 horas de Le Mans. Foram mais de 10 horas transmitindo Sebring sempre com irreverencia de Sérgio Lago e Roberto Figueroa. Pena que o exemplo não é seguido por outras redes em suas transmissões.

 

 

 

 

 

 

Porsche RS Spyder se despede das pistas

O último protótipo Porsche… por enquanto (Na foto o modelo de 2005)

O ano de 2010 está cheio de despedidas no mundo do endurance. Além da Ferrari F430, Audi R15, Peugeot 908 o último a entregar as chaves e ir para um museu é o competente Porsche RS Spyder.

 Junto com seus irmãos célebres como 917, 936, 956 e 962C o Spyder fez bonito nos anos que competiu de 2005 até a última prova da ALMS desde ano.

Os competentes Porsches da equipe Penske já na especificação “Evo”

A ideia surgiu em 2005 pelas mãos de Roger Penske e com o apoio total da Porsche, alinhou os protótipos na classe P2 para a etapa de Laguna seca daquele ano. Em sua primeira participação o modelo acabou em 5º no geral. Para 2006 o carro conquistou sete vitórias e o primeiro lugar no geral na etapa de Mid-Ohio feito que não era alcançado desde 2003 o que ajudaram a equipe Penske e Massen a conseguir os títulos de construtores e pilotos.

Para 2007 a primeira grande modificação do protótipo no qual a palavra “Evo” começou a fazer parte do nome do modelo. A principal mudança foi o aumento da potência para 503 cv. O sucesso dos anos anteriores fez a Dyson Racing também se juntar a Penske e adquiriu seu Spyder. Novamente fez bonito e conquistou o título de construtores na classe P2 e o de pilotos com Romain Dumas. Foi o melhor ano para o modelo que travou uma ótima batalha com o R10 da Audi o que levou a 8 vitórias da Porsche contra apenas 4 dos conterrâneos alemães.

Modelo da equipe Horang Racing de 2008

Também de 2008 o modelo do Team Essex.

Folder enaltecendo a vitória em Sebring de 2008

O ano de 2008 prometia com novas modificações na parte aerodinâmica. Seu maior feito foi vencer no geral as 12 horas de Sebring e outra vitória no geral no GP de Utah além de 3 vitórias em sua classe, levando a mais um título de construtores e pilotos. O sucesso correu o mundo e na Europa as equipes Team Essex, Van Merksteij Motorsport e Horang Racing participaram da LMS e 24 Horas de Le Mans. O carro da equipe Merksteijn conquistou a vitória na P2 e o 10º lugar no geral, com o carro do Team Essex em segundo. No campeonato da LMS do mesmo ano o carro conquistou vitória em todas as etapas e faturou o título com a equipe Merksteijn e o piloto Jos Verstappen.

O vencedor de Le Mans em 2008 e 2009 Van Mersksteijn Motorsport

Para 2009 visando uma melhor performance para a classe P1 e evitar novas vergonheiras de um P2 ganhar corridas no geral a ALMS mudou o regulamento reduzindo a potência para 440 cv e aumentando o downforce. Com essas medidas a Penske desiste da ALMS e ruma para a Rolex. O único Porsche que participou foi o modelo comprado pela equipe CytoSport da equipe Dyson. O carro correu em 4 etapas sendo o melhor lugar um 4º no evento de Roas America. Já na LMS a equipe Mersksteijn competiu apenas nos 1000km de SPA vencendo em sua categoria. A equipe também conquistou a vitória nas 24 horas de Le Mans. O outro Porsche participante da equipe Japonesa Team Goh estava em segundo quando bateu forte e teve o carro completamente destruído faltando menos de 2 horas para o final da corrida.

Team Goh em Le Mans 2009

Em 2010 a CytoSport anunciou seu retorno para a ALMS. A equipe venceu na P2 as 12 Horas de Sebring. Já na classe LMP a vitória veio em Lime Rock e em Mosport. Com os resultados e equipe ficou em segundo perdendo o título para o Acura da Highcroft Racing.

Dyson racing em 2009

Para 2011 devido a nova regulamentação da ACO com a introdução da barbatana na carenagem traseira e teto orçamentário, o RS Spyder cumpre seu papel nas provas de endurance e hoje pode descansar com o objetivo de vitórias e títulos alcançados, além de manter acesso o ditado que dizem sobre os modelos da marca alemã “Porsche não quebra, ganha! ”

O ultimo participante. CytoSport Racing.

Largaram !!!

Quem acompanhou a F1 nesta madrugada notou algumas coisas um tanto quanto incomuns. Equipes de ponta como Ferrari, BMW, McLaren penando para chegar nos pontos e tendo que engolir equipes pequenas com a Brawn ou até mesmo a Force Índia antiga Minardi dando um suador em Alonso e nas Toyota nas primeiras voltas do GP.

Pode parecer cedo ou especulação mais o resultado do GP mostrou que nem sempre dinheiro e talento andam juntos. O que dizer de Hamilton? Para quem fez o que fez ano passando, desafiando todos tendo em vários momentos a arrogância de um grande piloto chegando ao ridículo de se comparar com o nosso grande Senna fez uma corrida medíocre sem graça. É o que se espera de um campeão ? Você leitor pode questionar ” mas Fernando, mas a McLaren não teve um bom desenvolvimento é normal ele ter problemas não é?” Com certeza, o carro não se mostrou confiável, assim como não foi com a McLaren de Senna em 1993, ou a Ferrari de Schumacher em 1997 a diferença entre ele e os outros dois é só uma. Talento em situações adversas.

E a grande Ferrari? Triste ver os dois carros tendo problemas e não completando a prova, kimi fez uma corrida burocrática e coube a Felipe fazer uma boa largada e levar o carro até o limite até ter problemas com o volante. Este sim tirou leite de pedra e mostrou por que é ainda um dos favoritos ao título desde ano.

Fiquei feliz pelo bom resultado do Rubens a largada desastrada me fez lembrar os anos de azar que o mesmo sempre teve na Ferrari e Honda mais mesmo com um carro com a Asa dianteira quebrada mostrou competência e em todos os momentos da prova lutou por posições, claro que foi beneficiado pelo acidente no final da prova, mais mostrou seriedade e estratégia.

Nelsinho fez mais umas das suas e abandonou a prova, a culpa sempre é do carro, ou dos adversários ou da pista ou do pessoal da arquibancada, ele nunca erra. Já está na hora da FIA ter processos mais criteriosos para dar a super licenças para pilotos novos. A sorte ou azar é que a área de escape era grande e não tinha nenhum fiscal ou carro parado ali. E se fosse em Mônaco? ou Valencia?

Próxima etapa é o Grande Prêmio da Malásia, uma pista boa para disputas, quente e com belas retas aonde o uso do Kers vai ajudar e muito nas ultrapassagens. Se ela tiver 50% das disputas que tivemos em Melbourne vai ser uma ótima corrida.

Outras Categorias.

Saindo um pouco da F1 e entrando nas provas de Endurance. Nos dia 5 de Abril será realizada a segunda etapa da American Le Mans Series na pista de St. Petersburg no Estados Unidos. Para quem não conhece é uma categoria aonde correm no meu ponto de vista os carros mais interessantes do que qualquer outra categoria.

Ela teve sua origem seguindo os moldes das 24H de Le Mans é dividida em 4 categorias LP1 e LP2 são protótipos e GT1 e GT2 são carros como Ferrari, Porsche, Corvette. O grande diferencial desta categoria são as provas com duração de 1:40 a longas etapas com 12 horas. Vale a pena acompanhar. Você pode conferir horários no site https://www.americanlemans.com/ no Brasil todas as etapas são transmitidas pelo canal pago Speed Channel.