Scott Atherton admite “encruzilhada” na busca pela equivalência entre DPi e LMP2

Protótipos LMP2 sem chances de lutar por vitórias na IMSA. (Foto Scott R LAT Imagens)

A próxima etapa da IMSA acontece no neste final de semana em Watkins Glen. Com duração de seis horas a prova vai expor mais uma vez a superioridade dos protótipos DPi, frente aos LMP2. A disparidade ocorre desde a unificação da IMSA com a Grand-Am em 2014.

O presidente da IMSA, Scott Atherton, que também foi o diretor da finada ALMS, sabe do problema e busca soluções, para dar condições de vitória para as equipes que competem com protótipos LMP2. De acordo com o dirigente, as equipes DPi com apoio das montadoras, vem testando seus protótipos com mais intensidade. Os modelos “americanos” venceram, todas as etapas do campeonato até agora.

“No ano passado, se você olhar os resultados tanto nos testes quanto nas corridas, houve uma boa paridade e esperávamos que houvesse alguma evolução chegando neste ano, mas não tanto quanto ocorreu”, disse ele, em entrevista ao site sportscar365.com.

“Com todo respeito às equipes que estão rodando nos carros P2, o calibre, os recursos e as capacidades das equipes de DPi atingiram um nível de desempenho que tornou muito difícil equilibrarmos o DPi com o desempenho dos P2.”

Mesmo com ajustes de equivalência, as equipes LMP2 não estão conseguindo o desempenho esperado. “É aí que se torna uma conversa difícil com nossos parceiros da DPi, pois os levamos para um lugar que ninguém esperava que fossem”, disse ele.

“Estamos em uma verdadeira encruzilhada agora para onde vamos, porque se uma equipe que tiver recursos semelhantes, talento de pilotos, talento de engenharia, capacidade de testes, etc. entrasse na equação agora, é seguro dizer que eles se sairiam bem contra o nível atual de desempenho, que os DPi possuem.”

“Estamos nos mantendo fiéis à nossa palavra, pelo menos até o final desta temporada, estamos avaliado outras alternativas daqui para frente.”

Equipes querem divisão de classes

Uma das alternativas que contam com o apoio da equipes é a separação das classes. Assim os times com protótipos DPi poderiam utilizar todo o desempenho dos seus protótipos.

“Essa não é uma ideia nova”, disse ele. “Nós nos comprometemos desde o início que não faríamos isso.”

“Houve uma equipe em particular que se opôs a isso. A razão pela qual eles entraram na categoria foi correr pela vitória geral contra os melhores, e é por isso que eles estão lá.”

“O tempo evolui, os resultados evoluem, as coisas mudam. Acho que estou afirmando o óbvio quando digo que essa opção existe e está sendo considerada, mas não quero que seja a manchete porque você poderia ter dito isso há seis meses.”

“Precisamos ter muito cuidado ao tomar essa decisão, porque as ramificações disso são de grande alcance”.

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