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Endurance tratado a sério!
Porsche WSC-95 o “pai” do RS Spyder.
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Modelo disputou prova em Donigton Park em 1997 vencendo as competentes Ferrari 333SP

A história do Porsche WSC 95 não começa como a da maioria dos modelos Porsche com anos de desenvolvimento ou de um modelo que começa do zero. A bela máquina surgiu bem antes em 1992 como você pode ler aqui.

Em 1995 a Porsche queria voltar a competir de forma oficial no IMSA e World Sport Car Championship, o WEC da época. Os esforços eram basicamente no desenvolvimento do motor e assim o fabricante Alemão acabou firmando com a TWR de Tom Walkinshaw a construção do LMP. Como a TWR tinha pressa em entregar o carro acabou usando um antigo chassi do Jaguar XJR-14 que também foi desenvolvida pelo time de Walkinshaw.

As modificações foram muitas já que o Jaguar era um modelo fechado e o teto acabou sendo cortado para atender os regulamentos da WSC. Um grande Santo Antônio que além de proteger o piloto tinha a função de dar mais rigidez ao carro. Outras modificações foram feitas para adaptar o chassi ao novo motor já que a anterior utilizava um propulsor Cosworth V8. A parte traseira do carro também necessitou de modificações além das laterais para acomodar o novo motor um 6 cilindros bi-turbo 3.0 litros oriundo do Porsche 956 da década de 80 e que ainda tinha gás para enfrentar modelos mais rápidos além é claro da indiscutível durabilidade e economia se comparado ao “irmão” 911 GT1 que também competiu em Le Mans no mesmo ano usando um motor 3.2 litros.

O vencedor de 1996
O vencedor de 1996

Os regulamentos da IMSA e WSC foram alterados e a Porsche acabou engavetando o projeto dando espaço para o 911 GT1. Porém em 1996 a Joest Racing que hoje comanda a equipe de fábrica da Audi acabou recebendo o LMP e dando continuidade ao desenvolvimento e sob aprovação da Porsche construiu um segundo carro para competir em Le Mans. Sob os regulamentos da classe LMP1 o primeiro carro sofreu pequenas modificações e a Porsche “concordou” em afinar o carro e a Joest Racing arcaria com os custos.

Assim em 1996 o carro participou dos testes oficiais para Sarthe em Maio ficando com o quinto e décimo tempo, superando os 911 GT1 de fábrica. Já durante a prova o #8 pilotado por Michele Alboreto, Pierluigi Martini e Didier Theys abandonaram por conta de um acidente. Já o #7 superou o Porsche 911 de fábrica conquistando a vitória no geral com Davy Jones, Alexander Wurz e Manuel Reuter.

Modelo conquistou o bi campeonato em 1997
Modelo conquistou o bi campeonato em 1997

Com o sucesso que surpreendeu até os dirigentes da equipe o carro voltou a Le Mans em 1997. Antes da grande clássica a equipe correu a etapa de Donington Park do embrião do que seria o FIAGT vencendo com Stefan Johansson e Pierluigi Martini em cima da Ferrari 333SP de Fredy Lienhard e Didier Theys.

Já em Le Mans a disputa com a equipe oficial da Porsche foi intensa bem como com os McLaren F1 GTR das equipes Gulf e BMW Motorspost. Porém largando na pole o #7 do trio Michele Alboreto, Stefan Johansson e um certo Tom Kristensen soube se manter na frente vencendo a prova mais uma vez.

ersão 1998 ao lado do 911 GT1 no museu Porsche.
Versão 1998 ao lado do 911 GT1 no museu Porsche.

Para 1998 houve um grande investimento por parte das fábricas que competiam na prova. A Porsche lançou uma nova versão do seu 911 GT1, a Nissan participou com o R390GT1, Toyota com seu GT-ONE e BMW mudando de classe competindo na LMP1 com o BMW V12LM. Porém o WSC 95 não foi esquecido. A Porsche escreveu as 2 unidades agora com as cores oficias da marca e sob o nome de Porsche LMP1-98. Mesmo se mostrando um conjunto robusto nenhum dos dois carros completou a prova. O #8 acabou ficando em 29º no geral depois de problemas provenientes de uma colisão e o #7 em 38º por problemas eletrônicos. O carro voltou em Petit Le Mans no mesmo ano chegando em segundo a poucos segundos da Ferrari 333SP da equipe Risi. Por fim a fábrica acabou aposentando o carro e iniciou o desenvolvimento de um LMP para os novos regulamentos aonde os carros da classe LMP1 eram os principais isso no começo dos anos 2000. Porém como este foi cancelado a fábrica só voltou a construir um LMP em 2005 o RS Spyder, este na classe LMP2. Abaixo a largada da edição de 1997.

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